J.Filardo M.’. I.’.

Rios de tinta já correram sobre a discussão das origens da Maçonaria e, em resumo, existem dois campos mais importantes: o primeiro defende que a Maçonaria como a conhecemos teve sua origem como uma invenção inédita em 1717 pela Grande Loja de Londres.  Outro grupo defende uma evolução gradual da maçonaria operativa até a maçonaria especulativa que teria acontecido na Escócia e na Irlanda e daí transplantada para a Inglaterra. Isso não significa que um grupo está certo e o outro errado. A Maçonaria Especulativa substituiu a maçonaria operativa quando esta desapareceu, e sua origem realmente foi a Escócia. O que aconteceu em 1717 foi a criação da noção de Grande Loja, ou seja, uma organização centralizada que governaria um conjunto de lojas.

E, para ambos os campos, a Maçonaria Operativa não existe mais.  Extinguiu-se com as mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e culturais da  Idade Média e perdeu o monopólio das técnicas construtivas com a abertura das sociedades à educação.  É preciso lembrar que as construções atribuídas aos maçons operativos ─ as catedrais ─ por exemplo, empregavam não só os pedreiros, mas também ferreiros, carpinteiros, vidraceiros e outras especialidades. Com a popularização das profissões, a exclusividade dos profissionais das guildas deixou de existir e, consequentemente, as guildas ou corporações não tinham mais razão de ser, de maneira geral na Europa e no que nos interessa, na Inglaterra.  Algumas poucas lojas operativas resistiram até o Século XVII, ajudaram na reconstrução de Londres e depois entraram em decadência até que foram de certa forma resgatadas, já transformadas em semi-especulativas pela Grande Loja de Londres no início do Século XVIII.

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