Por João Anatalino Rodrigues

A inspiração egípcia do grau quinto
O grau quinto, correspondente ao Mestre Perfeito é conferido por comunicação, não havendo para ele um ritual de elevação. Neste grau, o agora Mestre Secreto participará da comitiva de mestres que darão a Hiram uma sepultura definitiva. Este simbolismo é inspirado nos Mistérios de Isis e Osíris. Como vimos, Isis, ao saber que o corpo de Osíris tinha sido cortado em várias partes, que foram enterradas em vários locais, saiu em peregrinação pelo país, e onde as encontrava, celebrava as cerimónias funerárias exigidas pelos rituais e no local erguia um templo. Esta alegoria recorda a necessidade de serem cumpridas as tradições. Os deuses exigem fidelidade ao que foi determinado. Nada se cumpre, nada se realiza sem o devido ritual. Por isso a obra máxima da literatura egípcia é exactamente a crónica ritualística da preparação do defunto para a sua viagem pela Tuat, a terra intermediária entre a existência humana e a sua transformação final em espírito [1].
Na religião egípcia, o morto que não tivesse sepultura digna e não fosse submetido aos devidos rituais, não tinha direito ao julgamento de Osíris nem podia aspirar à devida regeneração propiciada por aquele deus. Esta é mais uma prova de que a Lenda do Mestre Hiram é de inspiração egípcia.
Na adaptação maçónica desta tradição, Salomão cuida de dar a devida sepultura ao Mestre Hiram e cumprir os rituais exigidos. Sem estas providências, o processo de simbiose espiritual entre o arquitecto sacrificado e os mestres elevados não se realizaria.
No sarcófago do faraó Sethi I, pai do famoso Ramsés II, em cujo reinado se acredita ter ocorrido a grande evasão dos hebreus do Egipto, havia uma pintura mostrando a criação do mundo, na qual se representava o corpo de Osíris como sendo a terra intermediária (Tuat), onde as almas dos defuntos peregrinavam em busca da luz. Era nessa terra que se processava a regeneração do defunto que lograva ser sepultado com as cerimónias correctas. A ideia era de que o cerimonial despertava a benevolência daquele deus, que em razão disso, guiava a alma do defunto em segurança por aquele território de trevas. Percorrer todo o corpo de Osíris, e sair do outro lado, onde a deusa Nut segurava o disco solar nas suas mãos, era a jornada que a alma devia cumprir.
Com o tempo, este simbolismo ganhou uma aplicação prática. A ideia da travessia da Tuat passou a figurar uma alegoria de ordem moral. Os teólogos egípcios começaram a divulgar a ideia de que esta travessia poderia ser mais segura se, em vida, o homem fosse mais virtuoso, mais piedoso, mais maat. Assim, a religião associou-se à filosofia para criar um sistema de moral, que além de servir para facilitar a vida após a morte, procurava melhorar o carácter dos indivíduos para fazer da sociedade dos mortais um mundo onde se pudesse viver melhor.
A existência após a morte passou a ser considerada uma continuação da vida sobre a terra, e inteiramente dependente do que acontecia nela [2].
A tumba do Mestre Hiram
Provavelmente é nesta simbologia que se fundamenta a representação da lenda do Mestre Secreto. Nela estão integradas as duas representações desse simbolismo, na sua face esotérica, representada pela ideia de morte e renascimento do Mestre morto na pessoa do novo Mestre elevado, e exotérica, que é a sua regeneração moral a partir de uma nova filosofia de vida, consubstanciada na prática das virtudes maçónicas. Neste sentido, o processo todo pode ser comparado, não a uma “criação do mundo”, como era representado pelos antigos egípcios, mas à “recriação” de um mundo particular que é o próprio indivíduo.
Por isso é necessário descer à tumba de Hiram e nela se submeter a catábase e a ánabase que compõem o processo regeneratório [3].
A tumba do Mestre Hiram é representada por uma pirâmide triangular, tendo numa face a letra M, e nas outras as letras H e C .(Meborach Hiram Caaba). Meborach é a palavra hebraica que designa o Sagrado Nome de Deus e Caaba é a pedra negra conservada em Meca, reverenciada pelos islamitas. Para os cabalistas, esta pedra simbolizava o mistério eterno, o depositório do grande segredo da natureza. <por outras palavras, era a pedra filosofal sintetizada pela própria divindade. Maomé referia-se a esta pedra como “emblema da verdade eterna” que se expressava na unidade de Deus. Deus é Um seu nome é Um” dizia o profeta do Islã.
Na nossa opinião, a inscrição destas iniciais na tumba de Hiram denota que o Mestre morto assemelha-se a “pedra” que contém em si o segredo da vida e da morte, e quem conhece a Palavra Sagrada é capaz de liberar a luz que habita dentro dela, realizando a sua regeneração. A tumba de Hiram é o local onde se deposita este segredo. Por isso é que na decoração do templo inclui-se um circulo com uma pedra no meio, imitando o local onde se encontra a Caaba.
A idade do grau é de oito anos, sendo um para a abertura e mais sete para o encerramento. É um simbolismo que, evidentemente, também foi inspirado em antigas tradições iniciáticas egípcias. Esta influência revela-se na própria decoração do templo, que representa uma tumba em forma de pirâmide. Com efeito, não teria nenhuma justificativa erigir para Hiram, um arquitecto hebreu, uma tumba em forma de pirâmide, sabidamente uma forma arquitectónica tipicamente egípcia. Diz-se, no entanto, que a tumba de Hiram deve ser considerada não apenas como sepulcro, mas também como templo. Ainda assim não se afasta a influência egípcia, já que os hebreus não eram dados a cerimónias mortuárias no estilo em que foram adoptadas para o grau. Estas cerimónias podem ser identificadas muito mais com aquelas descritas no Livro dos Mortos do que com qualquer aspecto da cultura hebraica.
Nas iniciações aos Mistérios Egípcios, o neófito passava um ano nos rituais de purificação e depois mais sete na aprendizagem dos “Grandes Mistérios”. Na liturgia do ritual maçónico, porém, a entrada do Mestre Secreto no túmulo de Hiram, significa que ele está “descendo ao fundo de si mesmo para se interrogar sobre o significado do seu próprio ser”. É a busca do segredo dos segredos, o porquê da existência humana. Neste simbolismo também se identifica a ideia alquímica de morte da matéria prima e o seu descanso em trevas absolutas para que dela se possa engendrar a grande obra.
O simbolismo do grau
As cores da Loja no quinto grau são o verde, nas paredes, e o branco, nas colunas. O verde, em Alquimia, era a cor que a matéria prima da obra assumia na sua “primeira morte”, o esverdeado que prenuncia o processo de putrefacção que se inicia no organismo morto. O branco das colunas é o primeiro sinal da regeneração que ali se processará.
Isto significa que o Maçom, dentro do sepulcro de Hiram, como a semente de trigo atirada ao solo, é comparado a matéria prima do alquimista. Ele sabe que terá de contemplar o mais profundo negro para poder dali emergir com nova identidade psíquica. Como Osíris ressuscitado pelo poder de Isis, ele será recomposto, e renascerá, em outro estado de consciência, para realizar a tarefa que a divindade lhe reserva, antes de alcançar a derradeira iluminação, que é o corolário de toda iniciação.
Eugéne Canseliet, famoso discípulo de Fulcanelli, dizia que a cor verde da matéria prima dos alquimistas recebia o nome de vitríolo ou leão verde, e esta cor era sinal que ela estava pronta para assumir o seu papel no processo de obtenção da “pedra bendita”. Este simbolismo, aplicado à Maçonaria, poderia ser interpretado como sendo o momento em que o Maçom, contemplando a tumba de Hiram, está entrando na fase decisiva do processo regenerativo da sua personalidade, momento em que a sua transformação começa a ser visível. O Mestre Perfeito, que ali se realiza, é uma manifestação da alma que reverdece, como a semente atirada ao solo, e inicia a sua marcha rumo à luz do sol. É apenas o início de uma longa trajectória, mas essa é uma etapa que não pode ser abreviada.
Esta nossa interpretação, que destoa da maioria dos autores, que preferem ver nela uma alegoria de fundo moral e religioso, é fundamentada no facto de que a lenda do grau se desenvolve a partir do translado do corpo de Hiram, do local onde ele foi escondido pelos Jubelos, até à sua tumba. Evidentemente, dado o estado de decomposição que o corpo se encontrava, é lícito pensar-se que o mesmo já assumira a cor esverdeada que acompanha esse processo. A analogia que se pode fazer com o magistério alquímico é irresistível, pois quando a matéria prima da obra adquire a cor verde, é o momento de transladá-la para o atanor onde aguardará a evolução do processo regenerativo.
Por outro lado, todo o convertido à crença islamita sabe que um dos “ landmarks” da sua religião consiste numa visita a Meca pelo menos uma vez na vida. Esta visita é imprescindível para que nele se opere um fenómeno de regeneração psíquica, que se identifica como um fortalecimento da fé e uma disposição inquebrantável de alcançar a redenção prometida a todos aqueles que crêem no Islã.
Não é demais lembrar que as pedras sempre foram objectos de culto em diversas civilizações, que sempre as conectam com algum aspecto da divindade. Na Bíblia são várias as referências. Jacó coloca uma pedra no local onde teve a sua visão. Davi mata Golias com uma pedrada. Diversas outras manifestações da divindade são marcadas por uma pedra comemorativa. Mesmos os gregos não dispensavam a tradição de marcar com pedras os factos notáveis da sua civilização. Na pedra, portanto, a alma humana sente uma presença misteriosa que lhe diz que ali pode estar contido o grande segredo do universo. Daí o simbolismo da Caaba ter sido transportado para o ritual do Mestre Perfeito, onde o corpo do Mestre Hiram, na sua tumba, torna-se a Caaba maçónica.
Fundem-se, desta maneira os simbolismos próprios das antigas religiões com a mensagem dos “Filhos de Hermes”.
Os trabalhos do grau são abertos à primeira hora do dia. Neste simbolismo é preciso evocar o velho adágio hermético de que o adepto não dorme, mas começa a trabalhar assim que o tempo inicia a volta no círculo. Encerram-se à quinta hora porque este é simplesmente o quinto grau da Escada de Jacó. Não se pode adiantar além do permitido, pois em todo ensinamento iniciático a graduação progressiva deve ser observada religiosamente. Assim também era no Magistério de Hermes e nas antigas seitas iniciáticas.
Diz o ritual do grau 5 (Mestre Perfeito) que Salomão, após a descoberta do corpo de Hiram Abiff, que tinha sido enterrado pelos companheiros assassinos numa cova rasa no Monte Líbano, ordenou que o cadáver fosse trazido a Jerusalém, onde seriam realizadas a exéquias. Ordenou então ao inspector das obras do Templo, Adonhiram, filho de Abdá, que preparasse os funerais do mestre, ao qual deveriam comparecer todos os obreiros com os seus respectivos aventais e luvas brancas. Embalsamado, o corpo de Hiram foi colocado numa urna postada no terceiro degrau do altar do Sanctum Sanctorum, onde recebeu a veneração de todos os obreiros e da população de Jerusalém [1].
Lembra ainda o ritual que o Grau do Mestre Perfeito tem por finalidade honrar a memória dos Irmãos, ao qual se deve respeitoso culto. Este grau, que é o quinto da chamada escala dos Graus Inefáveis, no Rito Escocês Antigo e Aceito, é conferido por comunicação, quando os Irmãos recebem o título de Prebostes e Juízes, títulos distintivos dos maçons elevados ao grau 7 do Rito Escocês. Assim, quando recebem este último grau, recebem também, por comunicação, os graus 5 (Mestre Perfeito) e 6 (Secretário Íntimo) [2].
Embora a liturgia desenvolvida no ritual do REAA seja quase inexistente, é possível perceber, pela composição da câmara do grau, pelas palavras e símbolos nele utilizados, que este grau se destina a compor um importante papel no simbologia iniciática que está por traz do curioso drama da morte do arquitecto Hiram Abiff, a quem os maçons do REAA reverenciam como pai da maçonaria.
É evidente para os maçons que realmente conhecem a sua “arte”, que o drama de Hiram não é uma simples alegoria sem sentido que foi inventada para simbolizar uma passagem de grau. E que o mestre Maçom conhecido por esse nome não é o Hiram da Bíblia, que trabalhou para o rei Salomão, fundindo as colunas de bronze do Templo de Jerusalém, bem como todas as obras desse metal que seriam utilizadas no culto.
- Simbologia iniciática
- O simbolismo do sacrificado
- Inspiração histórica
Simbologia iniciática
O Hiram dos maçons não é um personagem histórico, mas sim um arquétipo, quiçá inspirado no artesão judeu-fenício que Hiram, o rei de Tiro, indicou para Salomão para fundir os artefactos de bronze do templo, mas que claramente representa um papel simbólico e iniciático na curiosa liturgia maçónica.
Hiram, na simbologia maçónica é o construtor do Templo de Deus, ou seja, o próprio cosmo, no sentido que ele representa. Ele representa o próprio Demiurgo, que na teologia gnóstica e na tradição cabalística é o verdadeiro mestre-arquitecto do mundo, ou seja, o arcanjo mestre de uma confraria angélica conhecida pelo nome de Elohin.
Elohin fez o mundo e o homem à sua imagem, porém Elohin não é Deus, mas sim, uma assembleia de seres angélicos, manifestados a partir da acção de Deus no mundo da existência positiva.
A maçonaria simbólica e iniciática vê o mundo como se ele fosse um edifício cósmico, sendo construído a partir de um alicerce que são as leis naturais e preenchido e ornamentado com as leis morais e éticas que formam o arcabouço social, religioso e político da sociedade humana. É neste sentido que ela cultiva, como arquétipos fundamentais da sua estranha liturgia, a figura mítica de Hiram Abiff e o Templo de Jerusalém, tendo o Rei Salomão como figura central nesse processo.
E a partir destes dois arquétipos ela desenvolve a sua cadeia iniciática, mostrando que tanto o mundo da matéria (o universo físico) e o mundo do espírito – o carácter do homem – se constroem pelo mesmo processo.
Num sentido, o Templo de Jerusalém é o símbolo do mundo que é construído, derrubado e reconstruído tantas vezes quantas for necessário, para que um dia, o espírito humano encontre um lugar ideal para cultuar o Princípio Único que rege a vida do universo. E nesse Templo, que é o próprio cosmo, finalmente o universo encontrará o seu definitivo equilíbrio, com o espírito humano fundindo-se, afinal com Aquele que o gerou. Tal é a escatologia da maçonaria na sua liturgia simbólica e iniciática, que na sua formula estrutural se inspira na arquitectura cabalística do mundo, pois esta, centrada na Árvore da Vida, também concebe o universo como sendo um edifício que é construído em sucessivas etapas de manifestação da energia criadora, distribuída pelas suas séfiras.
Neste processo, surge sempre a necessidade do sacrifício. A simbologia do sacrificado é um arquétipo que habita o inconsciente da humanidade desde a mais remota antiguidade. James Fraser, no seu trabalho clássico “O Ramo de Ouro”, mostra-nos como essa simbologia actuava no inconsciente dos povos primitivos, fazendo dos seus míticos heróis e deuses, uma espécie de oferenda que eles faziam para que os Poderes que regem a vida cósmica os favorecessem e dessem o seu patrocínio à organização das suas sociedades.
O simbolismo do sacrificado
É desta forma que todo grande empreendimento humano tinha que ter o seu deus, o seu herói, o seu “sacrificado”, para que a Divindade lhe desse o seu patrocínio. Esta arquetipia teve o seu simbolismo aplicado até na história da fundação do povo de Israel, quando Abraão foi concitado a oferecer o seu próprio filho Isaque em holocausto a Jeová. No caso de Abraão o sacrifício acabou sendo simbólico, pois Jeová destinava Isaque para missão mais importante, ou seja, dar nascimento ao povo escolhido, mas o episódio, em si mesmo, é uma clara referência a esse curioso simbolismo iniciático que os antigos povos cultivavam. Ela repetir-se-ia mais tarde no na história de Jesus, cuja morte é tida como um sacrifício feito pela salvação da humanidade.
A maçonaria encontrou em Hiram Abiff o seu “sacrificado”. Não há, na Bíblia nem em qualquer outro documento antigo qualquer referência ao assassinato de Hiram, o fundidor das colunas e dos artefactos de bronze do templo de Jerusalém, nem que esse personagem fosse, aliás, arquitecto. O episódio todo, conforme representado na maçonaria, é claramente uma teatralização deliberadamente forjada para simbolizar, primeiro que o universo físico e espiritual é construído através das mesmas fórmulas; segundo que a humanidade, tal como o Templo de Salomão, é submetida a um processo de ascensão e quedas ates encontrar o seu destino final, e terceiro que toda obra deve ser consagrada, através de um sacrifício ao Princípio Único que rege a vida do universo. Este sacrifício, que no passado foi literal mesmo, pela oferta de uma vida, hoje é simbólico, mas continua sendo necessário para que a obra seja abençoada.
É neste sentido que o carácter do homem maçónico, forjado na elevação do companheiro para mestre, alcança aí, o limite da perfeição simbólica, razão pela qual o grau se chama “ O mestre perfeito”.
Evidentemente trata-se de um mero simbolismo que não pode ser tomado no seu sentido literal, pois se assim for estaremos incorrendo numa grosseira manifestação de arrogância que não seria própria da maçonaria. O que se quer dizer aqui é que a obra se completa pelo sacrifício do carácter profano do iniciado, simbolizado na morte de Hiram Abiff.
Inspiração histórica
Todavia, a liturgia desenvolvida nos graus inefáveis, especialmente os graus 4 e 5, que se referem aos funerais do Mestre Hiram, não têm apenas fundamentos simbólicos e iniciáticos, mas integram também tradições históricas cultivadas pelos antigos povos. Estas tradições referem-se ao respeito que devia ser prestado ao corpo do “sacrificado”, ou daqueles a quem o povo atribuísse papel significativo na organização das suas sociedades. Estas tradições eram observadas principalmente na Grécia e em Roma com os seus cultos aos ancestrais e a complicada liturgia egípcia em relação ao culto que se prestava aos mortos.
Assim, a estranha liturgia que se desenvolve nestes graus destina-se, como diz o ritual, a preservar essas tradições, pois povo que não as cultiva é povo sem alicerce básico.
Assim, o simbolismo desta alegoria recorda a necessidade de serem cumpridas as tradições. Os deuses exigem fidelidade ao que foi determinado. Nada se cumpre, nada se realiza sem o devido ritual. Por isso a obra máxima da literatura egípcia é exactamente a crónica ritualística da preparação do defunto para a sua viagem pela Tuat, a terra intermediária entre a existência humana e a sua transformação final em espírito.
Na religião egípcia, o morto que não tivesse sepultura digna e não fosse submetido aos devidos rituais, não tinha direito ao julgamento de Osíris nem podia aspirar à devida regeneração propiciada por aquele deus. .
Por isso é que na adaptação maçónica dessa tradição, Salomão cuida de dar a devida sepultura ao Mestre Hiram e cumprir os rituais exigidos, porque sem essas providências, o processo de simbiose espiritual entre o arquitecto sacrificado e os mestres elevados não se realizaria.
Notas
[1] Conforme descrito no Livro dos Mortos, colectânea de hinos ritualísticos compostos para serem cantados durante as cerimónias fúnebres.
[2] Para mais informações sobre o simbolismo iniciático desses graus veja-se a nossa obra “Conhecendo a Arte Real”, publicada pela Editora Madras
É o chamado Livro dos Mortos, colectânea de hinos ritualísticos compostos para serem cantados durante as cerimónias fúnebres.
[2] E. A Wallis Budge – The Gods of Egipcians, Vol. I, pg. 173
[3] Catábase, aqui, significa declínio e anábase significa ascensão. Na terminologia iniciática designam as fases representativas da morte e a ressurreição do recipiendário em razão do processo de iniciação.
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