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ética

Segundo Platão moral e ética, são conceitos interconectados e complementares envolvendo carácter e hábitos de vida.

A ética procura definir um estilo de vida baseado em valores morais e espirituais, não se incluindo na definição clássica de ciência social.

A ética tem como base valores morais definidos individual e colectivamente, mas sujeitos aos usos e costumes de determinados agrupamentos humanos, tentando sempre fazer a distinção entre o bem e o mal, valores que, embora subjectivos, são subjacentes a comportamentos e percepções colectivos que condicionam o comportamento individual.

Ao contrário, a visão kantiana de ética, que pretende ser universal e transcendental, esquece-se das limitações do tempo/espaço e pretende que a racionalização de valores seja global, o que é indiscutivelmente impossível.

A ética, segundo os parâmetros actuais contem sub-grupos divididos por actividades e profissões, baseando as respectivas definições entre “o fazer” e “o agir”.

Daí a aplicação de valores éticos em corpos tão diferentes como a medicina, a robótica, a biologia, a programação informática, etc., sendo a mais difusa e confusa a política (ética republicana).

A moral e a ética não se confundem, antes interagem, sendo a moral, basicamente, o repositório de valores éticos que são basilares nas várias formas sociais, quer colectiva, quer individualmente.

Dito isto, há uma ética que nos interessa particular e directamente e que é comum a todos nós – a ética maçónica.

Não que sejam os valores que a informam diferentes de outros, mas a sua sistematização, aplicação e obediência são fundamentalmente diferentes.

A ética maçónica, que é veiculada através de uma constante aprendizagem e que é burilada através da passagem por vários e diferentes graus e condições, visa não só o comportamento intra-maçónico, mas, também e principalmente, o contributo positivo dos maçons para com a sociedade profana em que cada um de nós se insere.

Assim, os princípios que jurámos observar e defender têm três níveis comportamentais:

  • Entre colunas
  • Entre irmãos no mundo profano
  • De um irmão face ao mundo profano que o rodeia

É o terceiro ponto o mais importante, uma vez que o Maçom tem por obrigação estrita transmitir os seus valores e a sua ética no mundo profano, dando o exemplo e portando-se como um líder na sociedade em que está integrado.

Foi por e para isso que foi criada a Maçonaria e é este o dever fundamental de todos os irmãos.

R. L. Isaac Newton, nº 166 (GLLP / GLRP)