Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

E-Mail: revista.bibliot3ca@gmail.com – Bibliotecário- J. Filardo

Ramsay e seu Discours Revisitado

 ALAIN BERNHEIM 33 °

Tradução José Filardo

DUAS CARTAS ESCRITAS POR RAMSAY EM 1737

Vamos ver agora, com a ajuda de uma carta escrita algumas semanas após a reunião da Grande Loja ter sido cancelada – que é o último documento contemporâneo de Ramsay como Maçom -, que estava em sua mente quando ele escreveu o último parágrafo citado acima.

Esta nova peça essencial de prova surgiu em 1963, quando François Weil publicou uma carta até então desconhecida escrita por Ramsay ao Marquês de Caumont [1] em Avignon, em 16 de abril de 1737, que inclui muitas palavras e frases muito semelhantes e algumas vezes idênticas à versão impressa do Discours. Suas diferenças mostram o que Ramsay decidiu não expressar publicamente.

Dois séculos e meio antes do Professor David Stevenson, Ramsay afirmou que Maçonaria tinha se originado da Escócia para a Inglaterra:

John, Lord Stewart ou Grão-Mestre da casa do Rei de Escócia trouxe a nossa ciência da Terra Santa em 1286 e estabeleceu uma loja em Kilwinn, na Escócia, em que ele recebeu como freemaçons os Condes de Gloucester e Ulster. Desde aquela época, o velho reino e íntimo aliado da França foi o depositário de nossos segredos, o Centro da ordem e o conservador de nossas leis. Da Escócia, nossa sociedade se espalhou na Inglaterra, sob o grande príncipe Edward, filho de Henrique III.

E diretamente após as palavras anteriores, Ramsay expressa suas verdadeiras e internas tendências políticas e maçônicas:

As discórdias religiosas nefastas que incendiaram a Europa [2] e a despedaçaram no século XVI fizeram com que nossa ordem se degenerasse da grandeza e nobreza de sua origem. A fim de satisfazer a usurpadora parricida Elizabeth que via nossas lojas como ninhos do catolicismo que deviam ser suprimidas, [3] os protestantes alteraram, disfarçaram e degradaram muitos dos nossos hieróglifos, tacharam nossas ceias fraternais de bacanais e poluíram nossas sagradas assembleias. O Senhor Conde de Detwentwater, mártir da realeza e do catolicismo, tentou trazer tudo de volta à sua origem e restaurar tudo à sua antiga condição. Os embaixadores dos Países Baixos e de George, Duke de Hannover [4] tomaram a ofensiva, e blasfemando contra o que eles ignoravam, presumindo que os maçons católicos, monarquistas e jacobitas se assemelhavam a maçons heréticos, apóstatas e republicanos, nos culparam primeiro e então cantaram nossos louvores gritando em todos os lugares que nós pretendíamos realizar uma nona cruzada para restabelecer o verdadeiro monarca da Grã-Bretanha. Nossas assembleias à frente das quais Louis XV pretendia se declarar foram suspensas por um tempo. Essa tempestade só vai ajudar a separar o joio do trigo, mas finalmente a virtude e a verdade triunfarão sob o reinado do mais adorável de todos os reis […].

Outro documento, também descoberto por Françoise Weil, adiciona um toque ainda mais interessante. Em uma carta de 2 de agosto de 1737,[5] Ramsay escreveu ao bem conhecido Jacobita Carte:

sem dúvida, você ouviu os rumores que nossos maçons franceses fizeram. Eu era o orador e tinha excelentes pontos de vista, se o Cardeal [6] não me tivesse escrito para evitar. Enviei meu discurso feito em momentos diferentes, na aceitação de oito duques e pares e duzentos oficiais da primeira linha e mais alta nobreza à sua graça o Duque de Ormond. George Kelly deve traduzi-lo e enviá-lo a M. Bettenham para ser impresso. Você verá ali a minha opinião geral, mas meu ponto de vista particular para o bem do nosso país, eu lhe direi na reunião. Se o Cardeal tivesse adiado por mais um mês, eu teria entrado no ‘mérito’ para discursar ao rei da França como chefe da Confraria e teria iniciado Sua Majestade nos nossos sagrados mistérios. [7]

E RAMSAY,  ELE FEZ ‘UM’ DISCOURS EM MARÇO DE 1737?

Até onde os documentos oferecem testemunho, a resposta a essa pergunta é negativa. Eu mostrei por que há cinco anos: [8]

De acordo com as memórias de Luynes, sob a data de 18 de março de 1737, o Cardeal Fleury, no dia anterior tinha instruído o Tenente Geral de Polícia Hérault que ‘nenhuma outra reunião de maçons devia ser realizada’.

Estando longe do país, Ramsay não estava ciente das instruções de Hérault quando ele escreveu uma primeira carta (sem data) ao Cardeal Fleury: «Comme je dois lire mon discours demain dans une assemblée Generale de l’ordre, & le donner lundy matin aux examinateurs de la Chancellerie…(Como eu devo ler meu discurso amanhã em uma assembleia geral da Ordem e o entregar na segunda-feira aos examinadores da Chancelaria…)».[9]

Assim que Ramsay voltou a Paris e ouviu as notícias, ele rapidamente escreveu uma segunda carta datada de 22 de março (sexta-feira), dizendo ao Cardeal que «acabara de ficar sabendo que as assembleias maçônicas desagradavam Sua Excelência».

E com relação à Assembleia Geral que se dizia seria realizada no dia seguinte na primeira carta de Ramsay [10]? A chave para o enigma encontra-se no livro de atas da loja de Coustos.[11] Em 23 de março (sábado), a loja realizou uma reunião extraordinária ‘para discutir propostas a serem apresentada amanhã, dia 24 do presente mês, à Grande Loja’. A loja de Coustos reuniu-se novamente no dia seguinte, 24 de março, e nessa reunião foi lida uma carta do Grão-Mestre [Derwentwater], em que ele apresentava a moção (provavelmente na sequência de instruções de Hérault da semana anterior)

de adiar a reunião da Grande Loja devido a certas circunstâncias (conjonctures), que não serão declaradas (déduites). É suficiente dizer que os maçons são ameaçados de não ter mais a liberdade de realizar reuniões.

Nesse sentido, parece mais do que provável que o texto que Ramsay enviou ao Cardeal Fleury simplesmente não foi lido em 1737, uma vez que a reunião da Grande Loja foi adiada em 24 de março e, tanto quanto sabemos, nenhuma outra foi realizada naquele ano.

Em todo caso, ignoramos qual versão seu Discours Ramsay enviou ao Cardeal. [12] Uma versão do Discours pode ter sido lida em 1740 pelo Grão-Mestre francês na Grande loja, conforme afirmado dois anos mais tarde por La Tierce (ver bibliografia), mas nenhum documento existente até hoje corrobora sua afirmação.

 E AFINAL, RAMSAY INVENTOU ALGUM GRAU?

Nos últimos duzentos anos, muitos comentaristas acusaram Ramsay de ter inventado graus adicionais (incluindo o Arco Real), assim como um ‘Rito de Ramsay’, que, dizem, ele tentou – sem sucesso – introduzir em Londres, em 1728.

Este último absurdo originou-se em um manuscrito História da Maçonaria escrito por Fessler em 1802.[13] De acordo com Fessler, aos três graus do Craft inglês existentes, Ramsay acrescentou o de Knight of St Andrews of the Thistle, que já existia desde a época em que James II estava na França, e enxertou então três graus trabalhados no capítulo de Clermont. Ramsay apresentou sua reforma tanto ao Grão Mestre inglês quanto ao francês.

Thory, familiarizado com a história de Fessler, [14] embelezou a narrativa acima em sua Acta Latomorum e escreveu sem corar:

Naquele ano [1728], o Baronete escocês Cavaleiro Ramsay lançou em Londres as bases de uma nova Maçonaria que, segundo ele, originou-se nas Cruzadas e cuja invenção ele atribuiu a Godfrey of Bouillon. Ele afirmou que a Loja St Andrews em Edimburgo era a chefe da verdadeira Ordem dos Maçons que eram os descendentes dos cavaleiros das Cruzadas. Ele conferiu três graus: o Ecossais, o Noviço e Cavaleiro do Templo. Ramsay prega uma reforma baseada em sua descoberta; esta doutrina é rejeitada.[15]

Muitos historiadores crédulos recopiaram Thory. Gould, que estava familiarizado com estudo de Schiffmann sobre Ramsay, percebeu que a alegação era absurda.[16]

No entanto, ainda estava viva e crescente em meados do século XX. Enquanto preparava sua biografia de Ramsay, Henderson «teve o privilégio de consultar Dudley Wright [17]» sobre assuntos maçônicos e recebeu a seguinte resposta:

Havia nove graus no sistema de Ramsay. Os quatro primeiros compreendiam a Maçonaria simbólica e formaram o primeiro Capítulo. O segundo Capítulo era composto por quatro outros graus e constituíram o que era chamado Maçonaria dos Cruzados. O terceiro capítulo consistia daqueles que tinham sido admitidos ao grau IX ou mais alto grau, conhecido como Segredos da Maçonaria Científica. Os três capítulos ou Lojas eram unidas em um Consistório…[18]

UMA SUPOSIÇÃO MALUCA A GUISA DE CONCLUSÃO

Parece-me que a vida de Ramsay, o que ele fez e decidiu não fazer, o que pensou e escolheu não escrever, pode ser resumida em poucas palavras: ele era um verdadeiro Jacobita, pobre [19] e, acima de tudo, dependente da boa vontade de vários grupos de pessoas – aristocratas franceses, Stuart exilados, maçons de origens diferentes – cujas opiniões eram diferentes. E ele precisava de todos eles.

Uma vez que nós não sabemos coisa alguma das atividades maçônicas de Ramsay entre 1730 (sua iniciação em Londres) e dezembro de 1736 – as notas tomadas por Geusau em 1741 durante suas conversas com Ramsay, conforme relatado por Büsching, talvez provaram ser uma ajuda; no entanto, elas incluem muitas imprecisões e é praticamente impossível usá-las como fonte confiável [20]-, palpites são nosso último recurso para tentar entender o comportamento de Ramsay.

Embora feito maçom em Londres, Ramsay não está registrado entre aqueles presentes quando o Duque de Richmond realizou uma loja em Paris, na casa de sua mãe em setembro de 1734, nem quando ele realizou mais uma junto com Desaguliers um ano mais tarde, ao passo que Montesquieu participou em ambas as ocasiões. Ramsay não foi convidado? Ele optou por não ir? Estava ele, naquela época, já lendo seu Discours feito na aceitação, em diferentes ocasiões, de oito duques e seus pares e duzentos oficiais de alta patente e mais alta nobreza? Não temos maneira alguma de saber.

O que sabemos é que a versão impressa é extremamente diferente da manuscrita. Tão diferentes de fato que eu presumo que elas poderiam ter sido escritos como consequência da eleição de Derwentwater como Grão-Mestre na França e provavelmente sob sua influência.

Se – mas esse é um grande se – Ramsay foi um membro inicial ou mesmo fundador da loja Louis d’Argent [21] na época em que ela recebeu a carta constitutiva da Primeira Grande Loja em Paris, ou seja, dois anos depois de Ramsay ter sido feito maçom na loja de Richmond, em Londres, isso poderia explicar por que ele não manteve o Evangelho de São João como o livro recuperado nas fundações do Templo de Salomão em seu Discours. O livro sobre o qual os Maçons prestavam juramento na Inglaterra era a Bíblia. Nas lojas francesas, pelo menos desde 1736-1737, era os Evangelho de São João.[22]

Se – mais uma vez ‘se’ – ele decidiu aproximar-se da Lodge do Grão-Mestre depois que Derwentwater foi eleito, isso poderia explicar algumas, se não a maioria das mudanças entre as duas versões.

É bom lembrar que o artigo 1º das Obrigações francesas – na versão 1735-1736 – dizia: Mas apesar de em séculos passados, maçons fossem obrigados a ser da religião da terra onde viviam, no entanto, pensa-se ultimamente ser mais conveniente apenas obrigá-los àquela religião em que todos os Cristãos concordam, deixando suas opiniões particulares para si mesmos[…], ao passo que sob Derwentwater passou a ser redigido assim: em séculos passados, os maçons eram obrigados a professar a religião católica, mas, ultimamente, não se pergunta sobre suas opiniões particulares sobre o assunto, na medida em que, no entanto, sejam cristãos […].

Seria exagero ler Ramsay como o autor de uma história real por trás da qual os eventos recentes foram narrados como lendas do passado? Deveríamos ousar traduzir “No tempo das últimas cruzadas” como: “Alguns anos depois de 1715”; tomar James, Lord Steward da Escócia feito os Condes de Gloucester e Ulster maçons em sua Loja, um inglês e o outro irlandês como significando: Hector McLean fez de James, Earl de Derwentwater e O’Heguerty (que eram ingleses e irlandeses) maçons em sua loja? [23]

Isso poderia explicar por que Ramsay escreveu: os protestantes alteraram, disfarçaram e degradaram muitos dos nossos hieróglifos,… e poluíram nossas assembleias sagradas. O Senhor Conde de Detwentwater, mártir da realeza e do catolicismo, tentou trazer tudo de volta à sua origem e restaurar tudo à sua antiga condição?

E o Discours de Ramsay então faria sentido?

 

NOTAS

[1] Françoise Weil encontrou a carta na Biblioteca Médica Wellcome, Londres, dentro de uma pasta Ramsay e outros mais no Museu Calvet em Avignon. Em uma carta de 22 de novembro de 1733, a um M. Brossette, Voltaire escreveu sobre Caumont: « c’est un homme qui, comme vous, aime les lettres, et que le bon goût a fait sans doute votre ami». comenta em Chevallier 1964: 215 e Bernheim 1974: 30-32.

[2] Ver nota 70.

[3] Uma reminiscência das Constituições dos Maçons de Anderson de 1723: 38.

[4] Significando Rei George III. Desde agosto de 1730, o embaixador britânico em Paris era James, 1o. Conde de Waldegrave, neto de James II por Arabella Churchill. Em 1721, Waldegrave é listado como um membro la loja Goose e Gridiron (Harry Rylands, registros da Loja de Antiguidade no. 2, I: 25) e em 1723-1725, como pertencendo à Loja Horn em Londres em que tanto Montesquieu quanto Ramsay foram feitos maçons em 1730 com um intervalo de poucas semanas. Em abril de 1728, Montesquieu e Waldegrave viajaram juntos de Paris a Viena onde Waldegrave era embaixador. Ambos estavam presentes quando lojas foram realizadas em Paris, na casa da Duquesa de Portsmouth em 1734 e 1735. Waldegrave «tinha sido solicitado pelo Duque de Newcastle [Premier ministro da Inglaterra] a manter um olho vigilante nos… os jacobitas em Paris» (ver W.K. Firminger, AQC 48: 114-115 & Wilfrid G. Fisher, AQC 76: 56-57) o embaixador holandês era M. de Van Hoey (Mémoires do Duc de Luynes, 18 de março de 1737, citado em Luquet 1963: 154.

[5] Um agente jacobita vivendo na França sob o nome de Philipps. Ver F. J. McLynn, França e a Revolta Jacobita de 1745 (1981).

[6] Leia-se: Cardeal [Fleury].

[7] Texto original. Biblioteca Bodleiana (Oxford), Carte 226, f ° 398 (Weil 1963: 1789).

[8] Bernheim 1997: 9-10.

[9] Em português: «Uma vez que eu deveria ler meu discurso amanhã em Assembleia Geral da ordem e entregá-los na segunda-feira aos examinadores da Chancelaria…». No cabeçalho da carta permanece ’20 Março’ (ver a nota seguinte).

[10] Ambas as cartas foram publicadas por Lemontey (Histoire de la Régence et de la Minorité de Louis XV, 1832, II: 292 e seguintes) e , em seguida, reproduzida em Daruty 1879: 287-288. Na primeira, transcrita em Lantoine 1927: 120 e reproduzida em fac-símile em Lantoine 1930 entre as pp. 40-41, pode-se notar que a data 20 Março não é a mesma caligrafia que a carta e foi provavelmente adicionada pelo Secretário do Cardeal. Demain (amanhã) não faz sentido, conforme mostrado abaixo. Fac-símile da segunda carta também em Lantoine, na face da p. 49. Tradução em Inglês de ambas cartas em todas as edições de Gould.

[11] Ver nota 37.

[12] Um parágrafo sem assinatura precedendo o trabalho de Lantoine afirma: «Existem várias versões impressas e MSS deste texto porque Ramsay o reescreveu a fim de tê-lo aprovado pelo Cardeal de Fleury, o primeiro-ministro interino da época» (AQC 114: 226). Uma frase semelhante está incluída no trabalho na mesma página. É repetidas na p. 233 com a adição da palavra ‘obviamente’.

[13] Ele é citado e discutido em Schiffmann 1878: 54 ff e Schiffmann 1882: 7-13.

[14] Thory 1815 II: 320.

[15] Thory 1815 I: 23.

[16] «Eu não acredito que este discurso primeiro sugerisse graus adicionais …Se as pessoas afirmam que ele foi o cozinheiro de um novo rito de sete graus, o ônus de provar qualquer coisa tão descontroladamente improvável repousa inteiramente sobre si.» (Gould, 1886, III: 79, Nota 4 & 91).

[17] Henderson 1952: 170. Dudley Wright é responsável pela primeira revisão da História da Maçonaria de Gould, cinco volumes, publicada em 1931 (de acordo com Hewitt, AQC 85: 66) ou em 1933 (de acordo com Hugo Tatsch, AQC 46: 457). Ele é descrito em Web como «um prolífico autor britânico e folclorista, que escreveu várias obras sobre religiões antigas, Maçonaria e lendas. Seu trabalho na área de vampirologia permanece importante até hoje».

[18] Além disso, lê-se em ambas as edições ”revistas” de Gould: «Em 1737 […] Ele fez um discurso, que tornou seu nome famoso nos anais da Maçonaria. Isso foi publicado mais tarde como a Relação Apologética e histórica da Sociedade dos Maçons» (Gould-Wright III: 8 & Gould-Poole 1951, IV: 179), que é pura bobagem mas enganou pelo menos um estudioso americano inexperiente (ver Bernheim 1997).

[19] «Eu lamentaria se minha saúde não se recuperar para ter minha querida Nerina [sua esposa] sobrecarregada com dívidas, que eu contratei nestes cinco anos passados pela escassez excessiva de todas as necessidades, as imposições vexatórias, os gastos extravagantes de viver em uma corte pomposa, a morte de meu sogro Sir David Nairne, a infidelidade de amigos de profissão e a diminuição da minha renda por todas estas circunstâncias e eventos.» (carta de agosto de 145, 1742, ao Dr Stevenson, Universidade biblioteca de Edimburgo, La. 11. o 301/2, citado em Chevallier 1968: 191-2).

[20] Diz-se que Ramsay teria permanecido «cinco trimestres» na corte de James, enquanto ele permaneceu em Roma, de fevereiro a novembro de 1724; sua esposa teria trinta anos de idade, quando eles se casaram, ao passo que ela tinha trinta e quatro; a reunião da Grande Loja francesa cancelada de março é denominada «uma Assembleia Geral da Irmandade de todas as Nações».

[21] Absolutamente nada se sabe sobre essa loja antes de 1737.

[22] No mais antigo Catecismo francês conhecido (Reception d’un frey-maçon, 1736): «O candidato é conduzido… cara a cara com o Grão-mestre, que está na extremidade superior, atrás de uma poltrona, na qual foi colocado o Evangelho de São João». Em 1737, um relatório da polícia francesa menciona que o juramento é feito sobre o Evangelho de São João (Chevallier 1968: 56). Em 1745, a polícia francesa invadiu uma loja durante os trabalhos e encontrou entre outras coisas, sobre uma mesa um livro consistindo principalmente de páginas brancas vazias. Em uma das poucas escritas estava o início do Evangelho de São João (Chevallier 1964: 125).

[23] Conforme Lalande, os três fundadores da Maçonaria na França.

Original publicado em http://www.freemasons-freemasonry.com/bernheim_ramsay03.html

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: