J. Vredeman de Vries, Perspective.
La Haya y Leiden, 1604-5
JOSCELYN GODWIN
Tradução: S.K.Jerez
As Artes da Imaginação
Como você faria para construir uma catedral em uma sociedade sem papel e amplamente ignorante? Os arquitetos modernos, certamente, desenhariam diagramas em escala e trabalhariam cada detalhe no papel para transmitir suas intenções ao construtor. Mas, em tempos antigos, todo o planejamento, desde a engenharia básica até os motivos decorativos, tinha que ser feito internamente, na mente do arquiteto. O “segredo maçônico” do arquiteto da antiguidade era que estava treinado para construir um edifício inteiro em sua imaginação, para que, uma vez começado o trabalho no local, pudesse dar instruções a cada ponto. Ao referir-se ao patrono guardado em sua memória, o arquiteto podia dizer-lhe a seus obreiros como devia ser cortada e colocada cada pedra.
Uma investigação inédita da Dra. Marsha Keith Schuchard, revelou as assombrosas conexões dos arquitetos da antiguidade com dois sistemas de trabalho mental, a meditação Cabalística e a Arte da Memória. Numa análise retrospectiva, faz todo sentido que os arquitetos da antiguidade tivessem desenvolvido a técnica da imaginação ativa muito mais do que somos capazes hoje. Também, dado que os antigos arquitetos, desde Stonehenge até Chartres, se ocupavam primordialmente de construções sagradas, é certo que suas imaginações estavam cheias de mitos e símbolos religiosos. A construção mental de templos e igrejas era inseparável da meditação no significado desses mitos, enquanto que o esforço intenso da imaginação podia facilmente passar a ser uma experiência visionária.
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