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Isaac Newton, o herege – Parte II

Tradução José Antonio de Souza Filardo

PARTE II

‘NÃO SERVEM PARA INGÊNUOS’: HERESIAS DE NEWTON

Estudiosos têm geralmente assumido que Newton era um herege autodidata. Eu apresento provas nesta seção que colocarão em dúvida esta presunção. Westfall sugeriu que o estudo de Newton da história da teologia e da Igreja foi motivado por seu prazo de ordenação de 1675, (9) e este pode ser o caso. Westfall também disse que Newton via-se em heresia avançada. (10) Uma cópia do Nucleus historiae ecclesiasticae de Christopher Sand de 1669, cheio de páginas marcadas na biblioteca de Newton pode sugerir um processo mais complicado de inspiração. (11) O Nucleus do Ariano alemão era uma obra de grande erudição e era respeitado por uma série de estudiosos, inclusive os ortodoxos. (12) Seu objetivo principal era “restabelecer as correntes ‘Ariana’ e ‘Arianizante’ na história do cristianismo”. (13) Este é exatamente o programa historiográfico de Newton. Sand também lida com Atanásio e os Homoousianos – preocupações que ecoam ao longo dos escritos de Newton. (14) Sabemos que Newton havia encontrado Sand já em 1690, pois ele se refere às Interpretationes paradoxae de Sand em seu “Duas corrupções notáveis”. (15) Mas esta mesma referência ao Interpretationes aparece no Commonplace Book (16) de Newton que data substancialmente do início até meados da década de 1680 (e provavelmente inclui o material da década de 1670) (17). Newton também teve pronto acesso à biblioteca de Isaac Barrow, que com a morte deste último em 1677 continha cópias tanto do Nucleus quanto do Interpretationes (18) de Sand. Mordechai Feingold também aponta para a possibilidade de que Newton tenha adquirido sua cópia do Nucleus da biblioteca de Barrow em 1677. (19) Isso fecha a janela entre a conversão de Newton ao antitrinitarianismo e sua primeira exposição a Sand para poucos anos, no máximo.

Significativamente, os dois livros de Sand fornecem referências aos Socinianos, um movimento do qual o próprio Sand era dependente. (20) Através de uma campanha maciça de publicação no século XVII, a literatura Sociniana havia se espalhado por toda a Europa – incluindo a Inglaterra. (21) Os Socinianos (ou Irmãos Poloneses) eram o mais intelectualmente avançado movimento antitrinitariano da época; como tal, seria surpreendente se Newton não tivesse procurado seus escritos (isto é, no caso em que ele já não tivesse recebido sua inspiração a partir deles). E procurar seus escritos ele procurou: Newton possuía pelo menos oito obras Socinianas, (22) juntamente com um título antitrinitariano de autoria de Giorgy Enyedi (23) (influenciado pelos Socinianos) e uma cópia inglesa sociniana-unitariana de A Fé no Único Deus (24). Sabemos que Newton leu estas obras, pois vários exemplares sobreviventes mostrar sinais de dobras nos cantos das páginas. Uma referência ao Socinianos em “Duas corrupções notáveis” mostra que a leitura desses autores já estava em andamento em 1690 (25). Newton pode ter encontrado pela primeira vez as obras Socinianas na biblioteca do Trinity College. (26) Além disso, juntamente com as duas obras de Sand, a biblioteca de Barrow continha uma cópia do Catecismo Racoviano Sociniano, do Brevis disquisition do Sociniano-Unitariano inglês John Biddle e do trabalho anti sociniano Photinianismus de Josias Stegmann. (27) Seu amigo e interlocutor teológico John Locke também possuía uma extensa coleção Sociniana – sem dúvida uma das mais ricas na Inglaterra – que seria importante para o período de sua amizade (de 1689 até a morte de Locke em 1704). (28) Além disso, a partir da primeira década do século XVIII, Newton estava em contato íntimo e prolongado com seu vizinho de Londres, amigo íntimo e companheiro de heresia Samuel Clarke, que possuía uma ou possivelmente duas séries de trabalhos coletados Socinianos (Bibliotheca Fratrum Polonorum). (29) Para dar outro exemplo, a famosa biblioteca de Londres do Bispo John Moore, de quem Clarke foi catalogador chefe, continha quase setenta títulos Socinianos. (30) Portanto, além de seus próprios livros, Newton teria tido acesso quase ininterrupto a uma série de trabalhos Socinianos ou influenciados pelo Socinianismo desde o momento de sua conversão ao antitrinitarianismo no início dos anos 1670 até sua morte em 1727.

Seja de sua própria biblioteca ou da biblioteca de outros, os contornos teológicos do antitrinitarianismo contemporâneo eram visíveis em todo o pensamento de Newton. Newton e outros antitrinitarianos do século XVII envolveram-se em um esforço sustentado para desmontar a história dos vencedores trinitarianos e substituí-la por uma narrativa que justificava a legitimidade da fé antitrinitariana; o Nucleus de Sand é um clássico nesta tradição. Em particular, ambos, Newton e os socinianos, acreditavam que o cristianismo primitivo era simples e derivava somente de uma leitura correta das Escrituras. Esta fé pura, no entanto, foi corrompida pela intromissão da filosofia, a metafísica e a tradição das crenças gregas- a apostasia profetizada. (31) Todos os dogmas, não ligados às escrituras, pós-credos e filosoficamente articulados eram, portanto, suspeitos. (32) Tanto Newton quanto os socinianos desejavam recuperar a verdade primitiva do cristianismo. (33) Os Socinianos, assim como Newton, argumentavam que as corrupções da linguagem e novitas verborum eram as principais causas da divisão da Igreja. (34) Na historiografia Sociniana, assim como aconteceu com Newton, a invenção do novo termo homoousia é vista como uma praga do mal sobre a Igreja. (35) Além disso, de uma forma assustadoramente semelhante a Newton, os Socinianos argumentavam que a doutrina primitiva foi preservada por um remanescente, e que apenas alguns poucos escolhidos podiam descobrir o bem supremo, que é a verdade divina; as massas, por outro lado, nunca irão escolher “as melhores coisas”. (36) Newton também se envolveu na crítica textual antitrinitariana. As Interpretationes de Sand são direcionadas para o mesmo fim. O Socinianos, também, eram adeptos textuais críticos e muito cedo tinham reconhecido que passagens como a de Johanneum (1 João 5: 7) eram interpolações. (37) Os Socinianos utilizavam esta disciplina para remover aparentes contradições bíblicas, a fim de defender a Palavra de Deus, (38) e um elemento importante disso envolvia expurgar supostas corrupções trinitarianas. Essa motivação também é vista em “Duas corrupções notáveis” (39) de Newton, mesmo que seja difícil determinar se Newton foi inspirada pela crítica textual Sociniana, ou atraído por ela.

Alguns dos paralelos mais notáveis ​e​stão entre a Cristologia de Newton e Os socinianos. Os Irmãos Poloneses e Newton sustentavam que somente o Pai é verdadeiramente e exclusivamente Deus, usando os mesmos textos-prova, incluindo o locus classicus fundamental antitrinitarianos 1 Coríntios 8:4-6. (40) Newton e os socinianos afirmavam que a unidade do Pai e do Filho é moral, não metafísica e substancial. (41) A apresentação de Newton do Pai como um Deus de domínio é também um lugar comum (42) Sociniano, assim como é a sua crença de que Cristo era Deus por ofício, não natureza. (43)

Os paralelos doutrinários também se estendem para além das questões Trinitológicas. Tanto Newton quanto os Socinianos eram mortalistas que viam o ensinamento da alma imortal como a corrupção injustificada do cristianismo primitivo. (44) Relacionadas ao seu mortalismo, mas sem um paralelo Sociniano explícito, Newton veio a negar (em grande parte por razões exegéticas) a realidade da um diabo pessoal e demônios literais – os últimos dos quais ele equiparava aos espíritos dos mortos, cuja existência era uma impossibilidade doutrinária para alguém que negava que a alma pudesse existir sem o corpo. (45) A negação da eternidade dos tormentos do inferno também fazia parte do o sistema Sociniano, e se dizia que também era parte do sistema de Newton. (46) Além disso, Newton e os Socinianos aceitava o batismo dos crentes, sustentando que o batismo só pode ter lugar após um processo de catequização e fé. (47) Além disso, Newton e os Socinianos eram irenicistas comprometidos e defendiam a tolerância religiosa. (48) Finalmente, os Socinianos eram defensores ardorosos da separação entre Igreja e Estado, (49) e Newton também parece ter-se movido nessa direção. (50) Isso não quer dizer que Newton fosse um Sociniano. Newton, como os arianos, acreditavam na preexistência de Cristo. (51) Os Socinianos não. No entanto, quando Newton não está lidando diretamente com a preexistência de Cristo, suas caracterizações de Deus e Cristo são praticamente indistinguíveis das do Socinianismo. Nem Newton acredita que os Socinianos – isto é, aqueles que negavam a pré-existência de Cristo – fossem hereges. (52) Este perfil hermenêutico expandido da cristologia de Newton, portanto, sugere uma mistura de elementos Arianos e Socinianos. (53)

Este exercício moveu a teologia de Newton para mais longe da ortodoxia que o arianismo – a denominação tradicional para a sua cristologia. Thomas Pfizenmaier recentemente tentou fazer o oposto, afirmando que Newton, mais tarde na vida, moveu-se do Arianismo para a ortodoxia e foi assim, no final, não foi um herege. (54) Pfizenmaier baseia seu argumento em grande parte em um dos trabalhos Mint de Newton (que ele cita através de Manuel), que pode mostrar que Newton aceitava a doutrina ortodoxa da eternidade do Filho, em algum momento do seu período de Londres. (55) Mas este é um empreendimento precário. É provável que a teologia de Newton passasse por pequenos ajustes e, afinal, o trabalho Mint só pode ser datado de após 1696. No entanto, um manuscrito pós-1710 demonstra duas vezes de forma inequívoca que Newton acreditava que a eterna geração não fora ensinada até o quarto século, atribuindo a sua difusão na Igreja aos seus corruptores favoritos, Atanásio e os monges. (56) É duvidoso que a opinião de Newton, baseado em décadas de trabalho histórico, mudasse substancialmente tão tarde na vida. (57) Nem, como vimos, a heresia de Newton depende de um único elemento de sua cristologia, ou mesmo apenas sobre questões Trinitológicas. Porque, além de negação da Santíssima Trindade, ele também rejeitava a alma imortal e espíritos malignos. É difícil imaginar uma combinação mais herética do que estas três. Embora as duas últimas crenças também fossem enraizadas no seu biblicismo, elas teriam sido vistas como equivalentes ao ateísmo. (58) Medido contra a ortodoxia, Newton era um herege condenável.

Um novo estudo vai ter que determinar se é apenas uma coincidência que, dentro de 4-5 anos do surgimento do Nucleus de Sand, em 1669, Newton começou a interpretar a Bíblia e a história da Igreja de forma indistinguível da de Sand. Mas, os únicos livros contam somente uma parte da história. Embora os livros possam tê-lo levado a procurar antitrinitarianos contemporâneos, não devemos negligenciar a possibilidade de que tivesse ocorrido o contrário.

Newton pode ter sido apresentado a tais obras e ideias através do contato com cripto-socinianos ou unitarianos; como mostro a seguir, ele certamente estava em contato com eles nas décadas seguintes. A comunicação oral dos ensinamentos raramente pode sobreviver ao registro escrito, mas sua importância como um modo para a disseminação de ideias não deve ser subestimado; o próprio Newton operava dessa forma, como veremos. A partir da década de 1670, o tom e a natureza do antitrinitarianismo de Newton tem uma notável semelhança com os argumentos iniciais dos Unitarianos ingleses influenciados pelos Socinianos – argumentos, eventualmente, codificados em várias publicações da final da década de 1680 e de 1690. (59) Por exemplo, um relatório originário do período de Cambridge de Newton o mostra acreditando que Deus havia enviado Maomé para revelar o único Deus aos árabes, (60) o que ecoa a historia monotheistica Unitariana das décadas de 1670-1710. (61) Além disso, o amigo de Newton, Hopton Haynes afirmava que Newton tinha dito a ele que o tempo viria, quando a doutrina da encarnação seria explodida como um absurdo igual à transubstanciação. (62) Este também era um lugar-comum de Unitarianos polêmicos. (63) Mesmo com as incertezas restantes, esses ecos da retórica Unitariana, combinados às evidências de apropriação de Sand e dos Socinianos ajudam a localizar muito da teologia de Newton e demonstram suas associações com uma heresia maior. (64)

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NOTAS

(9) Westfall, op. cit. (1), 310.

(10) R. Westfall, ‘Newton’s theological manuscripts’, in Contemporary Newtonian Research (ed. Z. Bechler), Dordrecht, 1982, 130.

(11) John Harrison, The Library of Isaac Newton, Cambridge, 1978, item 1444.

(12) Lech Szczucki, ‘Socinian historiography in the late seventeenth century’, in Continuity and Discontinuity in Church History (ed. F. F. Church and Timothy George), Leiden, 1979, 293.

(13) Szczucki, op. cit. (12), 292.

(14) Ver particularmente liber secundus de C. Sand ‘s Núcleo Historiae ecclesiasticae, Cosmopoli [Amsterdam], 1669. Os Homoousianos eram o principal partido trinitário do quarto século.

(15) Isaac Newton, a correspondência de Sir Isaac Newton (ed. H. W. Turnbull et al.), 7 vols. Cambridge, 1959-77, iii, 89.

(16) King’s College Library, Cambridge, Keynes MS (hereafter Keynes MS) 2, p. 19. Na minha transcrição destes e de outros manuscritos, exclusões são representadas por tachados e inserções colocado dentro de colchetes. Traduções a partir de fontes impressas e manuscritas Latinas são minhas.

(17) Westfall sugere que grande parte do Commonplace Book data da década de 1670 (op. cit. (10), 142), mas diversas considerações, incluindo referências a livros publicados no início dos anos 1680, apontam para uma data um pouco mais tarde para a maior parte do material.

(18) Mordechai Feingold, `Isaac Barrow’s library’, in Before Newton: The Life and Times of Isaac Barrow (ed.M. Feingold), Cambridge, 1990, 337-8, 363. Newton também estava entre aqueles que ajudaram a catalogar a biblioteca de Barrow após a morte deste último. Ver Manuel, op. cit. (2), 85.

(19) Gostaria de agradecer ao professor Feingold pela confirmação de que o título de Interpretationes é erroneamente dado para o Nucleus (Sand, op. Cit. (14)) na lista de livros que Newton pode ter adquirido de Barrow. Feingold, op. cit. (18), 371.

(20) A cópia de Newton do Nucleus está dobrada para baixo na página 146, que se refere tanto a Fausto Sozzini quanto a Gyorgy Enyedi. Trinity College Library (hereafter Trinity College), Cambridge NQ.9.17.

(21) Ver HJ McLachlan, Socinianism no século XVII na Inglaterra, Oxford, 1951.

(22) Harrison, op. cit. (11), items 421, 458, 459, 495, 496, 985, 1385, 1534.

(23) Harrison, op. cit. (11), item 557.

(24) Harrison, op. cit. (11), item 604.

(25) Newton, op. cit. (15), iii, 84.

(26) Ver catálogos da biblioteca de manuscrito de Trinity para 1675} 6 (Catálogo Hyde, itens 1220, 2565, 2570, 2575, 2705, 2710, 2715, 2720, 3865, 3870) e os (1670-1690 MS.Add.a.104, ff . 3v, 7r, 21r, 22r, 22v, 25r and 41v). Nenhum item por Sand aparecer em qualquer um destes catálogos. Como prova de que Newton estava familiarizado com o acervo da biblioteca do Trinity College (então convenientemente situado imediatamente acima seus aposentos), ver Keynes MS 2, f. IIV.

(27) Feingold, op. cit. (18), 344, 361, 365. O próprio Barrow era firmemente contrário ao Socinianismo. John Gascoigne, Isaac Barrow’s academic milieu: Interregnum and Restoration Cambridge’, in Feingold op. cit. (18), 26.

(28) No total, existem 42 títulos separados. Ver Harrison e Peter Laslett, The Library of John Locke, Oxford, 1971, itens 331, 723, 876, 877, 878, 879, 880, 881, 882, 883, 883a, 884, 1062, 1960, 1377, 1378, 2508 , 2509, 2574, 2575, 2576, 2577, 2683, 2693, 2694, 2695, 2696, 2697, 2704, 2705, 2706, 2707, 2708, 2709, 2710, 2711, 2712, 3009, 3103, 3104, 3170, 3174. Locke também possuía quatro títulos de Sand (2549, 2550, 2551, 2748) e um por Enyedi (1052). Sobre o envolvimento de Locke com Socinianismo, ver John Marshall, `Locke e o Socinianismo”, no prelo.

(29) Ver S. Snobelen, A biblioteca de Samuel Clarke, Iluminismo e Dissent (1997), 16, 187-8, 193, 197.

(30) Cambridge University Library (doravante CUL) MSO o.7.49, ff. 40 r, 60r, 198v, 199r, 215r; Bodleian Library, Oxford MS Add. D.81, ff. 95v, 376r, 387v, 408r, 409r-409v, 414v, 443v, 454v, 455v; Bodleian MS Add. D.81*, ff.

108v, 266r. Uma dica sobre o relacionamento de Newton com Moore pode ser vista em Newton, op. cit. (15), v, 413-14.

(31) Fondation Martin Bodmer, MS, Geneva; Jewish and National University Library, Yahuda MS 15; Stanislaw Lubieniecki, History of the Polish Reformation (tr. George H. Williams), Minneapolis, 1995, 80-7, 190-3, 199-201, 248-50, 275, 336-7. Veja também Szczucki, op. cit. (12), 285-300.

(32) Lubieniecki, op. cit. (31), 274-8; Bodmer MS 5, ff. 3r-4r, 9r; MS 5B, f. 9r; MS 8, f. 2r (onde não existe paginação consistente neste manuscrito, eu numero fólios a partir das divisões de capítulo datilografados inseridos); Yahuda MS 15.5, ff. 79r, 97r, 154r, 170r.

(33) George H. Williams (ed.), The Polish Brethren, Missoula, 1980, 560; Bodmer MS.

(34) Dariusz Jarmola, “As origens e o desenvolvimento de crentes: o batismo entre os Irmãos poloneses no século XVI”, dissertação de doutorado, Southern Baptist Theological Seminary, 1990 (DAI 9028238), 60; Bodmer MS 5, ff. 2r-3r; MS 8, f. 2r; Yahuda MS 15.5, f. 154r.

(35) Lubieniecki, op.cit (31) ,248-9;. Paradoxical questions concerning the morals and actions of Athanasius `’, William Andrews Clark Memorial Library, University of California Los Angeles MS (doravante Clark MS); Keynes MS 10.

(36) Szczucki, op. cit. (12), 294. Eu lido com a teologia remanescente de Newton abaixo.

(37) Johann Crell, The Two Books of John Crellius Francus, Touching One God the Father, [London], 1665, 186, 244; The Racovian Catechism (tr. Thomas Rees), London, 1818, 39-42; George H. Williams, The Radical Reformation, 2nd edn., Kirksville, 1992, 645.

(38) Comparar com Rees (tr.), op. cit. (37), 17-18, 42.

(39) Para o texto completo do `Duas corrupções notáveis ​​’, ver Newton, op. cit. (15), iii, 83-149.

(40) Alguns exemplos representativos são: Keynes MS 2, f. XIr; Keynes MS 3, pp. 1, 39; Keynes MS 8, f. 1r; Bodmer MS 1, f. 12r; Williams, op. cit. (33), 316, 392, 398; Rees (tr.), op. cit. (37), 29, 34, 57, 151, 196; Lubieniecki, op. cit. (31), 163; Crell, op. cit. (37), 13-22, 190, 214, 222.

(41) Yahuda MS 15.5, f. 154r; Bodmer MS 5A, f. 8r; Rees (tr.), op. cit. (37), 132-3.

(42) See Bodmer MS 1, ff. 11r-12r; Bodmer MS 5A, ff. 8r-9r; Williams, op. cit. (33), 391-4; Rees (tr.), op. cit. (37), 25; Lubieniecki, op. cit. (31), 163; ver também James E. Force, `Newton’s God of dominion: the unity of Newton’s theological, scientific, and political thought’, in Force and Popkin, op. cit. (4), 75-102.

(43) Keynes MS 3, p. 45r; Bodmer MS 5A, f. 8r-9r; Rees (tr.), op. cit. (37), 55.

(44) ClarkMS,ff.54r-55r;YahudaMS7.2e,f.4v;Newton,op.cit.(15),iii,336,339;James E.Force, ‘The God of Abraham and Isaac (Newton)’, in The Books of Nature and Scripture (ed. J. E. Force and R. H. Popkin), Dordrecht, 1994, 179-200; Williams, op. cit. (33), 112-22, 363-5.

(45) Ver, por exemplo Yahuda MS 9.2, ff. 19v-21v.

(46) Williams, op. cit. (37), 105, 115, 119-20, 364; cf. Rees (tr.), op. cit. (37), 367; W. Whiston, Historical Memoirs of the Life of Dr. Samuel Clarke, London, 1730, 98, and The Eternity of Hell Torments Considered, London, 1740, 49; cf. Keynes MS 9, ff. 1r, Ar, Br, 13r.

(47) Há muitos exemplos disso nos escritos de Newton, incluindo Keynes MS 3, pp 1, 3, 9-11, 23, 31, 43, 44; Keynes MS 6, f. 1r; Bodmer MS 2, ff. 20-22, 26, 34; Newton, op. cit. (15), iv, 405. Sobre as opiniões de Newton, ver também W. Whiston, A collection of Authentick Records Belonging to the Old and New Testament, 2 vols., Londres, 1728, ii, 1074-5 e Memoirs of the Life and Writings of Mr. William Whiston, 2 vols., Londres, 1753, i, 178. Para os Socinianos, ver Williams, op.cit (33), 21-2,446-57, 624-5;. Rees (tr.), op.cit.37, 249-62; Lubieniecki, op. cit. (31), 373-6.

(48) Keynes MS 3; Yahuda MS 15.5, f. 154r; Yahuda MS 39. Comparar com Bernard le Bovier de Fontenelle, The Life of Sir Isaac Newton (the Eloge), Londres, 1728, 28; Williams, op. cit. (37), 291-302, 342-54, 559-81.

(49) Williams, op. cit. (37), 1282-4.

(50) Keynes MS 6, f. 1r; Yahuda MS 39.

(51) Cf. Keynes MS 3, p. 45r, Yahuda MS 15 and Bodmer MS.

(52) Bodmer MS 5A, ff. 5r, 8r (cf. f. 1r); cf. Yahuda MS 15.5, f. 96r.

(53) See also Wiles, op. cit. (8), 83-4.

(54) Pfizenmaier, op. cit. (7), 80.

(55) Pfizenmaier, op. cit. (7), 69; Manuel, op. cit. (2), 71-2.

(56) Yahuda MS 15.5, ff. 177v, 183r-v. Pfizenmaier não cita estes exemplos.

(57) Minha própria análise da teologia de Newton inclui manuscritos pós-1710.

(58) Thomas Hobbes e Balthassar Bekker, que também negava os maus espíritos eram muito caluniados por seus pontos de vista. Sobre o radicalismo percebido desta posição, ver John Edwards, Some thoughts Concerning the Several Causes and Occasions of Atheism, Londres, 1695, 100-1, que o vê como uma porta aberta para o ateísmo, e J. Hunter (ed.), The diary of Ralph Thoresby, 2 vols., Londres, 1830, ii, 159.

(59) ver especialmente [Stephen Nye], A Brief History of the Unitarians called also Socinians, London, 1687 and Anonymous, The Faith of the One God, London, 1691.

(60) Este relatório é citado em alemão em J. Edleston, Correspondence of Sir Isaac Newton and Professor Cotes, Londres, 1850, p. lxxx.

(61) Sobre isso, ver Justin Champion, Pillar of Priestcraft Shaken, Cambridge, 1992, 99-132.

(62) Richard Baron, Preface, Cordial For Low Spirits, 3 vols., London, 1763, i, pp. xviii-xix.

(63) Cf. Champion, op. cit. (61), 109-10.

(64) Jean-François Baillon fala do envolvimento de Newton em uma rede clandestina unitariana-sociniana em `Newtonisme et ideologie dans l’Angleterre des Lumiéres’, Tese de doutroado em Letras, Sorbonne, 1995, 215.

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