Tradução J. Filardo

por Jean-Moïse Braitberg

A maçonaria nunca foi proibida pela ditadura comunista cubana.  Sua rica e longa história, ligada pelo poder à luta emancipadora da ilha, é mais complexa do que parece. E a tolerância que o regime mostra em relação a ela é mais uma tática política do que uma convergência real de ideais.

“Em 2006, enquanto morava no Equador, irmãos de uma das principais lojas de Quito me propuseram acompanhá-los em uma delegação a Cuba, dizendo: “Venha conosco, nós te apresentaremos ao irmão Fidel”. Eu nunca tinha ouvido falar que Castro era maçom e quando pedi esclarecimento me responderam muito seguros de si mesmos: “Ele foi iniciado com Che Guevara quando eles estavam no México antes da Revolução” sem me contar mais.  Eu não tinha motivos para colocar em dúvida as palavras desses irmãos e já me imaginei, posando de avental ao lado do “Líder Máximo”.  Infelizmente, quando chegamos a Havana, soubemos que Fidel adoecera seriamente e não o encontramos.”  
Esta anedota, relatada por Jacques Lafouge, que foi Grão-Mestre do Grande Oriente da França em 1996-1997, confirma uma lenda tenaz que continuam a vender os irmãos que, na América Latina, veem na Maçonaria a mãe de todo o progressismo, inclusive entendido em sua suposta conivência com o marxismo autoritário da versão cubana.
Isso ocorre porque Fidel era maçom, eles tentam explicar, que Cuba seja o único país comunista que não apenas tolerou a Maçonaria, mas também a protegeu e até mesmo exaltou. 

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