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Giordano Bruno e a sua influência sobre a Maçonaria

Publicado no blog FREEMASON.PT
Por João Anatalino Rodrigues

    Giordano Bruno
    Monumento a Giordano Bruno no Campo dei Fiori, Roma, Itália

    A grande influência gnóstica que se nota na Maçonaria foi-lhe passada directamente pelos filósofos hermetistas da Renascença. Foram estes “magos renascentistas” que recuperaram a antiga tradição dos cultores das religiões solares e compuseram, a partir delas, um vigoroso sistema moral que os maçons especulativos iriam inteligentemente aproveitar nos seus rituais.

    O mais interessante destes pensadores foi, sem dúvida, o grande Giordano Bruno.

    O gnóstico Giordano Bruno

    A religião solar dos egípcios, que os hermetistas adaptaram magistralmente para justificar as teses defendidas no seu cristianismo místico, encontrou em Giordano Bruno o seu melhor divulgador.

    Este grande filósofo foi considerado o grande mago da Renascença. O seu trabalho tinha em mente a criação de um vasto sistema de pensamento, com o objectivo de revalorizar as religiões solares, cuja metafísica ele julgava superior à do cristianismo. Em muitos aspectos, ele foi o precursor dos chamados pensadores rosacrucianos que inspiraram o conteúdo espiritualista da Maçonaria moderna.

    No começo do ano de 1583 ele visitou a Inglaterra para realizar, na Universidade de Oxford, uma série de conferências. Do grupo que participou dos debates faziam parte dois outros notáveis hermetistas, tidos como magos e alquimistas, chamados John Dee e Phillipp Sidney. Eles ouviram o famoso mago italiano dissertar sobre a excelência e a superioridade da antiga religião egípcia e por certo devem ter ficado fascinados. Ali estava um intelectual, doutor em filosofia, professor dos mais respeitados em toda Europa, naquele santuário da ortodoxia religiosa que era Oxford, em pleno desenvolvimento da Contra Reforma Religiosa, pregando a superioridade de uma religião pagã, fundamentada sobre um panteísmo obscuro, sobre as excelências da religião de Cristo!

    E mais: dizendo que nenhuma fé podia superar, na salvação da alma, o conhecimento das realidades divinas, obtido através da gnose, ou da iniciação nos mistérios de uma religião pagã!

    O Deus de Bruno era o “Deus das coisas”. Havia uma presença divina em tudo, como manifestação, mas não como essência, pois a essência divina não podia ser separada da sua fonte primordial. A presença divina nas coisas, entretanto, já era atributo intrínseco delas desde a sua criação e só podia ser “ despertada “ por ritos de natureza mágica como os que eram praticados no antigo Egipto. Nas próprias palavras de Bruno

    “diversas coisas vivas representam diversos espíritos e forças, que, além do ser absoluto que possuem, obtém um ser comunicado a todas as coisas, segundo a sua capacidade e medida. Por esta razão, Deus, como um todo (embora não totalmente, mas em alguns mais, e em outros menos excelentemente), está em todas as coisas. Pois Marte está mais eficazmente em vestígios naturais e em modos de substância, numa víbora ou escorpião, e não menos numa cebola ou num alho, do que em qualquer quadro ou estátua inanimada” [1].

    Esta era a razão pela qual as antigas religiões, como a egípcia, via a essência do deus Rá em todas as coisas, num girassol, num narciso, num galo, num leão, e concebiam cada um dos seus deuses em espécies agrupadas em géneros de luz, pois era graças à luz que brilhava nas coisas, ao grau de luminosidade que cada coisa irradiava, que elas subiam mais ou menos à divindade que as presidia.

    Por isto, dizia Bruno :

    “na verdade, eu vejo de que modo o sábio, por estes meios, obtém o poder de fazer os deuses familiares, afáveis e domésticos, que através das vozes saídas das estátuas enunciam conselhos, doutrinas, adivinhações e ensinamentos sobre-humanos. Por esta razão, por ritos mágicos e divinos, eles ascendem as alturas da divindade pela mesma escada da natureza, graças a qual a divindade desce às menores coisas por uma comunicação de si mesma” [2].

    Bruno dizia que os sábios, para se comunicarem com a divindade que estava latente em todas as coisas, a “sacralizaram”, prestando-lhe culto através de determinadas cerimónias mágicas. Tais cerimónias estavam longe de ser “vãs fantasias, mas sim, eram vozes vivas que chegavam aos próprios ouvidos dos deuses”: “Assim,” escreve ele, “os crocodilos, os galos, as cebolas e os nabos jamais foram adorados por si mesmos, mas sim pelos deuses e divindades que existem nos crocodilos, nos galos e nas outras coisas, cuja divindade era, é e será encontrada em diversos sujeitos, na medida em que são mortais, em certos tempos e lugares, sucessivamente ou de uma só vez, o que vale dizer: a divindade que corresponde à proximidade e familiaridade dessas coisas, não a divindade que é altíssima, absoluta em si mesma e sem relação com as coisas que produz” [3].

    Eis a essência do pensamento religioso desse estranho mago, um panteísmo muito próximo da visão hinduísta da divindade. Deus está em todas as coisas como manifestação, mas está fora de todas as coisas como “ser”. Não se realiza no homem um deus como “ser”, porque este é absoluto em si mesmo e embora tenha conferido divindade a todas as coisas em diferentes graus, tempos e lugares, Ele não interfere no destino da sua criação.

    O que confere diferentes graus de divindade às coisas é a presença de “luz” nelas. Os dois corpos luminosos mais relevantes e próximos à terra são o sol e a lua. Neles se junta a luminosidade da qual toda as coisas na terra se nutrem. Segundo as suas próprias palavras

    nos dois corpos que estão mais próximos do nosso globo e divina mãe, o Sol e a Lua, eles concebem o que é a vida e o que informa as coisas segundo as duas razões principais. E entendem a vida segundo sete outras razões, distribuindo-as à sete outras estrelas errantes, que, como no principio original e na causa fecunda, reduzem as diferenças em espécie em cada género, dizendo das plantas, animais, pedras, influências e outras coisas, que umas pertencem a Saturno, outras a Júpiter, outras ainda, a Marte e assim por diante” [4].

    Esta era, portanto, a cosmogonia de Bruno e o fundamento da reforma religiosa da qual ele pretendia ser o arauto. Era uma reforma que devolveria a antiga religião egípcia ao lugar de proeminência que nunca deveria ter perdido, pela sua substituição pelo cristianismo. A religião egípcia era a religião do intelecto, da inteligência, da sensibilidade, já que tinha evoluído, com Hermes Trismegisto, para além do culto solar, para penetrar numa divina “mens”. Esta religião, que era a verdadeira gnose, seria a única capaz de unir o profano ao sagrado e tinha sido, no seu entender, suprimida pelos “falsos mercúrios” (os teólogos cristãos), em proveito de uma doutrina empobrecida, que nada mais era que uma grosseira degeneração de uma religião superior.

    Foram sem duvida, afirmações como estas que o levaram à fogueira. Ele acreditava que a antiga religião egípcia, por se fundamentar na adoração da verdadeira divindade através das suas manifestações nas coisas, proporcionava um estado ideal de ordem, harmonia e felicidade na terra, pois permitia ao homem uma verdadeira simbiose com tudo que havia na criação. Se o elo entre tudo era a luz, se tudo era luz, e tudo estava em tudo, então havia uma verdadeira unidade no universo como reflexo daquele que era Um.

    Este pensamento permitia o desenvolvimento de um governo baseado no principio da Maat, a deusa da Justiça, pois num universo uno não haveria lugar para estratificações. Por outro lado, restabelecia o culto por meio dos símbolos, tradição que a liturgia cristã tinha banido, em proveito de uma doutrina vazia de conteúdo místico, e pobre em interesse esotérico, que constitui a essência de toda religião.

    Giordano Bruno e a Maçonaria

    Para a Maçonaria, o interesse nas ideias de Giordano Bruno reside principalmente no facto de que a sua reforma religiosa consiste num sistema onde os vícios são expulsos pela virtude. Isto dá-se naturalmente através dos deuses. Na cosmogonia bruniana o movimento vicio/virtude vai povoando o espaço à medida que os deuses reformam os céus. A vitória final da antiga religião, por ser uma religião baseada na virtude, seria o corolário dessa reforma.

    A reforma religiosa de Bruno é um verdadeiro discurso iniciático. Nele os deuses, (Júpiter, Apollo, Saturno, Neptuno, Isis, Marte, etc.), são todos representantes de virtudes e poderes da alma. Como o próprio homem é uma representação do universo, a “ reforma dos céus” feita pelos deuses reflecte também no psiquismo humano. A medida que um deus, (ou uma virtude), ocupa um dos sete “céus” do universo gnóstico, o mundo divino se recompõe e isto ressoa também na própria humanidade Assim se vão produzindo as personalidades na terra e quando a “reforma” nos céus estiver completa, o homem também será um homem novo, reformado segundo o movimento dos deuses nos “ céus”.

    A personalidade boa é a personalidade solar. Quando o sol ocupa o centro do universo, isto é, quando a luz está no centro, ela se irradia por todos os lados. Por isto, quando o universo estiver transbordando de luz, o reino da ordem, da harmonia, da justiça e felicidade será finalmente instalado.

    Bruno trabalha magistralmente os símbolos. Para explicar o seu sistema moral, inspirado no principio da Maat, as imagens das constelações no céu representam vícios e virtudes que se degladiam para ocupar lugar no espaço. Os vícios estavam sendo expulsos pela personalidade cósmica reformada. Os homens deviam ajudar os deuses repetindo esse processo aqui na terra.

    É possível imaginar um John Dee, ou um Phillipp Sidney, famosos alquimistas ingleses, ouvindo tais discursos e comparando com as suas próprias crenças e simbolismos ligados à tradição alquímica. Havia muitas analogias, como o principio da transmutação, que era o mesmo para Bruno e os alquimistas. Nada morre, nada desaparece. Tudo se transforma. Este era também o discurso do Corpus Hermeticum. Os próprios homens estão sujeitos a essa lei da transformação. Por isso a necessidade da reforma. E daí Bruno define a personalidade do novo homem que resultaria dessa “reforma”:

    serão homens necessários à comunidade, hábeis nas ciências especulativas, cautelosos na moralidade, solícitos no zelo e no auxilio de um ao outro, mantendo a sociedade (para a qual são prescritas todas as leis) pela proposição de certas recompensas aos benfeitores e pela ameaça aos criminosos de certas punições“ [5].

    Veja-se que a descrição do homem novo de Bruno se encaixa perfeitamente nos moldes maçónicos. Num dos mais importantes graus do Rito Escocês, o Grau Sete, serão exactamente estas características que serão destacadas. E em todo os graus das chamadas Lojas de Perfeição e Capitulares, principalmente, serão encarecidas aos maçons a aquisição de virtudes associadas com o estudo, a moral, o zelo e a lealdade recíproca, como garantia de sobrevivência da fraternidade maçónica, e principalmente um grande anelo pela prática da Justiça. É difícil não pensar que tais influências não tenham sido pescadas directamente no fértil rio do pensamento de Giordano Bruno. Então, prossegue o filósofo, “Hércules descerá a terra para realizar as boas obras.” Quando se sabe que um dos mais importantes graus maçónicos fundamenta os seus ensinamentos nos Doze Trabalhos de Hércules, é difícil imaginar que tal inspiração não tenha nada a ver com essa simbologia.

    Com base nas teorias de Copérnico, Bruno também recupera o valor das antigas iniciações caldeias, órficas e pitagóricas; propõe a construção de um templo à sabedoria universal, fundamentado em ideias desenvolvidas por Galileu, Alberto Magno, Nicolau de Cusa e outros filósofos, porém sem desprezar o esoterismo, como fizeram aqueles pensadores. Estas também são propostas que o aproximam muito da Maçonaria que resultou da fusão do rosacrucianismo com o companheirismo das recém fundadas Lojas Especulativas.

    As ideias de Giordano Bruno representaram uma grande abertura para o pensamento místico – liberal que encantou muitas gerações de intelectuais. Até o século XIX os liberais o adoravam. Por isso é que advogamos a influência desse grande pensador sobre os homens que deram a Maçonaria a conformação que ela adquiriu a partir do século XVII, quando o grupo rosacruciano começou a fazer parte das Lojas maçónicas. Como se pode perceber, as ideias eram as mesmas. O Templo da Sabedoria, (O Templo de Salomão), segundo Bruno, simbolicamente, fora construído primeiro entre os egípcios e os caldeus, de onde os hebreus foram buscar as bases da sua cosmogonia. Depois a ideia passa pelos persas de Zoroastro e pelos ginnofisistas indianos. Depois pelos trácios com Orfeu, entre os gregos com Tales de Mileto, entre os italianos com Lucrécio, pelos alemães com Copérnico e Alberto Magno etc. O recurso à geometria como demonstração dos atributos da divindade é uma das suas ferramentas. “Deus é uma esfera cujo centro está em toda parte e cuja circunferência está em parte alguma ” diz ele.

    Parece a definição do templo maçónico, que corresponde a todo universo. Deus é o Uno, o Perfeito, o Número que contém todos os números. O contacto entre o profano e o divino dá-se através dos ritos apropriados que elevam o homem as alturas; ao mesmo tempo faz a divindade descer ao mundo. A iniciação é parte deste processo; só o iniciado pode pretender essa elevação. A cabala é a ciência das combinações divinas. Por ela, pode-se chegar ao conhecimento do Nome Inefável, fonte da gnose divina [6].

    Ás três virtudes teologais, amor esperança e caridade, que os católicos consideravam as virtudes guias da religião, Bruno somou a mathesis e a magia, como essenciais a esse conjunto [7].

    Eis aí, na filosofia do mago renascentista, todo o estofo do que viria a ser, dois séculos mais tarde, a Maçonaria moderna.

    O episodio Elias Ashmole

    Por fim, é bom não esquecer que o final do século XVI é urna época de grandes demonstrações de intolerância religiosa, em que os adeptos do livre-pensamento só encontravam o hermetismo religioso como refúgio para as suas doutrinas heterodoxas. Neste meio apareceram as Lojas maçónicas como bastião desse sincretismo religioso, com as suas práticas iniciáticas e ideias ligadas ao gnosticismo e tradições cavaleirescas. Então surge Giordano Bruno pregando exactamente o que a Maçonaria seria duzentos anos depois. E curiosamente, esta Maçonaria iria surgir exactamente na Inglaterra, onde ele começou a pregação do seu sistema moral e cosmológico.

    E preciso lembrar que na plateia que ouvia Bruno havia muitos cientistas e filósofos que simplesmente deploraram as suas ideias. Chamaram-no de “mergulhão italiano”, que tinha um nome mais comprido que o corpo, “mais atrevido do que sapiente”, e que, ao tentar provar que era a terra que girava, como dizia Copérnico, só mostrou que eram os seus “miolos que não paravam.” Todavia, na plateia havia também outros intelectuais como o já nomeado John Dee, famoso alquimista de Londres, a quem Papus se referiu como sendo mestre de Elias Ashmole, que em 1646 foi admitido na Loja de Companheiros de Warrington como “Maçon aceito”. Não é improvável que espíritos como estes tenham trabalhado as ideias de Bruno e outros filósofos hermetistas, criando uma cultura favorável ao nascimento de uma Arte Real especulativa e iniciática, destinada a divulgar e praticar uma filosofia reformista, onde se pudesse combinar o exercício da liberdade política com a tolerância religiosa e a prática das virtudes cristãs com o espiritualismo das antigas religiões.

    Nasceria, desta forma, a chamada Maçonaria especulativa. Mais tarde, com a adesão dos pensadores iluministas, e os acontecimentos políticos ligados à Reforma Religiosa, às guerras dinásticas e as grandes revoluções que mudaram a face da civilização ocidental, a Arte Real incorporaria os elementos políticos e filosóficos que lhe deram a estrutura que hoje conhecemos.

    Ainda a propósito da obra de Giordano Bruno, conclui a Prof. Francês A Yates:

    Onde mais existe igual combinação de tolerância religiosa, vinculada emocionalmente ao passado medieval, com uma ênfase nas boas obras, além de um imaginativo apego à religião e ao simbolismo egípcio? A mim ocorre uma única resposta: na Maçonaria, herdeira da ligação mítica com os maçons medievais e com a sua tolerância, a sua filosofia e o seu simbolismo egípcio. Só apareceu na Inglaterra, reconhecível como instituição em meados do século XVII. Mas teve, decerto os seus predecessores, antecedentes e talvez tradições, que se reportavam a um passado muito remoto. Este porém, é assunto muito obscuro. Aqui caminhamos nas trevas, mas podemos conjecturar se, entre as pessoas espiritualmente insatisfeitas na Inglaterra, alguma não teria ouvido, na mensagem “egípcia” de Bruno, um prenúncio de alívio, ou dos acordes da Flauta Mágica que em breve soprariam no ar [8].

    Certamente a professora Yates tem razão. A Maçonaria que emergiu do século XVII tem tudo a ver com o “socialismo mágico” de Bruno e dos hermetistas da Renascença. A sua reforma moral da humanidade, que ressuscitava a velha ideia egípcia da Maat, era uma solução, ao mesmo tempo antiga e nova, para o problema que a Europa enfrentava justamente naquele momento. Faria desaparecer as dificuldades religiosas, ao passo que também educaria o carácter do homem para construir e viver um novo tipo de sociedade. De certa forma, seria essa mesma ideia que os iluministas iriam mais tarde desenvolver.

    O gnosticismo de Giordano Bruno inspirou gerações inteiras de intelectuais. Até o século XIX ele era estudado e profundamente admirado por uma grande plêiade de pensadores de orientação esotérica, escritores românticos e místicos de todos os tipos. E curioso que ele tenha sido tão pouco estudado e reconhecido entre os autores maçons, mesmo aqueles de orientação espiritualista. Com esta síntese do seu pensamento, e o reconhecimento da enorme influência que exerceu no desenvolvimento da cultura maçónica, acreditamos fazer justiça a esse extraordinário pensador. No conjunto das ideias que fundamentam o espiritualismo da Arte Real, só podemos compará-lo ao grande Teilhard de Chardin.


    Notas

    [1] Francês Yates – Giordano Bruno e a Tradição Hermética pg. 238. Na imagem, busto de Giordano Bruno.

    [2] Idem pg. 239

    [3] Ibidem pg. 240. Este pensamento, como se pode ver, encontra um paralelo muito próximo na doutrina da cabala, especialmente a pregada por Isaac Lúria.

    [4] Francés Yates, op citado, pg. 241

    [5] Francés Yates- op citado pg. 255.

    [6] De acordo com a doutrina da cabala , o Inefável Nome de Dens (Tetragrammaton), tinha quatro letras e a sua luz era transportada por setenta e dois anjos (Semhamphores). A multidão celeste, a partir desses portadores da luz divina, expandiam-se progressivamente a uma razão aritmética de quatro por doze formando uma multidão inumerável. A cabala, combinando números e letras, davam ao iniciado nos seus mistérios todos os nomes de Deus a partir dessa inumerável multidão, até o primeiro e Inefável Nome, geratriz de todos os outros.

    [7] Mathesis é a ciência da contemplação.

    [8] Francês Yates- op citado, pág. 26- A Flauta Mágica é a ópera maçónica por excelência. Mozart a compôs a partir da influência que recebeu dos ritos maçónicos. As cerimónias de iniciação, as purificações pelo fogo e pela água, o misticismo do número três, temas explorados naquela opera, são todos influenciados pelos ritos maçónicos, já que tanto Mozart e o compositor do libreto, Schikaneder, eram maçons.


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