Tradução José Filardo
A maioria das pessoas com o mais superficial conhecimento da história maçônica na Inglaterra, está familiarizada com a história de quatro lojas maçônicas especulativas composta por cavalheiros ingleses que se reuniram na Taverna Goose e Gridiron para formular um sistema de grande loja matriz, essencialmente subordinando todas as lojas existentes com a demanda de que eles se submetessem a essa nova autoridade para obter cartas constitutivas ou licenças. Sob Cromwell, foram criadas leis que quando aplicadas, essencialmente classificavam as lojas como organizações subversivas, a menos que elas se colocassem sob a proteção da nova Grande Loja. Mas, essas lojas Inglesas não teriam suas origens nas Lojas escocesas antigas ou Celtas? Se fosse para rastrear suas origens, não seria descoberto que elas se originaram das mesmas lojas que eles estavam buscando agora subordinar?
Se assim for, não seria a última vez. Uma vez mais, qualquer pessoa familiarizada com as origens da sociedade Rosacruz maçônica inglesa saberia que Robert Wentworth Little foi iniciada pelo mago O’Haye no Edinburgh College, somente para se voltar e oferecer uma carta constitutiva à mesma depois da Fundação de um Alto Conselho em Anglia.
No que diz respeito às quatro lodges de Drury Lane, St Paul’s Churchyard, Covent Garden e Channel Row em Westminster, onde mais poderia sua autoridade ter-se derivada? De qual organização ou corpo maçônico poderiam terem obtido suas Cartas Constitutivas, se nenhuma Grande Loja existia em Londres antes de 1717? Histórias maçônicas registradas por tipos como Oliver, Knoop, Carr, Coil e outros tratam cada uma delas o assunto à sua própria maneira. As três lojas que sobreviveram atá aquela data, parecem ter recebido suas cartas constitutivas de outras lojas impostas a elas como resultado de fusões com outras lojas, como foi o caso da Loja Fortitude . Ela se fundiu com uma loja (“Old Cumberland Lodge”) cujas origens datavam de 1723. A identidade da loja perdeu-se nas sombras, e por um breve período de anos, seus membros desconheciam suas importantes origens. O fato de que uma loja possa perder o conhecimento de suas próprias origens dessa maneira, realmente dá credibilidade aos contos de Iona e da ilha de Man, e à história oral de um Comandante Harris transferindo a sede para a Loja em Aberdeen. Aparentemente, os membros atuais da Loja Maçônica em Aberdeen, embora reconhecendo sua história antiga, estão surpresos ao ouvir de sua inclusão em tal sabedoria associada à Estrita Observância e não oferecem qualquer validação para afirmar isso
Então, onde está as cartas constitutivas originais para as quatro lojas que se uniram para formar a Primeira Grande Loja na Inglaterra? Tais documentos eram mesmo necessários? Talvez nunca tenha havido qualquer carta constitutivas, ou pode ser que elas simplesmente foram corroídas ao longo do tempo por vermes e clima úmido. Ou… elas foram destruídas ou ocultadas. Por que elas seriam destruídas ou ocultadas? Maçons jacobitas apontariam a intenção de obscurecer o fato de que a origem e proveniência da autorização data a aquelas lojas e cavalheiros ingleses devia ser encontrada fora da cidade de Londres na forma e lugar que a Grande Loja de Londres eventualmente se rebaixaria em seus esforços para suprimir, ao mesmo tempo em que usurpava ou assumia uma autoridade antiga via Constituições de Anderson.
Algumas lojas, tais como St. Mary’s and Kilwinning emitiram cartas para outras lojas e algumas lojas alegavam antiguidade simplesmente adicionando Kilwinning ao seu nome. A maioria das lojas dessa época teria efetivamente reclamado autoridade para se reunir a partir de sua posse de copias de umas das “Antigas Obrigações” por escrito. É importante destacar que existem muitos registros nas atas de lojas onde as Antigas Obrigações eram lidas em voz alta integrlamente em sua forma longa na iniciação de novos Maçons. Este é, provavelmente o caso quando se trata dessas quatro lojas em Londres, embora eu aceitaria de bom grado provas em contrário.
O Dr. Trevor Stewart, um antigo Professor Prestonian da GLUI e Past-Master tnto da loja de Pesquisa Sir Robert Morray, na Escócia, quanto da prestigiada Lodge de Pesquisa Quator Corronati na Inglaterra, destaca referências de Anderson a ‘lojas’ na Inglaterra, a partir do ano 1603 até 1717.
Poderia isso sugerir uma conexão ou uma continuidade que nos leva de volta à Escócia? O Dr. Trevor Stewart forneceu-me vários pontos a ponderar na forma dos seguintes excertos do Novo Livro de Constituições de Anderson de 1738, já que nenhum dos seguintes pode ser encontrado na edição de 1723:
KING JAMES VI & I: ‘Royal Brother Mason’ (A Loja Scoon e Perth No. 3 preservou a tradição incontestes de sua iniciação a seu pedido) e “Grand Master por Prerrogativa” (GM de quê?)
Nomeia INIGO JONES para ser ‘seu Vigilante Geral’ e aprova ‘de ser ele escolhido Grão-Mestre da Inglaterra para presidir as Lojas’ (escolhido por quem? Onde? Quando?)
Pedra fundamental do novo Salão de Banquetes em Whitehall lançada cerimonialmente “com a presença de muitos Irmãos de forma devida’ (De onde eles vieram? O que ele quer dizer com “em forma devida’? Havia uma ordem determinada de procissão e / ou vestuário? Determinada por quem, onde e quando?)
INIGO JONES ‘sempre permitiu bons salários e horarios adequados para instrução na Lojas, que ele constituiu com excelentes Estatutos, e as tornava Escolas ou academias dos Projetistas na Itália.’ Ele também realizou a Comunicação Trimestral da Grande Loja de Mestres e Vigilantes e a Assembléia Anual e Festa no Dia de São João, quando ele foi reeleito anualmente, até 1618 AD “.
“A Maçonaria assim florescente, muitos homens eminentes, ricos e instruídos, a seu próprio Pedido, foram aceitos como Irmãos, para a Honra do Oficio, (Onde e por quem?) até que o Rei morreu em 17 de março de 1625 “.
REI CHARLES I : ‘também um Irmão Real e Grand Master por Prerrogativa’ (absolutamente nenhuma prova para esta afirmação)
INIGO JONES continuou a exercer o cargo de GM Adjunto sob Pembroke, Danby, Arundel, Bedford. Após o último, ele assume o cargo novamente como GM.
“No entanto, durante as Guerras (Civil), os maçons se reuniam ocasionalmente em vários lugares”. Onde? Quando? Quem? 16 de outubro de 1646: iniciação de Elias Ashmole em Warrington
REI CHARLES II : “Em suas viagens (no exílio) ele tinha sido feito um pedreiro livre”. Absolutamente nenhuma evidência disso! Diz-se que ele ‘incentivava o estilo Augustiano, revivendo as Lojas “. Onde? Quem estava envolvido?
ST. ALBANS escolhido como GM ( por quem, onde e quando?) “realizou uma Assembléia Geral e Festa no dia de São João, 27 de dezembro de 1663”. Vários “Regulamentos” foram feitos.
No. 1 refere-se à noção de “uma loja regular”. O que isso significa? Quem decide sobre a regularidade e por que critérios? Ele também se refere a “aquele limite ou divisao onde tal Loja é mantida”. ‘Regular’ implica uma continuidade? Este regulamento certamente implica uma restrição à jurisdição da loja.
O No. 3 refere-se a um Certificado do Tempo e Lugar de sua Aceitação da Loja que o aceitou (ou seja, uma pessoa que afirma ser um “Maçom”). Isto implica alguma continuidade e alguma administração rudimentar em uma base nacional.
O No. 5 refere-se a ‘para o futuro a referida Fraternidade de Maçons Livres será regulada e Governada por um Grande Mestre e tantos Vigilantes quanto tal Sociedade entenda adequado nomear em cada Assembleia Geral Anual”. Continuidade novamente, talvez!
Sucessão de nobres como GMs: Rivers, Buckingham, Arlington – com CHRISTOPHER WREN como GM Adjunto. “Muitas lojas foram constituídas em todas as Ilhas” (implicando Inglaterra, Irlanda, bem como Escócia).
“Mas muitos dos Registros da Fraternidade deste e de outros Reinos se perderam no seguinte, e na Revolução (ou seja, a chamada Revolução Gloriosa de 1688), e muitos deles foram apressadamente queimado em nosso tempo por Medo de fazer descobertas: De modo que não temos um realto tão amplo quanto poderia ser desejado da Grande Loja, & c. ‘ Observe-se o ‘& c.’) – O que poderia isso implicar?
1685 ‘as lojas reuniram-se e elegeram CHRISTOPHER WREN’ como GM (Onde? Quando?)
REI WILLIAM III E RAINHA MARY II : ‘Lojas particulares não eram tão frequentes e em sua maioria ocasionais no Sul (isso significa na Inglaterra?), exceto em ou perto dos lugares onde Grandes Obras eram realizadas. Assim, Sir Robert Clayton conseguiu uma Loja Ocasional de seus Irmãos Mestres para se reunir no Hospital SouthWark de St. Thomas em 1693 AD e para aconselhar os governadores sobre o melhor projeto de reconstrução daquele Hospital já que agora está mais bonito, próximo do qual uma Loja regular continuou por muito tempo depois “. Observe-se que nova distinção surgiu – entre uma loja “ocasional” e uma loja ‘regular’.
‘Além dessas (ou seja, a ‘loja declarada no Hospital de St. Thomas) e a antiga Loja de St. Paul’s, havia outra em Picadilly, defronte a Igreja de St. James, uma perto de Westminster Abbey, outra perto de Covent Garden, uma em Holborn, uma em Tower Hill e mais algumas que se reuniam regularmente’.
WILLIAM III (que sobreviveu à sua esposa, Mary II) ‘foi feito pedreiro livre particularmente’ (absolutamente nenhuma evidência disso!) e ‘aprovado por sua escolha de G. Mestre WREN’ (nenhuma evidência disso também).
Na reconstrução do Palácio de Hampton Court ‘uma brilhante Loja foi realizada durante a construção’.
1695 RICHMOND & LENNOX era ‘Mestre de uma Loja em Chichester’. Na ‘Assembleia anual e Resta em Londres, foi escolhido Grão-Mestre e aprovado pelo Rei’; Wren nomeado para ser seu Adjunto, e em seguida reeleito GM em 1698.
RAINHA ANNE: “Ainda assim, no Sul as Lojas estavam cada vez mais em desuso, em parte, pela negligência dos Mestres e Vigilantes, e em parte por não ter um Nobre Grão Mestre em Londres, e a Assembléia anual não teve o devido comparecimento”.
“Alguns anos depois disso (ou seja, a conclusão da catedral de São Paulo em 1708) Sir Christopher Wren negligenciou o Cargo de Grão-Mestre; e ainda assim a Antiga Loja perto de St. Paul’s e mais algumas continuaram ainda as suas reuniões regulares”. Esta seria o que mais tarde se tornou conhecida como “Lodge of Antiquity”.
REI GEORGE I : ‘Após a rebelião ter acabado (ou seja, o a primeira incursão jacobita ) em 1716 AD, as poucas Lojas em Londres que se encontrem negligenciadas por Sir Christopher Wren, acharam adequato se consolidar sob um Grão Mestre … ‘
Anderson enumera quatro dessas lojas:
1. Na cervejaria Goose and Gridiron no adro da Igreja de St. Paul;[1]
2. Na cervejaria Crown em Parker’s-Lane, perto de Drury Lane;[2]
3. Na Taverna Be Apple-Tree em Charles Street, Covent Garden;[3]
4. Na Taverna Rummer and Grapes em Channel Row, Westminster.[4]
‘Eles e alguns antigos irmãos (de onde estes vieram?) reuniram-se na referida Apple-Tree, e tendo eleito o mais antigo Mestre Maçom para presidir (agora o Mestre de uma Loja), eles se constituíram como uma Grande Loja pro Tempore, na Forma Adequada, e em seguida reviveram a Comunicação Trimestral dos Oficiais de Loja (chamada a Grande Loja), resolveram realizar a Assembléia e Banquete Anual e, em seguida, escolher um GRANDE MESTRE entre eles, até que tivessem a Honra de um Nobre Irmão como seu Chefe.’
Publicado em http://initiatorysubculture.blogspot.fr/
[1] Esta antiga cervejaria estava provavelmente fora, em vez de ‘dentro’, do Adro de St. Paul’s. A famosa loja antiga (agora conhecida como) Antiquity No. 2 reunia-se ali de 1716 a 1729 quase certamente em uma sala superior. A primeira assembleia das quatro lojas originais teve lugar ali em Junho de 1717. A taberna, sem distinção arquitetônica, foi demolida em 1894 e da área imediata (Adro da Igreja de St. Paul) desde então sofreu muitas mudanças arquitetônicas radicais. Oficialmente, a loja havia sido formada em 1691, mas ela pode ter tido uma origem ainda mais antiga. Em 1760, ela adotou o nome de “Loja Da Índia Ocidental e Americana mas adotou seu nome atual em 1770. É altamente prestigiada Loja ‘Red Apron’. Nenhuma Carta Constitutiva ou Autorização. As primeiras Autorizações foram emitidas em 1731 pela Grande Loja da Irlanda (01 de fevereiro de 1731 para Mitchelstown, Co. Cork. Essa foi uma característica do notavel renascimento da maçonaria irlandesa sob o Grão Mestre de Originalmente na Inglaterra operava um acordo ad hoc para a emissão de cartas de “Autorização”.
[2] Esta antiga estalagem estava situada em Lincoln’s Inn Fields. Alega-se que a loja que se reunia ali existia desde 1712. Ela recebu o número dois na lista impressa de 1729. Ela se mudou algumas vezes de local na área de Holborn. 1723 – para a Taverna Queen’s Head, Turnstile, Holborn, 1725 – para o Green Lettuce Inn, Brownlow Street, Holborn, 1727 – para o Tavern Rose e Rummer, Furnival’s Inn, a Holborn, 1729 – para o Rosa and Buffalo Inn, Furnival’s Inn, Holborn; 1730 – para o Bull and Gate Inn, Furnival’s Inn, Holborn. Nenhuma Carta Constitutiva . Ela foi excluída das listas em 1736.
[3] Esta antiga estalagem há muito deixou de existir. Ela estava situada em Charles Street (que agora faz parte da Wellington Street), em Covent Garden. Foi lá que a primeira reunião preliminar das quatro lojas originais foi realizada em junho de 1716. Até 1723, quando a loja que se reunia lá mudou-se para Tavern Queen’s Head en Knave’s Acre, a Apple Tree deixou de ter qualquer ligação com a maçonaria. A Loja é agora conhecida como Fortitude and Old Cumberland n º 12, embora tenha sido atribuído No. 11 a ela ao aceitar um “Certificado de Constituição” da nascente Grande Loja em 1723. A loja continuou a operar ao abrigo desta mera “carta de autorização” até 1967, quando voltou ao seu status ‘Time Immemorial’. Naturalmente, é uma grandemente prestigiada Lodge ‘Red Apron’. Por isso não existe Carta Constitutiva.
[4] Esta é outra Loja Time Immemorial. Ela ainda existe, apesar de seu nome atual ser Royal Somerset House e Inverness Lodge No. 4. A Taverna Grapes and Rummer estava situada em Channel Row, Westminster – um local fortemente associado ao Dr. J.T. Desaguliers que tinha sua casa na mesma rua. Logo depois que ele ingressou, e certamente por volta de 1723, a loja adotou o nome de Old Horn Lodge, ou seja, o nome da taverna em que se reunia. Já nessa época ela era famosa pela qualidade de seus membros. O ingresso era muito procurados (como é agora, é claro!) No entanto, ela abateu colunas e foi excluída das listas em 1747, sendo restaurado nelas em 1757. A Loja continuou a se reunir depois em vários locais do centro de Londres. Ela é também uma Loja ‘Red Apron’. Não tem Carta Constitutiva ou Autorização mas em 1883 se dignou de pedir uma, e aceitou uma “Carta Constitutiva” Centenária da GLUI
Creio que encontrei um texto o qual fala sobre as 4 Lojas que Anderson coligou para formar a Grande Loja da Inglaterra. O autor é Clément Edwin Stretton, de indiscutível capacidade e idoneidade:
“Stretton começou a chamar a atenção para certas incoerências e imprecisões em alguns dos rituais do ofício para o qual ele veementemente colocou a culpa sobre o Rev. Dr. James Anderson, que em 1717, segundo ele, tinha praticamente sequestrado as quatro lojas principais dos Operativos, ligados à re- construção da Catedral de St. Paul, a saber, o ganso e Gridiron no cemitério da Igreja de St. Paul, a Coroa em Parkers Lane, The Appletree em Charles Street, eo Rummer e uvas no Canal Row, os membros que, como foi bem documentado, então combinadas para criar a primeira Grande Loja de maçonaria como a conhecemos hoje em dia. ”
Então, aqui temos a origem das quatro Lojas que criaram a Grande Loja de Londres.
Sobre o autor da descoberta da origem das 4 lojas que se reuniram para formar a 1ª Grande Loja, damos o texto original:
“As far as today’s Operatives are concerned, the single most important thing that Stretton ever did was to authorise, in his capacity as Secretary, the re-opening of the London Section of the York Division of the Guild Operatives, for which purpose he deputed another important figure in the history of this Society, Dr Thomas Carr, to open in London a Master Masons’ Lodge in the VII°, to enthrone three Master Masons, and “to carry out all other work in accordance with the ancient usages and established customs as Enthroned Master Masons have done in all ages.” This Carr did at the Bijou Theatre, Bedford House, 3 Bedford Street, Strand, London on Wednesday 21st May 1913, and the Lodge continued to meet thereafter.”
Marlanfe
CurtirCurtir