Publicada em FREEMASON.PT
Entrevista conduzida por Morgana Gomes – Revista Leituras da História

Devido a equívocos histórico-culturais, a Maçonaria sempre esteve cercada pelo misticismo que levou muitos desavisados a taxá-la até como algo satânico.
A Ordem nunca deixou de ser alvo de especulações e preconceitos por parte daqueles que estão fora do círculo de convívio dela. Este facto, por si só, despertou a curiosidade e impulsionou o psicólogo Marcel Henrique Rodrigues a desenvolver uma investigação sobre o tema que, inicialmente, assumiu o carácter de pesquisa de iniciação científica, para depois se transformar numa publicação, fundamentada cientificamente nas áreas de Psicologia, Antropologia e História. A obra Maçonaria e Simbologia: Uma Análise do Preconceito Através da História e da Psicologia fez com que o nosso entrevistado passasse mais de dois anos debruçado sobre o misticismo e esoterismo da Ordem Maçónica, para entender o porquê do preconceito que foi criado em cima da fraternidade.
Durante este tempo, ele esteve em Portugal, onde consultou documentos presentes no Arquivo Nacional, na Torre do Tombo, em Lisboa. No entanto, ele também recorreu a autores consagrados como Joseph Campbell, Carl Jung e Mircea Eliade, além de historiadores e antropólogos contemporâneos, para nos apresentar uma análise da construção dos mitos, símbolos e preconceitos ligados a Maçonaria, que permeiam anos de História. Mas como ele mesmo diz, “de forma alguma, a publicação é uma verdade absoluta”. Pelo contrário, na intenção de ampliá-la, Rodrigues expressa o desejo de receber críticas, sugestões e dicas de leitores. No entanto, é inquestionável como o trabalho dele é capaz de nos apresentar outras facetas da Maçonaria!

Leituras da História – Como surgiu o interesse pela simbologia maçónica?
Marcel Henrique Rodrigues – Meu interesse, na verdade, surgiu por meio dos estudos das religiões. Ficou muito evidente para mim que todas elas têm uma linguagem em comum, formada pelos símbolos, metáforas e mitos. Tudo começou com o estudo dos símbolos do Cristianismo. Apesar da minha formação em Psicologia, sempre estive muito ligado ao campo da História, momento em que acabei por entrar em contacto com a Maçonaria e toda a sua complexa e, em certo ponto, controvertida história. Digo controvertida por causa de toda a mitologia, de todo folclore popular que existe em torno da Ordem. Estas controvérsias, somadas à grande participação da Maçonaria na História Moderna do Ocidente, fez com que eu me voltasse para uma pesquisa seria da Ordem. Decidi, então, estudar a sua tradição esotérica, os seus símbolos e diversos significados. Fiz, então, uma união com a história das religiões e este gosto só aumentou, apesar da Maçonaria não ser uma religião.
LH – Qual a sua ligação com a Ordem?
Rodrigues – Não tenho ligação alguma com a Maçonaria e os meus estudos são independentes da Ordem.
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MQI Filardo,
Espero que esteja tudo bem com o Irmão e com todos os seus. Muito Obrigado por republicar mais um texto do Freemason.pt. Creio que tem um erro no primeiro parágrafo, na palavra âtaxá-la-laâ.
Forte Abraço
Antonio Jorge
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Obrigado MQI
Corrigido.
TAF
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