GOB esclarece posição sobre coabitação em eventos públicos

SEGUNDA CARTA ABERTA AOS MAÇONS DO RITO MODERNO

Queridos irmãos

Há poucos dias publiquei uma Carta Aberta aos Maçons do Rito Moderno, em meu nome, não de grupo, Loja ou Obediência Maçônica e, retomo o assunto, para reconhecer uma atitude de mérito do Grande Oriente do Brasil.

Mesmo incompreendido nessa primeira publicação, com alguns irmãos de pouca estatura intelectual e fraternal, enxergando ali um motivo a mais para promover distanciamento, palavra tão in voga por razões sanitárias, mas, no caso, o afastamento de irmãos, ao invés de entender como um agravo pelas injustas críticas sofridas pelos organizadores do II Congresso Nacional do Rito Moderno, creio que ela tenha sido útil para que atentasse alguns outros irmãos para a Razão, que é a mola mestra do Rito Moderno e da Maçonaria simbólica.

Com alívio e satisfação, lemos hoje uma circular do GOB, explicando em “letras de forma” o que, talvez, não consegui exprimir em minha primeira Carta Aberta, que era o desabafo e resposta de um veterano maçom do Rito Moderno e que assiste desencantado a essas tentativas de afastamento de irmãos do Rito e da própria Instituição, graças a rótulos e marcas que são pregadas em nossas testas ou nas costas, como irregulares, espúrios ou outras formas de desprezar aquele maçom que já foi amparo para nossos braços.

Compreendemos que as Obediências tenham que seguir protocolos de regularidade nas reuniões maçônicas, sessões ritualísticas e oficialmente programadas por elas, devido a acordos internacionais, mas como diz a nota, em sessões ou reuniões públicas, caso do Congresso Nacional do Rito Moderno a se realizar em 13 de novembro próximo, em São Paulo, quando se tratar de eventos públicos, sem uso de paramentos, faixas, identificações de Lojas ou Obediências com banner ou estandarte, não há o que se preocupar ou inventar problemas, afinal, é o simples direito de ir e vir de um cidadão, de participar de eventos culturais com finalidade de instrução, que poderia, inclusive, ser frequentado por profanos, se fosse o caso, pois não há revelação de nenhum segredo maçônico previsto em nossos Congressos, ao contrário do que se vê na internet, com exposição de Peças de Arquitetura reveladoras que não são controladas pelas autoridades maçônicas, embora conste nome e grau do autor.

Mas essa Carta não é de desagravo e sim de regozijo pela rápida resposta e entendimento do GOB por seu Soberano Grão-Mestre Geral e seu Ilustre Procurador, a quem agradeço publicamente pelo grande serviço e esclarecimento prestado nessa Circular à comunidade Maçônica, ao grupo Rito Moderno que tanto trabalha para construir o Congresso com seus apoiadores, lembrando que, em 2022 teremos apoio efetivo do GOB-SC na organização do III Congresso Nacional do Rito Moderno, mostrando sua pujança e apoio a quem quer o melhor para a Maçonaria brasileira.

No mesmo sentido, quem tem assistido as palestras do grupo Lives Maçônicas na semana do Maçom, dia 19/08, quinta-feira, foi presenteado com as luzes do Ser. G. M. da Grande Loja da Espanha, afirmando exatamente isso, que temos que cumprir nossa obrigação constitucional de manter em Loja as relações com maçons de potências regulares, mas, na vida pessoal,  acadêmica, nada pode nos afastar do conhecimento e da amizade com maçons de quaisquer origens, citando até mesmo mulheres com quem se pode aprender a respeito de  Maçonaria. Não é mais tempo de preconceitos e sim de aprendizagens.  Não se pede tanto do maçom brasileiro ainda, que está muito longe dessa visão mais progressista do mundo, mas, precisamos evoluir e saber que as fontes de conhecimentos estão espalhadas por todos os pontos cardeais. Em encontros informais, congressos e reuniões públicas, não pode haver restrição alguma, sob pena de sermos considerados preconceituosos, o que é um dos vícios estabelecidos como inimigos a serem combatidos pela Maçonaria, junto com o fanatismo, a ignorância e o despotismo.

Estamos trabalhando pelo nosso rito e pela Maçonaria brasileira a fim de que seja reconhecida, nesses momentos de crise que vive nosso país, como uma força de apoio da sociedade organizada, unida e forte, que está disposta a emprestar homens sábios e corajosos na construção do edifício social.

Grato, em meu nome e dos irmãos que compartilham minha opinião.

Marco Antonio Piva, MI –

Jaraguá do Sul/SC, 19 de agosto de 2021

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