Tradução José Filardo
Por François Koch
Isto pode parecer surpreendente, mas Olivia Chaumont continua a ser uma pioneira no Grande Oriente da França.Ela foi a primeira mulher a ser delegada em um Convento do GODF (em Vichy em 2010) e também a primeira a falar no pódio à frente de todos os delegados. E assim, ela permaneceu a única mulher entre os 1.200 delegados tanto no Convento de 2011 de Vichy, quanto no Convento de Nice de 2012.
Pioneira, ela antes de mais nada, em janeiro de 2010, tornou-se a primeira mulher reconhecida como a irmã do GODF pelo Grande Mestre da época Pierre Lambicchi (Entrevista com Olivia Chaumont na L’Express -fevereiro de 2010). Olivia havia obtido este reconhecimento um ano após sua mudança de estado civil. Sua iniciação tinha ocorrido 35 anos antes enquanto era homem.
Pioneira ela permanece, apesar da entrada de cerca de 1.000 irmãs no GODF nos últimos dois anos. “Até onde eu sei, eu ainda sou a única venerável“, diz Olivia Chaumont. Ela acaba de ser reeleita para um terceiro mandato de venerável à frente da Loja Maçônica l’Université, em Paris. Uma oficina que tem uma dúzia de irmãs entre cerca de 60 irmãos e irmãs.
No Convento de 2012 em Nice, Olivia voltou a ocupar a tribuna, como nos dois conventos anteriores. E é sempre emocionante, de acordo com testemunhas. Jean Tuffou, o 2o. Grão-Mestre Adjunto, encarregado da Cultura, lembra como se fosse ontem do Convento de 2010 em Vichy. “Quando Olivia subiu ao púlpito, foi um grande momento, bonito, um momento estético maçônico. Ela subiu com os cabelos levados pelo vento. Como mestre; o silêncio. Um silêncio que escondia a alegria dos irmãos favoráveis à entrada de mulheres; um silencio que escondia também o respeito entre os opositores.
“Tuffou, de Montpellier, 62 anos, fala com sinceridade. Ele mesmo não era favorável à entrada das mulheres no GODF “No entanto, eu sabia que o bloqueio do GODF à entrada de mulheres não era sustentável.”
Olivia Chaumont aceitou que um filme fosse feito sobre sua vida. Algumas semanas atrás, ele foi exibido em um festival LGBT parisiense.