Atenção! Antes de começar a atirar pedras nesse bibliotecário, percebam que é a FIESP que está dizendo.
O processo acelerado de desindustrialização, a destruição ambiental, a baixa resiliência climática, o aumento da insegurança alimentar e energética e a pouca inserção internacional são alguns dos impactos do chamado “liberalismo radical” no cenário econômico brasileiro mais recente. O aproveitamento de oportunidades de crescimento e uma retomada econômica sustentável demandam o debate sobre aspectos do liberalismo radical que, segundo representantes da indústria, têm levado também a governos autoritários e populistas.
Essas e outras ideias foram debatidas ontem em evento on-line de lançamento do Núcleo de Economia Política pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para o economista André Lara Rezende, o liberalismo radical ou “ultraliberalismo” causou uma “enorme frustração” no Brasil e em grande parte do mundo ocidental em relação à promoção do bem-estar, na solução de questões ambientais e no combate a pobreza.
Ele define o ultraliberalismo como a ideia de que as forças dos interesses econômicos pecuniários e privados, desimpedidos de constrangimentos do Estado, são condição suficiente para o progresso. Rezende considera essa visão exagerada, por entender que “instâncias defensoras do interesse público” são necessárias. “A realidade clama por uma alternativa a essa camisa de força”, disse.
“O Brasil é um caso extremo em que o liberalismo radical gera profundos impactos”, diz Rogério Studart, pesquisador do Cebri. Ele destaca a “destruição ambiental absolutamente caótica e perigosa” e o não investimento em resiliência climática. Ele lembra que, apesar do pequeno crescimento recente, o investimento ainda é baixo e inadequado para repor o estoque de infraestrutura no Brasil e a tendência não é das melhores nos próximos anos.
Há mais de 100 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar no país ao mesmo tempo em que há o desmatamento da Amazônia e destruição de outros biomas brasileiros, salienta. Essas questões, diz, afetam a competitividade atual brasileira com implicações de longo prazo para o crescimento, que depende desse capital natural. Além dos resultados do liberalismo radical sobre a economia do país, diz Studart, também preocupa a incapacidade de se pensar em oportunidades e numa recuperação da economia. “O Brasil tem enorme potencial de retomada de crescimento e desenvolvimento com marco de sustentabilidade, mas estamos patinando.”
O liberalismo radical precisa ser discutido no Brasil, em consonância com o que já acontece no mundo, defende Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp. O liberalismo radical, “em esteroides” diz, tanto à esquerda quanto à direita, tem levado à diminuição do liberalismo no mundo. Ele defende o debate de alternativas para “salvar o liberalismo dele próprio”.
“O liberalismo evoluiu, produziu desenvolvimentos espetaculares, mas foi se radicalizando tanto à direta quanto à esquerda”, diz Silva. À direita, com alguns elementos da diminuição do Estado e da inexistência do Estado, indica. À esquerda, compara, com liberalidade absoluta, com conceito de que o indivíduo deve prevalecer às vezes até em relação ao coletivo.
Para Leonardo Burlamaqui, pesquisador do Cebri, a pergunta relevante a se fazer não é se deve ou não haver Estado. “Ele [o Estado] já está lá. Precisamos ver é que tipo de Estado deve existir para que ele seja parte da solução e não do problema.” Ele diz que há uma tendência de que a agenda do Estado aumente diante de questões de interesse público que atravessa setores. “O Estado tem que ser equipado para tratar essas questões.”
“Na verdade estamos vendo surgir como alternativa a esse liberalismo radical governos autocratas, populistas ou formas que não nos interessam. Porque o liberalismo genuíno, original, de fato trouxe grande progresso e avanços civilizatórios enormes que estão sendo perdidos”, diz o presidente da Fiesp.
Prezado Editor…. J Filardo: desculpe a minha ignorância confessa, mas qual a relação ou o que tem a ver esse assunto “neoliberalismo radical” com a Ordem? Por acaso os economistas citados , na constante busca pela verdade e com isso cavando masmorras aos vícios e templos as virtudes, pertencem a O.’.M.’.U.’.? Se , sim? Já previamente encaminho-lhe escusas.
CurtirCurtir
Brother Fakredin,
Se percorrer os títulos no acervo à direita no blogue, verá que este é um canal bastante diversificado.
A explicação é que se trata de um blogue privado, isto é, individual, onde publico tudo o que encontro de interessante em minhas andanças pela Internet, havendo predominância de material maçônico devido à minha condição de maçom, meu interesse pela história em geral e da maçonaria em particular. O blogue não representa nenhuma obediência, nenhuma loja, nenhum rito. É um acervo a serviço de outros maçons também interessados no que acontece no mundo e na maçonaria.
Eu acredito que o maçom não vive em um mundo à parte. Ele tem que estar inserido em seu momento histórico, ele precisa entender as forças que agem sobre a humanidade, tanto as boas quanto as prejudiciais, para não se ver presa de aventureiros que manipulam o povo quase sempre usando conceitos que não respeita.
Fique à vontade para ignorar minhas postagens, caso não se sinta confortável com minha pluralidade ou minha posição política e ideológica.
Um TAF
CurtirCurtir
Para o economista André Lara Rezende, o liberalismo radical ou “ultraliberalismo” causou uma “enorme frustração” no Brasil e em grande parte do mundo ocidental em relação à promoção do bem-estar, na solução de questões ambientais e no combate a pobreza. Ele sendo um economista não sabia disso? O capitalismo sempre foi selvagem, hoje além de selvagem, é cruel, desonesto e uma picaretagem só.
CurtirCurtir