Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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Os segredos dos maçons

Tradução José Filardo

Por Vincent Nouzille – Le Figaro

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Em um templo (aqui em Dijon), as “lojas” (reuniões) reúnem os irmãos de avental. O Venerável preside a sessão, sob o delta radiante.

Os construtores? Os  Templários? As Luzes? A República? Mas, de onde vem a Maçonaria, fraternidade iniciática feita de mistério, de uma longa história e de tradições ecléticas? Através da exploração de suas origens, seus ritos e sua herança, descubra alguns segredos dos iniciados…

“Você já viu nossos catecismos?” Com um grande sorriso, Georges Lacaud, sólido aposentado de Rochefort, mostra um velho manual encapado em couro, detalhando os rituais de uma cerimônia da Maçonaria. Iniciado há trinta e oito anos dentro da Grande Loja da France, a terceira potência do país, ele gosta de lembrar as referências cristãs que abundam nos símbolos e os objetos maçônicos que ele usa regularmente: é questão de catecismos, do Templo de Salomão, da Rosacruz… Percorrendo com Georges Lacaud a exposição de verão “Maçonaria e Viagem” realizada em Rochefort, o visitante não deixa de se surpreender com outras tradições visíveis: aqui, uma verdadeira colher de pedreiro; ali, um avental decorado com uma pirâmide ou uma representação de um templo em forma de pagode chinês. “Nossos irmãos viajaram muito do século XVIII ao século XX,” disse o organizador deste evento.

Por seus mistérios e a multiplicidade de seus paradoxos, a Maçonaria ainda intriga os leigos. Com fama de ser anticlerical, ala conserva valiosas referências bíblicas. Racionalista, ela cultiva o segredo. Respeitosa dos ritos ancestrais, ela recusa as certezas. Aparentemente anacrônica e ainda dividida, ela atrai mais e mais candidatos, com 160.000 irmãos e irmãs na França, é três vezes mais que há trinta anos. Seu simbolismo, vindo de mil fontes, não termina de ser discutido em suas “oficinas”, durante as “lojas” (reuniões a portas fechadas), enquanto inspira uma florescente literatura destinada ao grande público. Os maçons misturam, assim, sem muita preocupação, os mitos da antiguidade, os fundamentos do cristianismo, as imagens dos Templários e da cavalaria medieval, o Esoterismo renascentista, as tradições dos construtores, o espírito do Iluminismo, o positivismo científico, a fé secular e republicana. Um coquetel potencialmente explosivo… mas que parece sempre sólido!

Este incrível entrelaçamento pode ser desvendado. Sua força baseia-se em um princípio simples, muito comumente admitido nas lojas, por mais diferentes que elas sejam. “São três séculos em que nós nos enriquecemos de todas as tradições espirituais do mundo, desde que elas não sejam incompatíveis com os nossos princípios de tolerância e liberdade de pensamento”, resume Marc Henry, o novo grão-mestre da Grande Loja de France. Uma opinião partilhada por Pierre Mollier, diretor da Museu do Grand Orient de France, em Paris:  “A Maçonaria é uma viagem iniciática nas civilizações, um surpreendente sincretismo que se alimenta da sociedades que viu nascer, sem espírito  dogmático”, diz este especialista apaixonado. As bases deste movimento filosófico, nascido do outro lado do Canal da Mancha, remontam historicamente aos verdadeiros maçons, reunidos em corporações, desde a Idade Média. “Essas reuniões de ofício, ritualizadas como todas as profissões eram usadas primeiramente para garantir a formação dos seus membros e para apoiá-los em tempos difíceis”, explica o historiador Roger Dachez, autor de diversos livros, incluindo A Invenção da Maçonaria (Vega, 2008). Do outro lado do Canal da Mancha, os maçons se reuniam em lojas que editavam por escrito suas tradições sob a forma de “antigas obrigações”.

Um movimento filosófico nascido na Escócia e Inglaterra

A passagem desta Maçonaria de ofício – chamada “operativa” – para o cenáculo intelectual, chamada “Maçonaria especulativa”, continua a ser um pouco misteriosa. Ela aconteceu provavelmente na Escócia e na Inglaterra no século XVII. Enquanto as corporações de construtores declinavam, as lojas abriram-se aos generosos notáveis locais, chamados cavalheiros maçons ou free-masons, “maçons livres e aceitos”. Estes acabaram por constituir assembleias de objetivos mais filantrópicos e filosófico.

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O compasso refere-se à imparcialidade e à sabedoria.

Mas essas novas lojas “especulativas” retomaram os graus (Aprendiz, companheiro, mestre), os ritos e as ferramentas dos trabalhadores, permitindo construir simbolicamente o “estado de perfeição humana”, da forma como se corta uma pedra bruta: o compasso refere-se à imparcialidade e à sabedoria; o esquadro à retidão; a régua representa a medida, o prumo serve ao equilíbrio, o malhete e a alavanca evocam a força, a colher de pedreiro assemelha-se à fraternidade. Piscadela desconhecida da história: são esses rituais maçônicos que  enriqueceram a partir do Século XIX, os usos medievais do Companheirismo do Tour de France e não o inverso…

Quando da criação da Grande Loja de Londres, a verdadeira matriz da  Maçonaria “especulativa”, no dia de São João do Verão de 1717, na taverna londrina, o Ganso e a Grelha, esta ordem iniciática muda de natureza: a instituição nascente reúne gradualmente os artesãos, comerciantes e as elites do Reino, sem barreira de classe ou hierarquia burocrática. “Isso é explicado pelo contexto daqueles anos: a Inglaterra, que saia de uma guerra civil, estava precisando de apaziguamento e a diversidade das igrejas impedia a dominação de uma só entre eles”, observa Roger Dachez. Entre seus promotores, que se cruzam nas lojas de Londres, nos clubes ou nos círculos acadêmicos da  Royal Society, estavam incluídos o rico Duque de Montagu, íntimo da Corte; o antigo exilado huguenote de La Rochelle, Jean-Theophile Désaguliers; seu mestre cientista Isaac Newton; o magistrado viticultor de Bordeaux, Charles de Montesquieu, iniciado em Londres em maio de 1730.

Graças às lojas que aparecem em Paris a partir de 1725 ou em Bordeaux em 1732, o modelo parlamentar britânico, um certo liberalismo político, a tolerância religiosa e o racionalismo científico difundem-se por toda a  Europa. Iniciados famosos,  incluindo Voltaire, Mozart, Goethe, La Fayette, Franklin e tantos outros espalham as ideias do Iluminismo que inspirarão principalmente as revoluções americanas de 1776 e francesa de 1789. Apesar de seus ideais anti-despóticos e anti-absolutistas, este movimento intelectual não se opõe, a priori, aos poderes constituídos, ou às igrejas dominantes. Tradicionalmente, os maçons são em primeiro lugar sábios conformistas  legalistas”, explica Roger Dachez. Muitos aristocratas, como aqueles da corte de Louis XV e Louis XVI, ingressaram nas lojas; os grão mestres geralmente faziam parte das cortes reais, como, por exemplo, o Duque de Antin e o Conde de Clermont. Este último editou os estatutos de 1755 em que os irmãos deviam ir à missa no dia do solstício de verão. Pastores e padres também são iniciados apesar da bula do Papa Clemente XII em 1738 ameaçando excomungar os católicos que se tornassem maçons.

secret 3Diploma francês (1820) à glória do Grand Sol de luz, decorado com referências bíblicas (Éden, torre de Babel, Arca de Noé).

Assim, cultura cristã permeia a Maçonaria desde as suas origens. De acordo com seus textos fundamentais – as Constituições do Pastor calvinista James Anderson que datam de 1723 – o bom maçom deve pertencer a “aquela religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada um suas próprias opiniões”, sem ser “um ateu estúpido ou um libertino irreligioso”. Se a Maçonaria permite reunir fiéis de todas as esferas da vida, “não se compreender que as leis da harmonia universal fossem a obra de um Grande Arquiteto parecia inconcebível para um discípulo de Locke e de Newton”, resumiria o historiador André Combes. Ao longo do tempo, este “Grande Arquiteto do Universo” vai perder seu significado exclusivamente divino. “Ele pode representar a consciência, Deus e todo e qualquer princípio criador, uma vez que a interpretação dos símbolos é livre”, diz Marc Henry, da Grande Loja da France.

Referências cristãs muito marcadas nos altos graus

Esta tradição judaico-cristã se materializa em uma infinidade de referências utilizadas pelos iniciados. A começar pelo Templo de Salomão em Jerusalém, sinônimo de perfeita construção; a personagem bíblica de Hiram, trabalhador em bronze transformado pela maçonaria em arquiteto do Templo de Salomão e mestre ideal; os triângulos onipresentes e os três pontos pontuando as assinaturas maçônicas, que se referem à Trindade; o delta radiante dotado de um olho divino, encontrado nas igrejas; a presença de um livro sagrado (mais frequentemente a Bíblia) para abrir as “lojas”. Poder-se-ia também mencionar a aparição em algumas lojas deístas, de cerimônias de “batismo civil” maçônico para crianças e “reconhecimento conjugal” para jovens recém-casados… A lista não é exaustiva.

A analogia é ainda mais marcante com o ritual de iniciação, durante o qual o “profano”, de olhos vendados, vê abrir-se um novo caminho na direção da ‘Luz’. Despojado de seus preconceitos, ele se encontra “de volta a um estado de simplicidade evangélica”, escreve Irène Mainguy em seu livro O Simbolismo Maçônico do Terceiro Milênio (Ed. Dervy). Mais estranhos ainda, certos altos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), o mais praticado, são acompanhados de alegorias muito cristãs: assim, o grau de Cavaleiro Rosacruz é obtido ao final de uma cerimônia da Santa Ceia, ágape pascal onde os irmãos compartilham o assado de cordeiro, diretamente inspirado pela refeição da Paixão…

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Espada maçônica de La Fayette (ca. 1825). A espada é o símbolo da nobreza e da armação iniciática para os cavaleiros

Os maçons franceses do século XVIII, começando pelo influente André Michel de Ramsay, tinham um prazer perverso em recuperar, principalmente nos altos graus, a rica mitologia Templária e cavalheiresca da idade média, ao ponto de espalhar algumas lendas: segundo eles, os maçons seriam  descendentes secretos dos antigos membros da ordem do Templo do tempo das cruzadas abolida pelo Papa Clemente V e Felipe, o Belo, em 1312. “Trata-se de pura invenção, mas ela continua a alimentar as fantasias”, observa Pierre Mollier. O que não impede que os iniciados celebrem os valores da cavalaria e se armem mutuamente como Grande Comandante da Ordem do Templo, Cavaleiro do Oriente e do Ocidente, Príncipe de Jerusalém ou Cavaleiro Kadosh. Este último grau, 30 do REAA, significa “Santidade” em Hebraico. Simbolizado por uma águia com duas cabeças, uma branca e uma preta, ele apela simbolicamente pela vingança de Hiram, o arquiteto de Salomão, morto por seus pares na mitologia maçônica, e de Jacques de Molay, grão-mestre da ordem do Templo, julgado herege e queimado na fogueira em 1314…

A Maçonaria não é, entretanto,  redutível a esta única tradição. Seus rituais citam Moisés e Jesus, mas também Maomé, Buda, Confúcio, Sócrates e Pitágoras!  “Ela se abeberou de toda a sabedoria, principalmente dos pensadores e das mitologias antigas, sejam elas gregas, romanas ou egípcias”, explica Roger Dachez. A forma da Estrela Flamejante com uma letra G (de geometria, glória, grande ou… God) no seu centro, lembra os gráficos caros aos seguidores de Pitágoras, bem como as proporções do retângulo do templo, inspirado pela razão áurea (1,618).

Sob o Império, os rituais egípcios se espalham

Os símbolos egípcios presentes em determinados ritos sob a influência do italiano Cagliostro no século XVIII, são, por outro lado, espalhados sob o Império, após a expedição militar de Napoleão Bonaparte, em 1799, que desencadeou a verdadeira egitomania. Enquanto as lojas floresciam sob a alta supervisão de José Bonaparte,  de Jean-Jacques Régis de Cambacérès e dos principais marechais do Império, o culto à civilização egípcia alimentava as artes, a iconografia e a arquitetura. “Viam-se aparecer deusas e pirâmides por todo lado”, explica Raphaël Aurillac, iniciado da Grande Loja Nacional Francesa e autor do Guia da Paris Maçônica (Ed. Dervy).  Oficiais napoleônicos também fundaram uma loja no Cairo, Os Discípulos de Memphis. Um dos seus membros, retornando à França, continuou esta linha egípcia em 1815 com o nascimento do rito de Memphis, que se fundiu, em seguida, com outro rito, o de Misraim, originário de tradições esotéricas.

Porque certas correntes da Maçonaria também são igualmente alimentadas de fontes místicas, eruditas e ocultistas em voga desde a Renascença, encontram-se alguns empréstimos alegóricos da Cabala Hebraica, do hermetismo grego, da literatura dos emblemas, um tipo de jogo de imagens populares no século XVI, bem como de alusões aos alquimistas, astrólogos e outros videntes. Um dos mais influentes maçons do século XVIII, Jean-Baptiste Willermoz, originário de Lyon criou, até mesmo, em torno de 1780, o Rito Escocês Retificado, matizado de tradições templárias, ele acrescentou experiências de hipnose inspiradas pelas teorias de magia divina de seu amigo Martinès de Pasqually, fundador de uma estranha Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos  Cohen do Universo… Tão diversificada, a Maçonaria não poderia deixar de ser dividida. Os “irmãos” mais racionalistas e agnósticos se distanciaram- das correntes de deístas e “Illuminatistas”. Foi na França que estas divisões foram mais marcantes, com várias crises e cisões das potências.

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No templo Groussier du Grand Orient, em Paris, o lema republicano está na raiz dessa obediência.

A alternância de revoluções e restaurações agravou estas tendências no século XIX. O Grande Oriente de França, que abandonou qualquer referência a Deus em 1877, ao final de tensos debates, envolveu-se  em política. “Suas lojas eram os únicos lugares onde se podia expressar livremente. O secularismo reivindicado e o republicanismo progressista foram forjados em resposta aos governos conservadores que eram apoiados abertamente pela Igreja Católica”, explica Roger Dachez. Cada vez mais anticlerical, os irmãos do Grande Oriente sustentaram o advento da Terceira República, formando a espinha dorsal do partido radical fundado em 1901 e inspirando desde as grandes leis republicanas, a escola obrigatória de Jules Ferry até a lei das associações de 1901 e a da  separação entre Igreja e Estado de 1905. No entanto, esta militância “liberal” e “adogmática” de certos iniciados franceses continua a ser uma exceção no seio da Maçonaria: mais de quatro milhões de irmãos atualmente ativos no mundo, principalmente anglo saxões, só algumas dezenas de milhares de francófonos reivindicam seu puro secularismo. Os outros ainda veneram o Grande Arquiteto. Independentemente do nome que cada um lhe dá.


Obediências, ritos e graus

As Obediências são as federações de lojas regidas por autoridades nacionais. As principais Obediências francesas são: o Grand Orient de France (GODF), cujos estatutos datam de 1773, adogmático, muitas vezes classificado à esquerda, o que agrupa 50.000 irmãos; a Grande Loja Nacional Francesa (GLNF), fundada em 1913, espiritualista e reconhecida pelas lojas anglo-saxãs regulares [até 2011 quando perdeu o reconhecimento devido a uma crise interna (N.do T.], classificada à direita, com cerca de 40.000 irmãos; a Grande Loja de França (GLDF) criado em 1894, espiritualista, com 33.000 irmãos; a Federação Francesa do Droit Humain (DH), nascida em 1893, obediência adogmática mista com 17.000 membros; a Grande Loja Feminina da França (GLFF), criada em 1952, obediência espiritualista de 13.500 irmãs. [No momento nenhuma Obediência francesa é reconhecida pela Grande Loja da Inglaterra. (N. do T.)]

Os ritos codificam as práticas orais e gestuais nas lojas. Vários ritos podem ser usados no seio de uma mesma obediência. Na França, o mais praticado, especialmente na GLNF, na GLDF e na GLFF é o Rito Escocês Antigo e Aceito desenvolvido pelos anglo-saxões entre 1805 e 1820. [Na realidade, este rito foi inventado na França, por Ramsay, apesar do nome de escocês. (N.do T.)] O Rito Francês, desenvolvido entre 1784 e 1801, é praticado principalmente no Grande Oriental e na Droit Humain. Existem outros ritos – como o Rito Escocês Retificado, o Rito Inglês de estilo Emulação, o Rito de York, o Rito de Memphis-Misraim, etc. —, mas eles são usados de forma mais marginal.

As graduações, também conhecidas como graus, representam as diferentes fases da jornada maçônica. Os iniciados formam-se nos três primeiros graus – Aprendiz, Companheiro, Mestre – nas lojas “azuis”. Uma vez “mestres”, dentro de dois ou três anos, os irmãos podem se contentar com este status. Mas, uma minoria quer ir mais longe, com uma sucessão de altos graus. Existem oficinas específicas “de Perfeição” que permitem obter os diferentes “altos graus”, gerenciadas por “Supremos Conselhos”. O Rito Escocês Antigo e Aceito assim concede 30 altos graus além dos três primeiro (simbólicos) com títulos pitorescos desde Mestre Secreto (grau 4)  até Soberano Grande Inspetor Geral (grau 33) passando por Grande Eleito do Arco Sagrado, Chefe do Tabernáculo ou Cavaleiro do Sol. O rito francês tem apenas 4 altos graus, qualificados como “ordens de sabedoria”: Mestre eleito, Mestre Escocês, Cavaleiro do Oriente e Cavaleiro Príncipe  Rosa-Cruz.


Os símbolos do Templo

Arquétipo idealizado do Templo de Salomão em Jerusalém, o Templo Maçônico – imagem da construção interior e universal que os irmãos devem construir – é regido por uma decoração e disposição precisas, que cada rito  adaptou  de sua própria maneira.

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O templo de Salomão em Jerusalém foi construído, de acordo com a Bíblia, entre os anos 960 e 953 BC.

Na entrada oeste do templo, sala retangular sem janelas, encontram-se as duas colunas marcadas J e B (iniciais de Jaquim e Boaz, nomes dos pilares do Templo de Salomão), que marcam a passagem do profano para o sagrado. O irmãos sentam-se de frente para os outros no prolongamento das colunas, os aprendizes do lado B, simbolicamente o menos iluminado, ao norte; os companheiros no lado J, mais próximos da luz do meio-dia, enquanto os Mestres se instalam onde quiserem. No centro, um pavimento de mosaico no solo evoca a dualidade do mundo e três pilares representam a sabedoria, a força e a beleza. Ao fundo, instalado no Oriente, sob o delta radiante (símbolo da consciência ou princípio criador) fica o Venerável Mestre, Presidente da loja, que dirige os trabalhos sob a abóbada estrelada (símbolo do infinito da obra a ser executada), entre a Lua e o Sol. O Venerável Mestre é assistido principalmente por dois Vigilantes; o Mestre de Cerimônias, que abre a procissão; o Cobridor, que protege a entrada; o Orador, guardião das tradições; o Tesoureiro, que administra as contas; o Hospitaleiro, que coleta doações; o Secretário, que redige as atas, e o Experto, que fiscaliza o ritual.

Publicado originalmente em: http://www.lefigaro.fr/lefigaromagazine/2012/07/19/01006-20120719ARTFIG00514-les-secrets-des-francs-macons.php

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