J. Filardo, M.´. M.´.

Mais uma vez, volta à baila a questão da incompatibilidade entre a pertença à Maçonaria e à Igreja ao mesmo tempo e a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano reiterou a posição definida em 1738 pelo Papa Clemente XII na bula In Eminentis de que o católico que ingressa na Maçonaria entra em estado de pecado grave permanente, enquanto não abjurar de sua filiação e retornar ao aprisco da Santa Madre. E o Papa Chico assinou em baixo.

Os católicos não se conformam com a decisão da Igreja sobre a Maçonaria, mas a Igreja está coberta de razão. Enquanto maçons, eles acreditam piamente na alegação repetida ad nauseam de que a Maçonaria não é uma religião, enquanto a verdade é que a Maçonaria é uma religião de matriz judaica e inspiração protestante, inserida no movimento da Reforma, ainda que com um atraso de cem anos, porque foi esse o tempo que o renascimento levou para chegar à periferia do mundo, ou seja, à Escócia.

Assim, da mesma forma em que um católico não pode ser ao mesmo tempo luterano, ele também não pode ser maçom.

Outro aspecto importante (pelo menos do ponto de vista do católico) é que ser católico implica aceitar incondicionalmente TODOS OS DOGMAS, inclusive a autoridade e a infalibilidade do Papa. Assim, ao se revoltar e recusar tanto a decisão da bula In eminenti, quanto a reiteração da incompatibilidade pelo Papa Chico, o católico acrescenta injúria ao insulto, agravando o estado de “pecado grave” incorrido com a pertença à Maçonaria e, consequentemente, precipitando sua alma no quinto dos infernos.

Ora, um católico que não se preocupa com a salvação da alma é o quê? E se ele não aceita a autoridade do Papa que é o Grão Mestre da Igreja, ele aceitará a autoridade da Maçonaria, ou também interpretará suas obrigações enquanto maçom com a mesma relatividade que interpreta suas obrigações enquanto católico?

E como um mau católico poderá ser um bom maçom?

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CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ – MAÇONARIA É INCOMPATÍVEL COM A IGREJA