Por Robert Cooper
Traduzido por Rodrigo Menezes
Elias Ashmole (1617-1692) não foi o primeiro Maçom Especulativo. Nem o segundo, terceiro ou décimo! Os primeiros Maçons Especulativos foram William, Lorde Alexander, e seu irmão Anthony Alexander (o Mestre dos Trabalhos do Rei) e o Senhor Alexandre Strachan de Thornton. Eles foram iniciados no terceiro dia de julho de 1634, na Loja de Edimburgo, isso é mais de 12 anos antes de Elias Ashmole [1]. Para entender a importância disso e marcar a iniciação de Ashmole no contexto, vamos fornecer algumas informações fundamentais.
Leia mais em O PRIMEIRO MAÇOM ESPECULATIVO
Ir.’. RMenezes antes de mais nada cumpre-me registrar que não cabe a você lembrar-me que o texto sobre O Primeirod Maçom Especulativo.
Recomendo ao Irmão não se ater a tantas referências bibliográficas, mas sim elaborar seus conceitos e formulações de idéias e reflexões sobre considerações históricas a partir de seus próprios pensamentos.
As conjecturações dos fatos e acontecimentos passam necessáriamente por um ambiente histórico e são descritos de acordo com sua contemporaneidade.
Minhas considerações a respeito do tema deram conta sobre a questão sobre uma suposta indicação de um Primeiro Maçom Especulativo, posto que tal asserção parece um tanto vaga e improcedente, tendo em vista que a mudança de uma perspectiva filosófica inegavelmente decorre de uma corrente filosófica que se instaura e ganha corpo a partir de manifestações e atitudes relativamente concomitantes na equidade do tempo.
O processo que ensejou o caráter “especulativo” na Maçonaria encontrou eco, apoio e desencadeamento a partir da Era das Luzes – momento esse em que literatas, filósofos, músicos, artista e intelectuais nos mais variados segmentos da sociedade começaram a ser “aceitos” em Lojas e o que acabou gradativamente um aspecto mais Antropocêntrico e Hominal à Sublime Ordem.
Os Maçons Especulativos trazem consigo a missão de se desenvolverem como Livres Pensadores.
E o Livre Pensador, pensa por sí próprio. Não se apoia e nem se debruça sobre idéias pré-concebidas.
Não se está aqui negando o valor da história e de Antigos Pensadores.
O que se faz é apenas e tão somente conjecturar sobre todas as possibilidades que os ambientes históricos projetam.
Saiba que ninguém é dono da Verdade e que a discussão sensata e civilizada enseja uma visão de mundo cada vez mais ampla.
Fraternalmente
Newton Agrella – M.’.I.’. – Gr.33
Membro da ARLS ESTRELA DO BRASIL Nr.3214 – GOSP/GOB
R.’.E.’.A.’.A.’.
Guarde a espada meu irmão, estamos entre amigos aqui.
Em relação a referências bibliográficas, quero ressaltar novamente que o texto que o irmão debate tanto NÃO É MEU. O que foi publicado é apenas uma tradução.
Agora, não se ater a fatos históricos de um período de 400 anos atrás é fazer elucidações sem suporte, é ilações, como tantos autores nacionais fizeram a estragaram gerações de Maçons que não conhecem sua história.
Não se sinta melindrado prezado Ir.’.
Apenas a título de esclarecimento deixo claro que não empunho empadas contra ninguém.
Especialmente contra quem eu não conheço
Reitero que a nossa capacidade intelectual não deve se prender a tantas citações ou referências bibliogŕaficas.
O nosso poder de raciocínio e análise devem ser fruto de nossas investigações e capacidade de ancorar e associar fatos em função do desencadeamento da História.
Caro Ir.’.Zehfilardo
Quero agradece-li pela sua amabilidade e atenção.
Coloco-me em Pé e à Ordem para o que o Ir.’. necessitar em relação a contribuição para a nossa evolução e troca de experiências.
Fraternalmente
Newton Agrella
Com todo o respeito e consideração que o Ir.´. merece, porém entendo que estabelecer com pontualidade quem foi “o primeiro maçom especulativo” parece-me um tanto arriscado, para não dizer ousado. Digo isso em função de que o Caráter Especulativo da Maçonaria começou a ganhar corpo e natureza a partir de um conjunto de circunstâncias e fatores que deram à Sublime Ordem essa característica mais intelectual em que a doutrina maçônica foi gradativamente perdendo aquele sentido Teocentrista e ganhando uma natureza Antropocêntrica que é o que a tipifica contempoaneamente.
Parto de um pressuposto que um Processo de Mudança dessa natureza requer uma compleição de idéias e de conceitos convergentes e que atendam a um entendimento relativamente comum para uma instituição de caráter evolucionista como a Maçonaria.
Além disso os movimentos que conspiraram a favor dessa nova visão dialética maçônica partiu de diferentes locais da Europa, especialmente durante o Iluminismo quando inúmeros, pensadores, intelectuais, artistas da França, Inglaterra, Itália, Holanda e outros países foram iniciados na Arte Real e puderam em tempos relativamente concomitantes dar suas contribuições para que a Maçonaria angariasse um aspecto mais investigativo, analítico e profundo sobre a Evolução do Homem e a busca permanente da Verdade através do desbastamento simbólico de seu Templo Interior.
De qualquer modo, quero parabenizá-lo pelo seu trabalho de pesquisa, baseado em registros históricos que fundamentam suas convicções.
T.´. F.´. A.´.
Newton Agrella – M.´. I.´. Gr.´. 33
R.´. E.´. A.´. A.´.
GOSP / GOB
Membro da ARLS ESTRELA DO BRASIL – Or.´.de São Paulo SP
Brother Newton,
Muito pertinente o seu ponto de vista e realmente importante no estudo da história da Ordem.
Mas, penso que o autor do post coloca aqueles irmãos como especulativos, somente no sentido de que não eram operativos.
Sua excelente análise aborda outro aspecto.
TAF
Primeiro quero lembrar ao irmão que o texto é do Robert Cooper, curador da Grande Loja da Escócia. Um segundo ponto é que fica visível a “guerrinha” os países da Ilha travam em todos os seus textos. A ideia de mostrar que o pai é melhor que o seu é alarmante. E por último, veja que a Teoria da Transição já caiu por terra a muito tempo entre historiadores.
Quando ao desenvolvimento da Ordem, seria interessante estudar os livros que o autor lista no final de seu artigo, o David Stevenson defende que a Maçonaria nasceu pela procura dos Cavalheiros (senhores de posse) em encontra os Mestres RosaCruzes, movimento a partir do início do século XVII. Albert Pike defende a mesma tese em seu Esotérika, 100 anos antes.
Imaginar que um pedreiro começou a largar as ferramentas pra só se dedicar a um trabalho interior não condiz com o fator financeiro, temos que lembrar que era seu ganha pão, e que algumas Ordens operativas ainda continuam em atividade, tem uma publicação aqui no site mesmo sobre uma delas (a mais importante delas).
Agora, Iluminismo é só no final do século, o trabalho Hermético e a influência RosaCruz (teísta) já estavam trabalhando na criação de uma nova Ordem dentro da Ordem.
Obrigado por sua contribuição Brother Menezes.
Por que você não amplia suas ideias em um artigo e nos manda para publicação? Acho que seria uma excelente contribuição para o debate.
TFA3raço
Além disso, o movimento que influenciou diretamente o trabalho hermético, assim como o interesse pelos antigos mistérios, foi a Renascença, que é esquecida por muitos que creditam apenas ao Iluminismo o desenvolvimento de uma “maçonaria especulativa”.
Republicou isso em LIBR3RIA.