Por Joaquim Grave dos Santos

Sendo a Iniciação Maçónica um exemplo típico de Rito de Passagem, a mesma obedece sempre a uma estrutura ternária, em cuja fase preliminar, ou de separação, se isola o candidato do mundo que o rodeia, preparando-o para a fase central da cerimónia, dita liminar ou de margem, na qual se dá a transformação ontológica que permitirá a sua agregação ao novo grupo, que neste caso é a Loja.

O modo como se efectua esta separação difere consoante o Rito Maçónico praticado.

Assim, enquanto que nos Ritos Anglo-Saxónicos a mesma se concretiza pela passagem do profano por um simples recinto fechado e pouco iluminado, nos Ritos Continentais, este habitáculo, encontra-se também decorado com determinados objectos, de carácter simbólico, destinados a favorecer a reflexão do candidato, preparando-o para o que irá ouvir, na sua ressecção em Loja.

Distinguem-se, neste último caso, a Câmara de Preparação do Regime Escocês Rectificado, da Câmara de Reflexões dos Ritos Francês, Escocês Antigo e Aceito e, Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim.

Se no Regime Rectificado a meditação do candidato é apenas suportada pela presença da Bíblia e, de um quadro alegórico relativo à brevidade da vida humana, na Câmara de Reflexões dos restantes Ritos Continentais são vários os símbolos presentes, complementando-se ainda os mesmos com mensagens inscritas nas paredes da divisória em questão.

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Os símbolos Sal, Enxofre e Mercúrio da câmara de reflexões, e a sua génese e interpretação no REAA