Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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A Minha Abordagem da História Maçônica – Manchester 2011

Tradução José Filardo

 por Ven. Irmão ALAIN BERNHEIM 33 °

olho com compasso

Esta palestra foi feita em 26 de Maio de 2011, em Sheffield diante dos membros da Associação de Pesquisa Maçônica de Manchester.

 Sim, a leitura fornece ideias, as ideias podem levar à ideia de liberdade e a ideia de liberdade à utopia da felicidade. Isso não e razoável.

Jean-Jacques Pauvert.

Caros Irmãos,

Como cidadão francês que foi sucessivamente um membro do Grande Oriente de França – ‘aquele corpo irregular’ -, em seguida da Grande Loge Nationale Française – uma regular -, em seguida, das Grandes Lojas Unidas da Alemanha e, nos últimos 10 anos, da Grande Loja Suíça Alpina, eu gostaria de agradecer-lhes por terem-me convidado aqui hoje.

Quando eu tinha seis anos, fui abençoado com uma babá que me convenceu de que beber chá todos os dias era bom para mim e insistia em conversar comigo em inglês. Anos mais tarde, eu tive que aprender alemão, a fim de compreender o que os jornais escreviam sobre meus recitais de piano. É por isso que, no início da minha vida maçônica, eu era capaz de ler livros escritos por autores da escola autêntica de história maçônica, que todos vocês podem não estar cientes, teve origem na Alemanha e se desenvolveu um pouco mais tarde nas Ilhas Britânicas.

COMO ME TORNEI UM MAÇOM.

Na década de 1960, eu morava em uma pequena cidade alemã e dava cerca de cem concertos por ano. Um dia, o rabino local, um cavalheiro que eu nunca tinha visto antes, veio à minha casa e perguntou-me se eu daria um concerto beneficente para alguma associação de caridade. Depois de ter explicado o que ele tinha em mente, perguntou-me inesperadamente: Você tem interesse por Maçonaria? E em seguida: Você é judeu?

Um tanto despreparado, eu respondi sim a sua primeira pergunta e que eu me senti judeu apenas quando o povo judeu tinha problemas. Eu acrescentei que, embora eu quase nada soubesse sobre Maçonaria, eu sentia que sua segunda pergunta era um tanto irrelevante. Então, ele disse gravemente: “Está bem. Então vou mandá-lo ao Grande Oriente da França”.

INÍCIOS MAÇÔNICOS (1963-1964)

Havia, de fato, duas lojas pertencentes ao Grande Oriente da França na Alemanha, uma deles perto da fronteira com a França, em Saarbrücken. Eu fui iniciado em 1963. Existiam duas lojas alemãs na mesma cidade, mas eles nunca nos visitavam e nós nunca os visitávamos. Eu perguntei por que, e foi-me dito que era uma questão complicada que eu iria entender mais tarde.

Naquele tempo tudo que eu sabia sobre a Maçonaria vinha de um livro de Roger Peyrefitte, Les Fils de la Lumière. Ela era muito bem informada e incluía um retrato interessante de um membro do Grande Oriente, Marius Lepage. Lepage foi Venerável Mestre de uma pequena loja na Normandia, bem como o editor de uma excelente revista trimestral maçônica, Le Symbolisme. Ele havia escrito um livro que chegou às minhas mãos, L’Ordre et les Obédiences. Eu tive muita sorte, já que este é um dos melhores livros já escritos em francês sobre a Maçonaria.

Não estando familiarizado com o alemão, Lepage não mencionou um único livro escrito naquele idioma e, provavelmente, nunca suspeitou que a primeira história confiável da Maçonaria francesa fora escrita em alemão em meados do século 19 pelo Dr. Georg Kloss. Ele comentou:

Há apenas poucos livros – na França – sobre a história da Maçonaria, que podem ser consultados sem reservas.

E, em seguida, ele salientava a importância da escola inglesa autêntica, de livros de Knoop, Jones e Hamer, e da Ars Quatuor Coronatorum. Eu consegui o catálogo da Marks & Co. em Charing Cross Road e comprei meu primeiro Gould original em marroquim vermelho por 2 libras e 15 xelins.

Assim que eu me tornei Mestre Maçom, eu francamente solicitei um lugar como membro do Círculo de Correspondentes da Quatuor Coronati. O arquivo que eu tinha que preencher solicitava o nome da Loja a que eu pertencia, e não o de sua Grande Loja. Meu pedido foi aceito [[1]] e eu assinei cópias de trabalhos anteriores. Cerca da mesma época, a Quatuor Coronati Lodge, tendo trocado seus impressores, vendeu volumes antigos de Ars Quatuor Coronatorum que tinha em estoque por muitos anos [[2]] a um preço muito atraente. Eu comprei tudo o que havia para comprar [[3]].

Primeiro tributo à AQC

Logo em seguida, sendo bastante corajoso, mandei algumas páginas de comentários sobre o trabalho de Eric Ward, “Maçonaria não Deísta de Anderson” [[4]].

Ward deu sua interpretação da Primeira Obrigação de Anderson e eu achei adequado resumir os pontos de vista dois respeitados Irmãos continentais, J. Corneloup e Bernhard Beyer [[5]]. O Irmão Carr aceitou meus comentários, exceto quanto a uma frase de Corneloup que ele riscou:

E já que eu sou, pessoalmente, um ateu, e porque sei que outros ateus (um número muito pequeno, porque ateus genuínos são muito raros) que estão entre os melhores maçons, tenho o direito de afirmar que todos eles têm um senso religioso e moral pelo menos igual ao do cristão comum, do judeu médio, do muçulmano médio, e ninguém pensa por um segundo em proibir seu ingresso em nossos templos.

Carr escreveu na margem:

Vangloriar-se de ser ateu e de ter um sentido religioso é jogar com palavras e tentar confundir questões.

Ao que eu respondi:

 Isto não é apenas o problema de Corneloup, de Bernheim, de Carr… É o problema de palavras […] Para a maioria de nós, não é possível ser um ateu e ter um senso religioso. Corneloup diz que é possível para ele. […] quem vai decidir se Corneloup está certo ou errado? [[6]]

Primeiras descobertas

Nesse meio tempo, tendo apenas seguido referências feitas por Kloss e Gould, eu tinha desenterrado dois documentos essenciais considerados como perdidos para sempre [[7]]: Os Regulamentos Gerais da Grande Loja Francesa de 1743 e os Estatutos de São João de Jerusalém de 1755. Eu anunciei a minha descoberta em 1967, durante uma conferência em Paris sobre a História da Maçonaria [[8]]. Como consequência, eu me tornei um membro da Comissão de História do Grande Oriente de França.

Quando estes documentos inestimáveis ​​foram levados ao conhecimento do então Grão Mestre, Jacques Mitterand, ele notou no de 1755 que maçons franceses deviam ir à igreja aos domingos e declarou que a publicação destes documentos pelo Grande Oriente era “inoportuna”.

Os trabalhos de Sitwell (1969-1970)

Folheando edições antigas da Ars Quatuor Coronatorum, notei que em Maio de 1927, o Irmão Sitwell tinha lido um artigo notável [[9]] no qual citou vários documentos desconhecidos sobre a Maçonaria francesa do século XVIII. Naquela época, eles eram propriedade de dois irmãos, Alfred Irwin Sharp [[10]] e Nicolas Choumitzky. O trabalho de Sitwell foi tão importante que eu decidi procurar outros que ele pudesse ter escrito.

Em fevereiro de 1969, fui a Londres onde fui calorosamente recebido por Harry Carr. Ele ouviu minha consulta, foi a uma sala atrás de sua mesa e voltou minutos depois com centenas de páginas de documentos inéditos datilografados de autoria de Sitwell. Carr foi gentil o suficiente para mandar fotocopiá-los e os enviar a mim na Alemanha. Eles eram uma mina de ouro negligenciada.

Regularizado

Entretanto, em janeiro seguinte, eu recebi uma carta inesperada de Carr [[11]]:

 Recebemos informações de que, embora, aparentemente, você esteja ligado a lojas perfeitamente respeitáveis ​​na Alemanha, você também é um membro do Grande Oriente Francês. Se isso for verdade, não poderemos mantê-lo em nossa Lista de Membros e devo pedir-lhe que envide uma declaração certificada pelo Secretário de sua Loja afirmando que você não está de nenhuma forma envolvido com aquele corpo irregular e não reconhecido. Eu espero ouvi-lo com a maior brevidade possível. Atenciosa e fraternalmente.

Eu respondi imediatamente, explicando a informação limitada solicitada no arquivo de registro que eu tinha enviado a Londres e que, na loja do Grande Oriente a que eu pertencia na época, em Estrasburgo, as Três Grandes Luzes eram exibidas e que o nosso ritual era sempre aberto e fechado em nome do GADU. A resposta de Carr foi muito simpática:

 Estou profundamente arrependido por ter perdido um amigo e colega, a quem eu muito valorizava. […] teremos o prazer de restabelecê-lo (sem cobrança de taxas) após a sua demissão do Grande Oriente, e seu pedido de entrada em uma Loja regular e reconhecida [[12]].

Eu percebi que a minha participação no Grande Oriente era um erro e contatei a Loja regular de Estrasburgo onde me regularizei em maio de 1973. Eu informei Harry Carr, que me escreveu:

 Estou muito contente em saber que você está agora dentre nós […]. Escusado será dizer que eu estarei muito interessado em saber se você escreveu alguma coisa adequada para nós nos anos em que estivemos divorciados.

Entretanto, Carr se aposentou como Secretário em novembro de 1973. Em Janeiro seguinte, tendo nesse meio tempo conhecido o irmão Baylot, eu li um artigo diante da loja de pesquisa da Grande Loja Nationale Française, Villard de Honnecourt. Ele foi publicado com o reconhecimento adequado da gentileza de Harry Carr e incluiu a maioria dos documentos que eu tinha redescoberto [[13]].

Um pouco mais tarde, eu descobri uma cópia de microfilme dos documentos Sharp e que os originais estavam localizados nos Estados Unidos desde 1952. Eu contei aquela história e os primórdios da L’Anglaise de Bordéus, em um trabalho lido anteriormente diante da Loja Quatuor Coronati pelo meu querido amigo Brigadeiro A.C.F. Jackson [[14]].

Em seus comentários, ele escreveu:

Um estudo do Índice da AQC mostra quão fracas têm sido as pesquisas da loja em relação à Maçonaria francesa. […] A Loja QC foi fundada mais ou menos na época da ruptura entre a Maçonaria francesa e as obediências regulares. A loja parece ter assumido a atitude da então curiosa classe média britânica de que “a negrada começa em Calais”. […] Sendo eu próprio também um maçom francês, estou ciente de que ainda existe um pouco de desconfiança em todos os níveis na hierarquia maçônica inglesa de que toda a Maçonaria francesa deve ser vista com reservas. Este ponto de vista, se não fosse por vezes irritante, eu acharia divertido, pois ele é, naturalmente, bastante ridículo [[15]].

Verdadeiramente, o ‘suspeita’ tem mão dupla conforme mostrou um livro recentemente, em que o autor cita a ‘popular anglofobia’ francesa [[16]].

No entanto, estou convencido de que o que temos em comum é mais importante que qualquer outra coisa, começando com a época em que o rei inglês Eduardo III assumiu o título de rei da França – cerca de sete séculos atrás – a nossa “Entente Cordiale”, em 1904, e a inesquecível oferta feita em 16 de junho de 1940 pelo governo inglês ao governo francês:

 A partir de agora, a França e a Grã-Bretanha não são mais duas nações, mas uma única nação franco-britânica indissolúvel. Cada cidadão francês passa a desfrutar imediatamente de cidadania inglesa. Cada cidadão britânico torna-se um cidadão francês [[17]].

O que resta a ser feito, no mundo maçônico atual, é conhecer e entender melhor um ao outro. Vamos fazer uma tentativa.

O GADU – França e Bélgica

Falando em Manchester em novembro de 2007, Roger Dachez lembrou sua audiência que em 1877, o Grande Oriente da França

decidiu remover de suas Constituições, não a menção do GADU – não – mas a “crença obrigatória em Deus e na imortalidade da alma”.

No entanto, ele não explicou por que, nem como isso aconteceu e não mencionou a Bélgica.

Quando o Grande Oriente Francês foi fundado em 1773, a comissão aprovou Estatutos [[18]], mais tarde chamados Estatutos e Regulamentos Gerais da Ordem Maçônica na França. Em 1839, seu primeiro artigo dizia:

O objetivo da Ordem dos Maçons é o exercício da beneficência, o estudo da moral universal, das ciências e das artes, bem como a prática de todas as virtudes.

Dez anos mais tarde, ela decidiu – pela primeira vez em sua história – dar-se uma Constituição. Seu primeiro artigo incluía as palavras acima no meio de duas frases adicionadas:

 Maçonaria, uma instituição essencialmente filantrópica, filosófica e progressista, é baseada na existência de Deus e na imortalidade da alma; o seu objeto é o exercício da caridade, o estudo da moral universal, das ciências e das artes, bem como a prática de todas as virtudes. Seu lema era em todos os tempos: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

A última frase era pura imaginação [[19]] e a primeira, até onde eu sei, nunca fez parte de uma Constituição maçônica em qualquer lugar antes [[20]]. A Constituição foi aprovada por unanimidade, exceto por cinco votos, em 10 de Agosto de 1849.

O texto do 1 o artigo foi ligeiramente modificado duas vezes, em 1854 e 1865. No último ano, tornou-se uma frase extra:

Ela se refere à liberdade de consciência como um direito que pertence a cada homem e não exclui ninguém por suas crenças [[21]].

Em uma Assembleia Geral do Grande Oriente, realizada em Setembro de 1877, uma loja apresentou uma moção de que as palavras “Seus princípios são a existência de Deus, a imortalidade da alma e a solidariedade humana” fossem riscadas (moção nº IX). Depois de um relatório escrito e lido por um pastor protestante, Frédéric Desmons, elas foram transformadas em: “Seus princípios são a liberdade absoluta de consciência e a solidariedade humana” [[22]]. A moção foi aprovada por maioria.

Quem escreveu que Desmons favoreceu a supressão do GADU [[23]] provavelmente nunca leu o que ele disse. O GADU não foi mencionado uma vez sequer em seu relatório, que concluiu com as palavras:

Considerando que Maçonaria não é uma religião, que, consequentemente, não tem que afirmar doutrinas ou dogmas em sua Constituição, [a Assembleia Geral] aprova a moção nº IX.

Vejamos agora o que acontecera cinco anos antes, na Bélgica. O Grande Oriente da Bélgica apagou as palavras “À glória do GADU” de seus Estatutos em maio de 1871 [[24]]. No entanto, em maio de 1875, a Grande Loja Unida da Inglaterra estabeleceu relações oficiais com aquele o corpo [[25]] e elas duraram até 1921 [[26]]. Estranhamente, isso parece ter sido esquecido, pois, como o irmão James Daniel informou à Loja Quatuor Coronati em 2003:

 Em 10 de Março de 1965 o Grande Secretário da GLUI […] lembrou à Grande Loja que a GLUI tinha cortado relações com o Grande Oriente da Bélgica na segunda metade do século 19, ‘porque eles retiraram o Volume da Lei Sagrada e a crença em um [sic] Ser Supremo’ [[27]].

A reação da Grande Loja Unida da Inglaterra foi bastante em relação à França. Como uma consequência da votação do Grande Oriente, ela aprovou uma resolução, em 6 de Março de 1878, que incluía as palavras:

 Que a Grande Loja, enquanto sempre ansiosa por receber no espírito mais fraterno os irmãos de qualquer Grande Loja estrangeira, cujos procedimentos são conduzidos de acordo com os antigos landmarks da Ordem, dos quais a crença no GADU é o primeiro e mais importante, não pode reconhecer como “verdadeiros e genuínos” Irmãos qualquer um que tenha sido iniciado em Lojas que negam ou ignoram esta crença [[28]].

Vamos agora dar uma olhada naquele “primeiro e mais importante Antigo Landmark”.

“AQUELA DESAFORTUNADA E INFELIZ EXPRESSÃO, OS “ANTIGOS LANDMARKS” [[29]]

Ao preparar este documento eu voltei a ler as fundamentais sobre o tema dos landmarks que apareceram nos últimos cem anos na Ars Quatuor Coronatorum, nomeadamente as do irmão Frederick Worts, no Vol. 75 [[30]]. Nos comentários que seguiram seu trabalho, alguns membros da Loja salientaram a “imutabilidade” dos landmarks (Parkinson, James), enquanto outros insistiram no fato de que os landmarks não eram permanentes (Ward, Rylands). Worts concluiu:

 Embora a maioria dos maçons “experientes” tivesse uma ideia precisa do que fossem os Landmarks, poucos eram capazes de defini-los ou justificar a sua escolha, exceto, talvez, o primeiro Landmark, que, reconhecidamente, era a aceitação do GADU [[31]]

John Rylands comentou secamente, sem maiores detalhes:

 Mesmo em relação ao que é chamado erroneamente de Primeiro Landmark, o Irmão Worts se sente obrigado a inserir “talvez” ao discutir o assunto [[32]].

A definição de “o” Primeiro Landmark como a “crença no GADU” – Worts usou a palavra aceitação, não crença -, parece ter aparecido primeiro em 1878 dentro da resolução da Grande Loja Unida da Inglaterra sobre a França [[33]]. Eu acreditava que era verdade até que li, primeiro em Gould e depois em muitos outros livros ou trabalhos [[34]], o retrato de Martin Folkes, que foi nomeado Grão-Mestre Adjunto em 24 de Junho 1724 por Charles Lennox, 2º Duque de Richmond [[35]]. Foi assim que o Rev. William Stukeley [[36]], contemporâneo de Folks, o retratou:

 Em matéria de religião um infiel errante [[37]] & escarnecedor barulhento. Professa ser um avô de todos os macacos, acredita em nada de um estado futuro, das Escrituras, de revelação. Ele perverteu o Duque de Montagu, Richmond, LD Pembroke, e muitos outros da nobreza, que tinha uma opinião de seu entendimento, & isso fez um prejuízo infinito à religião em geral, fez a nobreza jogar fora a máscara, e abertamente ridicularizar e atrapalhar até mesmo a aparência de religião, que nos levou a essa situação deplorável em que estamos agora, com os ladrões, e assassinos, perjuro, falsificação, etc. Ele acha que não há diferença entre nós e os animais, mas o que é devido à estrutura diferente do nosso cérebro, como entre homem e homem. Quando eu morava na Ormond Street, em 1720, ele criou um Clube infiel em sua casa nos domingos à noite, onde Will Jones, o matemático, e outros de estampa herética se reuniam. Ele convidou-me a ir até lá, mas eu sempre recusei. A partir daquela época ele vem propagando o sistema infiel com grande assiduidade, e até o tornou moda na Royal Society, de modo que quando qualquer menção é feita a Moisés, ao dilúvio, à religião, Escrituras, etc., ela geralmente é recebida com uma gargalhada [[38]].

Recentemente, as personagens de Folkes foram elogiadas no Boletim On-line da Sociedade de Antiquários de Londres:

De muitas maneiras, Folkes era um homem moderno antes de seu tempo. Uma nota do Dicionário de Biografia Nacional de David Boyd Haycock observa que ele detestava todas as formas de preconceito racial (“Em 1747, ele explicou para o amigo da Costa, que era judeu, que “todos nós somos cidadãos do mundo, e vemos costumes e gostos diferentes, sem desgosto ou preconceito, assim como fazemos com nomes e cores diferentes”“.).

 Foi o ateísmo ativo de Folkes que levaram Stukeley a descrevê-lo como “em matéria de religião, errante infiel & escarnecedor barulhento”, mas Stukeley prossegue para dizer algo mais que sugere uma mente aguda em funcionamento: “Ele se confessa um avô de todos os macacos… Ele acha que não há diferença entre nós e os animais, mas o que é devido à estrutura diferente do nosso cérebro, como entre homem e homem.” Stukeley pretendia ridicularizar, mas o comentário eleva Folkes à estatura de um Darwiniano mais de um século antes de Darwin [[39]].

Uma forma de conciliar o texto da Primeira Obrigação de Anderson com a nomeação de Folkes como Grão-Mestre Adjunto pelo Duque de Richmond é aceitar a explicação do meu amigo Chris Impens [[40]], Professor distinto de matemática e meu antecessor na cadeira da loja de pesquisa da Bélgica:

Repetidamente, tem sido afirmado que a Primeira Obrigação exclui ateus estúpidos e libertinos irreligiosos de maçonaria. Se você acha que: sim, é o que eu ouvi, pense novamente, porque Anderson nada diz do tipo [[41]].

Esta frase provocativa é seguida de uma análise original da primeira obrigação, baseado, provavelmente pela primeira vez, em “livros, panfletos, catecismos de igreja, sermões […] e muito mais escrito por antecessores e contemporâneos de Anderson e Desaguliers’ [[42]].

Alguns membros do Craft podem rejeitar o trabalho de Chris Impens. Então, eles ficam com a tarefa delicada de explicar como um “ateu ativo” sucedeu Desaguliers como o terceiro Grão Mestre Adjunto da Maçonaria Inglesa.

Vamos agora voltar para a França.

RECONHECIMENTO DE UMA NOVA GRANDE LOJA NA FRANÇA (1913)

Em 1973, o irmão Will Read leu diante da loja Quatuor Coronati um artigo sobre Sir Alfred Robbins, que foi nomeado Presidente do Conselho de Objetivos Gerais em 4 de Junho de 1913. Read mencionou a reunião de Grande Loja no seguinte 3 de Dezembro e que “deveria haver uma mensagem do Grande Mestre” [[43]], mas não mostra o que dizia a mensagem, que era esta:

É com profunda satisfação que posso sinalizar a auspiciosa ocasião do Centenário da União por meio de um anúncio que, estou convencido, causa verdadeiro júbilo em todo o Craft.

Um corpo de maçons na França, confrontados por uma proibição positiva por parte do Grande Oriente de trabalhar em nome do Grande Arquiteto do Universo, na fidelidade aos seus compromissos maçônicos, resolveram defender os verdadeiros princípios e doutrinas da Maçonaria, e uniram várias Lojas como a Grande Loja Independente e Regular da França e das Colônias Francesas [[44]].

No mesmo artigo, Read escreveu:

 […] Na década de vinte, […] muitas Grandes Lojas desejavam, portanto, ser reconhecidas pela Grande Loja Unida. Cada pedido era tratado por seus méritos e examinado em relação aos costumes, práticas e princípios seguidos dentro da Maçonaria inglesa, mas estes nunca tinham sido definidos ou codificados [[45]].

Ele acrescentou uma nota de rodapé à frase acima:

Alguns desses princípios foram definidos e listados como “obrigações”, quando o reconhecimento foi concedido à recém-constituída ‘Grande Loja Independente e Regular da França e das Colônias Francesas. (Título alterado em 1948 para “Grande Loge Nationale Française”) vide Anais da Grande Loja, 1913, p. 78.

O Irmão Read não citou nem a redação dessas “obrigações” que foram lidas diante da Grande Loja no mesmo dia 3 de Dezembro de 1913 por Lord Ampthill, MW Pro Grand Master [[46]]:

As obrigações que serão impostas a todas as Lojas sob esta nova Constituição são os seguintes:

1. Enquanto a Loja estiver funcionando a Bíblia estará sempre aberta sobre o altar.

2. As cerimônias serão realizadas em estrita conformidade com o Ritual do “Regime Retificado”, que é seguido por estas lojas, um ritual que foi elaborado em 1778 e sancionado em 1782, e com a qual o duque de Kent foi iniciado em 1792 [[47]].

3. A Loja será sempre aberta e fechada com a invocação e em nome do Grande Arquiteto do Universo. Todas as convocações da Ordem e das Lojas serão impressas com os símbolos do Grande Arquiteto do Universo.

4. Nenhuma discussão religiosa ou política será permitida na Loja.

5. A Loja como tal nunca participará oficialmente em qualquer assunto político, mas cada irmão individualmente preservará a completa liberdade de opinião e ação.

6. Somente aqueles irmãos reconhecidos como verdadeiros irmãos pela Grande Loja da Inglaterra serão recebidos em Loja.

Pode vir como uma surpresa para muitos que as “Obrigações” acima fossem a tradução fiel das sugestões feitas em duas cartas escritas pelo Dr. de Ribaucourt à Inglaterra e não o resultado de uma decisão da Grande Loja Unida da Inglaterra [[48]].

Apesar das declarações feitas por Ribaucourt em várias cartas que ele enviou à Inglaterra entre 20 de Setembro e 13 de Novembro de 1913 (a nova Grande Loja deveria ser composto por “três lojas”, “pelo menos cinco lojas ‘, ‘muitas lojas’, ‘sessenta lojas declinaram permanecer no Grande Oriente’”.) [[49]], a nova Grande Loja foi criada em 05 de novembro de 1913 por uma loja única loja, Le Centre des Amis [[50]], fundada três anos antes [[51]]. Edmond de Ribaucourt, Venerável Mestre da Loja tornou-se o primeiro Grão Mestre.

Sua Grande Loja foi reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra em uma carta assinada conjuntamente em 20 de Novembro 1913 por Lord Ampthill e Sir Edward Letchworth:

 Estávamos bem preparados para receber a sua carta de 8 de Outubro […] [[52]].

Nós temos plena autoridade para agir em nome do nosso GM, Sua Alteza Real o duque de Connaught […] e, dessa forma, em nome de Sua Alteza Real, estamos ansiosos para garantir que o GLNI et R. seja reconhecida pela GL da Inglaterra como uma GL soberana com o qual desejamos estabelecer e manter relações fraternais [[53]].

Duas semanas depois, outra loja, L’Anglaise n º 204, demitiu-se do Grande Oriente de França, em 03 de dezembro [[54]]. No dia seguinte, ela juntou-se à nova Grande Loja e um pouco mais tarde recebeu o seu Decreto N° 2, que dizia:

 Nosso Soberano Grande Comitê, na sua reunião de 15 de dezembro de 1913, decidiu reconhecer o sua Mui Venerável Grande Loja [sic] como sendo uma parte integrante da nossa Obediência a partir de 4 de dezembro de 1913, dia de sua adesão oficial ao nosso Regime [[55]].

Finalmente, a terceira loja da nova Grande Loja foi consagrada em 20 de Junho 1914 [[56]].

“Aqueles Princípios Básicos da Maçonaria pelos quais a Grande Loja da Inglaterra se posicionou durante toda a sua história” (grifo meu) – palavras raramente citadas que ficam no cabeçalho deste documento bem conhecido – foram aceitas pela Grande Loja em 4 de Setembro de 1929 [[57]]. Eles solicitaram:

1. Regularidade de origem, ou seja, cada Grande Loja deverá ter sido estabelecida legalmente por uma Grande Loja devidamente reconhecida ou por três ou mais Lojas regularmente constituídas.

Em 1975, o irmão George Draffen retrucou:

 A Grande Loja Nacional da França é frequentemente citada como uma Grande Loja fundada por apenas duas (!) Lojas e aceita como regular, mas isso foi em dezembro de 1913, ou seja, 16 anos antes da Grande Loja Unida da Inglaterra ter adotado o regulamento que estipula um mínimo de três. […] Duas antigas (!) Lojas francesas [[58]] […] foram responsáveis ​​pela formação desta nova Grande Loja […] o fato de ter sido formado por apenas duas lojas de modo algum a invalidada [[59]].

Levando tudo isso em consideração, lembremo-nos das observações sensatas feitas por estudiosos ingleses. Uma por Gould:

 Dos Antigos Landmarks tem-se observado, com maior ou menor base de verdade: “Ninguém sabe o que eles incluem ou omitem: eles não têm qualquer autoridade terrena, porque tudo é um landmark quando o adversário deseja silenciar você, mas nada é um landmark que se interpõe em seu próprio caminho.” (Revista Freemasons, 25 de fevereiro de 1865, p. 139) [[60]].

A outra por Knoop e Jones:

 Para o bem ou para o mal, a maçonaria de Londres e Westminster na época de Walpole mostrou o que são considerados como características britânicas comuns. […] uma relutância ou incapacidade de seguir um argumento até o seu fim, e uma disposição de se contentar com uma posição um tanto ilógica [[61]].

INSTRUÇÃO MAÇÔNICA

Quando acontece de eu dar instrução maçônica a aprendizes ou mestres maçons que desejam aprender, eu lhes dou primeiro, dois conselhos. Um é não acreditar em tudo que é dito em sua loja sem perguntar “Como você sabe disso?” e não acreditar também no que leem nos livros sobre a História da Maçonaria, sem verificar as fontes e as informações fornecidas por qualquer autor. Algum tempo atrás, eu escrevi um artigo sobre livros maçônicos – eu o li uma vez em Roma, com o subtítulo, o Bom, o Mau e o Feio – e citei as seguintes palavras:

Se alguém renuncia por si mesmo a ser parte de um rebanho, um rebanho de hindus, católicos ou de maoístas, é uma coisa. Mas, se alguém tem amplitude real, e se é preocupação pessoal da pessoa, é preciso procurar… [[62]].

Eu não uso livros para encontrar respostas, mas para descobrir como e onde os seus autores descobriram o que afirmam.

Meu segundo conselho é nunca visitar uma loja que não seja reconhecida pela nossa Grande Loja Suíça Alpina. Não porque tal loja possa ser chamada de irregular ou não reconhecida, mas porque eles se comprometeram a respeitar a nossa Constituição e Regulamento Geral no dia de sua iniciação.

Devo acrescentar que eu posso ser de alguma ajuda se eles quiserem tentar aprender a nossa história autêntica, mas que eu nunca vou lhes explicar o significado dos símbolos que usamos em nossas cerimônias que, em minha opinião, não podem ser explicados nem comentados. Eu me justifico, afirmando que nada expresso com palavras – palestras, instruções ou conferências – nos faz ouvir a música da Maçonaria [[63]]. A música deve ser ouvida, não explicado. A música da Maçonaria passa pelo coração, não pelo cérebro. Junto com nossos rituais, coisas acontecem, os símbolos são apresentados, sons são ouvidos. Cada maçom tem o dever de tentar entender o que eles significam. Ninguém pode – ou deve – tentar explicá-los.

No início desta noite, eu mencionei um dos melhores livros já escritos em francês sobre a Maçonaria. Marius Lepage faz uma distinção fundamental entre a ORDEM, “a Maçonaria tradicional e iniciática”, e as Obediências que ele qualifica como “criações recentes […] submetidas a todas as flutuações inerentes à fraqueza congênita da mente humana” [[64]].

Eu sempre estive convencido de que esta distinção – concordo de todo o coração com ela – foi elaborada pela primeira vez por Lepage, até que encontrei uma ideia muito semelhante, embora expressa de uma forma diferente, no primeiro artigo dedicado aos Landmarks na Ars Quatuor Coronatorum. Ela foi escrita por um irmão nascido na Suécia chamado Axel Jonas Alfred Poignant [[65]]:

 Eu considero a Maçonaria como uma coisa, e a Ordem de Maçonaria como outra. A última, eu penso, é uma sociedade que professa a Maçonaria, ou seja, um sistema peculiar de moralidade. A diferença entre as duas é exatamente análoga à diferença entre a religião de Cristo e a Igreja de Cristo [[66]].

Eu não conseguia encontrar palavras melhores para concluir esta noite.

BIBLIOGRAFIA DE FONTES ESTRANGEIRAS CITADAS

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Arthur Groussier. 1931. Constitution du Grand Orient de France par La Grande Loge Nationale 1773. Paris: Gloton.

Chris Impens. 2008. ‘ Concerning God and Religion. The way it was meant ’. Acta Macionica 18, pp. 7-21.

Adrien Juvanon. 1926. Vers la Lumière. Paris: Imprimerie centrale de la Bourse.

Marius Lepage. 1956. L’ORDRE et les Obédiences. Lyon: Derain.

Daniel Ligou. 1966. Frédéric Desmons et la Franc-Maçonnerie sous la 3 e République. Paris: Gédalge.

— (sous la direction de) 1987. Dictionnaire de la Franc-Maçonnerie. Paris: puf.

Henri-Félix Marcy. 1956. Essai sur l’origine de la Franc-Maçonnerie et l’histoire du Grand Orient de France. Tome deuxième, Le Monde Maçonnique Français et le Grand Orient de France au xviii e Siècle. Paris: Editions du Foyer philosophique.

Alec Mellor. 1980. La Grande Loge Nationale Française. Paris: Belfond.

Pierre Noël. 2000. ‘ Le Rite Rectifié en France au XX e siècle ’. Travaux de la Loge nationale de recherches Villard de Honnecourt 45, pp. 115-270. Aquele trabalho sob seu titulo original: ‘ Heurs et Malheurs du Rite Rectifié en France ’ and its 279 foot-notes (none of which were included in the printed version) can be read on the web: http://www.ordo-ab-chao.org/ordo/Doc/heurs.pdf

— 2007. ‘ Le Grand Orient de Belgique et la mort lente du Grand Architecte de l’Univers ’, Acta Macionica 17, pp. 399-417.

Petrus, Eques a Cygno & A. V. Adhuc Stat 1913-1963. [The two parts of this small booklet of 24 pages are signed Petrus, Eques a Cygno on p. 20 and A. V. on p. 23. Ele foi impresso em 1963 e descrito na p. 1 as ‘Numéro spécial du Bulletin intérieur de la GLNF pour la commémoration de son cinquantième anniversaire’. This GLNF (Grande Loge Nationale Française) is the breakaway Grand Lodge which was founded in 1958 and had its head office 5 avenue de l’Opéra in Paris.]

Paul Reynaud. 1947. La France a sauvé l’Europe. 2 vol. Paris: Flammarion.

Fabrice Serodes. 2010. Anglophobie et politique. De Fachoda à Mers el-Kébir. Paris: L’Harmattan (see Le Monde dated 29 April 2010).

Oswald Wirth. 1938. Qui est Régulier? Paris: Éditions du Symbolisme.

APÊNDICE

Reunião da Grande Loja, 03 de dezembro de 1913 (*)

O Grande Secretário [Sir Edward Letchworth] leu a seguinte mensagem do MV Grão Mestre [HRH Arthur, Duque de Connaught e Strathearn].

“It is with deep satisfaction that I find myself able to signalize the auspicious occasion of the Centenary of the Union by an announcement which will, I am convinced, cause true rejoicing throughout the Craft.

“A body of Freemasons in France, confronted by a positive prohibition on the part of the Grand Orient to work in the name of the Great Architect of the Universe have, in fidelity to their Masonic pledges, resolved to uphold the true principles and tenets of the Craft, and have united several Lodges as the Independent and Regular National Grand Lodge of France and of the French Colonies.

“This new body has approached me with the request that it may be recognised by the Grand Lodge of England and, having received full assurance that it is pledged to adhere to those principles of Freemasonry which we regard as fundamental and essential, I have joyfully assented to the establishment of fraternal relations and the exchange of representatives.

“We are thus enabled to celebrate the hundredth anniversary of that Union which was the foundation of our solidarity and world-wide influence, by the consummation of a wish which has been ardently cherished by English Freemasons for many years, and we are once more in the happy position of being able to enjoy Masonic intercourse with men of the great French nation.

“I trust that the bond thus established will strengthen and promote the good understanding which exists outside of the sphere of Freemasonry.”

MW Pro Grand Master [Lord Ampthill].

Brethren, the happy announcement to which you have just listened has been made to you in the form of a Message from the Throne in conformity with precedent and in order to mark its great importance. You will, I am sure, not deem it inappropriate that I should add a few words of explanation.

The agreement with this newly constituted body of French Freemasons is the result of prolonged and difficult negotiations in which two well-known brethren have been devoted and skilful intermediaries. It is no more than their due to mention their names as they hold no official positions and have done their work, not as a matter of duty but from disinterested devotion to the Craft. They are Bro. Edward Roehrich [[67]], who plays so prominent a part in the work of the Anglo-foreign Lodges in London, and Bro. Frederick Crowe [[68]], to whose self-denial, no less than to the enterprise and generosity of other Brethren, we owe the proud possession of the valuable collection of documents which are now being displayed in the Library.

A Loja na França, que assumiu a liderança de suportar a proibição do Grande Oriente é a Loja “Le Centre des Amis” de Paris, em que o espírito norteador tem sido o Irmão Dr. De Ribaucourt.

O irmão de Ribaucourt foi eleito Grão-Mestre da recém-constituída Grande Loja Nacional Independente e Regular da França à qual, temos boas razões de esperar, haverá muitas adesões das Lojas sob esta nova Constituição em toda a França.

As obrigações que serão impostas a todos Lojas sob esta nova Constituição são os seguintes:

http://www.freemasons-freemasonry.com/bernheim27.html


[1] AQC 78 (1965), p. 290.

[2] Colin Dyer, A História dos primeiros 100 anos da Quatuor Coronati Lodge nº 2076 (1986), p. 47.

[3] Alguns anos depois, quando um de meus trabalhos foi lido na Quatuor Coronati Lodge, eu me sentei ao lado do Ir.´. Will Read, nativo de Yorkshire. Ele me perguntou se eu estava interessado em comprar os primeiros 45 volumes da AQC em encadernações originais que a Biblioteca Bradford estava vendendo. Eu tive que fretar um caminhão até Bradford para trazê-los à Alemanha; o conjunto pesava cerca de 200 libras.

[4] AQC 80 (1967), pp 50-52. O Irmão Ward escreveu em sua resposta “As novas observações do Irmão Bernheim contêm material combustível suficiente para me incendiar com um fogo novo, mas eu preciso suprimir aqui a tentação”.

[5] Joannis Corneloup (1898-1978), Grande Comandante Honorário do Grand Collège des Rites (Supremo Conselho do Grande Oriente de França). Bernhard Beyer (1879-1966), PGM da GL zur Sonne em Bayreuth.

[6]10 de Abril de 1967.

[7] Henri-Félix Marcy 1956, p. 173.

[8] 2-3 Dezembro de 1967. As Transações da Conferência foram emitidas em Annales Historiques de la Révolution Française vol. 197 (1969), pp. 379-392.

[9] AQC 40 (1928), pp 91-125.

[10] Eles se tornaram mundialmente famosos como os ‘Documentos Sharp’.

[11]23 de Janeiro de 1970.

[12] 2 de Fevereiro de 1970.

[13] Alain Bernheim 1974.

[14] 12 maio de 1958, AQC 101 (1989), pp 33-132. Eu ofereci uma pequena homenagem à nossa amizade em ‘In Memoriam Brigadeiro A.C.F. Jackson (1903-2000), CVO, CBE, ADC. Uma lembrança pessoal”, AQC 112 (2000), pp 249-250.

[15] AQC 101 (1989), p. 124.

[16] Fabrice Serodes 2010.

[17] Paul Reynaud, 1947, vol. II, p. 351. Ver também Charles de Gaulle (1954) 2000, pp 66-68.

[18] Arthur Groussier 1931, pp 231-257.

[19] Veja a série de estudos de Robert Amadou 1974-1975.

[20] A frase havia sido sugerida em um relatório feito por um irmão Blanchet, VM da Loja Neuf Sœurs, alterado por um irmão Duez de Nîmes (verbete Blanchet em Daniel Ligou 1987). Ver também a resenha do livro de Corneloup, Schibboleth, pelo Irmão Paul Tunbridge, AQC 78 (1965), pp 161-163), e Alain Bernheim 1989, pp 113-147.

[21] versões de 1849, 1854, 1865 e 1877 em Bernheim 1989, p. 144. O original francês das versões 1865 e 1877 em Richard Edward Parkinson 1957, História da Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Irlanda, p. 211.

[22]O Relatório Frédéric Desmons foi reproduzido em La Chaîne d’Union, Outubro 1877, pp 499-503; Adrien Juvanon 1926, pp 53-60; Daniel Ligou 1966, pp. 86-92. Na Assembléia Geral do ano anterior, um irmão tinha dito: ‘Eu estou entre aqueles que não escrevem em nome completo de Deus e a imortalidade da alma na Constituição, mas eu defino uma grande palavra, à sua cabeça, uma palavra que governou a Maçonaria até 1849 […], o Grande Arquiteto do Universo. […] ela responde a todas as aspirações possíveis, a todos os desejos. Para os maometanos, significa Allah; para os cristãos, toda a Trindade; para os hindus, Brahma ou Shiva; para nós, é Deus… ” (Bernheim 1989, pp 125-126).

[23] Por exemplo, Michel Brodsky: “O reverendo Frédéric Desmons […] que foi o motor principal das mudanças deu apoio incondicional à expulsão do Grande Arquiteto da Maçonaria francesa”, AQC 106 (1994), p. 111. “Como poderia o pastor Frédéric Desmons gritar ‘Pedimos a abolição desta fórmula (a referência ao Grande Arquiteto do Universo), porque nos parece completamente desnecessária e estranha aos objetivos da Maçonaria ‘ ” (Brodsky 1998, p. 349, grifos originais; veja comentários em Bernheim 2008, pp 128-129 ).

[24] Pierre Noël 2007, pp 407-408.

[25] Bernheim, AQC 100 (1988), p. 79: “Eu tenho agora o prazer de informar a vocês oficialmente [… da] disposição da Grande Loja da Inglaterra de estabelecer relações oficiais com o Grande Oriente da Bélgica. (Projeto do Grande Secretário John Hervey, GL Livro de Cartas 9 [janeiro 1875-junho 1876] fólio 227d). Resposta do Grão-Mestre da Bélgica: “O G \ O \ da Bélgica […] recebeu a carta fraternal na qual o seu Grande Secretário nos informa sobre o estabelecimento de relações oficiais entre as autoridades maçônicas dos dois países […]. Em 1987, o irmão Brodsky tinha escrito ‘não sabemos se ela [a carta do Grande Secretário] jamais foi enviada “(ibid., p. 65) e continuou ignorando a evidência da resposta do Grande Mestre belga, AQC 117 (2005), p. 49.

[26] Pierre Noël 2007, p. 414. Também, o obituário de Goblet d’Alviella, PGM do Grande Oriente da Bélgica, em AQC 38 (1925), pp 223-224.

[27] James Daniel, AQC 117 (2005), p. 11. O Grande Secretário era Erskine Simes, “um eminente advogado” (TimesOnline, 9 de dezembro de 2004). O “sic” entre colchetes está na citação original. A partir do momento em que o Grande Oriente da Bélgica foi fundado em 1833, “é provável que a Bíblia não fosse exibida enquanto as Lojas estavam trabalhando” (Pierre Noël 2007, p. 410).

[28] Robert Freke Gould, A História da Maçonaria 1886, vol. III, p. 26. (Gould citou apenas o 2o dos quatro parágrafos da resolução aprovada em 22 de Fevereiro 1878 por uma Comissão nomeada em 05 de dezembro anterior. O texto completo foi citado em francês por Oswald Wirth em Le Symbolisme de abril de 1935, um documento reproduzido em Wirth 1938, pp 126-127). Na página 192 do mesmo volume, Gould escreveu: “Não que as relações entre a Inglaterra e o Grande Oriente já tivessem sido muito estreitas. Este último era, sem dúvida, reconhecido tacitamente pela Inglaterra como um poder maçônico independente, mas nunca formalmente. Nenhuma correspondência ocorreu entre os dois, nenhum intercâmbio de representantes jamais aconteceu. Mas maçons franceses que eram anteriormente recebidos e acolhidos em todas as Lojas inglesas, agora só podem ser admitidos, mediante certificação de que eles foram iniciados em uma Loja que reconhecia o GADU, e que eles próprios sustentam que tal crença é um pré-requisito para a Maçonaria. Com este episódio triste, vamos fechar a história do Grande Oriente Francês. De fato, aos nossos olhos, a Maçonaria francesa não existe mais. O que resta é espúrio e ilegítimo.” No entanto, quando Gould em 08 de maio de 1884 pediu aos irmãos Poule e Du Hamel, ambos membros do Grande Oriente da França, que o ajudassem, ele se dirigiu a eles como “Caros Senhores e irmãos” e sua última frase expressava a esperança de que “seu desejo de fazer justiça a uma causa tão importante quanto a da maçonaria na França pudesse ser uma desculpa para a sua carta” (tradução francesa de carta de Gould em Adrien Juvanon 1926, Vers la Lumière, pp 131-132; carta do Grande Oriente da França ao Grão-Mestre, HRH Edward Albert, Príncipe de Gales, de 28 de novembro de 1884, respondida pelo Grande Secretário Shadwell H. Clerke, 12 de janeiro de 1885, ibid. pp 68-72).

[29] John Rylands, AQC 75 (1962), p. 27.

[30] Também trabalhos de WB Hextall, AQC 23 (1910), 25 (1912) por Chetwode Crawley, AQC 28 (1915).

[31] Frederic Robert Worts, AQC 75 (1962), p. 20.

 

[32] John Rylands, AQC 75 (1962), p. 27.

[33]O Irmão Worts não mencionou a resolução de 1878 em sua antologia: “[…] a GL, a partir de 1813, nunca manifestou qualquer opinião oficial sobre os Landmarks até que mais de um século tivesse decorrido.”, AQC 75 (1962), p. 19.

[34] RF Gould, AQC 6 (1893), p. 131; WB Hextall & AF Calvert, AQC 30 (1917), p. 202 & 205); Lewis Edwards, AQC 46 (1936), pp 360-361. JR Clarke comentou: “É possível ser muito amigo de um homem e não aprovar seus pontos de vista religiosos, AQC 78 (1965), p. 72. Também Begemann 1910, pp 128 e 137; Dudley Wright, ‘Martin Folkes Grão-Mestre Adjunto 1724 “(Revista Builder, abril de 1922); Bernheim 2000, pp. 237-239, David Stevenson, ‘James Anderson: Homem e Maçom’, Heredom 10 (2002), p. 122); Andrew Prescott, “Um corpo sem alma? A visão filosófica da Maçonaria Britânica 1700-2000 “, (  http://www.cornerstonesociety.com/Insight/Articles/articles.html  ).

[35] Grão Mestre 24 de junho 1724-27 dezembro 1725. Folkes foi presidente da Royal Society, 1741-1752.

[36] Sobre Stukeley, consulte R.F. Gould, AQC 6 (1893), pp 127-145 & Begemann 1910, pp 132-138.

[37] ‘ridicularizando as escrituras (ou seja, “propagando o Sistema infiel”) ‘(James E. Force,’ O colapso da síntese newtoniana da ciência e da religião”, em Ensaio sobre o Contexto, natureza e influência da teologia de Isaac Newton, Kluwer Academic Publishers 1990, p. 151).

[38] As memórias familiares do Rev. William Stukeley MD Durham 1882, p. 100. O livro pode ser lido na web (http://www.archive.org/stream/familymemoirsre00socigoog). Stukeley escreveu o seguinte a respeito de John, 2º Duque de Montagu, primeiro Grão Mestre nobre (Junho de 1721-junho 1722): “[…] E se ele não tivesse nascido nobre e de educação pagã, nós deveríamos ter tido o mesmo amor pela religião. Eu muitas vezes fiz grandes impressões em sua mente sobre aquele assunto, mas a companhia do Sr. Folks, Cha. Stanhope, Sr. Baker, e outros igualmente irreligiosos, as apagaram (Ibidem, p. 114; totalmente citado em alemão em Begemann 1910, p. 128). O Irmão WG Fisher mencionou apenas a ‘educação pagã’ do 2º Duque de Montagu, uma expressão que ele colheu, modificada da frase anterior, AQC 79 (1966), p. 70.

[40] Página web de Chris Impens: http://cage.ugent.be/ ~ ci /.

[41] Chris Impens 2008, p. 9. Quase mesmo trabalho que “A Primeira Obrigação Revisitada ‘, AQC 120 (2008), pp 216-237, mas sem a frase acima citada. Ambos os documentos são uma excelente contribuição a um comentário feito certa vez pelo Irmão William James Williams (um advogado que tinha uma “mente legal afiada”, AQC 62, 1951, p. 78): “[…] embora ateus estúpidos seja excluídos do ingresso, o adjetivo qualificativo (que deveria ter sido desnecessário) pode deixar aberto para a observação de que se destinava a apenas um certo tipo de ateu”, AQC 56 (1945), p. 52.

[42] Chris Impens 2008, p. 7. O primeiro site citado pelo Irmão Impens em AQC 120 (2008), p. 235, mudou. É agora: http://www.gale.cengage.com/DigitalCollections/products/ecco/index.htm.

[43] AQC 86 (1973), p. 105.

[44] Tradução francesa em Alec Mellor 1980, pp 88-90. Original em inglês em Pierre Noël, (http://www.ordo-ab-chao.org/ordo/Doc/heurs.pdf), pp 64-65. Na nota de rodapé 266, o irmão. Noël menciona que recebeu uma cópia do documento através de Chris Connop, adido de imprensa da GLUI. Copiado de seu trabalho no apêndice desse documento.

[45] AQC 86 (1973), p. 114 (grifo meu).

[46] Tanto a mensagem de Sua Alteza Real o duque de Connaught e a alocução de Lord Ampthill são citados no apêndice do presente trabalho.

[47] Edward Augustus Hanover (2 de novembro 1767-23 janeiro 1820) foi criado primeiro Duque de Kent em 24 de Abril 1799 (http://www.thepeerage.com/p10078.htm # i100780). Sua alteza real foi iniciado em 05 de agosto de 1789 (e não “em 1790”, conforme afirmou pp 120 e 235 da Grande Loja 1717-1767) na loja de Genebra L’Union (não L’Union de Coeurs, conforme afirma ibid., p. 275). L’Union e L’Union des Coeurs eram duas lojas diferentes de Genebra. A L’Union, fundada em 20 de Março de 1786, era a loja do Grão-Mestre do Grande Oriente Nacional de Genève, Jean Rodolphe Sigismond Vernet, e nunca trabalhou o Rito Retificado. A L’Union des Coeurs, fundada em 1769, juntou-se ao Regime Retifié em 1810 (Bernheim 1994, pp 303 & 539). As datas de 1778 e 1782 são as de conventos realizados em Lyon e em Wilhemsbad. O erro sobre a loja em que o futuro duque de Kent foi iniciado teve origem em três historiadores suíços, Galiffe, Zschokke e Boos; e foi corrigido por François Ruchon em 1935, citado por Paul Tunbrige (AQC 78, 1965, p. 19). Ver Bernheim 1994, pp 247 nota 13 e 303 nota 27.

[48] “Eis os compromissos que podemos assumir’ em carta a Roehrich, 17 de Setembro de 1913. “Nós impusemos e imporemos às nossas Lojas as seguintes obrigações’ em carta à Sua Alteza Real o Duque de Connaught, em 8 de Outubro e Novembro 1913 (cópias de ambas as cartas em Alec Mellor 1980, pp 247-248 e 269 – [273]; ver nota 51). Mellor (1907-1968, iniciado em 28 de março de 1969) afirma que o Conselho de Objetivos Gerais lhe autorizou a reproduzir essas cartas e agradece a Sir James Stubbs e Terence Haunch por sua recepção fraternal (Mellor, op. Cit., P. 245).

[49]Das dezessete cartas em Mellor 1980, pp 247 – [281], sete delas como fac-símiles.

[50] Datado de 6 de Dezembro de 1913 e assinado por Ribaucourt, Grão Mestre, o Decreto N° 1 da nova Grande Loja dizia: “[…] considerando: Que a nova Grande Loja foi fundada em Paris em 05 de novembro de 1913 […] “(Jean Baylot 1963, pp 27-28, e Alec Mellor 1980, p. 90). Vinte anos atrás, eu mencionei que esta Grande Loja foi fundada por uma única loja, AQC 101 (1989), p. 98.

[51] Le Centre des Amis é o novo nome adotado em 1793 pela Loja Guillaume Tell. Ela abateu colunas em 1841 (Adhuc Stat, p. 15). Três membros do Grande Oriente (Édouard de Ribaucourt era um deles), que recebeu o grau CBCS (Chevalier Bienfaisante de la Cité Sainte) em Genebra, em 11 junho de 1910 criaram uma loja independente trabalhando o Rito Retificado sob o nome Le Centre des Amis em Paris em 20 de Junho do mesmo ano. Em uma carta que enviaram em julho ao Grande Oriente da França, eles afirmaram ter “re-avivado a loja em virtude de uma patente constitutiva datada de 11 de junho de 1910, entregue a eles pelo Directoire du Regime Ecossais Rectifé en Helvetie” (Charrière 1938, p. 98). Depois de uma repreensão por sua ação ilegal, a loja recebeu carta constitutiva pelo Grande Oriente em 15 de Março de 1911 (ibid., p. 108).

[52]Diante destas palavras, é de se notar que na carta à Sua Alteza Real o duque de Connaught, mencionada na nota 48, a palavra Outubro é riscada e a palavra Novembro escrita acima dela.

[53] A descrição acima é minha re-tradução do texto francês citado em Jean Baylot 1963, pp 34-35 & Alec Mellor 1980, pp. 86-87: “Nós estamos todos preparados para receber sua Prancha de 8 de outubro de […] Nós temos toda a autoridade para agir em nome de nosso G.M., S.A.R. o Duque de Connaught […] e em nome de SAR nós estamos atentos em lhe dar a garantia de que a GLNI e R é de fato reconhecida pela GLIU como uma loja soberana com a qual desejamos estabelecer e manter relações fraternais’.

[54] De acordo com a história da loja em seu site http://www.anglaise204.org/page44.html e com a primeira história da loja escrita em 1915 pelo irmão Renou (um texto datilografado que eu encontrei na biblioteca da GLUI [ref. 4FR 166 (204) REN], pp 30-32). Na página 32, Renou escreve que em 3 de dezembro de 1913, a loja foi fechada pela última vez em nome e sob os auspícios do Grande Oriente de França.

[55] Jean Baylot 1963, p. 28. As palavras “Nosso regime” significam o Rito Retificado.

[56] Jean Baylot 1963, pp 37 & 89.

[57]Citado em Livros do Ano Maçônicos, bem como no Anexo B do trabalho do irmão James Daniel, AQC 120 (2005), p. 41. Grifo meu.

[58]A Loja Le Centre des Amis foi fundada em 1910 (ver nota 49).

[59] AQC 88 (1976), p. 85. Alguns anos mais tarde, Draffen escreveu: “Toda a ajuda seria dada para ver que as novas Grandes Lojas não se bandeassem para o lado do inimigo e se tornasse uma das Grandes Lojas dominadas pelo pensamento do Grande Oriente de França”, AQC 96 (1984), p. 135.

[60] R.F. Gould 1882-1887, The History of Freemasonry, Vol. I, p. 439, nota I.

[61] Douglas Knoop e GP Jones, AQC 56 (1945), p. 47.

[62] « Si l’on se résigne à faire partie du troupeau, que ce soit un troupeau d’hindous, de marxistes, de catholiques ou de maoïstes, c’est une chose. Mais si l’on possède une réelle envergure et si l’on en fait une affaire personnelle, il faut chercher…» ( Arnaud Desjardins, p.59.

[63] Recentemente, o irmão Julian Rees expressou a mesma ideia: ‘Um sistema peculiar de moralidade velada em alegoria e ilustrado por símbolos. Esta é a resposta para a pergunta: “O que é a Maçonaria? ‘ […] Esta é, e pretende ser, uma resposta rápida, que se esforça para descrever o que, de fato, não pode ser descrito em palavras de uma sílaba, na verdade, simplesmente não pode ser descrito adequadamente com palavras. ” (Cornerstone Society, Northern Conference 2006). Ou Lord Northampton, Pro Grão Mestre: “[…] Deixe-me salientar que você não pode descobrir os mistérios da Maçonaria lendo o livro do ritual. Você tem que passar pelo processo de iniciação para perceber e desvendar o mistério, porque é uma experiência sentida. ” (Cornerstone Society, Summer Conference 2005).

[64] Marius Lepage 1956, p. 8.

[65] Praticante do Tratamento Manual Sueco. Nascido em Estocolmo (Suécia) em 21 nov 1876. Naturalizado em 21 de novembro de 1914. Vivia em Harrogate. Capitão do 10o. Bn. West Yorkshire Regiment, mais tarde Tenente-Coronel do 15o. West Yorkshire Regiment. Condecorado com a Cruz Militar em 1o. de janeiro de 1918. Oficial da Divisão Militar da Excelentíssima Ordem do Império Britânico em reconhecimento de serviços valiosos prestados em conexão com operações militares em Arcanjo, Norte da Rússia, em 3 de Fevereiro de 1920. Fonte: http://frontforum.westernfrontassociation.com/viewtopic.php?f=7&t=403 com uma fotografia e outros sites encontrados através do Google.

[66] AQC 24 (1911), p. 173. (*) Ver nota 44 deste trabalho.

[67] [Nota de AB]. ‘Worshipful Brother Edward Roehrich was born in Geneva. […] Founder, Past Master (twice W.M.) and Father of the Entente Cordiale Lodge, No. 2796, consecrated in London in 1899, and working entirely in the French language; […] In 1901 he was invested as Deputy Grand Director of Ceremonies of England, […]. At the Grand Lodge of England he represents the Grande Loge Nationale of France, of which he is Past Senior Grand Warden. […] It was chiefly through his advocacy and assistance that the National Grand Lodge of France was recently organised, whereby a severance between English and French Freemasons of nearly forty years was bridged over; […] At the Grand Lodge of England he acts as representative of the Grand Lodge Alpina (Switzerland)’. ([Anon.] 1915. Representative British Freemasons – A Series of Biographies and Portraits of Early Twentieth Century Freemasons. Kessinger reprint 2003, p. 216).

[68] [Nota de AB]. O revisor da História Concisa da Maçonaria de RF Gould(1920).

 

6 comentários em “A Minha Abordagem da História Maçônica – Manchester 2011

  1. Bom dia,

    Tenho comigo um livro francês de maçonaria “”Code Des Francs-Maçons”.
    É um livro bastante antigo, pelo que me dá aperceber data de 1830.
    Pretendia vende-lo, mas não sei aonde me dirigir, andei na net e vi o vosso site.
    Se me poderem ajudar agradecia.

    Cmpts,
    F.Machado

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