Tradução J. Filardo

Por Peter J. Forshaw

A Kabbalah tem suas origens na Idade Média, pois é na França do século XII que encontramos os primeiros estágios históricos dessa forma de misticismo judaico descrito como ‘Cabala’ e praticantes que se autodenominam ‘Cabalistas’ (Scholem 1978, p. . 42ff). O termo hebraico Cabala é geralmente traduzido como ‘recepção’, ‘conhecimento recebido’ ou ‘doutrina recebida pela tradição oral’, referindo-se a uma série de revelações que remontam a Moisés, Abraão e, para alguns, até mesmo Adão, que haviam sido preservadas na forma de uma tradição oral secreta, passada de geração em geração de mestre a discípulo. Na Cabala Cristã, a tradição mais comumente relatada descrevia uma revelação gêmea no Monte Sinai, quando Moisés, recebendo tanto a Lei quanto o conhecimento de coisas maravilhosas, foi-lhe dito: ‘Estas palavras tu declararás, e estas tu esconderás’ (2 Esdras 14: 6 ) Consequentemente, enquanto os Dez Mandamentos foram revelados a todos, um ensino secreto foi transmitido apenas a poucos eleitos.

Existem, é claro, práticas e textos judaicos que servem como precursores da Cabala, por exemplo, a literatura Hekhalot ou Salões Celestiais, que remonta à antiguidade tardia, e a literatura influente Sefer Yetzirah ou Livro de Formação, com datas variadas do segundo ao quarto século d.C., que embora classificado como proto-Cabala é inegavelmente uma das fontes mais importantes de inspiração para comentários Cabalísticos.

Continuar a leitura em KABBALAH