Um irmão que se apresenta sob o pseudônimo de Hermes Trimegistus nos coloca, um pouco jocosamente, a seguinte dúvida:
Quem reconheceu a primeira Grande Loja como “Regular”? Foi o G.’.A.’.D.’.U.’.?
Nessa dúvida estão envolvidos dois conceitos diferentes: Regularidade e reconhecimento.
Mas, há que se considerar que ambos os conceitos surgiram somente depois da invenção da Grande Loja de Londres em 1717. De fato, ela exercitou o chamado Poder Constituinte, com base em quatro lojas que lhe conferiram a chamada “regularidade”.
Mas, tendo inventado a franquia, a GL de Londres não tinha que se preocupar com essa questão, já que os privilégios de inventor lhe davam a primazia. A “regularidade” era essencial para a preservação da franquia. Como em um contrato moderno, o franqueado é obrigado a pagar taxas e observar uma série de requisitos destinados a manter a marca.
Posteriormente, esta regularidade foi contestada pelas Lojas escocesas e irlandesas que se denominavam Antigos e que pejorativamente atribuíram o nome de Modernos à novel Grande Loja de Londres. E os Antigos não “reconheciam” o Modernos.
Mano,
O impressionante é que essa questão de regularidade e reconhecimento, passados quase 300 anos de criação da GL de Londres, é tão mal compreendida em seio tupiniquim que geram horas e mais horas de discussões que levam somente a cismas e desavenças.
Não que tais assuntos não devam ser discutidos, mas será que devemos ficar gastado tantas horas atribuindo regularidade a X ou Y, em detrimento de discutirmos assuntos que sejam de maior relevância para a sociedade em que estamos inseridos?