Por Marcosoel Vieira Souza ***
Ao ingressar na maçonaria, nos é dito logo de início, que precisamos combater nossas vaidades.
Porém ao ver dentro da própria loja tanta vaidade, começo a me perguntar realmente o que estou fazendo aqui? Serei eu mais um desses irmãos a encher o paletó de medalhas e títulos, e ostentá-las com tanta vaidade?
Começo a pensar e refletir em tudo que venho presenciando em loja, não que não sejam merecedores desses títulos e honrarias, mas parece que para alguns ostentá-las é mais importante que a própria maçonaria.
Vejo também tanta hipocrisia, irmãos que julgam outros irmãos, olhando o defeito, por assim dizer do outro, mais se esquecendo dos muitos defeitos que eles mesmos têm.
E ainda falam de amor fraterno entre irmãos, mas não fazem sequer uma visita aos irmãos doentes ou que esteja passando por algum problema.
Ao invés de dar apoio a esses irmãos, começam a criticar e, pior, se afastam deles como se eles não tivessem mais importância para loja, ou nem fizeram falta para os trabalhos.
Vejo também irmãos competindo para ver quem sabe mais, quem faz o melhor trabalho, vaidade tudo vaidade, vaidade e hipocrisia.
Me entristeço ao ver a maçonaria pagar o preço por tantos hipócritas em suas fileiras, me entristeço mais ainda ao ver a felicidade de alguns desses, digamos, “irmãos”.
Quando um pobre irmão comete um erro, e eles já vêm todos envaidecidos apontar o erro como juízes dando uma sentença. Covardemente não o instrui mais o condena como se fosse um pecado mortal.
Gostam de ser tratados com respeito, mais não têm respeito pelo próprio irmão, nem ao menos compaixão, pois o reprime mesmo quando a loja está repleta de visitantes, pois assim demonstram o seu “conhecimento”.
Já dizia o ditado, elogio se faz em público e crítica em particular.
E assim começa a debandada da maçonaria, pois aqueles que deveriam ser mestres e apontar o caminho mal sabem para eles mesmos, pois se soubessem o peso da palavra irmão ou amor fraternal, não fariam tantas críticas, se preocupariam com a felicidade do irmão, com o seu bem-estar.
Conhecimento não é sinônimo de sabedoria, está muito longe disso, conhecimento adquirimos lendo estudando, sabedoria é preciso ter humildade, é preciso ter sensibilidade, empatia, amor, discernimento, compaixão etc.
Fico pensando quando o irmão orador vai ao altar dos juramentos e começa a ler o salmo 133 e logo de início diz OH! QUÃO BOM E QUÃO SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO.
Pedimos ao GADU, que venha assistir aos nossos trabalhos e fico pensando o quão decepcionado ele ficaria.
Que união e essa que vivemos? Que amor fraterno e esse? Que templos a virtude estamos erguendo? Que masmorras estamos cavando para os vícios?
Condenando os erros dos nossos irmãos, se nós mesmo os cometemos, lembro a todos que Jesus Cristo não condenou nem mesmo aquela mulher adúltera que os fariseus levaram diante d’Ele.
Ao contrário, ele os fez refletir antes de atirar a primeira pedra; reflitamos todos, se realmente estamos sendo verdadeiros irmãos, tomemos como exemplo essa passagem de Jesus Cristo: “Se eles não te julgaram quem sou eu para te julgar. ”
Vamos olhar para nosso semelhante com mais amor, menos preconceito, se Jesus Cristo que é filho do próprio Deus, que poderia ter julgado aquela mulher, preferiu ao invés de julgar, tratá-la com amor, reconhecendo as nossas fraquezas como seres humanos que somos.
Eu me pergunto, quem de nós pode julgar o outro?
Fica aí a pergunta para que possamos refletir sobre o que estamos vivendo na maçonaria e na vida profana.
*** O Ir⸫ Marcosael é M⸫I⸫ da Loja Maçônica União e Caridade nº 0322 – Oriente de Prata – MG.
Caro irmão. Mas do que a vaidade o que mais me incomoda é a total falta de empatia e da fraternidade. Irmãos que entram em crise financeiras são convidados para postarem-se entre colunas e contas a sua história. Alguém que esta em decadência financeira e com depressão tem essa condição ? Irmãos atuantes e frequentadores nesses momentos são esquecidos. Lamentável.
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Eu pensava assim antigamente, quando esta “verdinho” na Maçonaria. Hoje, preocupo-me com “minha” Loja, com as pessoas que estão dentro e com as pessoas que queremos colocar dentro. As demais loja, tento ajudar no que posso, mas as Luzes têm a obrigação de ser referência e não colocar todo mundo pra dentro. Se a loja não tem mais obreiros de qualidade, FECHA A LOJA e se quiser, muda-se pra outra onde tem irmaos que compartilhem (em maioria) com os mesmos ideias.
Faça a sua parte e deixe que os outros façam as deles… e que assim seja o resultado!
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Meus prezados irmãos.
Apesar de que ostentar medalhas possa transmitir a idéia de vaidade, não vejo nenhum empecilho em algum irmão que as adquiriu querer mostrar aos demais aquela(s) peça(s) que representam ou representou um ideal de de luta e de dedicação.
Vejam por exemplo; as medalhas que um general conquista ao longo de sua carreira?
Até o maior mestre que que conhecemos, Jesus Cristo, que foi um divisor de águas, em um dado momento, necessitou ou precisou receber algum afago por parte de um de seus discípulos. Vou citar apenas um versículo bíblico quando o amado mestre pergunta por 3 vezes, se Pedro o amava. Na terceira vez, que acontece a mesma pergunta, Pedro simplesmente respondeu: ” Mestre, tu sabe que eu te amo’. Ora, se Jesus que se intitulava filho de Deus, e como tal, possuia a onipotência, a onisciência, por acaso, não já sabia a resposta?..mas..por quê ele precisou ouvir a primeira, a segunda, e a terceira vez que Pedro o amava? Creio que foi a necessidade de sentir amado e também importante pr’aquele discípulo.
Todos nós, impreterívelmente, em algum momento, precisamos ter ou receber algum tipo de carinho, que é a resposta por nossa luta empreendida em nossa labuta pela vida.
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Perfeito.Perfeito.Perfeito! Com a frequência em loja,comecei a perceber essas coisas, lamentável.Ficava pensando: e os irmãos que estão doentes,afastados,precisando de ajuda,desempregados,como ajudar? Não deveria ser uma prerrogativa isso não? Não faz sentido, você sair de casa, enfrentar um trânsito terrível,para ir a loja e ver um desfile de ostentação.O problema é o: “oh quão bom e quão suave é…..” Virou letra morta.Palavras apenas, não mais que isso.Vaidade de vaidades….
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É exatamente isso que estamos vendo na Maçonaria atual. Irmãos descomprometidos e sem vontade de se aperfeiçoar na arte real.
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Boa tarde,
Pretendia iniciar o meu percurso como maçon, como devo proceder?
Obrigado.
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Daniel,
No Brasil não é muito fácil, porque a Maçonaria brasileira adota o costume de aceitar somente candidatos recomendados ou apadrinhados por um maçom com grau de Mestre.
Por isso, é essencial ter um conhecido próximo, que possa indicar-te para a loja dele.
Acesse o site da Grande loja de teu estado ou o Grande Oriente do Brasil (https://www.gob.org.br/como-se-tornar-macom/ ) onde existe um formulário a ser preenchido se tiver interesse (ao pé da página).
No GOSP (Grande Oriente de São Paulo (https://gosp.org.br/seja-macom) , a recomendação é “havendo seu interesse em “entrar” na Maçonaria, entre em contato com um Maçom de seu conhecimento ou com uma Loja Maçônica de sua cidade.”
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