Dedicado àqueles brasileiros que têm complexo de vira lata…
Por Rémi Babinet – DIRETOR DE CRIAÇÃO DA BETC
Tradução: José Filardo
O primeiro choque, em São Paulo, é o tamanho. Quase 20 milhões de habitantes, uma das maiores e mais estranhas cidades do mundo. Engolida pela janela do táxi, inúmeros edifícios te afogam em inúmeros tons de cinza quente: percorre-se em cada rua, do preto ao branco ou do branco ao preto, a extensão da gama de miscigenação no Brasil. O motorista me disse que existem dezenas de adjetivos para descrever as diferentes cores desta mestiçagem. O segundo choque, especialmente para um publicitário é a ausência de publicidade. O tráfego comeu as calçadas e encheu as ruas sem pedestres ou cartazes. Será este o mundo de antes? O mundo de antes das megacidades sobrecarregadas de informações e publicidade. Ou o mundo a partir de agora?
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Muito bom! A megalópole São Paulo, coadjuvou durante quase 300 anos na história do Brasil. Vindo a se desenvolver a partir da construção das estradas de ferro, a exemplo da Sorocabana. Com a finalidade do escoamento do algodão e café. A partir da década de 1920 é que, efetivamente, o progresso começa a chegar com o processo de desenvolvimento industrial e da formação tecnicista da escola de ferroviários. Com o advento da indústria há uma acentuação do processo migratório que contribuiu para essa maravilhosa miscigenação. Gilberto Freire já citava a importância desse inevitável acontecimento.
Hoje temos uma Megalópole que cresce (ou incha- para os pessimistas), porém, com todas as evidencias boas e ruins, peculiar a qualquer grande cidade no mundo. O Tráfego vem sufocando, bem como a tecnologia mal utilizada também, com o distanciamento cada vez maior do quente contacto entre as pessoas. Acredito que esse é o Mundo daqui pra frente, acertando e reacertando essa partitura do processo civilizatório.
Abraço Fraterno!
Acompanho as suas matérias há um bom tempo e sempre são fantásticas.
Nazareno Nogueira de Souza