Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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LORD BYRON, Grão Mestre

Tradução José Filardo

Por H. J. Whymper – Dep. Dis. G.M., Punjab.

Fico muito triste ao ver uma certa afirmação em “Multa Paucis” em relação a Lord Byron, G.M., recebendo apoio das observações do irmão R. F. Gould em seu artigo sobre “Thomas Manningham,” em nossa parte 2, Vol. v.

Expressar minha opinião oposta àquela tão alta autoridade quanto o Irmão Gould pode provocar  um sorriso, mas há algum tempo eu venho estudando cuidadosamente os dados disponíveis sobre Lord Byron com o objetivo de descobrir se a teoria “Multa Paucis” poderia explicar a formação do corpo “Antigos”, e minha conclusão foi e ainda é, que ela não se sustenta, absolutamente, não havendo um átomo de fundamento nela. Vou dar minhas razões tão resumidamente quanto possível, principalmente a partir de minhas notas anteriores.

O Irmão Gould escreve: — “Durante a Presidência deste nobre, que durou cinco anos, os assuntos da sociedade foram muito negligenciados, e a este período de desgoverno, agravado pela eliminação sumária de inúmeras lojas, devemos procurar, eu acho, a causa daquela rebelião organizada contra a autoridade, que resultou no grande cisma.” Eu sou absolutamente incapaz de reconciliar esta declaração com o único  processo publicado autorizado a que tenho acesso. Se o Irmão Gould tem outras fontes de informação além do que está descrito na nota de rodapé,1 certamente seria interessante se ele as divulgasse, mas a partir das fontes indicadas, eu só pude descobrir que dez reuniões da Grande Loja foram realizadas durante a gestão de Lord Byron  que se estendeu de 30 de abril de 1747, até 20 de março de 1752. As dez reuniões anteriores ocorreram entre 9 de abril de 1743 e 3 de abril de 1747 e as dez reuniões posteriores à sua Gestão têm data  entre 18 de junho de 1752 e 29 de novembro de 1754. No período mencionado como anterior à gestão de Lord Byron,  nada menos que trinta e quatro lojas foram eliminadas por não comparecer às chamadas  comunicações trimestrais do Grão Mestre  e nas dez reuniões realizadas depois que ele se retirou do cargo, vinte e quatro foram eliminadas.

Nem nas dez reuniões anteriores, nem naquelas após o grão-mestrado de Lord Byron existe qualquer registro de qualquer loja sendo restaurada na  lista da Grande Loja.

Agora, se alguém consultar as únicas informações publicadas sobre o período durante o qual Lord Byron efetivamente ocupou o cargo, vai descobrir que, embora dez reuniões da Grande Loja tenham ocorrido,  estendendo-se ao longo de um período de cinco anos, apenas cinco lojas privadas foram eliminadas, das quais três que tinham sido eliminadas antes da nomeação de Lord Byron para o Grão Mestrado foram substituídas na lista. A perda líquida foi, assim, duas lojas sob as dez reuniões de Lord Byron, contra perda de cinquenta e oito lojas nas dez reuniões anteriores e dez reuniões posteriores . É impossível conciliar estes números com a acusação de que, durante o mandato de Lord Byron, houve um agravamento do descontentamento “devido à eliminação sumária de inúmeras lojas.”

Até agora desculpei Lord Byron (5º Barão), mas é forçoso admitir que ele não era um irmão muito estimado.

Debrett diz que William, 5º Barão Byron, sucedeu no título em 1736 e foi julgado em 1765, por ter matado William Chaworth, Esq. em um duelo; ele foi considerado culpado de homicídio culposo, “mas alegando o benefício do estatuto de Edward VI, foi absolvido simplesmente pagando as taxas”.

A última edição da Encyclopaedia Britannica de alguma forma amplia essa declaração e diz que ele matou seu vizinho e parente em uma briga de bêbados, e também que mais tarde na vida ele ficou conhecido como o “perverso Lord Byron”. Isso é tudo o que pude descobrir que de alguma forma poderia emprestar qualquer tipo de suporte a uma teoria de que Lord Byron foi um homem descuidado ou inútil que negligenciado seus deveres, e que os irmãos  repugnados tivessem formado um corpo cismático. Mas, por outras razões, isto não deve ser presumido demasiado rapidamente, pois há anotações nos registros de Grande Loja, que mostram que por mais selvagem que ele pudesse ter sido em 1765, ele era nitidamente popular durante o seu mandato com Grão Mestre, e que seu não comparecimento a seis das dez Grandes Lojas realizadas durante aquele período deveu-se à sua ausência da Inglaterra, possivelmente em alguma missão de estado. Aqui está a anotação do Entick sobre o assunto —

“A Grande Loja, na referida Taverna do Diabo realizou-se em 16 de março de 1752. Presentes, Lord Byron, Grão Mestre, seus Grandes Oficiais; Lord Ward, o falecido Grão-Mestre; e outros ex-Grandes Oficiais, Lord Carysfort; os doze administradores; a Loja Stewards e os Mestres e Vigilantes de cinquenta e seis lojas.

Constituições de Entick

1756.

”              “

1707.

Constituições de Noorthonck

1784.

Ilustrações de Preston

diversas edições.

“As formas usuais sendo observadas, e os Irmãos tendo, com grandes manifestações de alegria, expressado seu prazer com a visão de seu Grão-Mestre, que tinha estado no exterior por vários anos e ultimamente retornado com saúde e em segurança; contribuíram generosamente para o Fundo Geral de Caridade.’

Mais além, encontramos na Assembleia e Festa em 20 de março de 1752: — “muita harmonia, o antigo cimento da fraternidade, abundava por toda a grande Assembleia; e todos expressando a maior alegria com a feliz ocasião da sua Reunião, depois de um recesso mais longo do que tinha sido habitual, ocasionado principalmente pela atenção de todas as pessoas e especialmente os maçons, estarem voltadas para o restabelecimento da paz pública, que sempre trouxe bênçãos em abundância e toda honra e estima desejáveis à antiga e pacífica   fraternidade. ”

Os itálicos na citação acima são meus, a anotação aparece em certa medida exonerar Lord Byron de as reuniões não terem sido realizadas.

Em um estudo dos registros anotei o que acho vai convencer a maioria dos irmãos de que o ‘ grande cisma começou a partir do que foi chamado de iniciações irregulares’  de maçons, e que isso provavelmente surgiu do pressuposto da Grande Loja (de Londres e Westminster) de que, com sua fundação, todas as Lojas de Maçons que poderiam ser abrangidas  deviam lealdade a ela. Nós temos alguns registros de que esta presunção, não foi bem recebida ou foi  ignorada, e outros registros apontam para a mesma conclusão.

Creio que não se sabe como as lojas eram constituídas ou autorizadas a se reunir antes de 1717; minha convicção pessoal é que irmãos formavam Lojas segundo sua própria vontade, mas em todo caso é certo que as Lojas não deviam lealdade a qualquer autoridade de loja central. A primeira Grande Loja só se propôs inicialmente governar Londres e Westminster, embora  se denominasse Grande loja da Inglaterra, uma circunstância que se sabe ocasionou réplica sarcástica da loja em York, descrevendo-se como a Grande Loja deTODA  a Inglaterra. O governo da Grande Loja de Londres rapidamente se tornou um governo presuntivo e as quatro lojas que, no início, constituíram-se em uma Grande Loja assumiram direitos que a Grande Loja não tinha qualquer direito de reivindicar.

Não pode haver dúvida, mas que em 1717 existiam maçons em e perto de Londres, que não eram naquele época membros de qualquer uma das  quatro Lojas em particular que concordaram em formar uma Grande Loja, e seria uma consequência natural que tais irmãos discordassem de uma Grande Loja, que eventualmente declarasse não existir alguma coisa chamada Maçonaria que não reconhecesse sua autoridade, sendo ao mesmo tempo perfeitamente auto-constituída.

Anderson fornece os locais de reunião de sete Lojas de Londres  na última década do século XVII, e ele diz que havia outras. Ele também indica que havia diversas trabalhando em 1708, bem como havia outras espalhadas pela Inglaterra e parece razoavelmente certo que deve ter havido irmãos em Londres que não pertenciam às quatro lojas que formaram a grande loja de 1717.

É compreensível que mais de um irmão antigo possa ter visto como um ato de impertinência o resultado da ação das quatro lojas na formação de uma Grande Loja, à autoridade de quem, esperava-se que eles se curvassem, sem possivelmente ter ouvido qualquer coisa sobre a formação proposta, ou ter concordado com ela.

Alguns irmãos assim posicionados seguramente se ressentiram com os laços que se tentou forçar-lhes, e as cerimônias semipúblicas da Grande Loja, que eram certamente novidades para a maioria deles, senão de fato para  toda a Maçonaria proporcionavam amplo escopo de ridículo ou sátira, e sabemos que os maçons se juntaram para escarnecer a Grande Loja.

A Grande Loja Unida da Inglaterra reconheceu recentemente que um governo local recém-criado da Ordem não tem quaisquer dos direitos que a Grande Loja Unida da Inglaterra (de 1717) assumiu logo após sua formação, e é natural que um certo número de maçons, ligados ou não a Lojas, devem ter desconsiderado a autoridade imposta e devem ter-se vinculado para formar Lojas da forma que era  costume (?) antes da Grande Loja de Quatro Lojas.

O primeiro registro de “Iniciação irregular de maçons” é datado de 30 de junho de 1739. Em Dezembro do mesmo ano ficamos sabendo que a Grande Loja “perdoou os transgressores, mediante sua submissão e promessas de futuro bom comportamento, e foi ordenado, que as leis fossem estritamente colocadas em execução contra todos os tais irmãos, que no future fossem coniventes ou ajudassem em qualquer iniciação irregular.” Com relação a isso Noorthouck diz, —

“A grande loja considerou justamente esses processos como uma violação as leis originais, uma invasão dos privilégios e uma imposição sobre o fundo de caridade da sociedade. Por isso ficou resolvido impedir aquelas assembleias e fazer cumprir as leis contra todos os irmãos que estavam auxiliando ou assistindo no ingresso clandestino de qualquer pessoa na Maçonaria, em qualquer destas convenções ilegais. Isso irritou os irmãos que tinham sofrido censura da Grande Loja; que, em vez de retornar aos seus deveres e renunciar a seus erros, persistiu em sua reincidência, e recusaram-se a prestar fidelidade ao Grão-Mestre, ou obediência aos mandatos da Grande Loja dos antigos e leis estabelecidas  da Ordem; montaram uma potência independente e aproveitando a inexperiência de seus associados, insistiram que tinham uma autoridade igual à da Grande Loja para iniciar, elevar e exaltar maçons. Neste momento nenhuma loja privada tinha o poder de elevar ou exaltar maçons; nem qualquer irmão poderia  avançar para qualquer um desses graus, a não ser na grande loja, com o consentimento unânime e aprovação de todos os irmãos reunidos em comunicação. Sob uma sanção fictícia da antiga Constituição de York, que foi cancelada com o renascimento da grande loja em 1717, eles presumiram o direito de constituir lojas. Alguns irmãos em York, na verdade continuaram a agir sob sua constituição original, não obstante o renascimento da grande loja da Inglaterra; mas os maçons irregulares em Londres nunca receberam qualquer patrocínio deles. A antigos maçons de York ficaram confinados a uma loja, que ainda existe, mas consiste de muito poucos membros e serão provavelmente logo completamente aniquilados. Esta reivindicação ilegal e inconstitucional obrigou as maçons regulares a adotar novas medidas para detectar esses impostores e exclui-los e a seus apoiadores da conivência e proteção às lojas regulares. Para realizar esta finalidade mais efetivamente, algumas variações foram feitas nas formas estabelecidas; que oferecia um subterfúgio, ao qual os irmãos refratários prontamente se apegaram. Eles agora assumiam a denominação de maçons Antigos, proclamaram-se inimigos de todas as inovações, insistiam que eles preservavam os usos antigos da ordem, e que as lojas regulares a quem eles conferiam o título de maçons modernos, tinham aprovado novas medidas, ilegais e inconstitucionais.” Assim, por meio de uma nova espécie de engano e imposição eles se esforçaram para suportar uma existência; usando as precauções necessárias tomadas pela grande loja para detectá-los, como fundamento para uma nova e ridícula distinção de maçons antigos e modernos: Este artifício fortaleceu seu partido até certo ponto; os desinformados foram capturados pelo engano e a fim de obter maior apoio à sua presumida autoridade, determinaram também interromper o modo normal de sucessão para o cargo de Grão-Mestre através da eleição de um governante chefe sob essa denominação, e outros oficiais sob o título de grandes oficiais, nomeado a partir de seu próprio corpo, “convencidos de que o mais provável meio para o estabelecimento sua oposição, seria conferindo liberalmente honras aos seus devotos, para garantir a sua fidelidade e induzir outros a se juntar a eles. Eles estabeleceram um código de leis para seu governo, emitiram patentes para novas lojas e exigiram algumas taxas de constituições, da qual eles esperavam levantar fundos suficientes para apoiar seu poder. Eles conseguiram até então ter sucesso em seu novo plano de ser reconhecidos por muitos; alguns senhores de família e fortuna ingressaram entre eles; e até mesmo muitos maçons regulares não tinham conhecimento de sua origem, ou das leis da sociedade, quanto a frequentar suas lojas e deram uma sanção tácita aos seus procedimentos. Nos últimos anos, no entanto, eles não foram tão bem sucedidos. As leis tornando-se mais geralmente conhecidas, a impropriedade de aprovar suas medidas tendo sido mais claramente descoberta e suas reuniões não só têm sido menos incentivadas, mas muitos dos seus melhores membros as vêm abandonando.”

Em 1740 (23 de julho), há um registro dos últimos Stewards  “estarem presentes e auxiliar em iniciações irregulares.”

A próxima alusão à dissenção é o registro de 24 de junho de 1741, quando “foi também ordenado, que antes de qualquer loja ser eliminada do Lifro de Lojas por não comparecimento, uma convocação será entregue à Casa onde tal loja se reúne, para que os Oficiais compareçam na próxima comunicação trimestral, para justificar seu não comparecimento.”

Após estas três lojas terem sido eliminadas em 24 de junho de 1742, “por não atender ao Grão Mestre, na comunicação trimestral, em conformidade com vários avisos enviados a elas respectivamente,” e conforme determinado entre 9 de abril de 1743, o Grão Mestrado de Lord Byron, mais trinta e quatro lojas foram eliminadas pela mesma razão.

Um cisma estava assim, evidentemente, em pleno andamento muito antes que Lord Byron assumisse o posto em 1747 e naquele ano a Loja nº 9 foi restaurada na lista; no ano seguinte cinco lojas foram apagadas, e em 1751 duas Lojas foram restauradas. Este período, como se afirmou antes, não testemunhou, portanto “a eliminação sumária de inúmeras lojas.” Deve-se buscar uma outra causa para a cisma. Por que a narrativa de Noorthouck , que é consistente com o que  adiantei, seria ignorada, e a do escritor anônimo de “Multa Paucis” aceita?

Nem deveria o bom e velho registro de  William Preston ser ignorado: —

“Lord Raymond sucedeu ao Marquês de Carnarvon em maio de 1739. Sua Senhoria, em várias comunicações, abordou muitas queixas  e ordenou que as leis fossem estritamente aplicadas contra algumas lojas, em razão de irregularidades que então prevaleciam. Várias lojas foram constituídas por Sua Senhoria.

“O Conde de Kintore sucedeu Lord Raymond em abril de 1740 e, em imitação de seu antecessor, continuou a desencorajar todas as irregularidades. Sua Senhoria nomeou vários provinciais, em especial um para a Rússia, outro para Hamburgo e o círculo da Baixa Saxônia e outro para a ilha de Barbados.”

Com relação a Lord Byron, o próprio Preston escreveu: —

“Lord Ward sucedeu ao Conde de Morton em abril de 1742. Sua Senhoria estava bem familiarizada com a natureza e o governo da sociedade, tendo servido em cada cargo, mesmo uma secretária em uma loja privada. Sua Senhoria não perdeu tempo em aplicar os remédios mais eficazes para conciliar todas as animosidades; ele recomendou a seus oficiais a maior vigilância e cuidado em seus diferentes departamentos; e, pela sua própria conduta, deu-lhes um nobre exemplo de como suportar a dignidade da Sociedade. Muitas lojas que estavam em um estado de declínio, aconselhadas a se fundir com outras em circunstâncias semelhantes; algumas que tinham sido negligentes em sua assiduidade às comunicações, após as  admoestações adequadas , ele restaurou ao favor; e outras, que perseveraram na sua reincidência, ele eliminou da lista.” Também lemos: —

“Lord Byron sucedeu Lord Cranstoun e foi instalado em Drapers’ hall no dia 30 de abril de 1747. As leis do Comitê de caridade foram, por ordens do sua Senhoria, inspecionadas, impressas e distribuídas entre as lojas. Uma contribuição considerável para a caridade geral foi enviada por lojas em Gibraltar.  Durante os cinco anos em que Sua Senhoria presidiu a fraternidade, nenhuma diligência foi poupada de sua parte, para preservar os privilégios da Maçonaria, a reparação de queixas e para aliviar a angústia. Quando os negócios exigiam sua presença no país, Fotherley Baker, Esq., o grão-mestre adjunto e o secretário Revis estavam particularmente atentos à Sociedade durante sua ausência. O primeiro cavalheiro era distinguido por seu conhecimento das leis e regulamentos; o último por seus longos e fieis serviços. Sob a direção destes senhores, a sociedade continuou até o ano de 1752, quando Lord Carysfort aceitou o cargo de Grão-Mestre.”

As três cotações acima são da segunda edição de Preston; em 1788 ele ampliou estas declarações.

Portanto, eu acho que alguma prova pode existir além da declaração “Multa Paucis”, de que Lord Byron foi responsável pelo Cisma, e acredito que consegui demonstrar muito outras provas que o exoneram de toda culpa.

O Lord Byron em questão morreu em 1798, não sei quando ele nasceu, mas ele sucedeu seu pai na nobreza em 1736.

Ocorreu-me que há uma possibilidade dessa “Multa Paucis,” cuja data de publicação é dada  por volta de 1764, foi na realidade publicada após Lord Byron ter sido condenado por homicídio culposo, ou seja, 1765, e que sua impopularidade, então, foi indevidamente considera como responsável pelas dissensões na Maçonaria, que continuaram muito tempo depois de “Multa Paucis” ter sido publicada. Eu não afirmo que isso foi dessa forma, mas acho que a ideia deveria ser peneirada, pois todos sabem “Dá um nome ruim a um cachorro”, etc.

AQC vol 6 – – p. 17 (1893)

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