Tradução S.K.JEREZ   

Por Philippe Langlet                                                              

Na prática ritual maçônica, embora gostemos de tratar de simbolismo ou esoterismo[1], a essência das artes liberais é uma questão central ainda muito subestimada.

A importância da questão só se revela quando a situamos sob uma perspectiva realmente iniciática, e é isso que se pretende discutir nas linhas seguintes. Nem todos os Ritos enfatizam da mesma maneira a importância dessas augustas artes. O Rito Francês nem faz alusão a elas. No entanto, as primeiras palavras do texto que lhe deu origem[2], La Maçonnerie examinée em detail (1730) são: “As artes[3] liberais são o fundamento da organização original da maçonaria e, mais particularmente, a quinta [arte liberal], a geometria[4]. Uma recente Enciclopédia da Franco-Maçonaria[5] não contém nenhuma entrada desta natureza. O grande Dictionnaire Universel de la Franc-Maçonnerie, organizado por Daniel Ligou, também não continha…

No que concerne aos graus simbólicos, o Rito Escocês Antigo e Aceito cita, atualmente, as artes liberais no 2o grau. O Rito Escocês Retificado menciona as “sete ciências ou artes liberais”, mas o faz em instrução do grau de mestre, conectando-as ao número de degraus da “escada em caracol” do Templo e com a idade do mestre. A lista fornecida aqui não corresponde em nada às relações usuais: Poesia, Música, Arte do desenho, Aritmética, Geometria, Astronomia e Arquitetura. Assim, pode parecer peculiar, tendo em conta aquela que é proposta pelo Rito Escocês Antigo e Aceito.

 

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