Por Rubi Rodrigues, MM. Gr 33

O que é?

Na Academia Platônica de Brasília, disponibilizamos método racional de saída da caverna de Platão. Exige-se dos alunos determinação para enfrentar o sol da verdade, alma sensível ao Bem, e desejo de realizar as mais elevadas potencialidades do seu ser. Não podendo esse conhecimento ser ensinado, o aprendiz precisará desenvolvê-lo a partir do seu estágio cognitivo, fazendo caminho próprio. Tudo o que precisa para isso está disponível no site.

Boa jornada!

Por onde começar?

O projeto filosófico de Platão levou-o a criar a Academia Platônica de Atenas. Dado que, neste momento, em 2022, pretendemos retomar esse projeto, concluímos que a solução viável continua sendo a mesma: criar uma escola. Daí a criação da Academia Platônica de Brasília. Analisando a obra de Platão, constatamos que o Mito da Caverna, tomado em toda a sua extensão significativa, sintetiza o projeto educativo de Platão. Em consequência, recomendamos a todo visitante que comece assistindo a live que apresenta a versão do mito desenvolvida pela Academia Platônica de Brasília(“), cujo link e objetivos estão indicados a seguir.

O MITO DA CAVERNA – VERSÃO DA ACADEMIA PLATÔNICA DE BRASÍLIA

Estratégias

§  Nível I – apresentar a alegoria da caverna e mostrar por que os homens possuem visão equivocada da realidade;

§  Nível II – evidenciar que existe método racional que permite sair da caverna, mas que se trata de empreendimento pessoal, intransferível;

§  Nível III – mostrar o mundo fora da caverna e compará-lo com o mundo interior à caverna.

Objetivos

§  Nível I – compreender a tese de Platão segundo a qual os homens estão presos em caverna de ilusões, impedidos de ver corretamente a realidade;

§  Nível II – compreender que existe método racional que permite libertar-se e sair da caverna;

§  Nível III – tomar, virtualmente, a decisão pessoal de sair da caverna.

Caso o visitante resolva conhecer melhor a Academia, recomendamos examinar os demais subtítulos do menu SOBRE A ACADEMIA. Ali, os detalhes mais relevantes são apresentados. Uma vez entendidas as condições que emolduram o aprendizado que, presentemente, a Academia pode oferecer, bem como as potencialidades evolutivas que o projeto contempla, o visitante poderá associar-se ao empreendimento e, virtualmente, enfrentar as fases de estudo. Para tanto, deve fazer o seu registro/matrícula. 

Quem Somos?

Somos um grupo de pensadores que, desde 2008, reúne-se, semanalmente, às segundas-feiras, em Brasília, para discutir filosofia. Identificado como grupo das Segundas Filosóficas, acabamos criando, em 2013, site de trabalho, objetivando abrir aos interessados os resultados de nossas pesquisas.

Meu nome é Rubi Rodrigues, tenho 78 anos, sou o mais velho do grupo e autor das concepções básicas em torno das quais o grupo, inicialmente, aglutinou-se. Tudo começou em 1999, quando, depois de 18 anos de pesquisas, publicamos nosso primeiro livro intitulado A razão holística – método para o exercício da razão. Esse trabalho – que capitaliza proposição do pensador brasileiro Luiz Sérgio Coelho de Sampaio (1933-2003), que entendia lógica como lei do pensamento e identificava a existência de cinco lógicas distintas –, apresenta a tese de um logos normativo que, na condição de referencial cognitivo, identifica e formaliza os cinco padrões de pensamento facultados à espécie, possibilitando, assim, o uso metódico da razão.

O resultado notável e imprevisto dessa obra foi um filho, o Jônatas Gustavo de Godoi Rodrigues, graduado em tecnologia de processamento de dados, pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) (1991-1995) e, também, especialista em engenharia de software, pela Universidade Católica de Brasília (UCB) (1996-1998), resolver estudar Filosofia e conquistar o bacharelado pela Universidade de Santa Catarina (Unisul) (2008-2010), tornando-se, a seguir, doutorando em Filosofia pela Universidade Católica de Santa Fé, na Argentina, em 2012.

Um fato específico provocou inflexão nos rumos das Segundas Filosóficas quando Jônatas trouxe a notícia de que a exposição do pensamento de Platão realizada pelo professor Juan Carlos Alby indicava um modo de pensar semelhante àquele patrocinado pelo logos normativo, que ouvíamos nos encontros das Segundas Filosóficas. Jônatas voltou tão entusiasmado com o que ouvira que o grupo resolveu mudar seu foco de teoria do conhecimento e dedicar-se ao estudo da metafísica de Platão.

Descobrimos a Sociedade Brasileira de Platonistas e passamos a acompanhar os encontros nacionais anuais de Filosofia, voltados para estudos clássicos. Na medida em que os estudos da obra de Platão avançavam, fomos percebendo que o logos normativo concedia-nos acesso ao modo platônico de pensar, e, nos aspectos em que a Academia formal encontrava dificuldades de entendimento, gerando dúvidas e as mais diversas interpretações, o referencial do logos normativo revelava-nos um pensamento límpido, sistemático e sem contradições.

Quando o grupo conseguiu completar a migração da perspectiva metodológica e idealista inicial para a perspectiva metafísica adotada por Platão, publicamos, em 2016, um segundo livro intitulado Teoria dos Princípios… de Platão?, em que, na primeira parte, descrevemos a nossa interpretação da teoria dos princípios de que Platão se valeu na construção de sua obra, mas que, por razões que não cabe discutir aqui, deixou de registrar formalmente em seus diálogos. Na segunda parte, apresentamos as interpretações das principais e mais complexas questões platônicas que a Academia enfrentava sem lograr acordo geral.

Conforme sedimentava-se o entendimento do grupo sobre a proposta educativa de Platão, ficava igualmente evidente o seu valor atemporal e a necessidade e a carência desse magistério, presentes neste período pós-moderno da civilização. Quando nos convencemos de que o projeto educativo de Platão estendia-se até os nossos dias, tornou-se evidente que precisávamos reativá-lo, ressuscitando a Academia de Platão e o seu propósito de ajudar os homens a superar a caverna e, tal como ele afirmava, sair à luz do sol da verdade.

Embora em algumas palestras produzidas tenhamos contado com um número maior de participantes, de um modo geral, os membros do grupo cabiam sempre em torno de uma mesa, alguns sempre presentes, outros com presenças intermitentes, e outros ainda como visitantes ocasionais. Entre os primeiros, relacionam-se Rubi Rodrigues, economista e pesquisador em teoria do conhecimento; Jônatas G. de Godoi Rodrigues, doutorando de Filosofia; César Dias Ribeiro, oficial superior da Aeronáutica; Rogerounielo R. França, advogado; Wolf Dieter Rietz, pesquisador em bioenergia; Myrtes Matos, psicoterapeuta e assistente social; Valter Curto, economista; Andrei Deuschle, funcionário público; e Alvaro Tronconi, pesquisador em percepção extra-sensorial. Entre os últimos, William Almeida de Carvalho, historiador; João Francisco Guimarães, engenheiro; Márcio Américo Martins da Silva, Ulisses Riedel e Ariel Gomide Foina, advogados; Maria Helena Leal Lucas e Chungtar Choung Lopez, artistas plásticos; e Edrisi Fernandes, Gabriele Cornelli, Carlos Luciano Coutinho e Rodolfo Lopes, professores de Filosofia. Quase todos ainda envolvidos em atividades profissionais, de sorte que a Academia carece de recursos humanos que permitam realizar grandes trabalhos.

Em suma, temos um patrimônio valioso de conhecimentos e escassos recursos para o seu melhor aproveitamento. Apenas o exemplo da natureza vegetal, mostrando que a mais frondosa das árvores surge na vida como um frágil rebento, anima-nos a lançar a Academia nas condições hoje disponíveis.

O que propomos

A missão de orientar todo ser humano que decida libertar-se da caverna alegórica de Platão indica o propósito geral da Academia. A habilitação da Academia para tanto resulta do domínio formal do modo platônico de pensar, fato que possibilita a sua transmissão para estudantes e pesquisadores interessados. Inicialmente, pensamos em oferecer um processo de aprendizado plenamente formalizado, nos moldes de um curso universitário regular, contemplando os três programas complementares exigidos para realizar o propósito: programas centrados no ser, no pensar e no agir. Quando mergulhamos no detalhamento desses programas, esbarramos em nossos limites de competência, em questões didáticas, em questões de ensino a distância e na própria força de trabalho necessária para desenvolver e ajustar os conteúdos, visando a bem orientar e facilitar o aprendizado. Para construir o roteiro de estudos dos programas, destinados ao pensar, ao ser e ao agir, investimos três anos de trabalho e consideramos o resultado como versão inicial, nitidamente aperfeiçoável, embora avaliemos que todos os conteúdos necessários para instrumentalizar os alunos com domínio formal do ato de pensar estejam disponíveis.

A par disso, a oferta de um curso regular implica dispor de facilitadores e de monitores formados e em número suficiente para amparar os alunos. No entanto, a formação do nosso corpo docente mostra-se comprometida, uma vez que o conhecimento exigido para tal apenas se disponibiliza com o advento da Academia. Acrescentando-se a esse quadro as questões legais e financeiras de formalização de uma instituição de ensino no Brasil, restou-nos a alternativa de seguir o exemplo do mundo vegetal: plantar uma pequena mudinha e dar tempo para que a natureza faça o seu trabalho, e a planta cresça na medida do seu merecimento, da fertilidade da terra e dos nossos cuidados.

Em face dessas circunstâncias, a Academia inicia atividades disponibilizando, em formato “beta” de avaliação, um plano de estudos organizado em três fases, destinado a pesquisadores autodidatas que tenham energia própria e disciplina necessária para seguir a ordem estabelecida, proceder os registros devidos e alcançar as metas de entendimento recomendadas. Ao longo das atividades, o desempenho dos alunos será acompanhado, a fim de se identificar potencialidades de vínculos mais estreitos com o projeto da Academia. Nesse período “beta” de avaliação, não será exigido qualquer tipo de processo seletivo para adesão e registro, visando ao plano de estudos da primeira fase, mas a Academia reserva-se o direito de apenas habilitar para o estudo formal das demais fases aqueles pesquisadores que comprovem ter alcançado as metas de entendimento das etapas anteriores.

O ensino da Academia busca promover, com a saída da caverna simbólica, a formação de um ser humano estruturalmente harmonizado consigo mesmo e com a natureza circundante – um ser humano sereno no qual o ser, o pensar e o agir correspondam-se e garantam uma totalidade que, embora complexa, desfrute de bem-estar e configure-se em unidade perfeita, tal como uma esfera de superfície lisa.

Tratando-se de um processo de formação, a Academia, em lugar de diplomas, concede inicialmente medalhas de mérito, indicativas dos diferentes estágios de pesquisa e de aprendizado. No anteprojeto da Academia, detalha-se benefícios e potencialidades do tipo de identificação e das dinâmicas presenciais e de rede que poderão complementar o estudo. No mesmo documento, estão indicadas as potencialidades evolutivas mais evidentes da Academia, inclusive no plano internacional, de sorte que a associação à Academia seja consciente e não envolva surpresa.

Embora envolva a formação de um ser humano racionalmente adulto, no período inicial de avaliação, a Academia não estabelece tampouco a cobrança de taxa de matrícula ou de mensalidade, disponibiliza apenas uma modalidade de associado mantenedor, de sorte que pessoas e instituições identificadas com os propósitos do projeto possam contribuir, voluntariamente, para acelerar e aperfeiçoar o processo. Naturalmente, concluída a fase “beta” de avaliação, um projeto dotado de valor precisa, também, ser economicamente viável, e uma modalidade de licença ou de franquia comercial encontra-se no horizonte de possibilidades.

A Academia não concorre com os cursos regulares de Filosofia nem visa à erudição quanto aos esforços já realizados pela humanidade no campo da Filosofia. A Academia objetiva o domínio formal da racionalidade humana, com a finalidade de tornar metódico o ato de pensar, segundo uma teoria de conhecimento, implícita na teoria dos princípios de Platão. Enquanto os cursos regulares de filosofia contemplam todo o conhecimento filosófico já produzido, a Academia concentra-se naqueles conhecimentos que revelam a essência constitutiva do universo e as leis que regem a existência e a racionalidade. A Academia interessa-se pelas regras do jogo e não por alguma jogada em particular. Nessas condições, o pesquisador que se associar à Academia deverá estar consciente de que, além de realizar a sua pesquisa, usando os recursos disponíveis, será instado a comprometer-se com o aperfeiçoamento desses recursos e a participar do desenvolvimento de produtos potencializados pela perspectiva, virtualmente utilizáveis comercialmente, depois do período de avaliação inicial, respeitados, naturalmente, os direitos autorais. Dessa forma, estará estudando, investindo em sua carreira e, ao mesmo tempo, aperfeiçoando o caminho, para facilitar a vida dos futuros alunos, de sorte que, o mais breve possível, passemos à fase de universalização desse conhecimento e nos tornemos multidão fora da caverna. Será, portanto, aprendiz e, se assim desejar, simultaneamente, será também construtor do futuro. Um desafio que, certamente, pode não ser para todos. Por isso, não force o seu espírito, ele precisa sentir-se entusiasmado com o projeto.


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