Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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A década de 1960: usando Deus como uma arma na Política maçônica


Tradução José Filardo

 Por V.´. Irmão Jack Buta MPS ***

  De acordo com a informação disponibilizada no site do irmão Paul Bessel 18 (possivelmente 19, a data da retirada do reconhecimento não é mostrada para Nevada) as Grandes Lojas dos Estados Unidos estavam em relações de amizade com a GLdF no início de 1960. Isso não inclui seis Grandes Lojas, que haviam autorizado Inter visitação, mas pararam pouco antes do reconhecimento.

No primeiro trimestre de 1961, de acordo com o Grande Secretário do Colorado Harry Bundy, a Grande Loja Nacional de França começou a empreender uma campanha atacando a regularidade de sua Grande Loja irmã. Na carta de Bundy, ele relata que a GLNF alegava atos de práticas não maçônicas pela GLdF. Ele escreve: “Houve uma carta muito volumosa da Grande Loge Nationale Française chamando a atenção para o fato de que uma das lojas sob a sua égide desafia a ordem da Grande Loja de cortar as ligações com o Grande Oriente e restaurar o Volume da Lei Sagrada no altar “.

Para entender melhor essas alegações, é preciso olhar para trás, para os sete anos anteriores de eventos na Maçonaria francesa.

Em setembro de 1953, a Assembleia Anual da Grande Loja da França propôs uma moção pela primeira vez em sua história de que a Obrigação devia ser assumida diante das Três Grandes Luzes da Maçonaria e o LSL devia permanecer aberto enquanto as lojas estivessem em trabalho. A decisão foi votada e aprovada em sua Assembleia Anual seguinte.

Nesse meio tempo, em 15 de maio de 1954, cinco Grandes Lojas da Europa (Holanda, Suíça, Luxemburgo, Áustria e Alemanha) assinaram a Convenção do Luxemburgo. Uma condição para se tornar um membro da mesma exigia que uma Grande Loja rompesse com Grandes Lojas irregulares ou não reconhecidas dentro de um período de cinco anos, terminando em 15 maio de 1959. Conversas secretas bilaterais começaram em 26 de maio de 1955 entre a Grande Loja da França e a Grande Loja Nacional da França. A comissão mista reuniu-se seis vezes até setembro e acordou sobre um projeto especificando as condições em que os dois corpos se uniriam. O órgão executivo (Conselho Federal) da Grande Loja da França tomou conhecimento do projeto em 26 de novembro de 1955, mas o considerou inaceitável e decidiu não o apresentar à sua Assembleia Extraordinária convocada com a finalidade de ratificar em janeiro do ano seguinte.

A Grande Loja da França foi aceita como membro da Convenção de Luxemburgo em setembro de 1956, uma etapa ratificada em sua Assembleia Anual cerca de duas semanas mais tarde.

Em novembro de 1958, o Grande Oriente e a Grande Loja da França prepararam o projeto de um “Estatuto de União das Grandes Lojas da França”, com a intenção de unir-se à Grande Loge Nationale Française. Entre 06 de fevereiro e 16 de junho de 1959, representantes dos três corpos se reuniram cinco vezes, mas não conseguiram chegar a um acordo.

Em 1959, de acordo com as exigências da Convenção do Luxemburgo, a Grande Loja da França suspendeu as suas relações com o Grande Oriente por um ano. Esta decisão se tornaria permanente se o Grande Oriente não voltasse à regularidade maçônica dentro daquele período. Conforme mostrado abaixo no trecho das atas de 1959 da COGMINA, as Grandes Lojas dos EUA foram informadas e apoiaram os esforços da Grande Loja de da França e não foi até que a circulação da carta da GLNF mencionada pelo Grande Secretário do Colorado, Harry Bundy que as coisas começaram a mudar.

A fim de rastrear a cadeia de eventos que levaram a muitas Grandes Lojas dos EUA suspender relações com a Grande Loja de França eu me baseei nas atas da Conferência de Grão-Mestres na América do Norte em sua reunião anual, realizada todos os anos durante o mês de fevereiro. Eu usei itálico ao citar as atas. Qualquer parte significativa das atas que eu sinto ser significativa eu coloquei em negrito. A inclusão de outros três documentos, a carta Bundy de 1961, a cópia traduzida do Tratado de 1964 entre a Grande Loja de França e do Grande Oriente, juntamente com o discurso de 1965 do Soberano Grande Comendador do REAA SJ sobre as relações fraternais foram inseridos para maior clareza.

Trecho das atas do COGMINA do ano de 1959:

A Conferência de Luxemburgo foi uma grande força para a regularidade e uniformidade no continente europeu. Os membros desta conferência são a Alemanha, 17.000 membros; Grande Oriente da Itália, 12.000 membros; Grande Loja da França, 8.000 membros, Holanda, 4.000 membros; suíça Alpina, 3.000 membros, Áustria e Luxemburgo, 1.000 membros. (Estes números são aproximados e não efetivos, para proporcionar uma imagem de vantagens comparativas). Na França, o Venerabilíssimo Richard Dupuy, Grão-Mestre da Grande Loja da França propôs a união da Grande Loja da França, Grande Loja da França Nationale e Grande Oriente da França, semelhante à união conseguida na Alemanha, onde cada Grande Loja reteria em algum grau sua própria individualidade. Isso se baseia, é claro, em um retorno completo do Grande Oriente à regularidade. Desejamos todo o sucesso a desse movimento.

É importante que todos aqueles interessados ​​na Grande Loja Nacional da França devem saber o seguinte. No ano passado, alguns irmãos da Grande Loja Nacional e, infelizmente, alguns deles oficiais de alta patente da Grande Loja comportaram-se de forma descrita como indecorosa, deselegante e antimaçônica em relação ao então Grão-Mestre, o Venerabilíssimo Pierre Cheret. Como consequência de sua conduta, eles tiveram suspensos os seus direitos e privilégios enquanto Oficiais da Grande Loja, pendente decisão pela Grande Loja.

Trecho das atas do COGMINA do ano de 1960:

A Grande Loja da França suspendeu relações com o Grande Oriente da França, por medidas tomadas na última Comunicação Anual da Grande Loja da França. No entanto, o Grão-Mestre da Grande Loja da França informa que alguma Inter visitação continua, apesar da ação da sua Grande Loja. O fato mais promissor na situação francesa é que sete irmãos da Grande Loja Nacional e sete irmãos da Grande Loja da França continuam a reunir-se em uma atmosfera de cordialidade e comunhão fraterna para explorar todos os problemas com franqueza e objetividade. Eles estão discutindo novos passos que devem ser dados para alcançar a unidade da Maçonaria francesa tão ardentemente desejada por todos.

Todas, exceto uma das Grandes Lojas desta Conferência reconhecem agora a Grande Loja Nacional da França. Quando essas Grandes Lojas consideram a questão do reconhecimento da Grande Loja da França, eles são confrontados com a questão da amizade, que será mais amplamente discutida mais adiante neste relatório.

AMIZADE

A Comissão estaria interessado em saber mais sobre a atitude dos membros desta Conferência em relação à questão da amizade dentro de um determinado país ou subdivisão política. A questão é: Uma Grande Loja presentemente mantendo relações de amizade com uma Grande Loja dentro de uma soberania nacional, tem o direito de reconhecer uma outra Grande Loja dentro do mesmo país com o qual a Grande Loja já reconhecida não mantém relações de amizade? Esta não é uma questão da competência territorial exclusiva, mas das propriedades a serem observadas entre Grandes Lojas.

Trecho das atas do COGMINA do ano de 1961:

FRANÇA

A Comissão pode adicionar pouco ao seu relatório do ano passado, em relação à França. Nossas esperanças para uma única Grande Loja com direito ao reconhecimento por todas as Grandes Lojas regulares não foram ainda realizadas. Nossas informações indicam que a Grande Loja da França tentou endireitar os seus assuntos, e atribuiu penalidades definitivas à negação do direito dos seus membros de manter relações fraternais com o Grande Oriente da França. Entretanto, a Grande Loja Nacional continua a ter o reconhecimento geral em todo o mundo maçônico.

Carta de 10 de abril de 1961 enviada à GLdF por Harry Bundy Veja o Apêndice C

Trecho das atas do COGMINA do ano de 1963

FRANÇA: Não podemos relatar qualquer melhoria nas relações entre a Grande Loja Nacional e a Grande Loja da França. Os oficiais da Grande Loja Nationale insistem que Inter visitação continua entre as Lojas da Grande Loja da França e do Grande Oriente. Eles apresentam provas incontestáveis disso como algo que se passa na região de Paris, bem como nas províncias. A Grande Loja da França, tem pouca esperança de ser considerada regular, enquanto as relações fraternais continuam com o Grande Oriente da França, que está fora dos limites. [Negrito é meu e não no documento original].

Esta informação parece vir somente a partir dos oficiais da Grande Loge Nationale Francaise. Se, como afirmou na comunicação do Grande Secretário Harry Bundy em 10 de abril de 1961, a GLNF tinha circulado amplamente alegações contra a GLdF, então seria razoável esperar que o comitê obtivesse informações da GLdF. No entanto, não há menção de qualquer atividade deste tipo de 1961 a 1963. Há uma alegação de prova indiscutível de Inter visitação entre a GOF e a GLdF mas nenhum aparece neste relatório. Há um conflito na atitude de 1963 da COGMINA dos relatórios, em 1959 -1961 sobre tentativas de construir a unidade entre as Grandes Lojas francesas e seu apoio de comitês de cada Grande Loja trabalhando juntos. Uma nova frase é cunhada para definir quaisquer relações com o Grande Oriente como estando fora dos limites.

Trecho das atas do COGMINA do ano de 1964:

FRANÇA: Lamentamos informar que nenhum progresso está sendo feito em direção à unidade maçônica na França. Parece ser difícil para a Grande Loja da França cortar relações completamente com o Grande Oriente da França. Todas as nossas informações indicam que a Inter visitação continua. Embora percebamos que existem dificuldades, não podemos aceitar isso como uma razão para a falha em efetuar uma ruptura completa com um corpo que para nós está Maçonicamente fora dos limites [O negrito é meu e não está no documento original].

Parece haver um mal-entendido por parte de alguns dos oficiais da Grande Loja da França quanto à posição das Grandes Lojas dessa Conferência no que diz respeito ao reconhecimento. As Grandes Lojas desta Conferência parecem estar divididas em três grupos distintos no que diz respeito ao reconhecimento da Grande Loja da França. Nove de nossas Grandes Lojas reconhecem tanto a Grande Loja da França quanto a Grande Loja Nacional da França, e, portanto, indicam que a questão da competência territorial exclusiva não é um fator na questão. Outro grupo de Grandes Lojas assume a posição de que elas não podem reconhecer como normal uma Grande Loja que tenha quaisquer relações maçônicas, gerais ou individuais, com o Grande Oriente da França. No terceiro grupo estão as Grandes Lojas, que, embora possam ou não reconhecer a regularidade da Grande Loja da França, no entanto, considerariam uma incongruência enorme reconhecer em um dado país uma Grande Loja que não está em relações de amizade com a Grande Loja que eles já reconhecem naquele país [o negrito é meu e não no documento original]

ADENDO. Deveria ser de interesse para nossas Grandes Lojas saber que boatos chegaram até nós de que três Grandes Lojas europeias – Alpina da Suíça, o Grande Oriente da Itália, e a Grande Loja da Bélgica teriam retirado o reconhecimento da Grande Loja da França.

O tratado de 1964 entre a Grande Loja da França e o Grande Oriente da França não constitui reconhecimento. A GLdF aparentemente indicou sua confusão à COGMINA. Não há registro de qualquer tentativa da COGMINA de explicar como eles chegaram a essa conclusão ou oferecer um processo saneador ao invés agora existe um movimento definido para forçar a GLdF a cortar completamente todas as comunicações com o GOdF.

Trecho das atas da COGMINA do ano de 1965:

A GRANDE LOJA DE FRANÇA: A situação maçônica na França piorou durante o ano. Qualquer esperança que possamos ter tido de uma união da Grande Loja da França, com a Grande Loja Nacional da França foi abalada pela ação da Grande Loja da França em sua última Comunicação Anual. Uma carta do Venerável Richard Dupuy, que foi reeleito Grão-Mestre da Grande Loja da França diz, em parte o que segue: “Pareceu-nos ser necessário organizar as relações administrativas entre os corpos maçônicos franceses, de forma a permitir que os Grandes Secretários, e somente eles, comuniquem entre si o seguinte:

(1) a palavra semestral.

(2) os nomes e classificação dos irmãos no cadastro.

(3) os nomes dos candidatos à iniciação e de irmãos que procuram tornar-se membros.

(4) os nomes dos candidatos ou irmãos cujos pedidos tenham sido suspensos ou rejeitados.

(5) os nomes de Lojas ou irmãos a quem penalidades maçônicas foram impostas. ”

O pacto acima foi feito com o Grande Oriente da França por uma votação de 140 a 82. Este é um reconhecimento da validade e regularidade do Grande Oriente como um corpo maçônico, e tal reconhecimento não é aceitável para Grandes Lojas regulares … Alguns anos atrás, a Grande Loja da França votou para tornar obrigatória uma crença em Deus, e a exibição do volume da Lei Sagrada. Naquela época, havia aqueles que questionaram a sinceridade dessa ação, e insistiram que ela não foi feita porque era a coisa certa a fazer, fundamentalmente, mas apenas para garantir maior reconhecimento. Este julgamento foi justificado. Por seu pacto com o Grande Oriente da França, um corpo fora dos limites da Maçonaria regular, a Grande Loja da França perdeu todas as reivindicações de ser considerada uma Grande Loja Regular e, portanto, todo o direito de reconhecimento [o negrito é meu e não está em documento original].

A GRANDE LOJA NACIONAL DE FRANÇA: Em resposta àqueles que perguntam sobre a força da Grande Loja Nacional da França, apresentaríamos os seguintes fatos: 68 Lojas estão atualmente funcionando sob essa obediência – 57 na França, sete no Irã, três na Espanha e uma em Marrocos. 36 dessas Lojas trabalham principalmente em inglês, embora uma parte dos seus membros seja de nacionalidade francesa. 25 Lojas trabalham exclusivamente em francês, e estão espalhadas pela França. 7 trabalham alternadamente em francês e inglês, ou em francês e farsi, para aqueles situados na França ou no Iran. Até 31 de outubro de 1964, o número total de membros da Grande Loja Nacional da França era de aproximadamente 4300. Alguns membros desertaram da Grande Loja Nacional há alguns anos, e formaram o que deve ser considerada uma Grande Loja clandestina sob o mesmo nome. Este grupo tem cerca de 100 membros.

Nos últimos dez anos, a Grande Loja Nacional constituiu 40 novas Lojas, das quais 16 estão trabalhando em francês, 18 em inglês, e 6 em farsi. Durante este mesmo período, a Grande Loja Nacional iniciou na Maçonaria, pelo menos, 3.000 irmãos militares, em rotação, de nacionalidade americana ou canadense, e que voltaram para seus países de origem depois de servir seu tempo na França.

Assim, parece que a Grande Loja Nacional da França continua a ser a única Maçonaria devidamente constituída e regular funcionando atualmente na França.

Apesar das falhas óbvias na tentativa de realizar este reconhecimento de tratado do GOF pela GLdF, a COGMINA emite a declaração, “Este é um reconhecimento da validade e regularidade do Grande Oriente como um corpo maçônico, e tal reconhecimento não é aceitável para as Grandes Lojas regulares” Ele continua para dizer, “Por seu pacto com o Grande Oriente da França, um corpo fora do âmbito da Maçonaria regular, a Grande Loja da França perdeu toda a reivindicação para ser considerada uma Grande Loja Regular e, portanto, todo o direito ao reconhecimento. “ Apesar desta afirmação falsa e enganosa, as Grandes Lojas dos EUA quase universalmente aceitam os resultados da COGMINA. Finalmente, a campanha atingiu massa crítica, quando o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito da Jurisdição Sul assumiu a causa anti-GLdF em julho de 1965, dizendo:

“A Grande Loja da França, uma vez nos últimos anos, havia recebido o reconhecimento de nove jurisdições de Grandes Lojas nos Estados Unidos e foi reconhecida por uma série de Grandes Lojas regulares na Europa e em outros lugares. Os membros da Grande Loja da França, que desejavam prosseguir na Maçonaria procuraram ingressar no Supremo Conselho para a França. Até os distúrbios recentes, a Grande Loja da França assumiu a posição oficial de que os seus membros deviam professar a crença em um Ser Supremo, ou ao Grande Arquiteto do Universo, e que o LSL deve aparecer em seus altares. Na prática, entretanto, algumas lojas subordinadas não usam o LSL e houve também relatos intermitentes de que membros individuais da Grande Loja da França estavam tendo Inter visitação com os membros do Grande Oriente da França. [O negrito é meu e não está no documento original]

Em 12 de setembro de 1964, o Grande Oriente da França votou por unanimidade pelo “Tratado de Aliança” proposto com a Grande Loja da França.

Em 17 de setembro de 1964, a Grande Loja da França votou (140 a 82) pelo “Tratado de Aliança” proposto com o Grande Oriente da França. Resumidamente, as disposições deste “Tratado de Aliança” são:

  1. Ambos os corpos e suas lojas corresponderão somente através dos Grandes Secretários.
  2. A comunicação entre os corpos incluirá a palavra semestral ou senhas, nomes dos membros que solicitam dupla filiação ou filiação, os nomes dos candidatos recusados ​​e nomes de lojas e irmãos sob sanções.
  3. Haverá uma Comissão Mista Permanente composto por quatro oficiais do Grande Oriente e quatro oficiais da Grande Loja.

(a)       Dificuldades para ser apresentado à Comissão Permanente.

  1. O Tratado deve ser ratificado por ambos os corpos.

É nosso entendimento que este “Tratado de Aliança” permitirá dupla filiação e Inter visitação para os membros do Grande Oriente e da Grande Loja.

A declaração do Soberano Grande Comandante introduziu agora várias novas distorções da verdade. A única loja que desafiou o GLdF em 1960 tornou-se agora várias. O simples tratado de troca de informações através dos Grandes Secretários agora foi expandido para permitir dupla filiação e Inter visitação entre o Grande Oriente e a GLdF. A fim de eliminar qualquer confusão restante na linguagem e interpretação do presente Tratado, incluí tanto o original assinado quanto uma tradução de terceiros como Anexo D e E, respectivamente.

Com a COGMINA e o Soberano Grande Comandante denunciando a infeliz GLdF foi só uma questão de tempo até que todas as Grandes Lojas dos EUA que mantinham relações com a GLdF começaram uma debandada em direção à saída.

Observe a formulação exata da Comissão sobre Informação para Reconhecimento da Grande Loja de Washington, DC; ela foi copiada diretamente dos Anais COGMINA de 1965.

“Este é um reconhecimento da validade e regularidade do Grande Oriente como um corpo maçônico, e tal reconhecimento não é aceitável para Grandes Lojas regulares …

“Por seu pacto com o Grande Oriente da França, um corpo fora dos limites da Maçonaria regular, a Grande Loja da França perdeu todas as reivindicações de ser considerada uma Grande Loja Regular e, portanto, todo o direito ao reconhecimento.” Washington, DC não foi a única Grande Loja a usar esse tipo de linguagem, embora algumas tenham suavizado um pouco a retórica nas suas respostas oficiais à GLdF.

Uma versão mais polida é descrita em uma carta escrita em 21 de junho de 1965 por um membro do Comitê de Relações Fraternais da Grande Loja de Vermont ao Grande Secretário da Grande Loja da França,

“Lamento informá-lo que nosso Comitê de Relações Fraternais recomendou à nossa Grande Loja, que se reuniu em 09-10 de junho último, que a Grande Loja de Vermont, F. & AM, retire o seu reconhecimento e cesse a sua troca de Grandes Representantes com a Grande Loja da França, com efeito imediato.

É o meu pensamento que um dos principais motivos para essa ação é a estreita ligação reconhecida entre a Grande Loja da França e o Grande Oriente da França, e com a consideração adicional sobre a atitude da Grande Loja da França e do Grande Oriente de França em relação à exigida exibição da Bíblia Sagrada durante o trabalho maçônico “.

Embora a linguagem utilizada seja politicamente correta, é claro que agora quase todas as Grandes Lojas dos EUA estão assinando embaixo da versão COGMINA do que o tratado de 1964 realiza.

Para ver o quão completamente o conceito de “Grande Mentira” tem funcionado, não precisamos de ir mais longe do que citar o relatório da Comissão dos Correspondência Estrangeira da Grande Loja de Louisiana. Ele prova mais uma vez que a primeira vítima da guerra é a verdade.

“Nós, sua Comissão sobre Correspondência Estrangeira apresentamos o seguinte relatório para sua consideração.

Seu comitê tendo sido informado de certas irregularidades ocorridas no seio da Grande Loja da França, passou a fazer um estudo exaustivo da situação nesta Grande Loja e descobrimos o seguinte: A crença em Deus não é mais exigida nesta Grande Loja; o Volume da Lei Sagrada não é mais uma parte essencial do mobiliário da Loja; esta Grande Loja reatou as relações com o Grande Oriente de França, um grupo considerado clandestino desde 1877, quando eles removeram a Bíblia Sagrada de suas lojas e rescindiram a crença em Deus como um requisito para o ingresso. Queremos agradecer aqui ao nosso Grão-Mestre MW Peter L.Bernard Jr., que nos auxiliou na autenticação do acima de sua recente viagem à França ”

A notação casual da viagem do G.M. Bernard à França é um tanto interessante e traz à mente um outro GM que tinha feito a mesma viagem, pelas mesmas razões, em 2001. O PGM Jerry Lankin discutiu sua viagem a Paris, durante as Comunicações de 2002 da Grande Loja do Arizona nas quais encontrei a seguinte declaração que ele fez à Grande Loja “. . . Fui convidado no ano passado, nesta mesma época, a ir à Comunicação Anual da Grand Loja Nationale de France, a mesma comunicação que temos aqui, como seu convidado. Eles pagaram pela viagem e foi uma viagem muito agradável e, de fato, o meu hotel de US $ 300 por noite por três noites e cerca de US $ 1.000 para alimentação e transporte, devo dizer a vocês que foram presentes muito agradáveis ​​que me foram dados. E, quando cheguei a esta reunião, adivinha quem estava lá? quase toda a Comissão de Reconhecimento da Conferência dos Grandes Mestres da América do Norte. Eles receberam a viagem gratuita, juntamente com a Grande Loja de Michigan, Pensilvânia, Nova York, e um monte de pessoas que foram mencionados aqui hoje. “

Eu não pude encontrar qualquer evidência para apoiar a alegação de que a crença em Deus não era mais necessária para a participação na Grande Loja da França na década de 1960, assim como não há qualquer evidência de que o LSL foi removido do altar da loja. O tratado, que se supõe prova o reconhecimento do Grande Oriente não chegou perto de violar as orientações da GLUI de 1929. No entanto, apesar disso, as Grandes Lojas dos Estados Unidos denunciaram a Grande Loja da França tão rapidamente quanto elas iriam denunciar uma Grande Loja americana quarenta anos depois.

*** PM Paradise Valley Silver Trowel Lodge #29
Arizona Grand Lodge, EUA
Maçom Grau 32 do Rito Escocês

Extrato do Artigo “A CONSPIRAÇÃO DE DEUS”
Publicado em: http://www.freemasons-freemasonry.com/masonic_foreign_recognitions.html


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