Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

E-Mail: revista.bibliot3ca@gmail.com – Bibliotecário- J. Filardo

Desilusão com a Maçonaria

Tradução J.Filardo

Ir.’. Greg Stewart

O seguinte foi compartilhado comigo com muita apreensão e preocupação com sua reação. Ironicamente, ouvi as mesmas palavras de outros nos últimos meses, e ocorreu-me que elas não eram vozes isoladas ou meramente dissidentes clamando no deserto – em vez disso, elas eram um mal-estar real que está tomando aqueles anteriormente engajados. Desencanto, privação de direitos, desapontamento, não importa em que saco você coloca, estou ouvindo sobre esses sentimentos cada vez mais.

Sempre olhando para o lado bom, este seria um bom salto para longe do ponto, para explorar o sentimento à medida que prosseguimos na busca de suas raízes. Vocês compartilham essa mesma sensação?

 

Desilusão com a Maçonaria

(Anônimo)

 

Depois de servir à Fraternidade por mais de dez anos, parei de olhar para trás, para o quanto eu realizei e como a Maçonaria mudou. Eu já passei pelos cargos e servi fielmente a minha Loja, participando de várias festas de trabalho, angariações de fundos e outros eventos. Fui considerado eficiente no trabalho de grau e reconhecido por trabalho em Educação Maçônica. Também já participei de várias funções distritais e estaduais. Graças à Internet, correspondi-me com maçons de todo o mundo, ouvindo seus problemas, bem como os seus conselhos. Sempre que um irmão pediu ajuda, seja perto ou longe, eu ofereci uma mão amiga. Meu conhecimento e experiência maçônicos me levaram a uma posição em que eu era frequentemente consultado para aconselhamento e liderança. Ela também me levou à politicagem onde fui confrontado por aqueles ciumentos de minha notoriedade e que teimosamente minaram qualquer esforço para atualizar a Loja e a fraternidade. Eu agora olho para trás e pergunto: “Eu fiz alguma diferença? A fraternidade ou a Loja está melhor do que quando fui iniciado? ” Eu cheguei pouco a pouco à conclusão de que a resposta é “Não”

Penso que a razão para isso é porque eu sofria de uma falsa percepção do que fosse Maçonaria. Quando entrei na fraternidade, estava sob a impressão de que um verdadeiro Mason era um homem de caráter, integridade, honra, que possuía uma curiosidade intelectual sobre a vida, uma pessoa cuja palavra é sua obrigação. Em outras palavras, eu percebia os maçons como o alicerce da sociedade.

Infelizmente, não foi isso que eu descobri. Tenho viajado por ai um pouco e encontrado muitos maçons, a maioria dos quais não corresponde a este estereótipo. Na verdade, eu estimaria que menos de 1% do total de nossos membros pode ser caracterizada dessa forma. E aí é onde a bolha estourou para mim.

Com exceção daqueles Irmãos tentando estabelecer lojas da Observância tradicional (TO), eu percebi que a grande maioria dos maçons não são pessoas sérias. Eles estão mais preocupados em trocar tapas nas costas, ao invés de fazer alguma coisa de substância. Um monte de maçons arranhará e brigará apenas para obter seu próximo avental ou título. Eu tendo a acreditar que isso ocorre porque eles nunca fizeram nada digno de nota em suas carreiras profissionais e almejam atenção. Em outras palavras, eles estão tentando construir a sua autoestima à custa de suas Lojas, uma espécie de fenômeno “Enquanto Nero tocava violino, Roma ardia” . Eu acho que é por isso que eu acho divertido ouvir teóricos da conspiração tentando alertar o público sobre como a Maçonaria está tentando dominar o mundo. Engraçado demais.

A fraternidade está morrendo e ninguém está fazendo coisa alguma sobre isso, e muito menos em nível de Grande Loja. A Maçonaria é uma instituição que teimosamente se apega ao passado e resiste a qualquer tentativa de mudança e modernização. Ele está se deteriorando diante dos nossos olhos.

A desilusão vem quando as expectativas não são atendidas, quando as crenças não se realizam. A desilusão leva à frustração que muitas vezes leva à ira. Em algum momento, porém, você tem que lidar com isso. A meu ver, há apenas algumas opções disponíveis:

  1. Ficar e aceitar passivamente o status quo – representando a rendição total.
  2. Ficar e continuar a tentar mudar o sistema internamente – impossível devido ao estrangulamento político que as Grandes Lojas detêm sobre a fraternidade.
  3. Tirar uma licença – em que os problemas ainda estarão esperando por você quando você voltar.
  4. Demitir-se e começar um novo tipo de Maçonaria – que é muito tentador, mas difícil de fazer em larga escala.
  5. Renunciar, lamber suas feridas e seguir em frente com sua vida.

Esta última opção, infelizmente, é o que muitos homens optam por fazer, ao invés de lutar contra os poderes constituídos.

Consideremos, por exemplo, o declínio em queda livre no número de membros da Ordem. Além da morte e transferências, pense sobre aqueles membros suspensos por falta de pagamento das taxas que, em algumas grandes jurisdições estão aumentando. Não se pode deixar de perguntar por que isso está ocorrendo. Por causa da economia? Talvez. É mais provável que eles não estejam recebendo nada de significativo da Maçonaria. Mesmo quando Grãos Mestres oferecem programas de anistia para incentivar os membros a retornar ao rebanho, muito poucos o fazem.

Aqueles homens que normalmente assumiriam um papel ativo na Maçonaria estão sendo afastados em massa devido à complacência, apatia e política, três palavras feias que infelizmente caracterizam a Maçonaria atual e provocam a desilusão.

Maçonaria tornou-se mais uma filantropia que uma fraternidade, um teatro político em oposição a uma verdadeira fraternidade. É triste ver uma instituição, que já foi nobre desmoronar diante de nossos olhos em uma instituição irrelevante.

O que você acha?

 

 

Publicado originalmente aqui.

 

22 comentários em “Desilusão com a Maçonaria

  1. Recém iniciado, fiquei decepcionado.

    Realmente eu criara uma fantasia sobre a Ordem.

    Possivelmente imaginara que a Ordem fosse composta de homens cultos, com efetivo interesse no aperfeiçoamento moral, velando por elevados princípios . Talvez tivesse sido essa a ideia nos séculos XVIII e XIX.

    Minha percepção antes da iniciação foi, sem dúvidas, influenciada pelo imaginário que se criou em torno da maçonaria na nossa cultura. Líderes, intelectuais, a ideia da independência, dos princípios republicanos. Enfim, uma instituição mítica.

    Ingressei em uma obediência que exige que os aprendizes e os companheiros indiquem novos obreiros como requisito de passagem para os próximos graus. Resumo: obreiros com pouca experiência indicando novos obreiros…

    Na minha curta experiência não percebi prioridade no desenvolvimento das 07 artes liberais, especialmente a gramática e a retórica. É válido dizer, entretanto, que a fraternidade e a caridade são princípios vetores.

    O que, então, a maçonaria pode oferecer?

    A caridade pode ser desenvolvida em clubes de serviço (p.ex. Rotary, Lions).

    A espiritualidade pode ser desenvolvida no seio de uma religião ou em estudos individuais. No tocante aos supostos segredos ou conhecimentos esotéricos, assim como os filosóficos, a maçonaria é apenas uma das chaves (geométrica) que viabiliza seu estudo e compreensão.

    A questão principal, talvez, seja a fraternidade. E aqui ingressamos, muitas vezes, na tormentoso debate do reconhecimento entre as obediências. Que fraternidade é essa se há, na prática, discriminações entre obediências tradicionais e obediências não tradicionais? A fraternidade se resume a uma rede de irmãos credenciados de uma determinada obediência e de irmãos entre obediências que se reconhecem mutuamente?

    Creio que eu tenha falhado em perceber com adequada dimensão outros aspectos, mas hoje o que realmente sinto é decepção.

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    1. Brother Pedro,

      Os conhecimentos “secretos” são folclore, já que perderam o lugar dentro da cultura moderna. Somos dinossauros. E não gostamos de ler, nem de estudar.

      Tua percepção não está equivocada. No frigir dos ovos, o que resta é a fraternidade. A certeza de contar com amigos incondicionais em diferentes lugares por onde passar. E essa característica da Maçonaria permite que você procure e encontre outros como você que também gostariam de fazer alguma coisa e arregaçar as mangas e realizar algum trabalho.

      Nenhum trabalho é grande demais, nenhum trabalho é pequeno demais.
      Pode ir desde criar uma biblioteca onde não houver uma, recolhendo livros ociosos nas bibliotecas de conhecidos,
      Pode ser um apoio a uma casa de idosos, apoio representado até mesmo pela simples companhia feita em uma tarde de domingo a um velhinho ou velhinha que está sozinho no mundo.

      Com aquelas fórmulas empoladas em loja, fala-se de “humanidade”, esquecendo-se que

      – um mendigo esfarrapado esmolando é humanidade;
      – um velhinho em um asilo, solitário e abandonado é humanidade,
      – menores abandonados são humanidade.

      Toda essa humanidade merece a compaixão e a dedicação de um maçom.

      O apoio também pode ser material a um asilo, a uma quermesse da paróquia local, quando não uma “festa de largo” promovida pela(s) loja(s) em benefício de uma instituição. Isso é maçonaria.
      A frequência e participação em discussões na Câmara Municipal, de assuntos de interesse da população é maçonaria.
      Até a promoção de um protesto contra uma injustiça ou uma reforma prejudicial à população é maçonaria.
      Participar da associação de bairro, associação comercial, assumir lideranças até mesmo no clube de que se é sócio.
      Lembre-se:
      Boas lojas desenvolvem no maçom uma responsabilidade para com a sociedade, com a humanidade.
      Lojas vagabundas produzem irmãos capazes de apoiar um governo fascista de extrema direita.

      Cabe a você, portanto, procurar entre os irmãos aqueles que gostariam de desenvolver um trabalho em sua comunidade, arregaçar as mangas, vestir o avental e mãos à obra!

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  2. Vou lhe dizer uma coisa, o que esta acontecendo, é uma filtragem… a maçonaria brasileira virou um clube de senhores que reúnem-se semanalmente para esperar o Ágape… esta mais ocupada atualmente em resolver seu problemas internos do que combater a tirania, vai chegar perto de desaparecer, mas não vai.. ficará nela o verdadeiro homem sedento de conhecimento, e principalmente auto-conhecimento…

    4. Demitir-se e começar um novo tipo de Maçonaria – que é muito tentador, mas difícil de fazer em larga escala.

    Isso acima que retirei de seu texto ja foi feito, é maçonaria também embora os vaidosos “regulares” digam não reconhecer os IIr. como tal, trabalhamos por 5 anos numa oficina do REAA em Curitiba com afinco e devoção, assim como você e apenas percebi que o “looping” é o mesmo, inicia-se 10 homens 9 vão embora, os mestres com bastante tempo de casa não vão a reunião, os neófitos são lindamente iniciados numa cerimonia linda e na semana seguinte ficam sozinhos sem nenhuma assistência ou alguém que os procure, e do pior jeito possível descobri que a maçonaria é uma coisa de cada um, significa uma coisa diferente pra cada um, o estudo e a vivencia tem que ser por conta própria… a minha experiência foi decepcionante, e hoje comparo com um livro que li a uns anos atrás e nele dizia “sistemas mediocres esmagam pessoas pró-ativas”…

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  3. vc em algum artigo que fala da fundação do Grande Oriente Gloria do Ocidente do Brasil – GONAB, sua regularidade

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  4. Demorei para aceitar o convite de ser maçom, isto por que tinha outras prioridades, embora tivesse bastante leitura sobre as Sociedades Secretas, mas tão bem conhecidas e faladas.
    Quando iniciei, verifiquei que, na verdade, tratava-se de um clube de velhos, com o auxílio de alguns mais novos, que eles faziam questão em recrutar para que, a pseudo liderança parecesse real, pois eles, não havendo muito o que fazer em casa e nem fora, se reuniam para beber, conversar, fazer negócios e planejar festas.
    Contudo, pelo pouco conhecimento que tinha, também verifique o quanto havia de conteúdo em sua simbologia, a qual era totalmente desconhecida pelos membros, dos quais não se ouvia qualquer referência, comentário ou descrição de seus significados.
    Depois, cheque ao grau 3, então me disseram que precisa fazer os graus filosóficos, onde realmente, se encontra a verdadeira maçonaria. Com isso, passei a verificar quais os irmãos que possuíam ditos graus e para minha surpresa, a única coisa que conseguia identificar foi vaidades e soberba, por que conhecimento não tinha nenhum.
    Hoje, vejo que os irmãos ditos operativos era que detinham o conhecimento esotérico da Grande Obra, não eram apenas pedreiros de Templos. Tudo isso foi esquecido, os rituais mexidos sem critérios, instalando-se os clubes dos bolinhas.
    Ou voltamos às nossas origens esotéricas, de uma sociedade realmente iniciática, com os devidos ensinamentos e do que seja o caminhar do iniciado, ou, estaremos fadados à bater colunas.
    Está na hora, daqueles que se retiraram e ingressaram em sociedades herméticas, voltar e salvar a maçonaria, trazendo as operações teúrgicas de elevação espiritual à sua casa paterna.
    João Ricardo R. Neves
    Loja Estrela da Alvorada Nº 40
    Grande Loja Maçônica do Amazonas – GLOMAM

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    1. Caro Irmão João,
      É triste perceber que você não entendeu do que se trata Maçonaria, mesmo tendo percorrido todo o caminho.
      Mas, posso entender que você alimentou expectativas irreais, resultantes da difusão desordenada de conceitos conflitantes e fantasistas do que seja a Ordem Maçonica.
      Volte no tempo e estude (aqui mesmo no blog você encontrará tudo o que precisa) a história da Maçonaria com um olhar objetivo. Ela foi inventada por homens inteligentes com objetivos muito práticos. A simbologia que realmente tem sentido é básica e muito simples.
      O que aconteceu depois de sua invenção, foi um festival de inclusões de conteúdos e objetivos que nada tinham a ver com o seu projeto inicial.
      E foi se transformando em um cipoal de opiniões travestidas em conceitos que somente contribuiu para a confusão e para o desencanto daqueles que procuram na Maçonaria algo que ela não se propõe a oferecer.
      Maçons que também não entenderam do que se trata sempre dizem “você precisa fazer os graus filosóficos, onde se encontra a verdadeira maçonaria” .
      Bullshit!
      A verdadeira maçonaria se econtra na LOJA. Em nenhum outro lugar. No simbolismo, nos três primeiro graus. Quem não entender o que é maçonaria até chegar ao grau de Mestre, nunca vai entender e vai ficar dando cabeçada até entender, ou até se desencantar, como parece ser o caso do irmão.
      Maçonaria é apenas e tão somente a fraternidade. O famoso MICTMR. É encontrar em uma cidade distante, alguém que lhe trata como irmão sem nunca te ter visto. É encontrar apoio para empreitadas sociais.
      A Loja “oferece” um ambiente onde o maçom que já entendeu o conceito acima possa dedicar-se a estudos que não têm lugar na sociedade atual. Se ele quiser. Se não quiser, basta seguir sua emoção e desenvolver o conceito de fraternidade, estendido a todas as pessoas que conhece. Será então o melhor maçom do mundo.
      E precisa ter cuidado com as informações equivocadas que recebe no meio. A Maçonaria existe somente após 1717, com a fundação da Grande Loja de Londres. Ela não é a continuação da Maçonaria Operativa. Ela só aproveitou muita coisa dela.
      Os maçons operativos eram pedreiros, quase sempre analfabetos, que não detinham nenhum “conhecimento esotérico da Grande Obra”. Queriam preservar os conhecimentos de construção para garantir seu trabalho. Por isso o segredo. Mas eram homens simples, alegres e despreocupados que gostavam muito de beber cerveja nas tabernas onde se reuniam, de dar risadas, brincar.
      Toda essa pataquada esotérica, iniciática foi introduzida no século XIX por maçons que vinham da Rosacruz (essa sim, uma ordem iniciática, esotérica, etc. etc.)
      Nós, os maçons somos homens simples que buscam a fraternidade e o aperfeiçoamento da sociedade através do exemplo ou através da influência que possa exercer sobre ela.
      Pense bem, passe uma borracha no seu passado e comece do zero.

      Seja um maçom feliz como eram os maçons operativos!

      Fraternalmente

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      1. Ainda que chegando atrasado, opino concordando com vc, com o autor do artigo e outros comentaristas. No final das contas, aqueles que resistem a todas as mazelas citadas pelo autor, e se embrenham na essência da Ordem, ficam em Loja e se tornam as colunas da Maç.’. – eis que praticamente em todas as Oficinas entra profano, sai Maçom, num rítmo que pode desanimar, mas sempre há um mínimo de OObr.’. teimosos – pq estudiosos, tal como esperado pelo Iniciado.

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      2. Ele entendeu… vc é quem permanece na ilusão de uma ordem que já não mais existe, em face a uma pilhéria de pessoas que entraram e que aos poucos vem destruindo à maçonaria. Pessoas que não servem nem para serem chamados de colegas, quanto mais de irmãos!

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  5. É a estratégia de infiltrar e destruir de Gramsci. O plano está funcionando corretamente. Recentes declarações da GLUI demonstram o nível de infiltração e como está sendo bem sucedido o plano para destruir a sociedade em suas bases, seja a família, o cristianismo ou a maçonaria.

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  6. Na certeza de que é um fato que está ocorrendo na maçonaria operativa onde a vaidade sobrepõem à humildade. Mas nosso trabalho maçônico é um trabalho de formiguinha com muita paciência e tolerância, não conseguiremos atingir uma sociedade perfeita, nem na maçonaria ou em qq outra associação. Mas entre desistir e ajudar uns poucos que quere, fico com a segunda. Porque a Maçonaria é perfeita, nos mostra o bom caminho, mas nos maçons não os damos, alguns mais evoluídos, outros menos… assim é nosso mundo, melhore o mundo melhorando e aqueles que não o quer nesse momento, vamos aguardar e para aqueles que querem, seguimos juntos, simples assim.

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  7. TENHO ACOMPANHADO O CAMINHAR DA MAÇONARIA EM DIVERSOS ESTADOS BRASILEIROS ATRAVÉS DE ARTIGOS E NOTÍCIAS.

    SEI QUE EM TOCANTINS A SITUAÇÃO TEM SIDO MAIS GRAVE DO QUE NA BAHIA, MOTIVO PELO QUAL NÃO DESISTO DE LUTAR PELA DEFESA DA ORDEM, RESISTINDO ÀS ILEGALIDADES E COMBATENDO AS INJUSTIÇAS, PARA, EFETIVAMENTE, NÃO DEIXAR A MAÇONARIA DESMORONAR.

    AINDA ACREDITO NELA. TANTO QUE, JUNTAMENTE COM IIR QUE PREZAM PELA RETIDÃO DE CARATER, PARTICIPO DE UMA COMISSÃO, RECENTEMENTE FORMADA, DENOMINADA “MORALIDADE E RESISTÊNCIA”, CUJO BLOG RECOMENDO AOS IIR.’.:
    moralidadeeresistencia.blogspot.com.br

    TFA

    IR.’. ZÉU BARBOSA

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  8. O trabalho disponível no endereço eletrônico: está disponível trabalho que o Irmão anônimo deveria ler e que Bibliot3ca está autorizada a publicar se entender conveniente. Na apresentação consta:
    “O resgate da missão permanente da Maçonaria a qualifica como instituição a serviço da humanidade e a inscreve como representante atual de uma tradição milenar de Escolas de Mistério. A Maçonaria do século XXI está sendo beneficiada por conquistas culturais que lhe facultam levar a cabo o sonho acalentado pelos grandes iniciados de todos os tempos: disponibilizar um método racional capaz de libertar a mente humana da caverna platônica das ilusões. Obtém-se esse resultado, articulando as “doutrinas não escritas” de Platão, as conquistas culturais da modernidade e o saber esotérico cultivado na Maçonaria. Aqui, tentamos justificar essa tese.”
    O título é A Missão permanente da Maçonaria – Um sacerdócio maçônico.

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  9. Caro Ir.’. Filardo.

    Acompanho teu trabalho neste blog, de pouco tempo. Entretanto percebo a mais elevada intenção, nos textos desta biblioteca. Haja visto o que me trás comentar, sobre o texto intitulado “Desilusão com a Maçonaria”, e que independente deste ser um blog Maçônico é aberto aos simpatizantes, não necessariamente obreiros. Desta forma, este assunto nada simpático mas verdadeiro ao Maçon., traz a observância real do que vivem as L.’. M.’. quanto ao Quadro de Obreiros regulares.
    A menos de um mês, fiz apresentação de um T.’. em L.’. que tratava exatamente esta situação, considerando que em novembro de 2014, recebi um e-mail, que me foi repassado pelo V.’.M.’. de nossa L.’.M.’. cujo texto era proveniente do GOB, e questionava este assunto de caráter Nacional .
    Não fui bem sucedido quando opinei, sob ponto de vista pessoal, que a Maçonaria desvirtuou-se dos propósitos mais elevados quando da sua constituição, perdendo sua condição e atuação “secreta” para a condição “discreta” e hoje atuando como “escandalosa”. Mesmo que feita sem espalhafatos, mas permitindo demonstrações exageradas em protestos pelas Ruas, ostentando em nome da Fraternidade, opiniões alheias aos propósitos da Ordem e seus princípios, assim como inobservada pelos seus Obreiros, quanto ao caráter que norteia os princípios Maçônicos.
    Não resta a menor dúvida que a Maçonaria tem de evoluir. Ajustar-se na atualidade, mas sem perder as suas raízes, seus propósitos, isto é o relevante. É necessário se ter a consciência que a “Verdade” é conduzida por três caminhos paralelos e concomitantes, sejam estes o Caminho da Consciência, o da Natureza e o do Conhecimento. Todos interligados e consequentes queiramos ou não. Vivemos em teia!
    Os propósitos Maçônicos, conta a história, surgiram como única oportunidade, da época, para fazer a “cunha” entre a política e a religião ambas, dominadas pelas Realezas e a Igreja Católica, respectivamente.
    As associações formadas pelas profissões e os profissionais daquela época Medieval, denominadas “Guildas” e “Hansas”, organizavam o povo com suas profissões e permitiu o uma nova classe social reconhecida como Burguesia, que tornou-se influente para o surgimento da era “industrial”.
    Abruptamente, em pouco tempo, uma explosão de transformações sociais, e por decorrência, oportunizaram a ampliação do conhecimento, através da alfabetização, popularizando informações antes mantidas pelas classes dominantes. Abriu-se um leque de informações, conhecimentos, ampliando o grau cultural, despertando o racional em artes e filosofias.
    Surgia a filosofia “Humanista” distanciando os humanos das dependências Divinas.
    O Homem, passou a assumir-se como responsável pelo seu destino, usufruindo conscientemente do seu livre arbítrio.
    A Maçonaria, organizada nesta época, mantida de suas raízes firmadas nos meios sociais/religiosos daquela contemporaneidade, abria as portas das oportunidades para as múltiplas segmentações racionais dos humanos pensantes e já manifestava contestações, quando tal prova nos deixou Friedrich Ludwig Schroder, mentor do Rito Schroder, no qual fui iniciado e sou praticante. Um Rito mais simples, mais implícito, surgido como contestatório aos demais.
    Nas últimas décadas do Século XIX, surge o estudo sobre a Teosofia organizado por Helena Petrovna Blavatsky.
    Me referendo à Ela, porque faz jus neste assunto atual, dita observação, em que mencionada Organizadora desenvolveu seu pensamento. Separou a Autora, o Homem de sua Alma e de seu aspecto mais elevado e denominou o estudo nesta abrangência como “esoterismo” e disse, este tratado ser o “conteúdo” do Homem como Criatura. O Homem, quanto a sua natureza humana e referente aos seus atos consequentes, todos decorrentes da mente racional, foram por Ela, denominados “exoterismo” e referiu-se como sendo o “invólucro” do “conteúdo” que cada um de nós, representamos, nesta Obra Divina, sobre a Terra. Se reporta esta Escritora em Obras Teosóficas à algumas pinceladas críticas ao que tinha Ela conhecimento, sobre a Maçonaria praticada naquela época. Percebe-se que era a Maçonaria tida como uma Escola de Iniciação, Ocultista, Filosófica, Esotérica. As oportunidades floresciam às mentes mais elevadas pela qualificação do múltiplo conhecimento. A Maçonaria, como tal, era respeitada
    A Mente Humana, limitada na individualidade de cada Entidade que representamos, oportuniza ao ego pessoal sua manutenção, bem como a manutenção das virtudes inversas, das mentes dos baixios.
    A mente mais elevada, requer o conhecimento, o entendimento e a constante auto-observação, preservadora da vontade transmutante, do pretenso obreiro sobre sua evolução virtuosa.
    Requer portanto, que em L.’. M.’. todos os interesses da junção entre os obreiros, sejam discorridos sobre os propósitos de distinguir o Maçon. dos demais, socialmente falando assim como conscientiza-lo da busca incessante do conhecimento e entendimento da sua espiritualidade para que ocorra a evolução e o preparo do retorno ao Paramos da Criação.
    O Homem, como Criatura é fruto e expectativa da igualdade do seu Criador, por nós Obreiros invocado como G.’.A.’.D.’.U.’.
    Não podemos pretensiosamente nos isolarmos numa L.’.M.’. e sentirmo-nos privilegiados de por ali frequentarmos, pensando sermos próximos do Divinal. Muito pelo contrário, estamos assumindo karmicamente a responsabilidade de “estarmos, sem sermos”, caso não tenhamos a assunção dos compromissos da iniciação.
    Desta forma pensante, opino que as L.’. M.’. perderam suas conduções quando divididas e administradas com mentes “exotéricas” e/ou “esotéricas” por excelência, e em separadas, bem como deixam de buscar o equilíbrio dos conhecimentos e tratados para suas discussões e entrosamentos, perdendo a sensibilidade que estas correntes intercedidas formam, fazem e mantém os elos da Fraternidade entre os Homens.
    Vivemos dias de egoísmos, vaidades, prepotências, disputas de poder, ganância e outras tantas condições que degradam e individualizam as pessoas. Os adeptos mais levam e por lá mantém seus instintos profanos do que trazem das L.’. o caráter M.’.
    Ainda é tempo de acordarmos, sairmos da individual indolência, e fazermos a “mea-culpa”, daquilo que ainda não iniciamos fazer, bem como excluirmos o que devemos deixar de fazer sob repetição. Nos reeducarmos socialmente é nosso reconhecido “dever” para termos por consequência nossa elevação e distinção que é o propósito Maçônico.
    O cimento de ligação desta Fraternidade deve ser o “Amor impessoal” que provem do Espírito Criador. Sem este Divino Sentimento fecundo na individualidade de cada Obreiro, é quase impossível manter a Grandeza do ideal Maçônico. Precisamos da ciência e do conhecimento plural, mas devemos humildemente implorar ao G.’.A.’.D.’.U.’. sua condução sobre todo Universo, como recitamos na única Oração Universal que é manifestada e intitulada O Pai Nosso. Nos versos lembramos…..”que SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CEU”….!!!
    Então, dependemos Dele e não da pretensão que nos mantém sob o desequilíbrio exotérico.
    Hermes Trismegisto , em seus Princípios Herméticos, nos afirma no Princípio da Correspondência que “assim como é encima é embaixo e assim como é embaixo é em cima”. Desta forma, parece-me que o Homem quer conduzir o Céu quando o inverso é que é o Verdadeiro propósito.
    Estamos no caos, na contramão e nos encontramos suscetíveis ao abandono e suas consequências.
    Se meditarmos sob esta ótica, poderemos evitar a extinção Maçônica.
    Do contrário, provavelmente até eu assine o pedido de quite placet, porque da forma como está, a Ordem tornou-se um engodo. Daí as decepções, e os consequentes abandonos que se vê. A Ordem perdeu o respeito da Sociedade. Pouco desperta o interesse dos ainda não ingressados.
    Nem mais a curiosidade se faz para estes, despertada.
    E não percebe-se qualquer movimento de contornos contensivos ao abandono da Ordem.
    A resiliência, vencida de seu máximo limite, converte-se em conivência.
    As responsabilidades ainda me mantém em pé e à Ordem!
    Mas não quero ser o Guarda do Templo no encerramento da LL.’.MM.’.
    Com altivas considerações externo minha pessoal opinião!

    T.’.F.’.A.’.

    M.’.M.’. Claudio I. da Rosa
    L.’.M.’. Plátanos da União nº4289
    Federada ao GOB

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    1. O processo da cura começa quando se admite que esta doente. O Espirito vivifica e a letra mata, entramos na maçonaria porem o espirito maçônico esta aprisionado na pedra bruta do adormecimento da consciência e esse Espirito jamais entrou em nós, poucos ouviram seus gemidos de dores! Ou entendemos que a Maçonaria é uma Ordem que tem suas raízes em uma Fraternidade Universal além da mesquinharia humana e começamos a buscar a conexão com essa Ordem Universal ou nos afundamos no caos que queremos ordenar! Enquanto houver lágrimas nos olhos dos pobres animais intelectuais buscando pela gema preciosa, Nós os duas vezes nascidos não cessaremos de os ajudar! Palavras da Sereníssima Grande Loja Branca a Bem da Ordem e da Humanidade!
      Sempre em P.´. e a O.´. para servir.

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