Heitor Genta**
Enquanto o ambiente político nacional estivesse agitado, no início da década de 20, diante da nova eleição presidencial e dos episódios que, supostamente, envolviam o candidato Arthur Bernardes, a situação do Grande Oriente do Brasil também não era tranquila, pois iniciava a década com uma nova cisão, provocada por uma eleição fraudulenta.
Com a morte, a 28 de janeiro de 1921, do Grão-Mestre Adjunto Irm.’. Luiz Soares Horta Barbosa, realizaram-se novas eleições, a 25 de abril daquele ano, para o preenchimento do cargo vago, quando se apresentaram duas candidaturas: a de Mário Marinho de Carvalho Behring e a do general José Maria Moreira Guimarães. Com o apoio de São Paulo, o general Moreira Guimarães obteve a maioria dos votos (2.770 contra 2.124 dados a Behring). Manipulando, todavia, os dados, a junta apuradora anulou votos de ambos os lados, mas principalmente os do general, de tal maneira que Mário Behring acabaria sendo eleito com 1.410 votos.
Isso acabaria provocando a reação do Gr.’. Or.’. de São Paulo, dirigido, desde 1920, pelo jurista e político José Adriano Marrey Júnior. No dia 29 de julho de 1921 atendendo uma convocação do Grão-Mestre Irm.’. Marrey Júnior, representantes de 51 (cinquenta e uma) Lojas participaram de uma reunião, na qual se tratou do desligamento desse Gr.’. Or.’. do Poder Central, sob a alegação de não terem sido computados os votos de São Paulo nas eleições suplementares para Grão-Mestre Adjunto do Gr.’. Or.’. do Brasil.
Continuar a ler em História da Cisão de 1927 (Criação da GLMESP)
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