J. Filardo
Em loja, falamos o tempo todo sobre a obrigação do maçom de trabalhar pela felicidade da Humanidade. Mas o que isso significa exatamente? Quantos de nós nem sequer ligamos o significado da frase ao mundo e à realidade?
Agora estamos em uma encruzilhada. Estamos ao léu, sem leme, desgovernados, navegando em direção à borda da terra plana e o abismo. E o mundo também caminha para o mesmo destino.
Independente dessa pandemia que um dia será remediada, o relógio não para, assim como não para a destruição do meio ambiente, causando a famosa mudança climática que terá consequências funestas para os seres vivos na superfície do planeta.
Ou seja, a Humanidade estará em grave perigo. Não seria a luta contra a mudança climática uma bandeira válida para os maçons?
O que fazer? Ou melhor, qual a contribuição a Maçonaria ou os maçons têm a dar para evitar o desastre? Nem mesmo discutir intensamente o assunto visando esclarecer os irmãos e a sociedade? Deixar de comer pizza feita com forno de lenha, ou churrascos de carvão? Deixar de comer carne um dia ou mais por semana? Comprar menos produtos embalados em plástico? Dar preferência para garrafas de vidro ao invés de PET?
Pequenas interferências na nossa vida rotineira têm reflexos no meio ambiente. Essa deve ser a nossa nova bandeira.
Bill Gates que não é maçom, um dos homens mais ricos do planeta, ─ diferentemente de Jeff Bezos (da Amazon) e Elon Musk (da Tesla) que querem ir para outro planeta, ao invés de consertar esse ─ vem investindo através de sua Fundação em soluções voltadas para a mudança climática e ele publicou um livro “Como evitar um desastre climático” onde ele coloca a necessidade de se discutir isso e realizar urgentes ações para evitar o pior.
Assim, para aqueles que se interessam pelo assunto e não acham que ser maçom é só ir à loja ler ritual, oferecemos um bom artigo retirado do seu livro recém publicado.
Ele pode ser lido em Não nos esqueçamos dos mineiros de carvão e fabricantes de cimento no caminho até zero emissões
Bem, amigo. Primeiramente, parabéns pelo espaço, sou um assíduo leitor.
Sabemos que a maçonaria não é uma coisa só, isto eu sei e, o estudioso que és sabe bem melhor que eu.
Mas, como um adepto paramaçonico, assumo ter sentimentos contraditórios, muito opostos conjugados. Em certos pontos me parece que chegamos à era maçônica, que os valores maçônicos foram coroados e serão a bússola para os povos. É importante salientar que existem predominâncias de um posicionamento maçônico conservador que torce o nariz ao progresso social simultâneo em várias agendas de minorias (na participação das instâncias de decisão, não em número), na revisão da racionalidade capitalista no despertar de uma nova visão multidimensional do papel social da economia, antes vista apenas como a soma de liberdade de iniciativa, ambiente de negócios, Liberalismo nas relações comerciais entre os povos, vantagens comparativas e Liberalismo nas relações entre as organizações e seus colaboradores e demais partes interessadas, como as comunidades, os ecossistemas, os valores culturais. Isso tudo está sendo revisto e isto é algo profundamente maçônico em sua essência original, a semente do Renascimento, a superação do jugo dos regimes absolutistas, os esforços pela dissolução do imperialismo colonial na organização de movimentos que deram aos povos ferramentas políticas para fazerem valer sua autodeterminação. Tudo isto que vivemos hoje são frutos dessas raízes maçônicas libertárias em suas origens. O fato é que mutos maçons não reconhecem as digitais do libertarismo maçônico original em tudo o que está moldando o futuro do mundo que estamos construindo agora. Devem existir diversas explicações deste fenômeno, mas o papel da maçonaria e das paramaçonarias é perceber o quão maçônica é esta era que se inaugura. O papel é revisitar suas origens, adaptá-las ao presente, sem dogmatismos ideológicos para o norte ou para o sul, para o continental ou para o insular, entendo o papel devocional que cabe às instituições do Velho ÆON na jurisdição do advento do Sétimo Raio e do ÆON DE HÓRUS.
Por ser contraditório o meu sentimento, às vezes sinto que a maçonaria real perdeu as conexões com seu espírito original, pelo fato de eu notar que muitas lideranças maçônicas não recebem bem coisas tão iluministas e científicas como o problema da crise climática que ameaça a todos. Nesse oposto, eu tenho a impressão de que uma parte da maçonaria esqueceu do seu papel de vanguarda e de suas origens. Reflita se isto não é o curso natural de ingresso ao Novo Aeon. Como indivíduo observo sem julgamentos e procuro o aprendizado que as ordens preservaram da sabedoria arcana para nunca perdermos a âncora de valores iluministas que nos foram confiados desde a fundação do mundo.
Saudações nas .’.
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Deveras … É um assunto para lá de importante.E sim farei minha parte levando o assunto em loja. As pequenas mudanças começam dentro de nós mesmos…isso também não é desbastar a PB?
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boa Zé… o assunto é de grande relevância mesmo.. estamos nos matando.. sabemos que tem muita coisa a se pensar, empregos, sobrevivência até de muita gente, mas podemos diminuir o impacto da produção agroindustrial com bom senso e a população principalmente precisa aprender a ser mais inteligente, em muitas questões, nessa também.. a quantidade de plásticos jogados nas ruas e que vão para os rios e mares é inacreditável … quem conhece a natureza um pouco, não pode achar normal…
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