Tradução de António Jorge, M∴ M∴

O recém-instalado Grão-Mestre da Grande Loja do Estado de Israel, Irmão Ilan Segev foi citado no jornal mais lido daquele país dizendo que acredita que é hora da Fraternidade em Israel começar a admitir mulheres.
O MRI Ilan Segev assumiu funções em 12 de julho de 2022. Num artigo cobrindo o seu discurso aos Irmãos publicado no Israel Hayom (Israel Today) em 28 de julho, ele é citado partilhando as suas opiniões sobre a modernização da Ordem.
“O mundo mudou desde que a Grande Loja da Inglaterra foi fundada em 1717. Em 2022, não podemos ignorar que as mulheres representam metade da população, e há uma necessidade real de examinar a possibilidade de fazer uma mudança. Não há dúvida de que os princípios da Maçonaria falam a todas as pessoas, independentemente de religião, raça ou género. Tenho uma série de ideias que apresentarei ao grande comité da Grande Loja, e então abri-las-emos para discussão na Ordem”.
Uma tradução em inglês do artigo foi postada na página na Internet do jornal em 4 de agosto. O repórter, Eyal Levi, continuou com uma entrevista e escreveu sobre muito mais do que a conversa atraente sobre a transformação dos membros. Clique AQUI para a ler na íntegra.
“As mulheres não são aceites actualmente”, continua o artigo, mas Segev referiu que “isto pode mudar. Estou a trabalhar nisso. Existem lojas em França que já foram abertas para mulheres. Estou a pensar num determinado modelo, sobre o qual não entrarei em detalhes agora, mas quero que as mulheres desempenhem um papel importante na sociedade. Quando a Maçonaria foi estabelecida, as mulheres não trabalhavam, elas ficavam em casa. Em 2022, o mundo está diferente e devemos progredir”.
“O que vai acontecer com certeza eu não sei, mas através de um processo, acredito que em breve as mulheres também poderão ser Maçons. Eu disse durante a cerimónia: ‘Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Amor, Ajuda e Verdade ‘. Qualquer pessoa experiente pode entender estes valores. É por isto que teremos que mudar o sistema e ajustar a Constituição”.
A actual Grande Loja de Israel completará o seu septuagésimo aniversário no próximo ano. Clique AQUI para ler a breve história da Maçonaria em Israel, escrita por Leon Zeldin.
Sou defensor da Maçonaria Feminina, devidamente regular e reconhecida pela GLUI.
A ideia de lojas mistas, entretanto, ainda me preocupa um pouco, pois creio que ainda não estamos prontos para isso. Nem nós, nem elas.
Um período de acomodação e de divisão de espaços em algumas sessões magnas, por exemplo, seria recomendável e interessante.
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Brother Octaviano,
Concordo em relação às lojas mistas. Acredito que as potências devem separar em dois universos as lojas masculinas e as lojas femininas. E a razão disso está relacionada com o que entendo ser o método maçônico de desenvolvimento pessoal do maçom ou da maçona.
As lojas são “sociedades de iguais” onde o que se busca é uma pedagogia de exemplo ou transmissão de conceitos que deve ser sempre consistente.
Já está cientificamente provado que o bicho homem é diferente do bicho mulher. Os cérebros funcionam de forma diferente. Por isso, será muito confuso mesclar experiências diferentes dentro de um mesmo grupo que já é marcado pelo preconceito contra as mulheres.
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De modo geral, concordamos. Entretanto, creio que com o tempo (uma geração, por exemplo), se forem abertos espaços de convivência pontual, pelomenos na Maçonaria possamos ter experimentar uma convivência de “iguais” de muito bom proveito para nós e para a sociedade em geral.
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Nada contra, mas criem uma coisa nova mista ou feminina; respeitem os Landmarks.
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Exato Brother Thiago
O ideal é a Grande Loja de Israel incentivar e dar suporte (emprestar templos, por exemplo), a criação da Grande Loja Feminina de Israel, com brevet de outra grande loja feminina – França, por exemplo. Em seguida adotar a atitude a GLUI em relação à Maçonaria Feminina Inglesa.
E digo isso, não porque loja mista seja um desrespeito a algum Landmark, porque nas minhas pesquisas eu me convenci de que a grande parte é invenção autoritária.
A verdadeira Maçonaria, inventada na Escócia no século XVI nada teve a ver com landmarks ou coisa do gênero. Quem introduziu isso foram os ingleses em 1717 quando inventaram a figura da Grande Loja (que também não existe na maçonaria original), com vistas a reprimir os maçons escoceses jacobitas, impor às novas lojas um formato protestante e apoiador da monarquia inglesa.
Pela sua natureza ou, melhor dizendo, pela natureza da prática maçônica, ela pode ser adotada tanto por homens quanto por mulheres ─ em congregações diferentes ─ ou seja, em lojas masculinas ou lojas femininas, nunca mistas.
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Obrigado pelo comentário, brother Zeh.
Sendo um jovem buscador, estou plenamente convencido de que ainda pouco sei, e que estupidez seria me revestir de empáfia.
Este blog é muito rico.
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Além de atender este grupo, dará mais fôlego e nova energia à Maçonaria.
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