Por Joaquim Grave dos Santos

A simbologia da purificação pelos quatro elementos encontra-se presente na maior parte dos rituais de iniciação, dos ritos maçónicos continentais, e ausente na globalidade dos ritos de origem anglo-saxônica. Este procedimento litúrgico, que integra as provas sucessivas da terra, água, ar, e fogo, baseia-se numa concepção simbólica da constituição da matéria, profundamente enraizada na cultura clássica ocidental.

O estudo do Cosmos foi um dos temas recorrentes entre os filósofos gregos pré-socráticos. Segundo Actius “Foi Pitágoras o primeiro que deu o nome de Cosmos à envolvente do universo, em razão da organização que aí se vê”.

O mesmo filósofo refere, ainda, que “Thales, Pitágoras e os da sua escola tinham dividido a totalidade da esfera celeste em cinco círculos, que eles chamavam zonas”. Estes consistiam no equador, nos trópicos, no círculo ártico, e no círculo antártico.

Tião de Esmirna dá-nos conta dos ensinamentos de Filolaos, que estabelece uma correspondência simbólica entre as cinco zonas da esfera celeste e cinco elementos: “Os corpos da esfera são cinco: o fogo, a água, a terra e o ar, que se encontram contidos na esfera, aos quais se acrescenta um quinto, a casca da esfera”.

A Simbologia da Purificação pelos Elementos e as Origens da sua Introdução nos Rituais Maçónicos