Tradução J. Filardo
por Victor Guerra

Há um texto em La Tulip, [1] que parcialmente atinge o alvo quando diz que “a distinção entre operativos e especulativos nunca poderá ser absoluta por dois fatores: o primeiro, que as Antigas Obrigações contêm parte de natureza especulativa na forma de uma espécie de lenda alegórica do Ofício; o outro fator exposto é que as primeiras lojas da Grande Loja de Londres eram nessa época operativas, apesar da aceitação de numerosos cavalheiros, ou seja, aqueles que sabem como desempenhar bem o seu ofício, que estão em posição de ocupar um cargo de responsabilidade social; que têm um senso de honra, pelo qual é respeitado pelos demais. Aprendeu mais com as viagens que faz e com a experiência direta com as coisas do que com os livros. Que foi formado com um critério pessoal, com o qual é capaz de julgar as coisas. E quem tem conhecimento sólido e útil para a vida. Além da virtude de saber como dominar seus sentimentos e subordiná-los à razão, antes de agir de acordo com eles.
Mas em 1723 elas não eram numerosas o suficiente, a tal ponto que várias prescrições foram consagradas no mesmo ano, como o parágrafo V das Antigas Obrigações”. [2]
Nessas questões se misturam, por um lado, a petição de Payne como Grão-mestre para recolher todos os manuscritos sobre Maçons e a Maçonaria, a fim de conhecer em primeira mão os usos antigos, que certamente já deviam ser conhecidos se atentarmos para o pastor James Anderson, que afirma que em 1716 havia seis lojas, e em 1718 já havia meia centena, o que resulta em que deve haver um grande número de maçons entre todos esses membros, o que indica, por sua vez, que a referida herança não era fácil de dissolver, pois era muito evidente e ativa entre as lojas fundadoras da Grande Loja em 1717, fossem elas operacionais ou quase especulativas.
Exceto que a estratégia de que falam Roger Dachez e Alain Bauer era justamente a de conseguir todas as cópias possíveis e depois livrar-se delas, [este é um argumento desenvolvido por um bom amigo Anselmo Vega em seu romance El Muro de Piedra,[3] cuja tese se conecta muito bem a toda essa estratégia] porque mais tarde, na época do Grão Mestrado do duque de Montagu, ele declara “que havia encontrado todas as cópias [aquelas cópias das Antigas Obrigações que foram submetidas pelos membros da Grande Loja] para que fossem reformuladas em um método novo e melhor.”[4]
Nesse contexto, em que se indica ter uma série de lojas promovido a redação das Constituições de 1723, denominadas de Anderson, cujo texto não só não é assinado, mas só tem uma dedicatória ao Grão-Mestre, o duque de Montagu., escrito e assinado por Theophilus Desaguliers, Grão-Mestre Adjunto em exercício, terminando com a aprovação da obra pelo duque de Warthon, mas uma vez terminado o mandato de Montagu.
O fato de que as Constituições não tiveram o nihil obstat da Grande Loja, supunha-se que era devido a que estas eram entendidas como um trabalho coletivo e, apesar da supervisão de quatorze membros da Grande Loja, a situação de aprovação não fica clara. que segundo Anderson foi aprovado com algumas emendas, mas pode-se duvidar sobre algumas dessas questões,[5] dado que a Grande Loja teve dificuldade em aprovar o trabalho de Anderson, um fato que Anderson estava interessado em esconder.
Continuar a Leitura As Constituições de Anderson de 1723 e de 1738
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