Alain Juillet : ” Não faço chantagem alguma com a minha candidatura à chefia da GLNF “.
27 de fevereiro de 2012 | PARIS
O horizonte se ilumina. Esta segunda-feira, 27 de Fevereiro, deve ser o prazo final para o registro de candidaturas ao Grão-Mestrado da Grande Loja Nacional Francesa (GLNF). Alguns duvidavam, mas François Stifani parece ter confirmado seu interesse em ser reeleito. Alain Juillet também se lançou à batalha, depois de Jean Murat. O antigo Grão-Mestre Provincial de Paris Grande ArcheJean-Paul Peres também se declarou como terceiro candidato da oposição a Stifani (ver aqui o seu texto de candidatura no site que acabou de criar).

A carta de candidatura de Alain Juillet já suscitou comentários irritados da parte dos apoiadores de Jean Murat. Eles perceberam, não sem razão uma espécie de chantagem: ” Caso minha candidatura não tenha sucesso, e se a GLNF continuar dividid, é preciso ficar claro para todos que isso teria como consequência imediata a nossa partida para a nova Grande Loja, cuja Assembléia Constituinte foi marcada para 31 de março .” Basta ler, principalmente, o site Myosotis Dauphiné Savoie. Então eu pedi a Alain Juillet, que ele se explicasse, repondendo a três perguntas.
ENTREVISTA.
Como você reage à candidatura de François Stifani?
Todos têm o direito de se candidatar. Contudo, estou surpreso, porque depois do que aconteceu nos EUA, ele deveria se questionar. É uma fuga antecipada, como fez o ditador Laurent Gbagbo.
Você escreve: ” Se eu não for eleito, partirei para uma nova Grande Loja. “Isso não é chantagem?
Não. Se François Stifani, ou um candidato de sua facção foi eleito, eu serei expulso da GLNF. E neste caso, eu iria para a nova Grande Loja, ao invés da GLDF ou uma Grande Loja no exterior. Se Jean Murat, ou outro candidato da oposição, for eleito? Eu ficaria bem na GLNF. Murat está claramente na oposição, embora não deseje muitas mudanças. Eu vou mais longe que ele, sem estar nas posições de FMR. E como presidente da Comissão de Coordenação da oposição, eu tento ser o mais consensual possível. Ao contrário de outros, minha obsessão não é ser Grão-Mestre, eu não penso sobre isso todas as manhãs, quando faço a barba.
Você não teria prometido não se apresentar se Jean Murat fosse candidato?
Absolutamente, não. Eu sempre disse que eu seria candidato para assegurar a transição até o final de 2012; Jean Murat poderia ser o Grão-Mestre seguinte. Não é embaraçoso que nós nos apresentemos como concorrentes, porque esta é uma eleição de dois turnos, e nós nos encontraremos novamente após o primeiro turno.