por Garnet E. Schenk, Companheiro Maçom

Algo significativo acontece, ou pelo menos deveria acontecer para um maçom, quando um iniciado confirma em quem ele confia. A resposta pode facilmente passar despercebida, mas tem enorme importância para todos os três graus.
Quando testemunhamos essa resposta, e a deixamos passar como mera formalidade, perdemos parte da beleza, do conhecimento e da compreensão com que nós, maçons, somos desafiados a buscar nesta vida.
O iniciado é informado de que está então nas mãos de um amigo verdadeiro e confiável, a quem pode seguir com firmeza, porém humilde confiança.
É útil que cada Maçom reflita sobre o significado e as implicações dessa afirmação no sentido mais amplo.
Todo homem busca respostas para as questões fundamentais de sua existência:
O que eu sou? Por que estou aqui? Para onde eu vou?
Nossa arte maçônica guia e orienta cada homem a se conhecer, oferecendo um curso cuidadosamente construído de autoaperfeiçoamento, autoexame, autodescoberta, autoanálise, autorrealização, além de compreensão de sua relação com o Criador.
Por si só, a Maçonaria não torna, nem pode, tornar homens bons melhores, mas essa grande obra de passar da Escuridão para a Luz deve ser feita pelo Maçom, que se esforça todos os dias para ser um homem melhor diante do Deus em quem deposita sua confiança.
Considerar a iniciação como uma mera cerimônia pode significar muito pouco. No entanto, em um sentido simbólico, a iniciação é realmente uma imagem de um homem iniciando a jornada da sua vida.
É uma jornada de movimento da escuridão para a luz através dos três graus. É uma jornada do irreal para o real, da escuridão para a luz e das sombras da mortalidade para o modo de vida eterno.
O candidato parte em uma jornada mística por uma estrada invisível, viajando de Oeste para Leste e de Leste para Oeste pelo Sul, buscando o local onde a verdade é conhecida e a vida revela tanto significado quanto mistério.
A jornada o torna plenamente consciente das lições morais contidas nas palestras em loja e de como elas devem ser usadas para construir caráter, compreensão e confiança na Divindade.
É fato que, desde o momento do nosso nascimento até o momento em que passamos pelo vale da sombra da morte, precisamos de um guia para nos manter nesse caminho. Não cabe ao homem dirigir seus próprios passos nesse caminho. A Maçonaria estabelece os princípios junto com muitos marcos em seus ensinamentos. Simplesmente, mas inequivocamente, desde nossos primeiros passos até o fim, vivemos e caminhamos pela Fé e não pela visão. O Livro Sagrado da Lei traça o caminho em termos claramente definidos.
O maçom, que entende o conceito de precisar de orientação de um Poder Superior, chegou ao início da sabedoria.
O homem não pode encontrar seu caminho sozinho nas turbulências da vida, nem pode, como iniciado, encontrar seu caminho na loja sem confiar humildemente em seu guia e mentor. Ele se apoia no guia, o segue e não teme perigo. Confiar em seu guia é um modelo para confiar em Deus, em quem ele jura depositar sua confiança.
A Maçonaria é uma ciência moral e ensina que devemos aprender o caminho e a vontade de Deus, não para usá-Lo para nossos próprios fins, mas para sermos usados por Ele para Seus próprios fins.
A diferença pode parecer pequena à primeira vista; Na verdade, é a diferença entre a verdadeira fé e a fé falsa – entre religião e superstição. Na Maçonaria, a moralidade ocupa o primeiro lugar e, sem ela, a Maçonaria não seria Maçonaria.
A jornada para fora das Trevas em direção à Luz tem um significado profundo e duradouro. Ele oferece respostas para as perguntas persistentes que são tão antigas quanto a criação.
O que eu sou? De onde eu vim? Para onde vou?
Ela nos diz que o Ocidente é o símbolo deste mundo e o Oriente é o mundo acima e além do que se passa.
O Maçom, devidamente instruído e guiado, aprende o segredo de que a alma tem seu cenário além do mundo dos sentidos e do tempo e é dado pelo Criador para nos disciplinar e desenvolver.
‘Nossa vida nesta terra não é uma busca inútil na qual estamos engajados, mas que a vida tem sentido e propósito. A Maçonaria ensina que somos guiados e protegidos por um Amigo que conhece o caminho e pode ser confiável até o fim. Existe a promessa de que podemos penetrar o véu que escurece nossos olhos. Seremos capazes de ver e ouvir a verdade do L.S.L. e das lições nele contidas quando estivermos prontos e dignos de recebê-la. Há uma injunção bíblica que diz ao Maçom para deixar sua luz brilhar. A luz, no entanto, não brilha a menos que o maçom tire um tempo para encher as lâmpadas com óleo.
O que o candidato e/ou membro recebe da Maçonaria começa com seu renascimento por meio da iniciação.
O que ele acaba fazendo depende totalmente de si mesmo, mas a mensagem compartilhada com ele é que se busca e se adota o belo sistema de moralidade, velado em alegorias e ilustrado por símbolos.
Se o maçom buscar diligentemente, ele ganhará mais do que investe – não materialmente, mas espiritual e mentalmente.
Todos nós precisamos aprender essa verdade repetidas vezes. Isso é enfatizado no ritual linha por linha, preceito por preceito, enquanto contornamos o Altar, subimos as escadas em espiral e além, rumo à luz e à alegria da vida eterna.
O maçom precisa sempre considerar a declaração resumida de um eminente teólogo: “Lembre-se: a luz brilha nas trevas – nunca deixe que as trevas removam a luz.”
Então, quando o iniciado responde dizendo que deposita sua confiança em Deus, nos alegramos com Ele e o acolhemos à Fraternidade que tem um guia verdadeiro e confiável neste mundo e no próximo.
Fonte: Ashlar College
Adaptado por Norman McEvoy
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