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Edição em papel

Todos conhecemos a expressão “Quem te viu, e quem te vê…”

A GLUI se arvora em Vaticano da Maçonaria, impondo o conceito de “reconhecimento” às grande lojas ou grandes orientes de todo o mundo.

Ela só se esquece de dizer que a Grande Loja de Londres e Westminster formada em 1717 jamais seria reconhecida por ela por falta de “pedigree” e por questões territoriais.

Este é um livro interessante para entender os eventos e o ambiente maçônico no século XVIII quando alguns Maçons de Londres receberam a incumbência do Rei da Inglaterra, de formar a Grande Loja de Londres e Wesminster para controlar a proliferação de lojas em que partidários do herdeiro legítimo do trono inglês se reuniam e apoiavam o retorno de James III Stuart.

Ao fazer isso, aqueles Maçons ignoraram a autoridade maçônica legítima – a Antiga Loja de York – e também alteraram conceitos fundamentais da Maçonaria, mais em sintonia com o ambiente iluminista e os novos tempos, ou seja, mais Modernos. Mas, para isso, eles nem sempre foram fieis à verdade. O que importava era o controle das lojas e o fluxo de caixa possível.

E, durante todo o século XVIII, eles tentaram impor a visão Moderna de Maçonaria e enfrentaram uma feroz resistência dos maçons Antigos que tinham do seu lado a tradição. Usaram expedientes mais ou menos indignos, e no final capitularam diante do peso da Maçonaria tradicional e em 1813 foram fagocitados pela Grande Loja dos Maçons Antigos e Aceitos, formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, agora respeitável e legítima quando se apoderou da narrativa e impôs a sua verdade e a sua versão da história.

Leon Hyneman publicou essa defesa apaixonada dos princípios maçônicos no final do século XIX – 1872 – e coloca sob a luz tanto o complô de 1717 quanto as omissões e meias verdades dos autores chapa-branca que repetiam ad nauseam a versão “oficial” dos fatos imposta pela GLUI.