Nildo Viana*
O artigo apresenta uma análise da concepção junguiana sobre o desenvolvimento da personalidade e uma breve consideração sobre esse processo e a formação social do indivíduo tal como é entendido por outros autores. Assim, após uma síntese da concepção de Carl Gustav Jung, que remete ao problema da individuação, a comparamos com a concepção oriunda da sociologia e outras abordagens que tratam do fenômeno da socialização. Disso resulta uma perspectiva crítica da análise junguiana, sem descartar o conjunto de suas contribuições. O maior problema da análise de Jung é, simultaneamente, o seu grande mérito: a análise da mente como totalidade psíquica. Essa concepção tem como problema a autonomização da psique humana, o que a desliga do social, sendo este o determinante da mente humana. O mérito foi ter focalizado o universo psíquico do ser humano, desde que entendamos não como ele o fez, como autonomização, e sim como foco. Desta forma, compreendendo como foco e não autonomia, podemos usar a concepção junguiana para compreender o fenômeno psíquico.
The article presents an analysis of the Jungian conception about the development of personality and a brief consideration about this process and the social formation of the individual as understood by other authors. Thus, after a synthesis of the conception of Carl Gustav Jung, which refers to the problem of individuation, we compare it with the conception coming from sociology and other approaches that deal with the phenomenon of socialization. This results in a critical perspective of the Jungian analysis, without discarding the set of its contributions. The major problem of Jung’s analysis is, at the same time, his great merit: the analysis of the mind as a psychic totality. This conception has as its problem the autonomization of the human psyche, which disconnects it from the social, which is the determinant of the human mind. The merit was to have focused the psychic universe of the human being, provided we understand not how he did it, as autonomization, but as focus. In this way, understanding as focus and not autonomy, we can use the Jungian conception to understand the psychic phenomenon.
Continuar a leitura em Jung e a Individuação
O que propõem nada tem a ver com a proposta de CG Yung, atraiçoa o seu pensamento e abusa do nome do homem da psicologia analítica. É um non sense!
CurtirCurtir
Antonio,
Concordo que a visão do autor é muito simplista e repete alguns preconceitos, mas em sua simplicidade ele dá uma ideia da proposta do Mestre.
Um dos grandes problemas que vejo na literatura psicanalítica é sua complexidade, levantando uma barreira à compreensão.
Quem sabe desperta a curiosidade dos mais exigentes em buscar material mais completo sobre ele e sua proposta?
TAF
CurtirCurtir