Tradução José Filardo

por Ronan Loaëc


Os quatro elementos, fogo, ar, terra e água na ordem em que os nomeou Aristóteles partindo do mais sutil remontam à Grécia antiga: Empédocles os havia postulado como componentes básicos de todos os corpos cujas características dependiam da respectiva mistura de seus componentes. Aristóteles acrescentou a eles um quinto, o éter (a “quintessência”), que supostamente banhava o universo como um vapor tão sutil que ele permanece invisível e impalpável, e do qual não nos livramos realmente a não ser no século XX, com a relatividade de Einstein. Os outros quatro “elementos” perderão seu status como componentes básicos na segunda metade do século XVIII, com o trabalho de Lavoisier que conseguiu separar, identificar e pesar os dois principais constituintes do ar, o oxigênio e o nitrogênio ou azoto (assim nomeado a partir do grego porque não permitia a vida).
Com Lavoisier, que mostra, ao mesmo tempo que a combustão é devida ao oxigênio e não um hipotético “flogisto”, a alquimia vai rapidamente perder seu status em benefício da química moderna. Mas não se interrompe tão facilmente um sonho baseado em sentimentos profundamente enterrados no inconsciente, gerados pelas experiências experimentos da criança descobrindo o mundo à sua volta, como tão bem demonstrou Bachelar em seu estudo dos elementos … (1)

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