J. Filardo
Serão necessários muitos esforços para entender o que aconteceu ao Homem Cordial do Sergio Buarque de Holanda nos últimos seis ou sete anos da história do Brasil.
Vamos ver o que a Wikipedia diz em O HOMEM CORDIAL:
“Homem cordial é um conceito desenvolvido pelo historiador e sociólogo brasileiro Sérgio Buarque de Holanda em seu livro Raízes do Brasil, cuja primeira edição foi publicada no ano de 1936. A cordialidade descrita por Holanda faz com que o brasileiro sinta, ao mesmo tempo, o desejo de estabelecer intimidade e o horror a qualquer convencionalismo ou formalismo social. Na prática, isto faz com que as relações familiares continuem a ser o modelo obrigatório de qualquer composição social entre nós. Por isso, em geral, os indivíduos não conseguem compreender a distinção fundamental entre as instâncias públicas e privadas, principalmente entre o Estado e a família”
Pois é, o Sergio Buarque de Holanda que me perdoe, mas ele não podia estar mais enganado na vida. Na minha opinião, ele está passando pano para os exploradores do povo que se valem da baixa escolaridade do povo para manobrá-lo em proveito próprio e tenta convencer esse mesmo povo de que eles são “bonzinhos” e “tolerantes”.
A gente até consegue entender o ponto de vista da classe média que morre de medo de ficar pobre, que vive de rendas ou de pequena atividade empresarial e, portanto, não se considera um “trabalhador” no sentido de proletário, empregado. É muito fácil entender o ponto de vista dos empresarios, do agro, do rentista financeiro.
Mas como explicar trabalhadores proletários agindo como agiram? Como explicar pobre de direita? Preto racista? homossexual bolsonarista?
Hoje eu li o artigo do Prof. Fernando Costa que me parece muito pertinente e coloca o dedo na ferida com competência.
Como primeiro passo, precisamos entender o que houve, depois temos que procurar uma maneira de devolver a sanidade ao povo.
Quem tiver interesse em ler um texto inteligente, pode clicar em Psicologia de Massas da Classe Média Baixa Fascista
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Caro Fillardo,
Como você pode ver, pregamos num deserto de tradicionalismo idiota e anacrônico, que produz o retardamento do progresso, em meio a gente que, em meados do só século 19, início do 20, até fazia sentido. Infelizmente.
Vamos morrer dando murros em ponta de facas.
Mas, é o que temos para hoje. Fazer o quê?
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Dureza, mas lendo sobre a ascensão do nazismo na Alemanha a gente entende o que aconteceu com o povo brasileiro. E essa semana você deve ter visto também o Jessé de Souza no Roda Viva explicando o caso brasileiro. Arrepiante. Didático. Cirúrgico.
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Se não viu, dê uma olhada em https://youtu.be/z8iHn1eVMlA
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Olá Fillardo,
Muito embora eu tenha plena noção da tese, não havia visto, não.
Muito grato pela dica.
Por fim, cada dia mais me pergunto: o que eu estou fazendo aqui na Ordem?
Por que persisto? Masoquismo?
As resposta são muitas, na verdade. Mas permanece a dúvida, pois sei que sou e sempre serei alguém “de fora”, que nunca se adaptará inteiramente.
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O texto inteligente é o que serve aos seus propósitos. Daí você rotula de fascista quem defende valores que contrários ao seu. Muito interessante. Inteligente mesmo é quem abomina valores tradicionais como a família, defende o sexo precoce e a pedofilia, ataca instituições religiosas e desrespeita a propriedade e os meios de produção, como se oito bilhões de pessoas se alimentassem de vento. E os fascistas são os outros. É sempre assim que funciona.
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Meu caro (Ir.´.?)
Prefiro sempre conversar com pessoas inteligentes, sejam elas de qualquer lugar no espectro político. E você parece ser inteligente acima da média, provavelmente muito mais inteligente que eu, embora ainda demonstre ser influenciado e repita bordões propagados desde a década de 20 pela mídia.
Para sua informação, o discurso “abomina valores tradicionais como a família, defende o sexo precoce e a pedofilia, ataca instituições religiosas e desrespeita a propriedade e os meios de produção…” está fora de moda. Seria preferível discutir em um nível um pouquinho mais elevado.
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O homem cordial certamente vota na esquerda, apoia ditaduras latino-americanas e grupos extremistas do oriente médio. Defende o aborto como questão de saúde pública, apoia a sexualização precoce das crianças e a pedofilia. O homem cordial ataca todo sistema de crenças e valores familiares garantidos pela constituição. O homem cordial desrespeita a propriedade privada e acha que oito bilhões de pessoas vão se alimentar de vento. Enfim, tem mais cordialidades.
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Meu caro,
O homem cordial brasileiro é uma ficção. A sociedade brasileira não é exceção dentro do mundo capitalista, e os brasileiros, como os alemães na década de 1920-30 foram vítimas dos mesmos mecanismos sociais de formação política explicados em detalhes nas obras de importantes filósofos e sociólogos (Olavo de Carvalho não é um deles).
Só não tínhamos consciência disso e continuávamos acreditando na lenda do homem cordial.
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Perfeita reflexão! É muito difícl aceitar o que se chama de “pobre de direita”, fruto de anos de anos de “ensinamento” (para não usar outro termo…) nas escolas, meios de comunicação, etc. A referência ao prof. Fernando, que acompanho há anos, não poderia ser melhor, parabéns!
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