Tradução J. Filardo

Por Jean-Moïse Braitberg

Modelo do Templo de Salomão popularizado na Europa no século XVII pelo arquiteto e rabino Jacob Jehudah Leon

O grau de Mestre, considerado por todos os novos iniciados como o Santo Graal da Maçonaria, permanece uma etapa cheia de mistério. Sua origem, ou melhor, suas origens, tão obscuras quanto diversas, fazem dele um inesgotável objeto de questionamento. E nem é quanto ao seu simbolismo que apresenta mais perguntas do que respostas. O que o torna, no final, charmoso e interessante. É, portanto, uma viagem maravilhosa e perigosa pelo imaginário maçônico que nos convidam as tribulações desse grau.

Muitas vezes é a evidência mais gritante a que menos vemos. Ou que tentamos não ver. Muitos irmãos e irmãs tentam, muitas vezes à custa de contorções intelectuais perigosas, fingir que é natural que a progressão entre os três primeiros graus continuasse. Mas não é bem assim. Pois se os dois primeiros graus são coerentes entre si e se baseiam em um simbolismo humanista e igualitário emprestado das ferramentas das antigas guildas de construtores, o mestrado e o psicodrama que lhe estão ligados afundam-se nos obscuros pântanos do macabro para emergir aureolados com um ensinamento e uma moral emprestados do esoterismo cristão. Mas, além desses fatos óbvios, talvez seja menos importante deter-se no simbolismo explícito da passagem para o grau de Mestre do que mergulhar no implícito, no não-dito, que constitui seu aspecto mais secreto.

Se queres ir mais longe, clica em:

Mestre Maçom – Um grau mítico e místico