Bibliotecário

José Bonifácio de Andrada e Silva

Em que pese o aspecto ufanista de um santista louvando sua cidade natal, o texto do Ir. Tito Livio vale mil palavras somente por seu primeiro parágrafo.

Embora não concordemos com a data 1688 (data da Revolução Gloriosa que derrubou James II e provocou seu exílio na França) e com a criação de uma sociedade secreta, pois o que aconteceu foi um golpe de estado puro e simples, o autor coloca o surgimento da Maçonaria como a conhecemos hoje no seu devido lugar, desmentindo a versão “chapa branca” da GLUI que inventou toda uma estorinha para esconder a natureza política e golpista da Grande Loja de 1717.

Discordo do Ir. Tito Lívio quanto à data, porque o movimento que derrubou James II e colocou sua filha Maria em seu lugar não era a maçonaria. Ainda. Ela surgirá organizada a partir de 1714 (totalmente diferente de sua versão original) quando os Jacobitas (como eram chamados os partidários do rei deposto, James II) tentaram depor o monarca Hanoveriano, George I, com o apoio da maçonaria jacobita da Suécia. A coroa imediatamente baixou o Secret Societies Act em 1715, proibindo a maçonaria, que até então era uma organização eminentemente jacobita escocesa, que fora fundada no final do século XVI como linha de suporte ao rei James VI da Escócia e James I da Inglaterra, que assumira o trono dos três reinos, Inglaterra, Escócia e Irlanda.

Com o objetivo de reprimir e disciplinar a atividade maçônica na Inglaterra, depois daquela tentativa de depor o rei, fundaram a Grande Loja de Londres em 1717, que entrou em funcionamento somente em 1723, e que fechou as lojas jacobitas, impôs suas regras à formação de novas lojas, inclusive com a alienação de católicos, através da adoção da religião natural nas novas lojas fundadas sob a sua égide.

Leiam o texto do Ir. Tito Lívio, clicando em
JOSÉ BONIFÁCIO E A MAÇONARIA


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