Marco P. P. L. – M.’.M.’.
Sou Mestre Maçom há 38 anos, de uma loja do Grande Oriente do Brasil e quero trazer a público meus sentimentos em relação aos recentes acontecimentos na cúpula do GOB em Brasília que culminaram com pedidos de desligamento de Oriente estaduais como Pernambuco e agora São Paulo.
Estou decepcionado com os homens que dirigiram o GOB nesses últimos anos, pois esperava deles um comportamento realmente dentro dos princípios que norteiam a Instituição no mundo todo há, pelo menos, 300 anos. Não são valores modernos, são valores seculares!
Desencanto-me com os dirigentes do GOB, e de outras Obediências Maçônicas, porque o propósito da Maçonaria é ter todos os seus membros convivendo como irmãos, portanto, a casa de um, deveria ser do outro maçom, que não escolheu a Loja ou Obediência maçônica a ser iniciado. Incluo nessas os Supremos Conselhos de diversos ritos, que ao invés de abrigar os sapientes mestres que levam aos demais maçons e, por dever, também para o mundo profano, a palavra de paz e concórdia, como se aprende nas Ordens de Sabedoria e altos graus dos demais ritos. No entanto temos nelas os mais irritantes e ranzinzas velhos que se perdem em caprichos e brigas por um poder que, em verdade não existe, que é abstrato e se torna vazio, caso não seja usado para colocar em prática toda a filosofia que guarda a Maçonaria em suas lendas e símbolos.
Afirmo que me espanto com o baixo nível dos maçons que frequentam Lojas, Capítulos, Grandes Secretarias e outros órgãos administrativos da Maçonaria, e aqui, me refiro ao GOB e seus federados, onde convivo. A Maçonaria não foi criada e desenvolvida para homens brutos, ignorantes, que brigam por cargos, que usam a Vaidade como rótulo na testa, e sim para homens inteligentes, de boa formação cultural, cívica, social, enfim, bem-educados, cultos, tranquilos, humildes, pois esses sim serão exemplos na sociedade. No entanto, nos decepcionamos todos os dias com maçons que conhecemos e que dirigem Lojas e Obediências em particular. Não estou me colocando acima de ninguém, apenas constatando o que vejo.
Estou decepcionado com todos os processos eleitorais que o GOB e mesmo outras Obediências realizam, dos quais sempre há uma dissidência, desde as Lojas simbólicas até o próprio cargo maior de Grão-Mestre. Sempre cartas marcadas, impugnações, conchavos, brigas na justiça comum.
E a eleição do GOB desse ano 2018 para GMG não deixou por menos. A cada nova eleição, um novo risco de dissidências e brigas intermináveis, como se fossemos uma companhia de lutas livres e a cada assembleia, os sócios se desentendessem. Briga na certa. E não deu outra.
Já se veem, desde o início do ano, movimentos separatistas e, cheios de razões, devido às más administrações seguidas, ao costume da manutenção de grupos no poder, coisas da velha república, copiada e nunca abandonada no GOB.
O GOB funciona como uma velha repartição pública dos anos 40 e 50 do século passado. Até o atendimento ao público – nós os maçons – é ditatorial, autoritário, incompetente, frio, com pouca transparência, sem informações. O maçom do GOB não consegue, nem sequer descobrir onde tem uma Loja em alguma cidade do país, seu endereço, dia de reunião e o contato. Um mistério.
São informações que não precisam ficar expostas ao público, mas obrigatoriamente aos maçons ativos. Quantas Lojas ativas temos no GOB? Por aí já percebemos a qualidade das administrações.
Conseguimos visitar Lojas de outras obediências e não do GOB por falta de informação em seu site. Só se o GOB estadual fornecer a informação.
Só sabemos de suas viagens, festas, comemorações, títulos, medalhas, mas nenhuma ação social de impacto e, mesmo que tivesse, falta liderança, confiança, apoio a seus dirigentes, que se elegem sempre dentro dos mesmos feudos. Grupos de “políticos” da maçonaria que se formam e se perpetuam com o apoio nada decoroso de um grupo de Deputados e Veneráveis que sempre estão em volta do grupo do “poder”. Pura vaidade.
São esses homens que levam o GOB a essa situação. Em 1927, em 1973 e a história se repete a cada eleição, em maior ou menor escala.
O GOB tem uma vocação para dissidências, basta estudar sua história desde sua fundação e nem vou relatar aqui, mas foram mais de trinta dissidências, com retornos ou não.
Esses profanos de avental não largam o osso. Preferem acabar com a paz e a integridade da Instituição, mas não deixam a vez para outros, querem ostentar na Maçonaria o fracasso de suas vidas profanas, seja no trabalho, na sociedade, na política. Tudo que não conseguiram fora, querem fazer aqui, serem bajulados, tratados como “Ohhh Grande…”, “Ohhh Poderoso…” “Ohhh qualquer coisa”.
Aliás, uma boa maçonaria não teria esses títulos e tratamentos, basta ser chamado de Mestre, já é um substantivo que carrega adjetivos dos mais ricos: Aquele que sabe e ensina. No entanto, não basta, querem cada vez mais. Não só no GOB, mas em todas as Obediências.
Mas em se tratando de GOB, além da inércia dos últimos anos, após a cisão de 73 sempre houve um clima de cizânia, ora com os Grandes Orientes que saíram e formaram a COMAB, ora com alguma Grande Loja, ou, internamente. Paz mesmo, nunca houve, só falta de serviço. Isso mesmo. Falta-nos trabalho, social, político não partidário, muita coisa que poderíamos fazer pela sociedade e não fazemos, nos tornando inúteis, sem razão de ser. Trabalhar seria a melhor forma de darmos os exemplos que nos cabem como construtores sociais. O trabalho é o melhor exemplo e são raros esses bons exemplos.
Toda vez que se fala nisso em Loja ou assembleias, os braços se encurtam, querem distância do trabalho. Querem falar, falar, criticar, mas na hora de fazer a parte que cabe ao construtor social, nada.
Em grande parte, a maior delas, é por falta de líderes. Temos caciques, chefes, Grandes Qualquer Coisa, mas não líderes.
Em que pese todas essas considerações, vejo novamente a nau tomar o rumo errado, me parece. Agora, ou novamente, as dissidências começam a florescer pelo país e justamente na maior das obediências federadas, São Paulo, depois de Pernambuco ter tomado essa decisão também.
Repito, razões até existem. Pessoalmente já pensei em sair do GOB algumas vezes por ver desmandos, cretinices e comportamentos nada dignos de quem veste um avental maçônico. Mas não é o caminho. Se a cada desapontamento com um maçom formos sair da Loja ou Obediência, acaba tudo em poucos dias. A razão e a prudência mandam ter paciência antes de decidir.
Esse não é o caminho das obediências estaduais e Lojas federadas, creio. Há muito mais que nossa insatisfação em jogo, como a nossa própria permanência na Ordem, por exemplo. Um indivíduo que sai, não abala uma Instituição, já uma Loja ou várias sim. E o que está em jogo?
A história do GOB? O respeito que a Instituição GOB merece da comunidade maçônica e profana? A própria história do Brasil, onde o GOB participou?
A nossa própria história feita dentro do GOB? Creio que tudo isso e mais alguns itens que poderia dispor aqui.
Creio que a hora é de ficar e dar a volta por cima, procurarmos sair das cinzas e reverter isso. Mudar o GOB e não mudar dele.
Precisamos tornar o GOB novamente grande, não em número de Lojas, porque já o é, mas em confiança, respeito, sair do conservadorismo estúpido em que nos encontramos, sempre procurando copiar o conservadorismo das Grandes Lojas americanas e rebuscar nossa inspiração latina, de conquistas, de obras, participação política. A Maçonaria que veio da França fez a história e agora, vamos atrás das Grandes Lojas brasileiras, a quem respeito, mas que, por sua vez, seguem a cartilha americana. Esquecemos até da GLUI e hoje seguimos parâmetros americanos conservadores, tendo o List Of Lodges como referência de regularidade, um absurdo, porque é um guia americano, que não corresponde exatamente aos nossos reconhecimentos.
A deturpação feita no REAA é outra história, um misto de rito York americano com o REAA que só existe aqui. Hoje, poucos sabem ou se preocupam com isso, mas basta sair do Brasil e vai se conhecer o REAA.
Enfim, caminhamos por trilhas sinuosas na Maçonaria brasileira, mas a solução não é acabar com o GOB, é reformá-lo com outras ideias, com outros pensamentos na cabeça de quem se arvora dirigi-lo, não apenas ostentar cargos.
Isso passa por uma nova Constituição, com novos parâmetros, como proibição de reeleição para todos os cargos, executivos, legislativos e do judiciário, com novas atribuições a esses cargos, com poucos paramentos e títulos e mais resultados. Há que se renovar as pessoas. Um mandato de 3 anos é suficiente para a vaidade de todos, em qualquer função.
É preciso determinar eleições com, no mínimo, duas chapas. Jamais chapa única em um universo de 30 ou 40 mil mestres maçons, ou somos todos tão incompetentes? E não tem mais cabimento golpes e artimanhas para se chegar a uma chapa única. Isso sempre ocorre também, como se viu em 1973.
Sem chapas concorrentes não pode haver processo eleitoral, o presidente do Legislativo assume até se conseguir um mínimo de duas chapas.
E o principal, quem exercer um cargo no GOB ou em um GOB federado, nunca mais exercerá nenhum cargo na mesma função naquela Obediência. Ninguém. Tem muita gente competente para fazer isso. Depois volta para a Loja, onde se faz Maçonaria. Compartilhem a vaidade que a coisa vai. Um pouco do melado para cada e ninguém se lambuza.
Tem muita coisa ainda para ser proposta, o que cabe aqui é dizer que não devemos fugir nesse momento. Devemos ficar unidos em torno de um novo projeto de GOB, e urgente. Precisamos salvar a Maçonaria brasileira e seu principal baluarte, o Grande Oriente do Brasil.
Depois, limpar a área dos descontentes e despreparados para participar desse processo que levará alguns anos. Não se trata de execução ou coisa parecida, mas de encostar essa turma nas paredes das Lojas simbólicas e fazê-los trabalhar nelas, cumprirem seu papel de Mestre e voltar a ensinar os aprendizes, se é que sabem algo para tanto.
E que mais jovens participem desse processo de reestruturação do GOB que deve começar hoje, com todos juntos. Cabeças jovens, mais progressistas, mas com olhos no amanhã, no trabalho social e construtivo que é dever do maçom.
Quem não tem tempo para esse trabalho, não tem tempo para ser maçom, deve sair fora. E nós, temos a obrigação de dizer aos profanos interessados quais as obrigações que o esperam, que não é só jantar e pendurar medalhas no peito, obter graus e cargos de ostentação.
Para isso, necessitamos de outro modelo de dirigentes em Lojas, em Grandes Orientes federados, e no GOB, poder central. É preciso pensar nesse ponto.
Mas temos que fazer isso juntos, em um grande esforço concentrado, superando diferenças, nos afastando das briguinhas de cerca de vizinhos, afastando os muitos desses “Grandes Qualquer Coisa” que inventamos. Desconstruir essa ideia de maçonaria que temos hoje aqui no Brasil, religiosa, disputando fiéis com igrejas, com homens que só querem andar em volta da Bíblia e não seguem a filosofia ali contida, confundindo filosofia cristã com rituais esotéricos e religiosos.
Não é essa a vocação maçônica, e sim de participação na sociedade, seja individual ou coletivamente, depois de prontos e aptos ao trabalho, como agiam nossos eternos “heróis” que tanto gostamos de nos vangloriar de terem cingido um avental. Sejamos coerentes, se os glorificamos, imitemo-los ou os tenhamos como exemplo.
A proposta para hoje e para o futuro é unirmo-nos e não o contrário. E depois fazermos um “levante”, no bom sentido. Um movimento de rejuvenescimento do GOB em suas administrações, a partir das Lojas e obediências estaduais federadas. Um novo ciclo com olhar para frente, progressista, derrubando tabus, bandeiras que já foram enterradas pela sociedade e ainda as mantemos desfraldadas. Ou mudamos a Maçonaria brasileira, ou acabaremos com ela.
Espero que minhas palavras despertem os maçons e os levem a tomar uma decisão e fazer alguma coisa.
!!!”””Quem não tem tempo para esse trabalho, não tem tempo para ser maçom, deve sair fora. E nós, temos a obrigação de dizer aos profanos interessados quais as obrigações que o esperam, que não é só jantar e pendurar medalhas no peito, obter graus e cargos de ostentação.
Para isso, necessitamos de outro modelo de dirigentes em Lojas, em Grandes Orientes federados, e no GOB, poder central. É preciso pensar nesse ponto.”””!!!
Sirvo-me das palavras do Ir. Marco P.P.L, pois quando perguntados se teriamos tempo para dedicarmos Á Ordem foi assim aceito. O restante do que diz o Ir. Marco todos sabem, falta uma “política satisfatória para a condução dos Obreiro”. Somos uma Entidade Estatutária, com regimento interno, as lojas, seguem suas potencias, temos estudados Exoterismos, Esoterismos, etc…Estou com o ir. Marcos… que possamos levar isto em nossas Oficinas!!!
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Prezados,
Não sou maçom, mas estudei com profundidade a Maçonaria em todas as suas vertentes e sei que ela domina todos os partidos políticos brasileiros. Sei também que a situação caótica pela qual estamos passando é fruto de mais uma das inúmeras disputas de poder entre os maçons conservadores, liberais e progressistas. No próximo dia 07 de setembro, estarei lançando no site da Amazon um livro procurando esclarecer como que o Brasil mergulhou na maior crise da sua história, abordando desde a origem da Maçonaria Mundial até a tentativa de “intervenção militar” articulada dentro do GOB pelo atual candidato à vice-presidência, general Hamilton Mourão. Espero com isso poder contribuir para que os maçons façam uma reflexão vendo que o mundo profano já consegue enxergar, com clareza, o lado bom e o lado não tão bom da Ordem Maçônica e que aqueles que forem “homens livres e de bons costumes” possam promover uma verdadeira renovação da Maçonaria brasileira. Um Forte Abraço a todos.
Luiz Claudio de Assis Pereira
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Meu Caro Luiz Claudio,
Se a nossa Ordem fosse o que você pensa, as coisas seriam bem diferentes. Garanto a você que não estamos em todos os partidos, até por coerência ideológica. Quanto ao Gen Mourão, em sua palestra no GOB não me parece que tentou articular uma “intervenção militar”, mas apenas expressou uma real preocupação com os rumos do Brasil, e a necessidade de que uma atitude fosse tomada, não necessariamente uma intervenção, e muito menos dentro de uma organização multifacetada como a nossa.
Se realmente estudou com profundidade a nossa Ordem, terá aprendido que não há como entende-la e muito menos interpreta-la a menos que esteja do lado de dentro. Reflexões feitas por pessoas que não vivam a realidade da Ordem, e desconheçam seus valores pelo lado de dentro, terão pouca possibilidade de influenciar os Irmãos. Haverá contudo aqueles adeptos das teorias da conspiração, os que nos veem como satanistas, “iluminati” e outras versões fantasiosas, desde os tempos do tristemente celebre Leo Taxil. Esses irão apreciar as teorias que formular.
Desejo-lhe sorte.
José Carlos de Seixas
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Prezado José Carlos,
Não tenho o propósito de estabelecer consigo uma polêmica, digamos, descabida de argumentos, mas creio que fizeste um raciocínio precipitado em relação ao conhecimento que adquiri ao longo de mais de cinco anos de estudo e observação. Muito me apreciaria enviar-lhe um exemplar para sua apreciação.
De qualquer forma, seguem minhas observações aos comentários que você fez acima:
Comentário nº 1: “Garanto a você que não estamos em todos os partidos, até por coerência ideológica.”. Garanto a você que sim. No livro eu identifico a origem das três correntes ideológicas presentes na Maçonaria, a saber: 1) a corrente conservadora de origem inglesa que se julga a única, pois não reconhece as demais. Se você for da Maçonaria Regular, isso já justifica o seu comentário. 2) a corrente liberal de origem francesa e 3) a corrente progressista de origem alemã que se abrigou na corrente liberal francesa devido à perseguição que sofreu na Alemanha.
Comentário nº2: “Quanto ao Gen Mourão, …”. No livro eu identifico as ações anteriores e posteriores à palestra do general Mourão, citando vídeos gravados por maçons interessados numa mobilização popular, como foi o caso do catarinense dono da HAVAN, Luciano Hang, e de um gaúcho chamado Leudo Costa, da TV Cristal de Porto Alegre. Esse fez um vídeo durante uma palestra do general Edson Leal Pujol, que substituiu o general Mourão no Comando Militar do Sul. Ele foi lá, ele mesmo fez uma pergunta para o general, gravou e colocou na internet. A própria palestra do general Pujol foi matéria do jornal Folha de São Paulo que eu também cito no livro. Além de um juiz do STJ, Og Fernandes, que resolveu fazer uma consulta via internet sobre a “intervenção militar”. Ora se pode? Ministro do STJ.
Comentário nº3:”Reflexões feitas por pessoas que não vivam a realidade da Ordem, e desconheçam seus valores pelo lado de dentro, terão pouca possibilidade de influenciar os Irmãos.” No livro eu provo aos maçons e aos não-maçons a origem dos problemas que estamos enfrentando. E tento mostrar que a força política e, agora também religiosa, da Maçonaria brasileira é tão grande que, sem convencer os maçons que forem “homens livres e de bons costumes”, não há como sair da crise que os maçons de costumes não tão bons assim nos meteram.
Comentário nº4:”Haverá contudo aqueles adeptos das teorias da conspiração, …”. Eu não formulo teorias da conspiração. No livro eu provo que está em um obscuro processo de transformação da sociedade brasileira liderado por duas organizações maçônicas aparentemente antagônicas. Leia o livro e você irá entender o que estou lhe dizendo.
Deixe, por gentileza, o seu endereço. Terei o maior prazer em lhe enviar um exemplar. E mais ainda, quando, depois que você o tiver lido, voltarmos a conversar a respeito. Tenho certeza que você irá se surpreender com o quanto que um profano possa ter aprendido sobre os maçons e sobre a Maçonaria. Posso lhe garantir que muitos maçons brasileiros não sabem a metade do que eu sei sobre a origem e o propósito da Maçonaria Mundial.
Grato pela atenção,
Luiz Claudio de Assis Pereira
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Realmente o texto é condizente com o que se vive dentro do ambiente maçônico.Uma letargia toma conta das lojas, um despreparo, uma falta de qualidade de irmãos e de candidatos que são várias vezes empurrados goela abaixo do VM.E que depois não tardam a mostrar para que vieram.Lastimável, triste e cruel.Desmandos, cretinices, crendices absurdas…..já imaginou uma situaçao que seria no mínimo cômica se não fosse triste e terrível, de um Ir só por que pedi para ekw ocupar o cargo de Chanceler, dizer que estava possuído por um espírito e que não poderia assumir o cargo!! Ahhhhh tenha paciência.Esse é o nivel de tantos e tantos….
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Brilhante e extremamente realista a análise do Ir.’.Toda a minha solidariedade e concordância ao Ir.’. Marco P.P.L.Gostaria de ter e-mail desse Ir.’. ou qualquer outro meio de contato, para expressar minha solidariedade. Um desabafo: há alguns anos, fui impedido de continuar a caminhada nos graus filosóficos e pressionado a pedir quites e placet na simbólica, por um manifesto bem menor e não tão incisivo quanto este do Ir.’. , na GLP. TFA para os Ii.’.Rr.’. Zehfilardo e Marco. P.S. – Arquivei!
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Parabéns ao Ir.´. Marco, autor do texto. Estou há 43 anos na Ordem e, nos últimos 15 atuei na área de Relações Exteriores. Por isso, conheço um pouco do que acontece em outras obediências, no Brasil e no Mundo. No que se refere ao Brasil, Existem muitas teorias sobre como a Ordem poderia se articular, sobreviver e crescer. Não entrarei nessa linha de raciocínio porque acredito que a discussão seria intensa, desde a preservação (ou a desarticulação) do GOB, passando pela evolução e divergências no âmbito da CMSB ou COMAB, sem esquecer os sonhos de aglutinação, absorção, fusão, regularização ou não de potencias, discussões sobre reconhecimento, etc. Entendo, e tenho dedicado meu tempo a propor e discutir, existirem duas coisas em que todos poderíam contribuir a fim de que a Maçonaria Brasileira realizasse aquilo a que se propõe: a primeira, seria a criação de um Parlamento Maçônico, onde diversas vertentes e obediências se reuniriam para discutir uma agenda comum e vinculante para toda a Maçonaria. Não seria difícil, considerando a quantidade de problemas que temos que enfrentar no Pais, mas seria complexo, devido a questão dos “egos inflados”, que impedem que os que deviam ser serenos vejam além de seu próprio umbigo. Por isso, acredito que os Irmãos envolvidos em atividades de Relações Exteriores seriam os mais indicados para essa tarefa. Apos o consenso ser obtido, os temas seriam levados aos seus GM para homologação, fotos com aventais, etc. Esse trabalho não é para amadores. O segundo ponto seria a intervenção da Ordem no ensino fundamental. A maioria dos pequenos municípios possui uma Loja Maçônica, abrigando a nata da sociedade local. Não seria difícil a que a Ordem buscasse arregimentar os professores, e em consequência as crianças, para restaurar os valores da Pátria e da Família, tão atacados e deturpados pelos agentes conhecidos. Tratar a raiz da nação, suas crianças, sempre trará resultados muito bons para assegurar o futuro da Nação. Quem quiser continuar discutindo aspectos esotéricos, ritos, regularidade, reconhecimentos etc, e tal, prossigam, desde que assegurado que o “tornar feliz a Humanidade” não seja apenas um artificio medíocre de retorica dentro de nossos templos.
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Ir. José Carlos de Seixas
Você foi muito feliz ao dizer citar… “tornar FELIZ a Humanidade” e ao lembrar que a Maçonaria atua também em pequenas cidades, onde “talves” seja mais fácil a convivência com a comunidade e mostra a esta a que viemos, desmistificando a Maçonaria. A Maçonaria foi Secreta, passou a ser discreta, na realidade a Maçonaria sendo Estatutária, registrada em Cartório, tendo uma Diretoria Eleita, não precisa se esconder, deveria ser mais aberta para a sociedade, pois assim sua atuação seria mais conhecida e teriamos ou seriamos mais reconhecidos como “justos e perfeitos” e e o slogam “MIMRCT” teria mais significado para dizermos que “somos MAÇÕNS” COM MUITA HONRA.
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Brother Bob,
Já tem muito tempo que o slogan MICTMR passou a ser AICTMR, ou seja, Alguns Irmãos como tal me reconhecem. A masonsphere brasileira é muito pouco edificante, considerando-se o que é pregado ad nauseam por todos os meios, e atualmente não existe mais A Maçonaria, mas maçonarias… cada um pode criar a sua.
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Caro Irmão Marco P.P.L., me desculpe chamá-lo de irmão, mas o chamo assim por ser R+C e, convivendo em meio de alguns maçons, vivi exatamente esta indignação que ora relatou. Acreditei que os irmãos fossem realmente irmãos com um mesmo propósito e, a fim de escrever para o mais alto grau da maçonaria, percebi e me foi falado, que não adiantaria, pois a cúpula está realmente destinada a não obediência ao verdadeiro propósito maçônico. Assim sendo, fico feliz por alguém com tanto conhecimento e, dentro da maçonaria, ter a coragem e dignidade de fazer este comentário e se indignar com o comportamento de tantos irmãos maçônicos. Creio, em minha opinião, que a Maçonaria deveria fazer uma “limpeza” e reorganizar esta tão antiga Ordem que deveria estar trabalhando para o bem da humanidade e não para o bem próprio, transformando a maçonaria num grupo político de network e interesses meros materiais. Assim sendo, despeço-me com P.P.
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Queridos Irmãos. É lamentável o que vem acontecendo com a cúpula do GOB. Exatamente pelos mesmos motivos, no ano de 1981, ocorreu a cisão que culminou com a criação do Grande Oriente Paulista (GOP). Minha Loja foi a terceira a assinar o documento que criou o GOP. Agora os fatos se repetem (a grosso modo). Infelizmente as paixões ainda não foram vencidas; pelo menos na cúpula do GOB. TFA à todos.
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Eveton Ferreira Borges
01/09/2018, às 12:18
Após ler a opinião apresentada pelo irmão, lembro que em 1950, na Cidade de Cachoeira – BA, o respeito, a união, amizade que existia entre aqueles maçons, lembro que às quartas feiras, o tempo quente, mais de 30 graus, todos trajados com seus ternos, lembro de alguns, médico Carlos, da Leste Brasileira, atendia em São Felix, negro, foi V.’.M.’., e fez uma grande administração, Stênio Henrique de Burgos, Prefeito de São Felix e família tradicional na maçonaria, dos irmãos; Anorolino Pereira, atacadista e Augusto Públio Pereira, deputado federal, quando voltava do Rio de Janeiro, usava como meio de transporte o Vapor (navio) que ligava Salvador a Cachoeira, Dr. Aurelino, médico respeitado e querido, o Juiz de Direito Gutemberg, os irmãos Gostischall, Gerente da Estação da Estrada de Ferro, Diretor do Ginásio, Dr Geraldo, Professor Carlito, Senhor Colombo, dono do Hotel – Colombo, onde ficava hospedado o fazendeiro e comerciante do sertão que tinha como destino a cidade de Salvador. As Sessões, eram realizada com muita paz, harmonia, união, evolução e progresso. Todos felizes, eles eram muitos, como esquecer do Antonio Rocha Pita, do Jornal da Cachoeira, meu Mestre, e do eterna Maestro da Filarmônica Minerva Cachoeirana, bons músicos, disciplinados, eu fui aluno, muitos dos musico eram da maçonaria, ah, o uniforme eram pretos e com gravata preta. é com muita tristeza que vejo o momento, essa fase ruim vai passar o GOSP, vai recuperar e GOB, vai ser cada vez mais forte.
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MM.’. QQ.’. IIr.’.
Saúdo o Ir:. autor da prancha pela coragem e rigor de análise. Como maçon do Grande Oriente Lusitano há 34 anos também já encontrei, e ainda temos alguns IIr.’. que muito procuram um poder efémero e a sua utilização para se sentirem “importantes”. E também já presenciei cisão, com motivo em busca de importância de cargos e de influências no mundo profano sem ter em conta os princípios e valores maçónicos (quem conhece a história atribulada da formação da Grande Loja Regular de Portugal e acontecimentos posteriores a ela ligados- episódio da Casa do Sino e caso da Universidade Moderna que era dirigida pelos eminentes fundadores daquela Obediência sabe do que falo), que também levou alguns maçons de qualidade do GOL Felizmente somos uma Obediência pequena em número e que apesar de alguns problemas e divergências em relação a procedimentos e linhas de actuação, tem mantido uma saudável ligação aos princípios da Maçonaria Liberal, o que nos faz discutir sem qualquer problema as questões políticas (não de cariz partidário) com que a sociedade portuguesa, mas também o Mundo se confronta. Entendemos que se uma das nossas obrigações é também construir para o aperfeiçoamento do Templo Exterior que é a Humanidade, pois assim obriga o desígnio da construção da Fraternidade Universal esses temas não podem ser tabus na discussão das nossas oficinas. E, como não somos teístas, as questões religiosas são para nós do foro individual o que nos ajuda a seremos mais libertários.
Problemas também temos alguns, mas o excesso de esoterismo não é um deles, ainda que também haja quem tenha um prática mais esotérica. Tenho pena que esta nossa feição liberal e adogmática tenha levado o GOB a denunciar o tratado de amizade que tinha com o Grande Oriente Lusitano, ao que me dizem alguns IIr.’. do GOB muito mais pela influência das Obediências americanas conservadoras que da própria Grande Loja Unida de Inglaterra, que curiosamente é uma Obediência mais recente que o Grande Oriente Lusitano, pois nasceu em 1813, tendo GOL sido fundado em 1802, pelo que é a segunda obediência mais antiga da Europa, apenas antecedida pelo GOdF.
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Parabéns ao Autor do texto. Especialmente pela sua lucidez, coragem e comprometimento com a verdade. Atitudes iguais, há 10 anos atras, teriam evitado o meu afastamento da Sublime Instituição. Não tive a sorte de ter contato com pessoas do naipe deste maçom exemplar. O GADU cuide de teu caminho. Obrigado pelo teu esfôrço para salvar o que resta do barco.
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Parabéns pelo tocante artigo meu Ir.
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não há o completar no desabafo do Ir.’. Apenas fazer eco à sua indignação. Em 20 anos de Maçonaria foi o que pode perceber. Infelizmente, tem hora que bate a derrota no peito e a lágrima nos olhos de ver tanto se perde, por tão poucos.
Laudgilson Fernandes M.’. I.’.
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Texto perfeito. Resumiu tudo o que penso.
PARABÉNS
TFA
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Baita texto… compartilho da opinião do autor… mas não podemos ficar parado, esperando que isso aconteça com um passe de mágica.
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Republicou isso em LIBR3RIA.
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