Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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Maçonaria em Portugal (1999)

 

Tradução José Filardo

 

Por V.´. Irmão Jack Buta MPS
PM Paradise Valley Silver Trowel Lodge #29
Arizona Grand Lodge, EUA
Maçom Grau 32 do Rito Escocês

Extrato do Artigo “A CONSPIRAÇÃO DE DEUS”

 

Segundo a ata da Conferência de Grãos Mestres da América do Norte (COGMINA) de 1990, a Grande Loja Nacional da França (GLNF) concedeu carta constitutiva a duas Lojas em Portugal em 1989 e uma terceira em 1990. Em 1991, a GLNF tem um total de seis lojas e em 30 de Junho constitui a Grande Loja de Portugal.

Nada mais é mencionado nas atas da COGMINA até fevereiro de 1997, quando o comitê sente a necessidade de anunciar que a Grande Loja Regular de Portugal continua a sua regularidade com o irmão Luis Nandin de Carvalho como Grão-Mestre. O motivo para esta declaração torna-se um pouco mais claro no ano seguinte quando as atas após reafirmar este mesmo status, o relatório continua para anunciar que para se adaptar ao direito civil a Grande Loja mudou seu nome, em 1997, para o Grande Loja Legal de Portugal / G.L.R.P. seguida pela Grande Loja Regular de Portugal. Isto é seguido por um anúncio bastante invulgar de que existe uma Grande Loja irregular com um nome idêntico e que não tem direito ao reconhecimento.

Lendo as atas para os anos de 1997 e 1998, pode-se perguntar por que afinal o comitê se preocupou em incluir qualquer coisa sobre Portugal. Exceto pela razão inexplicável para uma mudança de nome, como uma segunda Grande Loja com o mesmo nome entra em cena? Contudo, a comissão estava prestes a dar um pouco mais de informação em 1999. No interesse da clareza, o seguinte é o relatório completo do relatório do comitê da COGMINA sobre Portugal a partir de seus Anais em 1999.

“Portugal

Deixe-me começar por dizer que isso não faz parte do relatório, mas vocês vão ouvir alguns nomes que são confusos, porque eles são muito semelhantes e, à medida que eu recitar um pouco da história disso talvez seja compreensível por que essa similaridade e confusão existem. Vou avisá-los que, quando eu lhes der o nome completo, vou me referir a uma delas como a Grande Loja Regular e eu faço isso porque é parte do nome. Vou referir-me à outra como a Grande Loja Legal e eu vou fazer isso porque isso foi posteriormente incorporado ao seu nome. À medida que vocês ouvirem este relatório, eu acho que ficará claro por que é necessário que você possam fazer essa distinção e a ação que esta Comissão sugere que pose ser interessante para a Grande Loja. Algumas dessas coisas estão escritas em Português. Para facilitar, vou lê-la como se fosse Inglês.

A Grande Loja Regular de Portugal foi consagrada em 29 de junho de 1991 pela Grande Loja Nacional de França, GLNF. Ela foi formada a partir de Lojas constituintes do Distrito Grande Loja Maçônica da GLNF em Portugal. A Comissão informou em 1992 que, naquela época “a Grande Loja Regular de Portugal é regular e tem direito ao reconhecimento como tal.” Muitos membros desta Conferência posteriormente concederam reconhecimento à Grande Loja Regular de Portugal.

Em 1996, certos acontecimentos ocorreram que criaram um cisma em Portugal. Existem diferentes interpretações destes eventos. Um grupo caracterizou os eventos como uma usurpação da autoridade e da propriedade da Grande Loja. Em resposta a esses eventos, e em conformidade com a lei civil, bem como para dar continuidade, este grupo modificou seu nome em 23 de dezembro de 1996 para Grande Loja Legal de Portugal / GLRP seguido por Grande Loja Regular de Portugal, isto é tudo em um só nome. Em Inglês seria lido como a Grande Loja Legal de Portugal / GLRP Grande Loja Regular de Portugal. A GLNF, Grande Loja Mãe, a Grande Loja Nacional Francesa posteriormente emitiu uma carta em substituição para este grupo.

O outro grupo caracterizou os eventos como um impeachment do Grão Mestre. Este grupo tem a posse física da carta constitutiva original emitida pela GLNF e está usando o nome de Grande Loja Regular de Portugal. A Comissão ouviu ambos os grupos e outras partes interessadas. Ouvimos, revisamos e compreendemos o material apresentado tanto na comunicação escrita quanto na oral. A Comissão considera que esta disputa gira em torno do padrão de legitimidade ou de origem. Concluímos que a Grande Loja Legal de Portugal – GLRP Grande Loja Regular de Portugal cumpre as normas da Comissão, é regular, e tem direito ao reconhecimento.

A Comissão conclui ainda que a Grande Loja Regular de Portugal é irregular e não tem direito ao reconhecimento. Os relatórios dessa Comissão e Comissões anteriores chegaram a conclusões idênticas; tendo em vista a confusão de nome, sugerimos que cada Grande jurisdição na América do Norte esclareça o seu reconhecimento de Portugal. O Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP Grande Loja Regular de Portugal é Luis Nandin Carvalho, seu endereço é Rua Tomas Ribeiro 45-7, 1050 Lisboa, Portugal. O número de telefone do escritório, o fax, endereço de sua residência e de E-Mail e um URL estão incluídos neste relatório. Se alguém quiser lê-los agora, pode fazê-lo, eles serão incluídos como parte do relatório “. O sublinhado é meu e não estava incluído no relatório original. Eu também dividi o terceiro parágrafo original em dois para melhorar a legibilidade.

Parece que por algum motivo, o Grão Mestre Luís Nandin de Carvalho foi cassado e expulso da Grande Loja. Ele, então, parece ter afirmado que este era uma usurpação da autoridade e propriedade da Grande Loja. No entanto, o relatório não lança qualquer luz a respeito da mudança de nome e por que as leis civis exigiram tal mudança. Parece que o Grão-Mestre cassado realmente formou uma nova Grande Loja. No entanto, este fato parece ser ofuscado pela ação da Grande Loja Nacional da França (GLNF) reemitindo a Carta Constitutiva original para a Grande Loja Regular de Portugal à nova Grande Loja Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal. Para um leigo como eu, isso me parece ser totalmente contrária às diretrizes de 1929 estabelecidas pela GLUI e em violação do muito propalado princípio da jurisdição exclusiva. A GLNF simplesmente contorna ambas as normas que eles empregaram por quase 40 anos para impedir que a Grande Loja da França ganhe reconhecimento e a COGMINA aprovou sua ação.

No penúltimo parágrafo, o comitê para informação sobre reivindicações de reconhecimento deve ter ouvido ambos os grupos e outras partes interessadas, mas não inclui quaisquer fatos relevantes sobre os quais se baseia a decisão deles de que a Grande Loja Regular de Portugal é de repente irregular. Aquela divulgação viria de um Grão-Mestre que realmente visitou Portugal não uma, mas duas vezes durante esta situação.

Em junho de 1999, de acordo com a sugestão da COGMINA de que cada Grande jurisdição na América do Norte esclarecesse o seu reconhecimento, a Comissão de Relações Exteriores da Grande Loja do Arizona trouxe a questão à baila. Mais uma vez, vou fornecer a discussão sobre esta moção na íntegra.

O assunto a seguir referente à Maçonaria em Portugal é apresentado para a informação e consideração desta Grande Loja. O Relatório Anual de 1992 da Comissão de Reconhecimento observou que o Grande Loja Regular de Portugal foi consagrado em 29 de junho de 1991 pela Grande Loja Nacional da França. A Comissão era de opinião que a Grande Loja Regular de Portugal era regular e tinha direito ao reconhecimento subsequentemente concedido pela Grande Loja do Arizona. O Relatório Anual de 1998 (este é da Comissão de Constituição) observou que esta Grande Loja tinha alterado o seu nome em 1997 para Grande Loja Legal Portugal / Grande Loja Regular de Portugal. A Grande Loja Nacional da França emitiu para esta Grande Loja uma carta constitutiva em substituição sob este novo nome. Isso foi feito em resposta a eventos que podem ser interpretadas como (1) uma usurpação de autoridade e propriedade, incluindo a carta original da Grande Loja Regular de Portugal, ou (2) um impeachment do Grão Mestre Luis Nandin de Carvalho. O relatório da Comissão de Reconhecimento para 1999 chega à mesma conclusão que a do ano passado, de que a Grande Loja Legal Portugal / Grande Loja Regular Portugal continua a ser regular e tem direito ao reconhecimento, e também, que a Grande Loja Regular de Portugal é irregular e não tem direito ao reconhecimento. A Comissão de Reconhecimento recomenda que, em vista da confusão de nomes, cada Grande Loja deve esclarecer o seu reconhecimento da Maçonaria em Portugal.

A COMISSÃO RECOMENDA, PORTANTO, QUE A GRANDE LOJA DO ARIZONA AFIRME QUE RECONHECEMOS A GRANDE LOJA RENOMEADA QUE NÓS JÁ RECONHECÍAMOS E AGORA DESIGNADA COMO GRANDE LOJA LEGAL PORTUGAL GRANDE LOJA REGULAR PORTUGAL DA QUAL É GRÃO MESTRE LUIS NANDIN DE CARVALHO.

Venerabilíssimo Grão-Mestre, minha moção é de adoção desta parte do relatório.

Aprovado.

Em “Discussão” Venerabilíssimo Irmão Gerald H. Lankin ofereceu o seguinte:

Irmãos, Eu venho diante de vocês hoje para refutar e votar contra a Comissão de Reconhecimento da Conferência dos Grandes Mestres que retirou o reconhecimento da Grande Loja Regular de Portugal e que o substituiu pela Grande Loja Legal de Portugal.

A decisão do Comitê é baseada em política europeia, pura ignorância dos fatos e a recusa da Comissão em apurar os fatos em si sobre a situação em Portugal. Em fevereiro deste ano, apresentei um relatório abrangente e fiz uma apresentação ao Comitê da Conferência quando estava na Conferência de Grãos Mestres no Havaí, trechos do qual eu lerei brevemente. Em fila contra mim estavam o Grão-Mestre da Grande Loja de Espanha; o Assistente de Grão-Mestre da Grande Lodge Nationale de France; o Grande Secretário da Inglaterra, e os Grandes Secretários da Pensilvânia e de Nova Iorque, ambos Past Grãos Mestres.

Aqui está o pano de fundo da história e ela é uma grande história maçônica.

Em 1991, após a morte do ditador fascista que governou Portugal desde a década de 1930, a Grande Loja Regular de Portugal foi formada com uma carta constitutiva emitida pela Grande Loja Nacional da França. Vários anos antes, após a morte de Francisco Franco, o ditador fascista da Espanha, muitos ingleses vivendo na Espanha formaram lojas e, posteriormente, a Grande Loja da Espanha, que foi imediatamente reconhecida pela Grande Loja da Inglaterra. Vários anos mais tarde, dois homens concorreram ao cargo de Grão-Mestre da Espanha, um representando as lojas de língua Inglesa na Espanha e o outro as lojas de língua espanhola. O candidato Inglês venceu a eleição e o candidato espanhol imediatamente retirou-se e formou a sua própria Grande Loja, que agora é chamada de Grande Loja Federal da Espanha, que foi reconhecida pela Grande Loja Regular de Portugal e pelo Grande Oriente da Itália, que é a Grande Loja que nós reconhecemos. Escusado será dizer que isso indignou tanto a Grande Loja da Inglaterra quanto a da França. Quando uma Grande Loja secessionista foi formada na Itália, a França, a Espanha e a Inglaterra imediatamente lhe deram reconhecimento. E, aqui está montado o palco para uma ocorrência semelhante em Portugal e, quando isso aconteceu, eles repetiram suas ações vingativas contra Portugal tal como tinham feito na Itália. A única diferença é que a Grande Loja Secessionista de Portugal veio aos Estados Unidos e à Conferência em Tulsa, com a ajuda da França e da Espanha, e solicitou e recebeu a recomendação para o reconhecimento de nossa Conferência.

Eu compareci à Conferência Mundial do Simpósio de Grãos Mestres em Roma, Itália, de 14 a 17 de novembro de 1997. Vários meses depois do meu regresso de Roma, recebi um telefonema que me informou que a Grande Loja Regular de Portugal buscava líderes maçons de todo o mundo que pudessem ter interesse em saber mais sobre eles e esclarecer a situação em relação ao seu cisma recente. Eles estavam especialmente interessados ​​em receber líderes norte-americanos que pudessem ser capazes de ajudá-los a recuperar o reconhecimento na Conferência dos Grãos Mestres da América do Norte. Eles achavam que um grave erro tinha sido cometido por este organismo, retirando o reconhecimento da Grande Loja de Portugal e dando-o ao corpo secessionista conhecido como a Grande Loja Legal de Portugal.

Uma vez que a Grande Loja de Arizona tinha relações fraternas com a Grande Loja Regular, eu vi este convite como uma oportunidade para investigar uma situação interessante, encontrar algumas pessoas novas e, possivelmente, corrigir um erro percebido e visei ampliar minha participação no mundo da Maçonaria.

Em abril de 1998, minha esposa e eu viajamos a Lisboa, como convidados da Grande Loja Regular de Portugal. Compareci a um evento anual onde reuni-me com 100 membros de suas Grandes Lojas, os representantes oficiais da Grande Loja da Itália, uma das Grandes Lojas da Alemanha e outros. Comandei várias entrevistas da Grande Loja Regular de Portugal. Também falei longamente com cada um dos representantes estrangeiros. Examinei sua carta constitutiva emitida pela sua Grande Loja Nacional da França, as cartas constitutivas das Grandes Lojas que conheci no prédio e discuti seu sistema ritualístico. Eles me fizeram conhecer sua história maçônica e a política da Maçonaria em um país católico e uma democracia relativamente nova.

Depois de meus encontros com todos estes indivíduos, cheguei à conclusão de que os membros do Comitê de Reconhecimento deviam ver por si mesmos a realidade da situação em relação aos maçons de Portugal. Senti que eles deveriam examinar mais de perto os documentos comprovativos relacionados com os eventos que causaram a demissão do Grão-Mestre, o cisma que se seguiu e a formação, ao final, da Grande Loja Legal de Portugal.

A Grande Loja Regular de Portugal continuou a concordar com esse conceito de divulgação completa e ofereceu-se mais generosamente para trazer todo e qualquer membro do Comitê a Portugal em uma missão de esclarecimento. Eles me autorizaram a entrar em contato com a Comissão em seu nome, o que fiz em abril de 1998.

Inicialmente, recebi indicações positivas da maioria dos membros da Comissão, mas mais tarde, cada um dos membros do Comitê deu alguma razão pela qual ele não queria ou não podia ir. Até hoje, nenhum membro do Comitê foi a Portugal para visitar qualquer uma das duas Grandes Lojas.

Em maio de 1998, eu assisti a conferência mundial de Grãos Mestres em Nova York. Reuni-me várias vezes com o Grão-Mestre da Grande Loja de Portugal dissidente, a Grande Loja Legal, irmão Luis Nandin de Carvalho, e o Grande Secretário. Eles informaram-me com muito zelo de sua posição em relação aos eventos que levaram ao cisma e em termos inequívocos, me disseram que eles não iriam manter qualquer conversa sobre a reunificação ou mesmo negociações com a Grande Loja Regular de Portugal ou os seus oficiais.

No final de junho de 1998, eu fui novamente a Portugal para participar de uma grande sessão da GLRP como convidado. Eu estava acompanhado por Kent Gould, Grão Mestre Adjunto do Colorado, que também estava fazendo uma investigação local para determinar os fatos sobre esta questão por si mesmo. Eu me encontrei e entrevistei Bernardo Teixeira, filho do falecido Fernando Teixeira, o primeiro Grão-Mestre de Portugal. Também me reuni com os advogados da GLRP, que revisaram sua constituição comigo, e sua relevância para os eventos em questão. Além disso, mais uma realizei várias reuniões com todos os altos oficiais da GLRP e os questionei em profundidade sobre as causas dos acontecimentos que culminaram com a demissão do Grão-Mestre. Mais tarde, viajei para Porto, no norte de Portugal, participei de uma reunião de Loja e jantei com os oficiais e membros das três Lojas naquela cidade. Eles me deram individualmente suas lembranças dos fatos, que confirmaram completamente a informação que eu havia recebido dos maçons a quem eu tinha falado anteriormente em Nova York e Lisboa.

A Maçonaria em Portugal é uma instituição muito diferente daquela nos Estados Unidos. Pertencer à Ordem assume um significado totalmente alterado devido à situação política naquele país. Ela é muito mais secreta devido ao preconceito do público contra a instituição. Portugal tinha sido uma ditadura comunista fascista de 1930 até 1991, e qualquer associação com a Ordem banida.

Os maçons em Portugal estão sempre muito preocupados que sua filiação não se torne informação pública. Ser conhecido como um maçom causou que membros perdessem seu emprego. A Grande Loja Regular de Portugal tem feito um esforço nos últimos anos para recrutar indivíduos das profissões e do governo como seus membros. Isso foi feito, a fim de criar uma instituição acima de qualquer suspeita, e que tem meios financeiros para ser organizacionalmente bem sucedida e ter um impacto positivo sobre a sociedade através de suas obras de caridade. A confidencialidade de seus membros e uma postura pública discreta tem sido um pré-requisito para a continuação de sua participação nas Lojas. Ações deste Grão-Mestre (Carvalho) no sentido de tornar públicos os nomes de membros da Ordem causou graves danos à instituição e a muitos de seus membros. Posteriormente foi realizada uma reunião do Colégio de Grandes Oficiais, 40 dos 43 votaram para removê-lo do cargo, o que eles tinham o direito de fazer de acordo com a sua constituição, e que foi posteriormente ratificado pela Grande Loja completa em uma data posterior.

O relatório que apresentei à comissão de Conferência contém os fatos, citações de sua constituição e outras informações relevantes. Infelizmente, não foi suficiente para convencer o Comitê de que eles tinham errado anteriormente mais cedo, e, em todo caso, eles não estavam dispostos a opor-se à vontade coletiva das Grandes Lojas combinadas da Inglaterra, Espanha, e da França, que estavam presentes na reunião.

Meu julgamento é que o Grande Loja Regular de Portugal, com base em sua Constituição tinha todo o direito legal de demitir o seu Grão-Mestre. Foi um ato necessário, conduzido pelos grandes oficiais maçônicos eleitos em sessões abertas, com o Grão-Mestre recebendo ampla oportunidade de defender a si mesmo e suas ações. Eles agiram de boa-fé para proteger a instituição da maçonaria em Portugal, os seus bens e a confidencialidade dos seus membros constituintes.

A Grande Loja Regular de Portugal é a verdadeira e legítima representação da Maçonaria no país, atendendo a todas as exigências para reconhecimento restabelecido contínuo pela Conferência dos Grandes Mestres de NA; Ela manteve a preponderância das Lojas (23) , os seus edifícios e membros, a residência da Grande Loja, a carta constitutiva original, e mais importante, o reconhecimento contínuo da grande maioria das Grandes Lojas em nível internacionalmente; (4), e os EUA / Canadá (15), que têm relações fraternas com Maçonaria em Portugal.

Peço que votem para manter o reconhecimento da Grande Loja Regular de Portugal, e que ao fazê-lo vocês afirmem a independência continuada da Grande Loja do Arizona das maquinações políticas da política europeia, que não têm lugar no mundo da maçonaria.

Fraternalmente apresentado,

Gerald H. Lankin, PM (43)

Depois de dar tempo suficiente para que os irmãos discutissem a questão, o Grão-Mestre pediu a votação da proposta “Todos a favor do reconhecimento da Grande Loja Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal (que seria a recomendação da nossa Comissão dos Assuntos Exteriores, isto é o Comitê do M:. W:. Irmão Earl).

Depois da votação, o Grão-Mestre declarou que a proposta fora RECUSADA”

Eu gostaria de poder afirmar que o Arizona defendeu suas armas ao longo dos anos e que ainda reconhece a Grande Loja Regular de Portugal. No entanto, recentemente entrei em contato com o irmão Jerry Lankin em sua casa no México e ele enviou-me esta conclusão do caso via e-mail.

Após um ano de não-reconhecimento da nossa parte da Grande Loja Legal, encontrei-me com o seu novo Grão Mestre (Carvalho tinha se mudado). Eu achei que ele (o novo GM) era um cara sincero, cujo objetivo principal era a reunificação e uma cura da rixa entre as Grandes Lojas. Porque o reconhecimento da maioria dos países havia sido retirado da Grande Loja Regular e uma grande deserção subsequente das Lojas Regulares para a Grande Loja Legal, tornou-se óbvio para mim e outros que já não era do nosso interesse continuar a reter o reconhecimento. Foi minha decisão, portanto, recomendar que a Grande Loja do Arizona mudasse nosso reconhecimento para a Grande Loja Legal que, para todos os fins práticos, era a única Grande Loja em funcionamento em Portugal. Nossa Grande Loja concordou. Eu não gostei do que aconteceu, mas a política não deve ficar no caminho das relações fraternas entre os irmãos.

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