Bibliot3ca FERNANDO PESSOA

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Rito Escocês Retificado – Cadernos de Estudos: V

Por Ivan A. Pinheiro

            O texto abaixo foi escrito em 2021 e compartilhado entre um grupo restrito de Irmãos de Ordem (Iniciados no RER[1]). Em razão do tema e da acolhida à Palestra proferida na data de ontem (19.05.24) pelo Mui Rev. Cav. Jean-Louis Duquesnoy (PGM do GP Retificado da França), uma iniciativa do Grande Priorado Retificado do Brasil sob a direção do Grão Prior Sérgio Grosso, considerei por bem, circunstancialmente, interromper a série destes Cadernos de Estudos para reeditar aquelas reflexões bem como conferir-lhes um alcance maior. Se eu fosse reescrevê-lo, e é provável que o faça conforme avance nesta Série, à luz das novas leituras e da aprendizagem adquirida, próprias de uma trajetória iniciática, hoje eu daria maior foco (atendo-me mais ao RER) bem como amplitude ao texto (considerando outros aspectos, igualmente importantes, da Recepção ao Segundo Grau).

NOTAS À RECEPÇÃO AO GRAU DE COMPANHEIRO NO RITO ESCOCÊS RETIFICADO (RER)

Ivan A. Pinheiro[2]

Introdução

            Como é dado a conhecer, a maioria dos ritos de passagem que integram as Ordens Iniciáticas são repletos de significados, tantos que não é possível, em razão do limite de páginas de um artigo, explorar todos os aspectos e sutilezas contidas nas mensagens simbólicas – lições que devem ser extraídas pelos Iniciados -, o que necessariamente remete à delimitação, daí porque este texto tem o foco dirigido para a “lição emblemática dada ao candidato para lhe ensinar a conhecer-se bem” (Ritual, 2018, p. 87) – parte da ritualística da passagem do I ao II Grau no âmbito do Rito Escocês Retificado (RER). Para tal intento, após uma breve preleção de reconhecimento pelos avanços até então realizados (o trabalho sobre a pedra bruta e informe), e com o devido zelo, para não desestimulá-lo, o Venerável Mestre (VM) alerta o candidato acerca da miopia e da cegueira provocadas pela vaidade – que o iludem e o impedem de enxergar as imperfeições que, apesar do empenho, persistem na sua obra que, portanto, ainda resta incompleta.

            Na sequência o VM demanda aos Irmãos Vigilantes que o posicionem frente a um objeto retangular[3] colocado à ocidente (da Loja) e entre duas velas. Tendo lido, por sobre o objeto a máxima “se tens um verdadeiro desejo, coragem e inteligência, afasta este véu e aprenderás a conhecer-te” (op. cit., p. 17), o candidato é instado a acionar o triângulo que descortina o véu que até então cobria o espelho. Assim, na penumbra, em silêncio reverencial e por instantes, o candidato defronta-se só com a sua imagem.

            Como se percebe, o ponto focal é constituído por vários elementos (à ocidente, duas velas, a máxima, o espelho por sobre o cavalete, o véu e o triângulo), e considerando a velha lição de que na Ordem nada é acidental (ao contrário, tudo é essencial), cada um deles, per se, é merecedor de reflexões e análises quanto ao significado e ensinamentos que encerram. Essas, por sua vez, devem ser complementadas com a perspectiva do conjunto (a exemplo do ambiente no entorno) ao qual deve ainda ser somada mais uma dimensão: a lição apreciada no contexto da dramatização de todo o Grau, do que antecede e do que sucede o confronto com o espelho. Finalmente, em sendo uma Ordem iniciática – que se caracteriza por ter os ensinamentos escalonados – o II Grau deve, de algum modo, não só complementar o I, como deixar elementos em suspenso[4] para serem resgatados e esclarecidos no III e IV Graus, pois diferentemente da maioria dos Ritos no RER o simbolismo se completa em 4 (quatro) Graus. Portanto, ilude-se e adentra por caminhos equivocados aquele se fixa na interpretação estanque de cada expressão simbólica: as partes, tal como em um sistema, além do sentido próprio e da função específica que lhes cabem, adquirem novos significados no contexto e à luz da finalidade da narrativa. Nas palavras de Carvalho (2015, p. 169):

A estrutura total e os simbolismos particulares têm de estar coeridos e amarrados um aos outros num arranjo orgânico, refletindo uma das principais leis da linguagem simbólica, que é a da correspondência entre a parte e o todo, o pequeno e o grande, o micro e o macrocosmo. 

            Destarte, dada a amplitude do empreendimento, o foco será ainda mais delimitado: breves considerações sobre o significado do espelho no drama da passagem do I para o II Grau no RER.

O espelho no simbolismo iniciático 

            O recurso ao espelho tem sido recorrente em várias tradições ritualísticas, e um dos intentos mais usuais é, pela imagem, primeiro simplesmente promover o encontro de quem olha, consigo mesmo para, então, dar início ao mergulho que levará ao recôndito do que há de mais interno a partir de um monólogo (ou seria diálogo consigo mesmo?) em profunda introspecção. A face, para Scruton (2015), revela o que há de mais íntimo, os segredos, os demônios, desvela a alma.

            Sabe-se, da natureza humana, que enxergar e reconhecer os seus próprios vícios, paixões e limitações constituem grandes e inevitáveis obstáculos que deverão ser transpostos ao longo da vida (avaliar e julgar terceiros “parece” sempre ser mais fácil). E considerando que esse reconhecimento é conditio sine qua non para adquirir e desenvolver novos (e melhores) hábitos e valores, através de todos os seus ritos a Maçonaria oportuniza momentos de reflexão à semelhança do momento frente ao espelho. 

            Talvez um dos mitos mais conhecidos e relacionados ao espelho seja a Lenda de Narciso que nos chegou a partir da Grécia Antiga:

Há diferentes versões […] mas em todas o núcleo é sempre o mesmo: Narciso era um formoso adolescente, filhos dos amores de um deus-rio, Cêfiso, e uma ninfa. Quando nasceu, os pais interrogaram o vidente Tirésias sobre o destino de Narciso, e a resposta foi enigmática: o menino conhecerá a velhice se não visse a si mesmo […] chegando à juventude, sua rara beleza despertava paixões ardentes nos que o contemplavam, mas era com frio desdém que ele reagia ao amor de mortais e imortais. Como tantas, a ninfa Eco se apaixonou por Narciso e precisou amargar a mesma decepção: encerrou-se em solitária caverna onde foi definhando até que de sua pessoa não restasse mais do que uma voz que gemia. Então, as jovens desprezadas pediram vingança aos céus: Nêmesis, a justa, as ouviu. Em uma tarde de calor esbraseante, Narciso, fatigado de longas horas de caça, abeirou-se de um riacho para dessedentar-se. No espelho das águas viu sua figura e por ela se apaixonou perdidamente. Nada o demoveria do enleio que o enfeitiçara: quedou-se a contemplar a própria imagem até que a morte o levou para as regiões trevosas banhadas pelo Estige. Junto a essas águas sombrias Narciso não cessa de perseguir sua amada figura (Bosi, 2012, p. 11-12).

Em rápida leitura o Iniciado capta inúmeras mensagens extensivas aos homens em geral, cada qual merecedora de aprofundamento, um trabalho à parte:

  • “o menino conhecerá a velhice se não visse a si mesmo” – cada um de nós tem em si o seu maior adversário, a ponto de ser mesmo reconhecido como o inimigo e eventual causador da sua própria morte, figurada ou real. Daí que para enfrentá-lo, como reafirmam os rituais, são necessários o desejo (a firme determinação), a coragem e a inteligência, entre outras virtudes a exemplo da perseverança;
  • “com frio desdém que ele reagia ao amor de mortais e imortais” – movido pela vaidade, pela presunção e pela húbris, desprezava até mesmo os deuses, o que corresponde a equiparar-se a eles; em outros termos, o motivo da Queda tal como descrita por Pasqually (2008);
  • “as jovens desprezadas pediram vingança aos céus” – pelo visto, a Lei do Retorno[5] já era conhecida desde a antiguidade grega. Nos termos do Mito, dado o comportamento reiterado de Narciso, vingança pode ser vista como clamor por justiça;
  • “No espelho das águas viu sua figura e por ela se apaixonou perdidamente” – o amor é o maior valor cristão, mas sozinho revela-se impotente para fazer frente aos vícios como a vaidade, o encantamento e a soberba. Daí a relevância da temperança, do firme equilíbrio entre os extremos; e,
  • “enleio que o enfeitiçara: quedou-se a contemplar a própria imagem até que a morte o levou” – e cumpre-se a profecia.

            Por que o Mito, passados séculos, mais de dois milênios, se revela tão atual, foi, é e certamente ainda será objeto de muitas páginas e tintas? Porque em essência expõe sem rodeios o mais íntimo da natureza humana (“nua e crua”) que, a julgar pela História, é imutável, pois senão que outro entendimento extrair do aforismo de Plauto (254-184) a.C. revigorado e popularizado, a partir do Leviatã de T. Hobbes (1588-1679: lupus est homo homini lupus? Que o leitor contemporâneo não se iluda: de te fabula narratur!

            Uma viagem no tempo nos situa no séc. XXI e frente a Scruton (op. cit., p. 18), quem sublinha que “[…] há mais de uma motivação por trás da cultura ateísta da nossa época, e o desejo de escapar do olho que julga é um deles. Escapa-se do olho que julga apagando o rosto”. Ciente e temeroso do seu próprio julgamento, o escapismo secular (individualista, materialista, hedonista, etc.) é uma das principais estratégias. O autor conclui:

Na história de Narciso, o protagonista responde a si mesmo como se fosse outro ao se defrontar com o próprio rosto. Até aquele momento ele tinha estado fechado em si mesmo, incapaz de reconhecer outros e de fugir de seu amor. Tirésias profetizara que Narciso teria longa vida desde que “não se conhecesse”. Ao ver o próprio rosto na superfície da água, Narciso vê-se “olhado” pela primeira vez: ele se reconhece, mas não como ele mesmo. Ele se defronta com um sujeito que foge dele assim como ele tinha fugido dos outros. E, por não virar o rosto, Narciso é destruído por aquilo que vê (Scruton, op. cit., p. 111-2).

            As duas velas (Vigilantes à ocidente junto ao candidato) compõem com o VM (distante no oriente) o triângulo de luzes auxiliares que não só iluminam como delineiam a trajetória que confere o caráter cristão ao RER, pois todo o aperfeiçoamento logrado, quer pessoal intimista, quer no âmbito dos relacionamentos, em última análise ordena-se no sentido ao retorno ao estado de glória primordial (em termos pasqualinos) ou à salvação quando do advento da parusia (em termos cristãos). A corroborar esse entendimento, a circunstância de o espelho estar coberto por um véu remete ao seguinte episódio[6] também narrado por Pasqually (2008, p. 155):

A face velada de Moisés anunciava o estado de privação dos conhecimentos divinos a que Israel ia ser reduzido pelas alianças que Moisés via que o povo ia fazer com o príncipe dos demônios, e a ignorância em que esse povo ia cair em relação ao modelo espiritual que Moisés operava diante dele.

Troque-se a expressão “povo” por “indivíduo, pessoa” e ter-se-á um aconselhamento antecipado acerca dos riscos causados pelos pensamentos, atitudes e comportamentos desviantes frente à Lei Divina, contra os quais se exige trabalho diuturno e perseverante, sem o qual não haverá a esperada mudança ou acontecimento. 

            Finalmente, as dimensões e o posicionamento do espelho, não possibilitando a visão de todo o corpo, mas somente a sua parte superior, não são livres de significados; todavia, para adentrar em detalhes seria necessário recorrer à cabala, o que foge ao escopo deste breve texto.

            A potência do conhecer a si mesmo é tão grande que Sócrates (469-399 a.C.) teria dito (sim, pois não deixou escritos)[7]: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerá o universo e os deuses”. Todavia, há uma questão de ordem prática e da qual a literatura maçônica tem passado ao largo: como fazê-lo, isto é, como proceder para conhecer a si mesmo?

            Uma das respostas na forma de inventário de perguntas por vezes seguidas de aconselhamentos pode ser encontrada, por exemplo, em Mazarin[8] (1997), sobretudo, mas não exclusivamente, no capítulo precisamente intitulado “Conhece-te a ti mesmo” (p. 39-42). Político de rara habilidade que chegou a exercer o cargo de Primeiro-Ministro, discípulo do Cardeal Richelieu, a quem sucedeu, o discurso de Mazarin transita em ambiente específico e tem um público-alvo bem definido; todavia, fica a juízo do leitor avaliar se nos dias de hoje, mutatis mutandis e não sem ocasionalmente algumas ressalvas éticas, se ele se aplica ou não a muitos e às mais variadas circunstâncias:

És de um temperamento colérico, demasiado tímido ou demasiado audacioso, ou então dominado por uma paixão qualquer? Quais são as falhas de teu caráter, os erros que podes reconhecer em tua maneira de te comportar, na igreja, à mesa, na conversação, em volta de uma mesa de jogo e nas diferentes atividades, em particular as que se praticam em sociedade?

Primeiro, examina-te fisicamente. Tens o olhar insolente, a perna ou o pescoço rígido demais, a sobrancelha que se franze, os lábios excessivamente frouxos, o andar muito lento ou muito apressado? Se é assim, convém corrigir-te.

Passa em seguida às pessoas que gostas de frequentar. Têm elas boa reputação? São ricas? Avisadas?

Pergunta-te em que ocasiões tens tendência a perder o controle de ti mesmo, a deixar-te levar por desvios de linguagem e de conduta. Quando bebes demais durante um banquete. Quando gracejas. Quando uma infelicidade te aflige. Em suma, aqueles momentos em que, como escreve Tácito, “as almas dos mortais são vulneráveis”.

Não és um frequentador de certos lugares suspeitos, bons para o vulgo, mal afamados, em suma, indignos de ti?

Deves aprender a vigiar tuas ações, e a jamais relaxar essa vigilância. É a isto que te ajudará a leitura deste pequeno livro: a considerar sempre cuidadosamente em que lugar e em que companhia te encontras e que circunstâncias te levaram a isso, a te conduzires em conformidade à tua posição e em conformidade à posição das pessoas com quem lidas. É essencial que estejas consciente de todas as tuas falhas e que, portanto, te vigies.

Saibas desde o início que, toda vez que nos deixamos levar por uma tendência ruim, é eficaz impor-se uma prova. Por exemplo, se alguém te lançou palavras ofensivas e sentes tua bílis ferver, faz de modo que nada revele tua cólera. Enquanto as circunstâncias tornarem ineficaz qualquer demonstração de animosidade, contém-te e não procures te vingar. Finge, ao contrário, não ter sentido nenhuma ofensa. Aguarda tua hora…

Arranja-te para que teu rosto jamais exprima nenhum sentimento particular, mas apenas uma espécie de perpétua amenidade. E não sorrias ao primeiro que chega sob pretexto de que recebeste dele um sinal de amizade qualquer.

Outra regra: deves ter informações sobre todo o mundo, não confiar teus próprios segredos a ninguém, mas colocar toda a tua perseverança em descobrir os dos outros. Para tanto, espiona todo o mundo, e de todas as maneiras possíveis.

Jamais digas nem faças nada que possa infringir o decoro, pelo menos em público; pois mesmo se ages espontaneamente e sem más intenções, estejas certo de que os outros, eles, terão sistematicamente más intenções. O melhor é manter sempre uma atitude reservada, embora observando discretamente o que se passa. Cuida, de resto, que tua curiosidade não ultrapasse o limite de teus cílios.

É assim, parece-me, que se conduz um homem avisado e bastante hábil para se precaver contra qualquer desagrado.

            Na sequência o Cardeal passa ao capítulo “E Conhece os Outros” … vale a pena a leitura, senão por outros motivos, porque … os outros somos nós mesmos!

            Passa-se, assim, na Maçonaria, da teoria à prática, linha que venho perseguindo em alguns trabalhos, como é o caso de Pinheiro (2017, 2021).

            Por evidente que a simbologia associada ao espelho não se esgota no Mito (Lenda)[9] de Narciso. A capacidade refletora do espelho, ora utilizada como instrumento de adorno, ora como arma de ataque ou defesa, e até mesmo como um portal[10], tem sido explorada nos mais diversos gêneros literários (do épico mítico e lendário à ficção, passando ainda pela literatura infanto-juvenil), bem como na filmografia que, não raro, encobrem mensagens simbólicas, efetivos enigmas a espera de decifração. Nem sempre é fácil distinguir a realidade da lenda, como é o caso, por exemplo, do feito de Arquimedes (séc. III a.C.), que durante as guerras púnicas, no cerco à Siracusa, teria incendiado a poderosa marinha romana. É discutível se o episódio é ou não lendário, mas tem se prestado à exploração, quando bem utilizado, do poder do espelho. Foi o Espelho de Oxum que a protegeu da ira e dos raios de Yansã, a senhora das tempestades que, enciumada de Xangô, os teria arremetido. Labirinto de espelhos, bem como as viagens no tempo têm sido amplamente exploradas na literatura.

            Por fim, à guisa de considerações finais, bem como para conectar a tradição à contemporaneidade, parece oportuna a apresentação do Prof. João Cezar de Castro Rocha[11] ao O Rosto de Deus (Scruton, 2015, p. 14): “O Rosto de Deus bem pode ser o espelho que, hoje mais do que nunca, necessitamos para entender os impasses do mundo atual”.

Bibliografia

BOSI, Alfredo. Apresentação – contemplação de Narciso. In: LAVELLE, Louis. O Erro de Narciso. São Paulo: É Realizações, 2012, p. 11-16. Coleção Filosofia Atual.

CARVALHO, Olavo de. Símbolos e Mitos no Filme “O Silêncio dos Inocentes”. In: CARVALHO, Olavo de. Dialética Simbólica – estudos reunidos. 2ª Ed. Campinas, SP: Vide Editorial, 2015, p. 144-219.

ELIADE, Mircea. O Mito do Eterno Retorno. Lisboa, Portugal: Edições 70, 1984.

HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil. In: Hobbes. São Paulo: Abril Cultural, 1979. Coleção Os Pensadores.

MAZARIN, Cardeal Jules. Breviário dos Políticos. São Paulo: Editora 34, 1997.

PASQUALLY, Martines. Tratado da Reintegração dos Seres – em sua primeira propriedade, virtude e potência espiritual divina. Organização e apresentação de Robert Amadou. 2ª Ed. Curitiba-PR: AMORC – Ordem Rosacruz, 2008.

PINHEIRO, Ivan A. Abordagens Interpretativas de Texto Aplicadas à Maçonaria: sobre o ritual de iniciação ao grau de aprendiz maçom. Universum, Porto Alegre-RS, Ed. 37, p. 107-28, julho, 2017.

PINHEIRO, Ivan A. Logoterapia & Maçonaria: elementos para a convergência entre Ritos e a prática maçônica. In: PATUTO, Gustavo V. (Coord.). Os Grandes Pensadores da Humanidade e o Rito Moderno. Curitiba, PR: Independently Published, 2021. Tomo III, Cap. 26, p. 194-298. Contato: Gustavo.patuto@gmail.com.

RITUAL. Ritualística e Procedimentos do Rito Escocês Retificado 20 Grau – Companheiro Maçom. Brasília-DF: GOB, 2018.

SCRUTON, Roger. O Rosto de Deus. São Paulo: É Realizações, 2015. Biblioteca René Girard.

YATES, Frances A. Giordano Bruno e a Tradição Hermética. São Paulo: Cultrix, 1990.

Notas

[1] Sigla utilizada para referir tanto ao Regime quanto ao Rito Escocês Retificado, distinção que, quando necessária, se fará no corpo do texto

[2] Mestre Maçom. O autor se expressa como livre pensador, seus pontos de vista são pessoais, não representam as Potências, Obediências e Lojas das quais participa. Setembro, 2021. E-mail: ivan.pinheiro@ufrgs.br.

[3] Tal como um quadro posicionado sobre um cavalete no atelier de pintura.

[4] É próprio da constituição das narrativas iniciáticas a criação de expectativas (esperanças) – leitmotiv – que só serão realizadas no futuro, ainda que incerto; no caso do RER, por exemplo, tem-se a parusia, o retorno ao estado de glória e à Jerusalém Celeste. E no curso da expectativa de realização desenvolve-se (indefinidamente) o mito do eterno retorno (Eliade, 1984) e suas representações.

[5] Mais frequentemente associada ao hermetismo que, hoje se sabe, foi obra dos cristãos tardios (Yates, 1990).

[6] Moisés estava com o rosto coberto por um véu quando conhecimento ao povo hebreu sobre a Lei Divina.

[7] Mas há fontes que apontam tratar-se de um aforismo inscrito na entrada do Templo de Apolo, em Delfos. Independentemente se esta ou aquela é a verdade, não há efeitos sobre o tema ora em debate.

[8] 1602-1661.

[9] Alguns autores estabelecem diferenças que, por ora, não vêm ao caso.

[10] Assim como os solstícios e os equinócios.

[11] Prof. de Literatura Comparada na UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro.