Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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Breviário histórico do Rito Escocês Primitivo

Publicado em FREEMASON.PT

Por Robert Ambelain

Rito Escocês Primitivo

A Franco-Maçonaria não nasceu da Grande Loja de Londres fundada em 1717 pelo pastor James Anderson. A partir de 26 de Março de 1688 (segundo um Estado do Grande Oriente para 1779) temos a prova da existência de lojas militares no seio de regimentos escoceses e irlandeses que tinham acompanhado o rei Jacques II da Inglaterra no seu exílio em França. Estas lojas disseminaram-se o suficiente para agrupar e constituir em 1725 a Antiga e Mui Honorável Sociedade dos Franco-Maçons no Reino de França. Depois, por interesse ou curiosidade, numerosos súbditos do rei Luís XV fizeram-se iniciar em lojas escocesas ou irlandesas civis, ainda que franceses. E virá o tempo, em 1735, no qual o nome será mudado, e será então a Antiga e Mui Respeitável Sociedade dos Franco-Maçons do Reino de França, agrupando lojas exclusivamente francesas porque era composta por maçons franceses.

Enfim, em 1755, estas lojas agruparam-se numa Grande Loja de França, a qual onze anos mais tarde, por sequência de um cisma suscitado por tendências políticas nos ventos da época, verá constituir-se o Grande Oriente de França que conhecemos. Esta Grande Loja de França desaparecerá em 1769, deixando o lugar ao Grande Oriente de França. A actual Grande Loja de França foi constituída em 1897, de uma Grande Loja Simbólica Escocesa reinserindo antigas lojas que tinham feito a dissidência anteriormente: ela é, pois, sem nenhuma filiação com aquela do século XVIII.

O Rito Escocês Rectificado, fundado em Lyon em 1778 por uma Convenção organizada por J.-B. Willermoz foi apenas a rectificação misturada de Martinezismo com o Rito Escocês Primitivo (Early Grand Scottish) praticado por estas antigas lojas militares desde de 1688 em Saint-Germain-en-Laye. Os seus rituais foram trazidos em 1751 para Marselha pelo stuardista George de Wallnon, que fundou ali em 27 de Agosto, com poderes vindos de Edimburgo, a que se deveria tornar a Loja-Mãe Escocesa de Marselha sob o nome de São João da Escócia.

É desta filiação que nasceu o actual Rito Escocês Primitivo. De onde a sua divisa “Primigenius more majorem”, alusão à antiguidade deste.

No seus Arquivos Históricos da Franco-Maçonaria, publicado em 1981, o editor Les Rouyat diz-nos isto:

“Os que seguiram Jacques III (Charles-Edouard) no seu exílio, introduziram em França a Maçonaria jacobita católica, oposta à Maçonaria orangista protestante. A actividade dos Escoceses em França e, principalmente, no Meio-Dia, é um dos traços importantes deste período”.

O autor não tem a minúcia de controle dos historiadores e ele confundiu Jacques III com Jacques II. Uma magnífica obra recente publicada na ocasião da exposição de Saint-Germain-en-Laye de 1992 sobre a Corte dos Stuarts em Saint-Germain-en-Laye diz-nos finalmente isto na página 233:

“Esta religião universal que fez bater a Europa no mesmo ritmo das suas lojas e dos seus malhos, foi importada sobre o continente por jacobitas militantes. Em França, ela foi introduzida por Derwentwater e MacLean, por Wharton em Espanha, Patrick Gordon e James Keith na Rússia, Lord Wintoun em Roma. Pôde-se mesmo pretender que a Franco-Maçonaria tinha sido uma vasta empresa de conspiração jacobita destinada a restabelecer os Stuarts sobre o trono. A obra maçónica tinha muitos outros objectivos; ela não contribuiu menos para cimentar a solidariedade dos partidários”. (op. cil.)

A presença de sumidades dos Arquivos de França e da Biblioteca Nacional nesta apresentação descarta qualquer possibilidade de erro grave. Em contrapartida, há uma que diversos autores especializados na Maçonaria cometeram e que convém refutar, seja que esta Maçonaria era católica, ao passo que ela era simplesmente cristã, o que é bem diferente. Há, de facto, costumes e dos ritos esotéricos que falam. É assim que o conde de Barnwall, que fundou em Toulouse em 1747 a loja Os Escoceses Fiéis, nos mostra no ritual a Rosa-Cruz de Heredom de Kilwinning ostentando dois cordões, um verde, da esquerda à direita, e o outro vermelho, da direita à esquerda. Estão aí as cores dos dois ramos diferentes da Maçonaria Stuardista, pois o verde é a cor heráldica da Irlanda mais católica, e o vermelho é a da Escócia mais puritana. O que nos valeu em um mesmo grau duas denominações diferentes, o Mestre Irlandês, o irmão gémeo do Mestre Escocês. É por isto que Devaux d’Hugueville em 1779, acomodando a Rosa-Cruz jacobita à sua maneia, reconhece que a fita do Cavaleiro de Santo André é ora verde e ora vermelha, segundo as capitais.

A apresentação desta história da Maçonaria Stuardista em França tomará agora e necessariamente o aspecto de uma cronologia.

1688 – Em dia 26 de Março de 1688, a loja militar do regimento de Dorrington (tornado em seguida regimento de Walsh) de onde o seu nome primitivo Loja de Dorrington abre os seus trabalhos em Saint- Germain-en-Laye. Em 1752, ela assumirá o nome da Perfeita Igualdade e por ocasião da sua afiliação ao Grande Oriente de França. O Estado deste para 1779 mencionará a data de 1688 como sendo a da sua fundação em Saint-Germain-en-Laye. Isto numa época na qual se é muito severo com as datas adiantadas pelos candidatos à afiliação.

O mesmo acontecerá para aquelas do regimento de O’Gilwy (afiliação em 1747), do regimento d’Albany (1747 igualmente). A loja militar das Guardas Irlandesas é repartida na Inglaterra por ocasião da restauração de Charles II em 1660.

1716 – Segundo Alain Merger na revista A Província Histórica de Janeiro-Março de 1978, Avignon, capital do Combat-Venaissin e domínio pontifícial independente do rei de França, é desde 1716 o local de religamento da emigração jacobita sobre o continente. Nos anos de 1736 e 1737, a cidade tornar-se-á o primeiro centro maçónico mediterrâneo. São os Franco-Maçons jacobitas que fundarão ali em Agosto de 1737 a loja do marquês de Calvière, oficial das guardas do corpo do Papa, iniciado em 1734 pelo conde irlandês Balmerino, jacobita convicto. O marquês de Calvière iniciará, por sua vez, o duque d’Aumont que fundará mais tarde a loja Bussi-Aumont. Isto religa-nos à duquesa de Portsmouth e a este filho, bastardo de Charles II que o titulará duque de Richmond. Esta loja de Avignon recebe, aliás, frequentemente Irmãos visitantes vindos desta loja de Bussi-Aumont.

1725-1735 – Mas, até o presente as lojas são independentes, elas relevam apenas do rei da Inglaterra legítima aos seus olhos, isto é, necessariamente um Stuart, de onde o seu nome de lojas reais (em inglês R. L., de onde se fez em França “Respeitável Loja”) uma vez que o rei é o Grande Mestre da Franco-Maçonaria operativa desde séculos. Elas têm, no entanto, um nome colectivo: Antiga e Mui Respeitável Sociedade dos Franco-Maçons no Reino de França. Nesta época e há vários anos, o Grande Mestre é Sir James Hector MacLean. Ele se diz “presente grande mestre”, o que subentende evidentemente que não é nem o primeiro nem o último. As Constituições de 1720 (infra página???) mostram-nos como se efectuava a sucessão dos grandes mestres. Efectivamente, ele sucedeu a Georges, duque de Warton. E, em 1735, fim desta sequência, com relação à amplificação do número de Maçons franceses de raiz, o nome colectivo mudará, ela torna-se a Antiga e Mui Respeitável Sociedade dos Franco-Maçons do Reino de França.

É à influência de Marselha, da sua nobreza local e, sobretudo, da sua cultura, que se pode atribuir a criação da maioria das lojas provençanas. Segundo M. Agulhou no seu livro Penitentes e Franco-Maçons da Antiga Provença: “Na região provençal, a difusão da Franco-Maçonaria é a adopção de um facto social nacional, vindo de Paris e de Versalhes, e radiando do centro de França para a periferia”. É preciso muito mais ler Paris do que Versalhes.

1736 – O marquês de Calvière recebe um alto grau do jacobita “mylord conde de Baltimore”, que se diz grande mestre de todas as lojas da Inglaterra, lojas stuardistas evidentemente. Nesta época, uma Maçonaria ainda mais insuficientemente estruturada tem dificuldades em conservar uma organização indiscutível. Por sua vez, Calvière transmitirá este alto grau ao duque de Aumont, qualificado de “primeiro grande mestre de todas as lojas de França”, e que dará, por sua vez, ao mesmo marquês de Calvière todos os poderes para estabelecer a loja São João de Avignon. Parece que há aí uma confusão entre Aumont, da loja Bussi-Aumont, e o duque de Antin, primeiro grande mestre de nacionalidade francesa (de 1738 a 1744). Pode-se situar os factos:

  • 1736: iniciação de Calvière nos meios jacobitas de Avignon,
  • 1737: estada de Calvière em Paris, contactos com os meios jacobitas,
  • 1737: em Agosto, Calvière está munido por três meses dos poderes do duque de Aumont para a fundação da loja São João em Avignon (cf. P. Chevalier: Os duques sob a Acácia) em Setembro Calvière continua a difundir a Franco- Maçonaria em Avignon.

1737 – Em 28 de Setembro Mgr. De Belzunce, bispo de Marselha, denuncia ao Intendente da província as actividades maçónicas da sua cidade e destaca a importância das do marquês de Calvière. Também em 23 de Outubro de 1737, este (oficial nos graus do corpo pontifícial do Condado-Venaissin) está na obrigação de cessar as suas mesmas actividades maçónicas em Marselha, limitando-se à sua loja de São João em Avignon, mas permanecendo fervoroso maçon, no entanto. De facto:

1738 – Naquele ano, Calivère pertencerá à célebre loja Bussi- Aumont e ali será nomeado Depositário da Ordem, evidentemente ordem jacobita (ct. o manuscrito no 891 da Biblioteca de Carpentras, página 68 a 70). Trata-se evidentemente da Maçonaria jacobita uma vez que, a esta época, não havia outra em França. A tal ponto que, em Setembro de 1735, o Conde de Saint-Florentin, secretário de Estado era recebido Franco-Maçon. Em 1736, que se tornarão irmãos de todos os outros na Maçonaria francesa nascente.

1743 – Em 9 de Dezembro de 1743, o duque de Antin morre e sucede-lhe o conde de Clermont, outro príncipe do sangue.

1746 – Os Franco-Maçons de Marselha sabem a partir desta data que as lojas maçónicas não são mais praticamente incomodadas pela polícia em França, e eles se esforçam, então, reacção normal, de subir ao poder civil contra as autoridades religiosas, das quais Mgr de Belzunce foi o mais brilhante defensor, não hesitando a associar os Franco-Maçons aos jansenistas.

1747 – Segundo Gaston Martin e os arquivos departamentais da Haute-Garonne, o conde irlandês John de Barnwall de Tromlestown funda em Toulouse a loja Os Escoceses Fiéis. Luís XV naturalizou-o francês e confirmou-lhe o seu título. Esta loja assumirá na sequência o nome de Sabedoria e União, depois Sabedoria e, enfim, tornar-se-á (não se sabe ainda o porquê) La Vieille Bru, o que subentende que ela foi indirectamente a “afilhada” de uma outra loja anterior, talvez uma antiga loja militar dos regimentos irlandeses.

1749 – Visitas de numerosos Franco-Maçons jacobitas vão suceder-se em Avignon, a maioria, mais não todos, vindos de Marselha. Neste ano, há em Marselha as lojas São João de JerusalémSão João dos Eleitos da Verdade, etc. Ao todo, umas trinta lojas, talvez simplesmente compostas de dez a doze membros, considerando-se os problemas locais.

Eis agora um antigo documento que mostra quanto a Franco- Maçonaria jacobita estava sempre activa e poderosa por volta de 1750­1755. Trata-se da afiliação (isto é, da regularização maçónica) da loja São João de Jerusalém da Perfeita União no Oriente de São Pedro da Martinica; a peça está datada do dia 2 de Agosto de 1750.

“Nós, Venerável Mestre, Oficiais e Membros da Mui Respeitável Loja Saint Férreol de Clermont da cidade de Marselha, constituída pelo Grande Mestre e os Grandes Oficiais da Mui Antiga e Mui Ilustre Ordem dos Franco- Maçons no Reino de França, em 1o de Outubro de 1749, acordemos hoje para estes presentes a afiliação a nossos caros e dignos Irmãos da Respeitável Loja São João de Jerusalém da Perfeita União, no burgo de São Pedro da Martinica, situado sob o 14o grau e 30 minutos, na qualidade de neta de Clermont, autorizando-a pelo poder que nos foi concedido a gozar de todos os privilégios de uma loja regular e constituída, confirmando para este fim o nosso caro Irmão …. Mestre (de Loja), o nosso caro Irmão …. 1o Vigilante, e o nosso caro Irmão de Oianboure, 2Vigilante.
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Ordenamos por estes presentes ao nosso caro Irmão …. e aos seus sucessores a observar e fazer observar exactamente as regras gerais e particulares da Maçonaria, de não receber nenhum candidato abaixo da idade de vinte e um anos, nem nenhum profano cuja probidade não seja completamente reconhecida, de não receber nenhum Mestre, nenhum Irmão que sirva, sem uma permissão expressa da Respeitável Loja de São Férreol, ordenamos também à dita loja de São João de nos informar de cada mutação que julgar a propósito de fazer Mestres e Vigilantes, sob pena de nulidade da presente afiliação. Na fé de que lhe demos e fizemos expedir estes presentes, selados com o Selo da arquitectura da loja de São Férreol de Clermont. Em Marselha, neste 2 de Agosto de 1750.

Mas, a partir de 1738 tinha existido na ilha da Martinica uma loja nomeada A Perfeita União, a qual tinha modificado o seu nome para demonstrar o seu pertencimento à Maçonaria stuardista acrescentando a ela o de loja afiliadora: São Férreol de Clermont. De facto, sempre em Martinica, uma loja a sido fundada em 24 de Março de 1750 sob o nome da Perfeita Escocesa, por patente entregue para uma loja escocesa de Bordeaux. Mas, como tudo leva a crer que ela relevava da Grande Loja orangista da Inglaterra, A Perfeita União teve de se fazer regularizar como loja stuardita por uma patente que emanava de uma afiliação incontestável.

1750 – Neste mesmo ano, os arquivos revelam-nos que em Marselha o Irmão Capellu está aí qualificado como “grande mestre geral dos Cavaleiros do Oriente”. Este grau é o de cúpula da hierarquia escocesa da época. Ora, em Avignon em 1751, não se praticava a não ser os graus de Eleito e de Escocês. Trata-se aí de um das actividades de Ramsay? É bastante provável, pois o mui jacobita Ramsay esteve em relações estreitas com Avignon, principalmente com o misterioso Balmerino que iniciou Calvière.

1750 – Sempre em Marselha, o bispo da cidade Mgr de Belzunce escreve em Versalhes para protestar que os Franco-Maçons estão em curso de comprar uma propriedade para ali instalar o seu templo. Como consequência a este pedido de assistência, o Intendente para a Provença recebe em resposta a carta abaixo:

“Mgr o bispo de Marselha fez informar o Rei que os Franco-Maçons se reúnem publicamente nesta cidade, e que eles estão mesmo para adquirir uma casa onde eles se propõem a manter a sua loja. Sua Majestade me encarregou de lhes escrever para empregar a sua autoridade para fazer cessar essas assembleias para retirar daqueles que os mantêm todos os meios de continuar”.
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[1] Nesta patente dois nomes foram apagados. Trata-se provavelmente de rasuras feitas pela obrigação de fazer desaparecer duas nomeações imprudentes, a do Venerável e a do 1o Vigilante. Em Marselha, os responsáveis da loja de São Férreol de Clermont ficaram sabendo na sequência que a sua confiança havia sido traída. Nesta época, “em Isles” havia de tudo…

Esta carta é assinada pelo Conde de Saint-Florentin, o qual é Franco-Maçon desde 1735! Quanto a Luís XV, ele aconselha ao bispo de Marselha de usar da sua autoridade! Mas, este não tem nenhuma junto à Polícia, e é a astúcia do Rei. Este será ele mesmo Franco- Maçon, recebido na loja La Chambre du Roi, agrupando oficiais desta, como o demonstrou P. Chevalier; ele autorizará a Enciclopédia, enobrecerá Voltaire, salvará o cavaleiro da Barre de uma morte horrível, consequência do seu sacrilégio (ele será primeiramente decapitado). Enfim, a bula pontifícial que excomungava os Franco- Maçons não será publicada no reino.

1751 – Em 27 de Agosto deste ano, o jacobita escocês Georges de Wallnon, que está munido de poderes datados de Edimburgo em 17 de Junho de 1751, constitui em Marselha a loja São João da Escócia.

1752 – Em 17 de Maio deste ano, Georges de Wallnon transmite os seus poderes de Venerável e Mestre de Loja em Alexandre Routier, e a Loja assume então o nome de Loja-Mãe de Marselha, título que lhe restará por muito tempo. Loja poderosa, tanto por ela mesma quanto para aquelas que ela criou em França e além-mar, pois ela teve na sua voluntária sobriedade uma enorme influência sobre o meio profano pela presença de Maçons de qualidade. Observar-se-á que desde 1751, data da sua fundação, as “decorações”, maçónicas foram aí afrancesadas, o vermelho do escocesismo e o verde o irlandismo cederam lugar ao azul de França. O ressurgimento actual de 1985 retornou ao vermelho por respeito pela tradição escocesa confirmada pelas Constituições de 1720, que a regem. Com a morte de Jacques II, em Saint-Germain-en-Laye em 5 de Setembro de 1701, Luís XIV inseriu os regimentos escoceses e irlandeses nos seus exércitos, com evidentemente as suas lojas militares. É assim que o Real Escocês ostentará sobre a sua bandeira, com a cruz de Santo André (em lugar da latina) e as armas da Escócia (no lugar das da França), o cordão com o “oito deitado” da Franco-Maçonaria, sustentando a medalha da Ordem de Santo André. Estes regimentos notabilizaram-se ao “serviço de França” nas batalhas da época, em Fontenoy principalmente.

1794 – Em Marselha, no início do ano, Barras e Fréron enviaram ao cadafalso cinco membros da loja São João da Escócia, então adormecida.

1801 – São João da Escócia retoma os seus trabalhos. Em 1811, ela compreende 400 membros, e as suas lojas-filhas de Provença, do Levante, das Ilhas e mesmo da Itália, testemunham o seu esplendor (cf. Les Rouyat: Arquivos da Franco-Maçonaria). Mas, a esta data a lembrança das suas verdadeiras origens stuardistas está mais ou menos esquecida.

Robert Ambelain

N.B. – Em 1812, no Oriente de La Ciotat, a loja São Carlos da Escócia que opera no “Rito de Edimburgo” (sic) estava ainda em actividade. Fundada, sem dúvida, em honra de Carlos Eduardo Stuart que passou em Antibes em 1744.